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A aceitação e o enfrentamento da cegueira na idade adulta. / Acceptance and Coping with Blindness in Adulthood.

Santos, Flavia Daniela dos 06 February 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:46:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissFDS.pdf: 1355812 bytes, checksum: 04a135e70c887f5ace7877722e84843f (MD5) Previous issue date: 2004-02-06 / Financiadora de Estudos e Projetos / The goal of this study was to analyze the factors which influence the process of accepting and coping with blindness for those who have lost their eyesight through accident or disease in adulthood. Twenty individuals (14 men and 6 women) between the ages of 24 to 64. Ordinary materials such as blank paper and pencil were used for recording scripted interviews and analysis of interview transcripts. The interviews were held in a room in the Rehabilitation Section at the Benjamin Constant Institute in Rio de Janeiro. A semistructured interview was utilized to collect data and allow the elaboration of themes and categories enabling the understanding of which factors influenced the process of accepting and coping with the loss of eyesight in adulthood. The quantitative analysis was done by recording the frequency of elements which the participants did or did not present within each category. The qualitative analysis considered the variations in participant responses within the respective categories. The results presented evidence that the factors which favor the acceptance of and abilities to cope with blindness acquired in adulthood were: the family, the impact of blindness on their lives, the moment of loss, social life, the activities which were interrupted by the loss, support, religion, the cause (whether accident or illness), feelings and their plans for the future. Analysis of the data indicated that the process of accepting and coping with the disability developed in a gradual manner and support, whether from family or professionals, contributed to the affected person's adjustment in society. For this reason, it was concluded that the acceptance and coping with blindness acquired in adulthood can not be described in a homogeneous form. Each individual presented their own characteristics which made them react differently to innumerous life situations. / O presente estudo teve como objetivo analisar os fatores que influenciam o processo de aceitação e de enfrentamento da cegueira em quem perdeu a visão na idade adulta, em acidentes ou por doenças. Participaram desta pesquisa 20 pessoas (14 homens e seis mulheres), na faixa etária de 24 a 64 anos. Foram utilizados materiais rotineiros como papel sulfite e lápis, e de análise (roteiros de entrevistas, devidamente transcritos). As entrevistas foram realizadas em uma sala do Setor de Reabilitação do Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro. Para coletar os dados, utilizou-se a entrevista semi-estruturada que possibilitou a elaboração de temas e categorias que permitiram entender quais são os fatores que influenciam o processo de aceitação e enfrentamento da perda visual na idade adulta. No aspecto quantitativo observou-se a freqüência com que os participantes apresentavam ou não os elementos presentes nas categorias e, no aspecto qualitativo, considerou-se as variações das respostas dos participantes referentes às categorias. Constatou-se que os fatores que favorecem o processo de aceitação e enfrentamento da cegueira na idade adulta foram: a família, as influências da cegueira na vida, o momento da perda, a vida social, as atividades interrompidas, o apoio, a religião, as causas (acidente ou doença), os sentimentos e os planos para o futuro. Constatou-se ainda que o processo de aceitação e enfrentamento da deficiência desenvolve-se de maneira gradativa e o apoio recebido, tanto da família como de profissionais, contribui para o ajustamento da pessoa afetada na sociedade. Portanto, concluiu-se que o processo de aceitação e de enfrentamento da cegueira adquirida na idade adulta não pode ser descrito de forma homogênea. As pessoas não são iguais e apresentam características próprias que as fazem reagir de modo diferente diante das inúmeras situações da vida.
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Desenvolvimento e avaliação de um programa de habilidades sociais com mães de crianças defeicientes visuais.

Freitas, Maura Gloria de 25 October 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:44:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TeseMGF.pdf: 839171 bytes, checksum: bd49896c127a9fe1c810ffe58fbff946 (MD5) Previous issue date: 2005-10-25 / Studies on visually disabled children have emphasized the relevant role of parents in their overall motor, cognitive, and social-affective development. Likewise, studies indicate that parents behavior like fear, insecurity, overprotection, and deficient social performances may interfere negatively in the learning of social repertoires necessary for the children's interactions with their peers and with other adults who are significant in their lives. Thus, it is possible that in teaching or perfecting the parents social skills to plan and conduct skillful pertinent educational practices to the children s needs, they may become able to promote the development and learning benefiting the visually disabled child towards a satisfactory social performance living autonomy. The present research aimed at evaluating social deficits and skills of visually disabled children, evaluating their mothers social-educational deficits and skills, planning and implementing a program to train the mothers social educational skills, in order to promote the children s social skills and to evaluate with the mothers the effects of such program on the children s social performance. To realize these goals, a group quasi-experimental design was adopted: 50 children and their respective mothers were subdivided into three groups. The first group was identified as EG (experimental group) and was composed by 9 visually disabled children, whose mothers underwent the training program; the second, CG1 (control group with 14 visually disabled children); and the third, CG2 (control group with 27 seeing children). The evaluation of the children s social repertoire was carried out by the mothers, the teachers, and the children themselves, both in the pre and post intervention phases (for EG, CG1, and CG2), and also in the follow-up phase (for EG), three months after the end of the program, using the Social Skills Rating System (SSRS). The repertoire of the mothers social skills was evaluated by means of IHS-Del-Prette, and the repertoire of social educational skills was evaluated by means of a questionnaire and the filming of play sessions between mother and child in the pre and post phases as well as in the follow-up phase. The results of such evaluations were dealt with and computerized either in terms of frequency or of total and factorial scores. For all measures available, pre and post interventional comparisons (Wilcoxon) were realized, as well as pre, post, and follow-up comparisons (Friedman followed by a multiple comparison test for k related samples), and comparisons between the different groups and the different informants (Kruskal-Wallis followed by a multiple comparison test for k independent samples). The results indicate that the visually disabled children s social performance was more deficient than that of the seeing children in several of the evaluated social skills; they also indicate that such performance differences either decreased or were overcome when the mothers were trained in social educational skills of reading the environment, creating a motivating context for learning, showing the consequences of the child s behavior, expressing feelings, providing feedback, and promoting the generalization of the behaviors learnt, that way favoring the promotion of their children s social skills. / Estudos com crianças deficientes visuais têm destacado o relevante papel dos pais para o seu pleno desenvolvimento motor, cognitivo e socioafetivo. Da mesma forma, estudos também indicam que comportamentos dos pais como medo, insegurança, superproteção e desempenhos sociais deficitários, podem interferir, de forma negativa, no aprendizado de repertórios sociais indispensáveis para as interações da criança com colegas e com outros adultos significativos em sua vida. Assim, é possível que ensinando aos pais habilidades sociais e/ou aperfeiçoando-as para planejarem e conduzirem práticas educativas habilidosas e pertinentes às necessidades do filho, eles se tornem hábeis na promoção de desenvolvimento e aprendizagem propiciando ao filho deficiente visual um desempenho social satisfatório e autonomia para viver. Esta pesquisa teve como objetivos avaliar os déficits e habilidades sociais de crianças deficientes visuais, avaliar os déficits e habilidades sociais educativas de suas mães, planejar e implementar um programa para ensinar habilidades sociais educativas para mães, visando a promoção de habilidades sociais de seus filhos e avaliar os efeitos desse programa com as mães sobre o desempenho social deles. Para a consecução desses objetivos, adotou-se um delineamento quase-experimental de grupo: 50 crianças e suas mães foram subdivididas em três grupos identificados como GE (grupo experimental) composto de 9 crianças deficientes visuais, cujas mães se submeteram ao programa de treinamento, GC1 (grupo-controle com 14 crianças deficientes visuais) e GC2 (grupo-controle com 27 crianças videntes). A avaliação do repertório social das crianças foi feita pelas mães, pelas professoras e pela própria criança, na fase de pré e pós-intervenção (para o GE, o GC1 e o GC2) e também na fase de seguimento (para o GE), três meses após o encerramento do programa, utilizando-se o Sistema de Avaliação de Habilidades Sociais (SSRS). O repertório de habilidades sociais das mães foi avaliado por meio do IHS-Del-Prette e o de habilidades sociais educativas, pelo questionário e pela filmagem em sessões de brincadeiras entre mãe e filho, nas fases de pré-- e pós-intervenção e de seguimento. Os resultados dessas avaliações foram tratados e computados em relação à freqüência ou a escores totais e fatoriais. Foram efetuadas, para todas as medidas disponíveis, comparações pré- e pós-intervenção (Wilcoxon) e pré-, pós- e seguimento (Friedman seguido de teste de comparações múltiplas para k amostras relacionadas), bem como comparações entre os diferentes grupos e os diferentes informantes (Kruskal-Wallis seguido de teste de comparações múltiplas para k amostras independentes). Os resultados indicaram que o desempenho social de crianças deficientes visuais era mais deficitário do que o de crianças videntes em várias habilidades sociais avaliadas. Essas diferenças de desempenho diminuíram ou foram superadas quando suas mães aprenderam habilidades sociais educativas de ler o ambiente, criar contexto motivador para o aprendizado, conseqüenciar o comportamento do filho, expressar sentimentos, dar feedback e promover à generalização dos comportamentos aprendidos, possibilitando, assim, a promoção de habilidades sociais em seus filhos.
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Crianças cegas e videntes na educação infantil : características da interação e proposta de intervenção

França, Maria Luiza Pontes de 29 February 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:46:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 1755.pdf: 1527878 bytes, checksum: bb4e53873c17bc4c7ea0ced57789553e (MD5) Previous issue date: 2008-02-29 / Financiadora de Estudos e Projetos / A reduced number of empiric studies treats of the characterization of the social interactions between blind children and sighted children and of the effectiveness of the activities developed to stimulate those interactions in the atmosphere of the Childish Education, what hinders the proposition of strategies consequent and well happened of inclusion. Blind children that received constant and specialized stimulation or non-systematic stimulation have different possibilities of exploration of the atmosphere that share with the friends in the school and of interaction with your peers. Those possibilities can be strongly related to the possibility of independent and safe displacement in the space that they frequent proportioned by motor development. The objectives of this study were: 1) to characterize the social interaction of blind children that received or not constant and specialized stimulation; 2) to characterize the social interaction of blind and sighted children; 3) appraised the effect of intervention proceedings in inclusive school environment in the repertoire of social interactions blind child with sighted children and in their motor development. Two blind children and their classmates of inclusive classroom participated of this study. They are from different institutions, with ages until 5 years old. Were organized situations where children could play free, beyond activities semi-structured with the objective of to promote interaction between the children and the motor development of the blind child. The children performances were registered in videotapes during the play situations. The treatment of data adopted a system of classification of interactions among children that it allowed the comparative analysis of the established interactions for the blind children and sighted. For evaluation of intervention were identified the manifestations of the blind child's behaviors referring to the social interaction listed as specific objectives. To evaluate the possible advancement of the blind child's motor development were conducted evaluations before and after the activities semi-structured through the Inventário Portage Operacionalizado (IPO) and of manual and in video registrations. Found it significant differences when comparing the characteristics of the blind children's interactions with the one of the sighted children, as well as in the comparison of the two blind children's acting. In the present study was observed that having constant and specialized stimulation the blind children it presents behaviors similar to the one of a child sighted in the school. With the intervention procedures, motor acting and interactive behaviors were included in the blind child's repertoire, making possible your insert in the school environment. / Um número reduzido de estudos empíricos trata da caracterização das interações sociais entre crianças deficientes visuais e videntes e da efetividade das atividades desenvolvidas para estimular essas interações no ambiente da Educação Infantil, o que dificulta a proposição de estratégias conseqüentes e bem sucedidas de inclusão. Crianças cegas que receberam estimulação constante e especializada ou estimulação assistemática têm diferentes possibilidades de exploração do ambiente que compartilham com os colegas na escola e de interação com seus pares. Essas possibilidades podem estar fortemente relacionadas à possibilidade de deslocamento independente e seguro no espaço que freqüentam proporcionado pelo desenvolvimento motor. Os objetivos gerais desse estudo, realizados em classes inclusivas da Educação Infantil, foram: 1) caracterizar a interação social de crianças cegas que receberam ou não estimulação constante e especializada; 2) caracterizar a interação social de crianças cegas e videntes; 3) avaliar o efeito de procedimentos de intervenção em ambiente escolar inclusivo no repertório de interação social de uma criança cega com crianças videntes e no seu desenvolvimento motor. Participaram desse estudo duas crianças cegas de diferentes instituições, com até 5 anos de idade e seus colegas freqüentadores da sala regular. Foram organizadas situações em que as crianças pudessem brincar livremente e atividades semi-estruturadas que tinham o intuito de promover a interação entre as crianças e o desenvolvimento motor da criança cega que recebeu estimulação assistemática. Os desempenhos das crianças foram videogravados durante as situações de brincadeira. O tratamento de dados adotou um sistema de classificação de interações entre crianças que permitiu a análise comparativa das interações estabelecidas pelas crianças cegas e videntes. Para avaliação da intervenção foram identificadas as manifestações de comportamentos da criança cega referentes à interação social listados como objetivos específicos. Para avaliar o possível progresso do desenvolvimento motor da criança cega foram realizadas avaliações antes e depois das atividades semi-estruturadas por meio do Inventário Portage Operacionalizado. Foram encontradas diferenças significativas ao se comparar as características das interações das crianças cegas com as das videntes, bem como na comparação dos desempenhos das duas crianças cegas. No presente estudo se observou que havendo estimulação constante e especializada a criança cega apresenta comportamentos semelhantes aos de uma criança vidente no ambiente escolar. Com a estimulação do desenvolvimento motor e interação social da criança cega que havia recebido estimulação assistemática, desempenhos motores e comportamentos interativos foram incluídos em seu repertório.
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Análise do uso da linguagem em crianças com deficiência visual sob uma perspectiva funcional.

Oliveira, Jáima Pinheiro de 12 March 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:46:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissJPO.pdf: 1345806 bytes, checksum: 9f0888d7d4cc44d6ec14b6170fec6a6d (MD5) Previous issue date: 2004-03-12 / The importance of the language for the visual impairments children is unquestionable. Therefore, it is in function of it that they plan, modify or they improve their behavior. In the scientific field, it is discussed until the point the absence of the vision intervenes in its acquisition, development and use. The main objective of this study was to analyse the differences and similarities between the pragmatic performance of the language of visual impairments and sighted children in different contexts. Six preschoolers and their mothers had participated in the set of observations: two blind children; two visual impairments children; and two sighted children. The participants from Instituto dos Cegos do Brasil Central (MG) were chosen after a critical selection performed by clinical diagnostic and anamnese interviews with their mothers. Free and planned monitoring sections were performed in their homes and in the Instituto dos Cegos. In addition, the sections were taperecorded. The analyses of different situations were based on the functional use of the language, being considered communicative functions, as well as the ways used in the emissions. The results had indicated that the predominant way in the communication is the verbal one. The children with low vision capacity used more motor actions, because of the attempt to nominate them verbally, later. The blind children used more the verbal way in its communication, mainly to require information of the environment and after that to plan or to modify its behavior. In relation to the stimulation in their homes, it was possible to verify the use of materials adapted (ball-bell) by some mothers as well as alterations in the interaction between mother-child, which was evidenced mainly for low the frequency of communicative functions arisen from the children. The results of the study had important educational implications, mainly for the interventions with the family in their homes. / A importância da linguagem para as crianças deficientes visuais é indiscutível, pois trata-se da principal forma de promover sua interação social, além de ser fundamental na mediação de todo o seu processo de aprendizagem. No âmbito científico se discute até que ponto a ausência da visão interfere na aquisição da linguagem, seu desenvolvimento e uso. O objetivo principal desse estudo foi analisar diferenças e semelhanças entre o desempenho pragmático da linguagem de crianças deficientes visuais e crianças com visão normal em diferentes contextos. O estudo também objetivou identificar as estratégias utilizadas pelas mães das crianças com deficiência visual para auxiliá-las em sua comunicação para suprir o suposto déficit apontado pela literatura. Participaram do estudo seis crianças em idade préescolar de ambos os sexos, sendo: duas cegas, duas com baixa visão e duas com visão normal. Os participantes, oriundos do Instituto dos Cegos do Brasil Central MG, foram selecionados através de critérios específicos por meio das entrevistas de anamnese feitas com as mães e de diagnóstico médico. Foram realizadas sessões de observação, para coleta de dados, em ambiente pré-escolar (no Instituto) e ambiente familiar, onde foram efetuadas as filmagens em situações livres e planejadas. A análise dos dados foi baseada no uso funcional da linguagem, sendo consideradas funções comunicativas, bem como os meios utilizados para emiti-las. Os dados do desenvolvimento das crianças nos primeiros anos de vida, obtidos na entrevista, e o nível de estimulação em ambiente familiar também foram analisados. Os resultados indicaram que o meio predominante na comunicação das crianças foi o verbal, porém, as crianças com baixa visão utilizaram em demasia ações motoras, em função da necessidade de explorar os objetos, aproximando-os dos olhos, na tentativa de identificá-los ou nomeá-los. Quanto às funções, foi observada uma tendência na comunicação das crianças cegas em solicitar ações ou informações do ambiente, ao interlocutor, enquanto as crianças com baixa visão emitiram funções mais ligadas a manipulação de objetos (jogo e exploratória). As crianças com visão normal emitiram funções de caráter visual, ou seja nomeações de objetos, assim como descrição de propriedades destes. Em relação ao nível de estimulação em ambiente familiar, foi verificado o uso de materiais adaptados (bola com guizo) por algumas mães, mas também alterações na interação entre mãe-criança, indicadas principalmente pela baixa freqüência de funções comunicativas. Dentre as implicações do estudo, destaca-se a necessidade de intervenção (em ambiente domiciliar) com as mães das crianças de risco, no sentido de fornecer condições para favorecer o uso da linguagem dessas crianças, promovendo de modo geral seu desenvolvimento e aprendizagem durante um período tão importante que é a fase pré-escolar.
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Um estudo de caso com uma criança cega e uma vidente (gêmeas idênticas): habilidades sociais das crianças, crenças e práticas educativas da mãe / A study of case with one blind and one sighted child (identicals twins: children s social skills, mother s beliefs and educative pratices.

Costa, Carolina Severino Lopes da 28 February 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:46:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 592.pdf: 666034 bytes, checksum: a7eb721ac07da78d431e418a8eeadcfc (MD5) Previous issue date: 2005-02-28 / Financiadora de Estudos e Projetos / The repertoire of social skills of blind and sighted children can be different from each other, inasmuch as the absence of the sense of sight prevents the blind children from using the same resources as those commonly used by the sighted ones, for example the visual imitation in the process of learning social skills and behaviors. The area of Social Skills Training (SST) was the theoretical and practical reference for this study, whose general aim was to describe and characterize the social performances of two identical twins aged ten years old: Célia, who is blind; and Virna, who is sighted. In addition, the beliefs and educational practices of their mother, who is their main caregiver, were identified. The data were obtained by conducting an interview with the mother as well as by filming the children during free situations. A transcript was made of the mother s answers to the questions from the interview script, and then the content was analyzed by theme. According to a protocol for observing the free situations, the films were assessed so that the children s performances enabled to infer the categories of social skills. The results showed that the mother considers that Virna is more independent to perform certain activities, while Célia requires more care and attention, besides being more subject to restrictions. The results also showed that the sighted child presented a wider and more refined repertoire of social skills in relation to her sister. From the data, it is possible to conclude that blind and sighted children have distinct social skills repertories, and the existing differences can be related to the blind variable as well as to the differences in the way the caretaker stimulates the children. Therefore, it is considered important to plan programs aiming to maximize the social development of visually impaired children, including social skills training and advices for the caregivers. / O repertório de habilidades sociais de crianças cegas e videntes pode ser diferente, uma vez que a ausência do sentido da visão impede que as crianças cegas utilizem recursos comumente utilizados pelas crianças videntes, como, por exemplo, a imitação visual durante o processo de aprendizagem de habilidades e comportamentos sociais. A área do Treinamento de Habilidades Sociais (THS) foi a referência teórica e prática do presente estudo, cujo objetivo geral foi o de descrever e caracterizar o desempenho social de duas crianças, gêmeas idênticas, com dez anos de idade: Célia, que é cega; e Virna, que é vidente. Além disso, foram identificadas as crenças e práticas educativas da mãe, principal cuidadora dessas crianças. Os dados foram obtidos por meio da realização de uma entrevista com a mãe, bem como por meio de filmagens das crianças em situações livres. As respostas da mãe referentes às questões do roteiro de entrevista foram transcritas, procedendo-se, então, uma análise de conteúdo por tema. A filmagem foi avaliada de acordo com um protocolo de observação das situações livres, de modo que os desempenhos das crianças possibilitaram inferir as classes de habilidades sociais. Os resultados mostraram que a mãe considera que Virna é mais independente ao desempenhar determinadas atividades, enquanto que Célia requer maior número de cuidados, além estar sujeita a um número maior de restrições. Os resultados mostraram, ainda, que a criança vidente apresentou repertório de habilidades sociais mais amplo e refinado do que o de sua irmã. Com base nos dados, é possível concluir que crianças cegas e videntes possuem repertórios de habilidades sociais distintos, sendo que as diferenças existentes podem estar relacionadas tanto à variável cegueira quanto às diferenças na maneira como a cuidadora estimula as crianças. Dessa forma, considera-se indicado o planejamento de programas que visem maximizar o desenvolvimento social de crianças deficientes visuais, incluindo os de treinamento das habilidades sociais e de orientação para pais.

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