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Augusto Abelaira e Osman Lins: leitura, intertextualidade, metaficção e romance-diário / Augusto Abelaira and Osman Lins: reading, intertextuality, metafiction and diary novelCamargos, Kellen Millene 29 April 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-04-29 / During the 20th century, more specifically second half, the romance authors
resumed and accentuated reflections upon the novel construction. The look for the writing of
literary text has resulted in a more direct interaction with the reader and has demanded a coparticipation
in the meaning-making of the text, because the metafictional, along side other
narrative strategies, instead of making the reading easier, has problematized it. The novel
narcissistic look has accentuated, too, the reflection on many aspects, such as: the
intertextuality and the assimilation of other discursive genres. In this sense, this work has
aimed the study of these referred aspects in two novels from authors that belonged to the same
period, but in different countries and that used, practically, the same aesthetic resources: Bolor
(1999), from the Portuguese writer Augusto Abelaira, published in 1968, and A rainha dos
cárceres da Grécia (1979), from the Brazilian writer Osman Lins, published in 1979. Thus,
the present study is justified for both of the novels have, in their composition, very similar
narrative strategies: explicit intertextuality with universal literature works from different
periods, metafictionality and the use of the diary novel form. Other aspects are correlated to
these ones, as the fusion of time and space, similar themes in both works, voice plurality,
amongst others. This work’s aim is based on the assumption that the studies of the referred
aspects, having as a starting point the intertextual relations in the novels of Abelaira and Lins
with the work that they quote, is constituted in a reading key to the meaning-making in each
one of these novels. To accomplish this comparative study, theories that base the composition
aspects of these novels were used. Regarding intertextuality, Mikhail Bakhtin’s (1981), Julia
Kristeva’s (1974), Laurent Jenny’s (1979) e Gerard Genette’s (2006) theories were used. The
argumentation around the metafiction idea is sustained, specially, in critical texts about both
novels. To study the diary novel issue, Valérie Raoul’s (1999), Béatrice Didier’s (1976),
Sheila Dias Maciel’s (2012), Maria Luiza Ritzel Remédios’ (1997) theories were used,
amongst others. To accomplish the study of such aspects, based on the intertextuality, work
quoted on both novels were read. All of the quoted texts in Bolor were analyzed, but the book
Dias íntimos, for it was sold out at the bookstores. Among the quoted texts in A rainha dos
cárceres da Grécia, seven works, that have some relation to the strategies studied, were
analyzed. We conclude that the narrative strategies that are the structure of both main novels
require a participant reader whom may read carefully the diary fragments and make its
meanings, taking into account that some of them can only be perceived in the relation of those
main novels with the work that they quote. / Ao longo do século XX e, particularmente, em sua segunda metade, os
romancistas retomaram e acentuaram as reflexões sobre a construção romanesca. O olhar para
a escrita do texto literário resultou em uma interação mais direta com o leitor e exigiu sua
coparticipação na construção dos sentidos do texto, uma vez que o caráter metaficcional,
somado a outras estratégias narrativas, em vez de facilitar a leitura a problematizou. O olhar
narcisista do romance acentuou, também, a reflexão sobre vários aspectos, entre eles: a
intertextualidade e a assimilação de outros gêneros discursivos. Assim, este trabalho visou
estudar tais aspectos em dois romances de autores que pertenceram à mesma época, mas em
países diferentes, e que utilizaram, praticamente, os mesmos recursos estéticos: Bolor (1999),
do escritor português Augusto Abelaira, publicado em 1968, e A rainha dos cárceres da
Grécia (1976), do escritor brasileiro Osman Lins, publicado em 1976. Assim, este estudo se
justifica porque os dois romances mantêm, em suas composições, estratégias narrativas muito
semelhantes: intertextualidade explícita com obras da literatura universal de diversas épocas,
metaficcionalidade e uso da forma romance-diário. Outros aspectos se correlacionam com
esses, como fusão entre tempo e espaço, temáticas assimiladas das obras citadas, pluralidade
de vozes, entre outros. O objetivo deste trabalho baseou-se no pressuposto de que o estudo
desses aspectos, partindo das relações intertextuais dos romances de Abelaira e Lins com as
obras neles citadas, constitui-se em uma chave de leitura para a construção de sentidos em
cada um dos dois romances. Para realizar o estudo comparativo, foram utilizadas teorias que
fundamentam os aspectos de composição dos dois romances. Em relação à intertextualidade,
utilizou-se a teoria de Mikhail Bakhtin (1981), Julia Kristeva (1974), Laurent Jenny (1979) e
Gerard Genette (2006). A discussão sobre a noção de metaficção apoiou-se, principalmente,
em textos críticos sobre os dois romances. Para o estudo da questão do romance-diário, foram
utilizadas as teorias de Valérie Raoul (1999), Béatrice Didier (1976), Sheila Dias Maciel
(2012), Maria Luiza Ritzel Remédios (1997) e outras. Para o estudo desses aspectos, partindo
da intertextualidade, foram lidas obras citadas nos dois romances. Entre os textos citados em
Bolor, foram analisadas todas as obras literárias, menos o livro Dias íntimos por estar
esgotado nas livrarias. Entre os textos citados em A rainha dos cárceres da Grécia, foram
analisadas sete obras que se relacionam a alguma das estratégias narrativas estudadas neste
trabalho. Concluiu-se que as estratégias narrativas que estruturam os dois romances principais
requerem um leitor participativo que leia atentamente os fragmentos dos diários e construa os
seus sentidos, sendo que alguns destes somente são percebidos nas relações dos romances
principais com as obras que eles citam.
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