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O drama como método de investigação de linguagem: uma interpretação do dramatismo de Kenneth Burke / Drama as a method of investigation of linguage: an interpretation of Kenneth Burke's dramatismGonzaga, Deusimar 08 June 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-06-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This study aims at presenting and discussing some of the aspects of dramatism, method of
analysis of human relations and mainly of the acts of the language and of the thinking, as it is
presented by the North American philosopher and literary critic Kenneth Burke (1897-1993),
from the years 1930 to 1960. Practically unknown in our language, Kenneth Burke‟s name
and of his dramatism are compulsory presences in the recent compendiums which deal with
the studies of performance and of cultural performances, for the comparison and the relation
they establish between everyday life and the drama and thus require be better known. Among
many theorists, Burke‟s works have influenced the literary critics Harold Bloom (1930) and
Susan Sontag (1933-2004), his student at the University of Chicago, and mainly the
theoretical founding of the sociologist Erving Goffman (1922-1982), being that in his studies
of everyday life as well as in his “dramaturgical approach”. As it is implied from dramatism,
we are not only language users, we are also used by it and language determines our actions.
Dramatism is established as an instrument of analysis of language as symbolic action from
five key terms (dramatistic pentad): the act in itself, what has been done; the agent of the act,
the actor, who performed the act; the scene (the place, the where); the agency, the
means/instruments or how the action is performed, or even the autonomous capability of
people to make their own choices; and the purpose. The act is the central term around which
the five categories of analyses are organized (pentad) and the investigation of the motives of
the action is the fundamental strategy of the dramatistic analyses. Burke proposes that the
field of observation of the human action and of its innumerable combinations, the
transpositions and the transformations among the terms of the cited pentad, makes it possible
for an analysis of the human action that has drama as its central term. Dramatism attempts to
answer the questions of how human actions can be explained, and mainly how these actions
are determined by the symbolic capability. Dramatism becomes a central element in the
analysis of human theatricality, of the human being in performance. / Este estudo tem o objetivo de apresentar e discutir alguns aspectos do dramatismo, método de
análise das relações humanas e principalmente dos atos da linguagem e de pensamento, tal
como apresentado pelo filósofo e crítico literário norte-americano Kenneth Burke (1897-
1993), entre os anos de 1930 a 1960. Praticamente desconhecido em nossa língua, o nome de
Kenneth Burke e seu dramatismo são presenças obrigatórias nos recentes compêndios que
abordam os estudos da performance e das performances culturais, pela comparação e relação
que estabelecem entre a vida cotidiana e o drama e necessitam ser melhor conhecidos. Entre
tantos teóricos, seus trabalhos influenciaram os críticos literários Harold Bloom (1930) e
Susan Sontag (1933-2004), sua aluna na Universidade de Chicago, e principalmente a
fundamentação do sociólogo Erving Goffman (1922-1982), seja em seus estudos da vida
cotidiana como em sua “abordagem dramatúrgica” (dramaturgical approach). Como se
infere, a partir do dramatismo, não somos apenas utilizadores da linguagem, somos também
utilizados por ela, ela determina nossas ações. O dramatismo se estabelece como um
instrumento de análise da linguagem como ação simbólica a partir de cinco termos chave
(pentad dramatístico): o ato em si, o que foi feito; o agente do ato, o ator, quem realizou o ato;
a cena (o lugar, o onde); a agência, os meios/instrumentos ou como se realiza a ação, ou ainda
a capacidade autônoma das pessoas fazerem suas próprias escolhas; e o propósito. O ato é o
termo central em torno do qual se organizam as cinco categorias de análise (pentad) e a
investigação dos motivos da ação é a estratégia fundamental da análise dramatística. Burke
propõe que o campo de observação da ação humana e de suas incontáveis combinações, as
transposições e as transformações entre os termos do citado pentad, possibilitem uma análise
da ação humana que tem o drama como termo central. O dramatismo procura responder as
questões de como podem ser explicadas as ações humanas e, principalmente, como estas
ações são determinadas pela capacidade simbólica. O dramatismo torna-se elemento central
na análise da teatralidade humana, do ser humano em performance.
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