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Eletrorretinograma de campo total em cães diabéticos com catarata / Full field electroretinogram in diabetic dogs with cataractSafatle, Angélica de Mendonça Vaz 20 May 2008 (has links)
Diabete melito (DM) é uma doença freqüente, complexa e multifatorial, caracterizada pela ausência absoluta ou relativa de insulina, correspondendo a uma das principais endocrinopatias no cão. Freqüentemente, o cão diabético é acometido por catarata, resultando em cegueira e impossibilitando a oftalmoscopia, diferentemente do homem, no qual a oftalmoscopia permite diagnosticar, estadiar e tratar a retinopatia diabética (RD) que é uma microangiopatia que afeta primariamente as arteríolas précapilares, capilares, vênulas pós-capilares e vasos de maior calibre. Na presença de opacidade densa de meios, a avaliação da função retiniana pode ser feita com o Eletrorretinograma de Campo Total (ERG) que é o traçado obtido da resposta elétrica produzida pela retina, em conseqüência à estimulação luminosa, fornecendo dados objetivos. O presente estudo objetivou avaliar as alterações eletrorretinográficas em cães diabéticos portadores de catarata madura ou hipermadura, seguindo o protocolo da International Society for Clinical Electrophysiology of Vision (ISCEV), avaliando a prevalência e a gravidade da retinopatia diabética nesta espécie. Foram realizados exames em 74 cães (53 fêmeas e 21 machos), de 6 a 13 anos de idade (média 9,4 anos), provenientes do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo divididos em 3 grupos: GN (grupo normal) - cães normais; GC (grupo catarata) - cães com catarata (madura e hipermadura); GD (grupo diabete melito) - cães com catarata e com DM. Nos três grupos, foram mensurados a amplitude pico a pico em microvolts (µV) e o tempo de culminação da onda-b em milisegundos (ms). Observou-se tendência de queda nas amplitudes das respostas no grupo dos animais diabéticos (GD), quando comparado com os grupos GN e GC. Esta redução foi estatisticamente significante (p< 0,05) na amplitude dos bastonetes e nos potenciais oscilatórios quando se comparou GN com GD (61,4µV versus 46,7µV; 9,8µV versus 6,2µV, respectivamente); e na amplitude do Flicker quando se comparou GN com GC (14,1µV versus 9,2µV) e GN com GD (14,1 versus 5,9µV). Houve aumento (atraso) do tempo de culminação da onda-b nos grupos GC e GD comparado com GN. Esta diferença foi estatisticamente significante quando se comparou GN com GC (48,3ms versus 54,0ms) e GN com GD na resposta de bastonetes (48,3ms versus 55,8ms), máxima resposta (29,6ms versus 33,0ms), resposta de cones (29,0ms versus 31,5ms) e Flicker. (21,6ms versus 24,4ms). Com estes dados, pode-se sugerir que estes cães portadores de DM apresentaram retinopatia diabética. / Diabetes mellitus (DM) is a common, complex and multifactorial disease characterized by absolute and/or relative absence of insulin, composing one of the most important dog\'s endocrinopathies. Diabetic dogs are frequently affected by cataracts, resulting in blindness and impossibility to visualize the fundus, in contrast to the humans in whom the ophthamoscopic examination allows the diagnosis, staging and treatment of the diabetic retinopathy (DR). The DR is a microangiopathy that affects specially the pre-capillary arterioles, capillaries, post-capillary venulas and large vessels. In the presence of dense opacity of the lens, the retina function may be evaluated with Full Field Electroretinography (ERG), which is the trace obtained from the retina electric response due to the luminous stimulation resulting in objective data. The aim of this study was to evaluate the electroretinographic alterations in diabetic dogs with mature or hypermature cataracts, following the International Society for Clinical Electrophysiology of Vision (ISCEV) protocol. Thus, the prevalence and the severity of the diabetic retinopathy were evaluated in this specie. ERG examinations were performed in seventy-four dogs, from 6 to 13 years old (medium 9.4 years old). Fifty-three were females and 21 males, from the Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. The animals were divided in three groups: Group N (GN) - normal dogs; Group C (GC) - dogs with cataracts (mature and hypermature); Group D (GD) - dogs with cataracts and DM. The peak to peak amplitude in microvolts (µV) and the b-wave implicity time in milliseconds (ms) were measured. There was a decrease in amplitude of the responses in diabetic animals, compared to groups N and C. This reduction was statistically significant (p< 0.05) in rod amplitude and POs when compared GN with GD (61.4µV versus 46.7µV; 9.8µV versus 6.2µV, respectively); and Flicker amplitude when compared GN with GC (14.1µV versus 9.2µV) and GN with GD (14.1 versus 5.9µV). There was an augmentation of the implicity time in the diabetic animals, compared to groups GN and GC. This difference was statistically significant when compared GN with GC in rod response (48.3ms versus 54.0ms) and GN with GD in rod response (48.3ms versus 55.8ms), maximum response (29.6ms versus 33.0ms), cone response (29.0ms versus 31.5ms) and Flicker (21.6ms versus 24.4ms). Based on these data from ERG exam, it can be suggested that these diabetic dogs presented diabetic retinopathy.
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Padronização do eletrorretinograma de campo total em cães da raça Yorkshire Terrier / Full-field electrorretinogram standardization in Yorkshire Terrier dogsEyherabide, Ana Rodrigues 08 June 2016 (has links)
O eletrorretinograma de campo total consiste no registro da resposta elétrica difusa gerada pelas células da retina, e é considerado, nos cães, um exame essencial, principalmente nos casos de encaminhamento de cirurgia de catarata e em doenças que afetam a função retiniana. Todavia, diversos fatores podem influenciar nos valores de amplitude e tempo de culminação das respostas obtidas no exame, como idade do animal, raça, presença de catarata e seu estágio de desenvolvimento e uso da anestesia ou sedação. O objetivo desse estudo foi avaliar a interferência da idade e do estágio de desenvolvimento da catarata, além de padronizar valores da resposta dos eletrorretinogramas, nos cães da raça Yorkshire Terrier, com uso de sedação. Foram selecionadas 84 fichas e 157 olhos de exames realizados no período de 2006 a 2013. Utilizou-se aparelho de eletrorretinograma de campo total BMP-200 e eletrodo ativo corneal ERG-jet. Amplitude de pico a pico e tempo de culminação de resposta de bastonetes, máxima e cones foram obtidas. Os animais foram separados de acordo com as faixas etárias:1 a 5 anos de idade, 6 a 10 anos de idade e 11 a 15 anos de idade. Adicionalmente, os olhos selecionados foram divididos pelo estágio de desenvolvimento da catarata apresentada: incipiente, imatura, madura e hipermadura. Testes ANOVA de duas vias foram realizados para determinar possível diferença entre os grupos de tipos de catarata e entre as faixas etárias. Os valores padrão de cada grupo foi descrito. Houve diferença na amplitude da resposta de bastonetes, máxima e cones entre todas as faixas etárias, além de diferença no tempo de culminação da resposta máxima entre as faixas etárias. O aumento da idade do animal mostrou-se como o fator mais influente nos valores de amplitude de bastonetes, máxima e cones. O tempo de culminação, no entanto, mostrou-se mais estável. Os diferentes estágios de desenvolvimento de catarata apresentaram pouca interferência na resposta final do eletrorretinograma. Conclui-se que a idade é o principal fator de interferência do eletrorretinograma de campo total nos cães, nos valores de amplitude pico a pico, nas respostas de bastonetes, máxima e cones. A presença de catarata e seu estágio de desenvolvimento não foram significativos / Full field electroretinogram is the record of a diffuse electrical response generated by the cells in the retina and is considered, in dogs, fundamental in cataract cases prior to surgery and retinal function affecting diseases. There are several aspects, however, that may influence amplitude and implicit time values of the exam, such as age, breed, cataract existence and stage of cataract development and anesthesia or sedation protocol. The aim of this study was to assess age and stage of cataract development interference and, additionally, standardize electroretinogram values in Yorkshire Terrier dogs using sedation. 84 records and 157 eyes were selected from 2006 to 2013 period. The BMP-200 full field electroretinogram system was used along with corneal active ERG-Jet contact lens electrode. Amplitude and implicit time values of rods, mixed rod-cone and cones were obtained. All animals were separated according the following age group: 1 to 5 years old, 6 to 10 years old and 11 to 15 years old. Additionally, the selected eyes were separated by cataract development stage, such as: incipient, immature, mature and hypermature cataract. Two-way ANOVA tests were performed to determine possible difference between cataract stage groups and age groups. Standardize values of each group was reported. There was difference in amplitude values response of rod, mixed rod-cones and cones amplitude in all age groups, in addition to difference in implicit time values of mixed rod-cones in all age groups. Animal age progression was found as the most influent factor in rod, mixed rod-cones and cones amplitude values. Implicit time values, however, exhibit a more stable response values. Cataract stage development was not substantial in influence amplitude values of rod, mixed rodcones and cone final electroretinogram responses. This study has shown that age is the main factor of full field electroretinogram interference in amplitude values response of rod, mixed rod-cones and cones in dogs. The presence of cataract and the development stage were not relevant
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Eletrorretinograma de campo total em cães diabéticos com catarata / Full field electroretinogram in diabetic dogs with cataractAngélica de Mendonça Vaz Safatle 20 May 2008 (has links)
Diabete melito (DM) é uma doença freqüente, complexa e multifatorial, caracterizada pela ausência absoluta ou relativa de insulina, correspondendo a uma das principais endocrinopatias no cão. Freqüentemente, o cão diabético é acometido por catarata, resultando em cegueira e impossibilitando a oftalmoscopia, diferentemente do homem, no qual a oftalmoscopia permite diagnosticar, estadiar e tratar a retinopatia diabética (RD) que é uma microangiopatia que afeta primariamente as arteríolas précapilares, capilares, vênulas pós-capilares e vasos de maior calibre. Na presença de opacidade densa de meios, a avaliação da função retiniana pode ser feita com o Eletrorretinograma de Campo Total (ERG) que é o traçado obtido da resposta elétrica produzida pela retina, em conseqüência à estimulação luminosa, fornecendo dados objetivos. O presente estudo objetivou avaliar as alterações eletrorretinográficas em cães diabéticos portadores de catarata madura ou hipermadura, seguindo o protocolo da International Society for Clinical Electrophysiology of Vision (ISCEV), avaliando a prevalência e a gravidade da retinopatia diabética nesta espécie. Foram realizados exames em 74 cães (53 fêmeas e 21 machos), de 6 a 13 anos de idade (média 9,4 anos), provenientes do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo divididos em 3 grupos: GN (grupo normal) - cães normais; GC (grupo catarata) - cães com catarata (madura e hipermadura); GD (grupo diabete melito) - cães com catarata e com DM. Nos três grupos, foram mensurados a amplitude pico a pico em microvolts (µV) e o tempo de culminação da onda-b em milisegundos (ms). Observou-se tendência de queda nas amplitudes das respostas no grupo dos animais diabéticos (GD), quando comparado com os grupos GN e GC. Esta redução foi estatisticamente significante (p< 0,05) na amplitude dos bastonetes e nos potenciais oscilatórios quando se comparou GN com GD (61,4µV versus 46,7µV; 9,8µV versus 6,2µV, respectivamente); e na amplitude do Flicker quando se comparou GN com GC (14,1µV versus 9,2µV) e GN com GD (14,1 versus 5,9µV). Houve aumento (atraso) do tempo de culminação da onda-b nos grupos GC e GD comparado com GN. Esta diferença foi estatisticamente significante quando se comparou GN com GC (48,3ms versus 54,0ms) e GN com GD na resposta de bastonetes (48,3ms versus 55,8ms), máxima resposta (29,6ms versus 33,0ms), resposta de cones (29,0ms versus 31,5ms) e Flicker. (21,6ms versus 24,4ms). Com estes dados, pode-se sugerir que estes cães portadores de DM apresentaram retinopatia diabética. / Diabetes mellitus (DM) is a common, complex and multifactorial disease characterized by absolute and/or relative absence of insulin, composing one of the most important dog\'s endocrinopathies. Diabetic dogs are frequently affected by cataracts, resulting in blindness and impossibility to visualize the fundus, in contrast to the humans in whom the ophthamoscopic examination allows the diagnosis, staging and treatment of the diabetic retinopathy (DR). The DR is a microangiopathy that affects specially the pre-capillary arterioles, capillaries, post-capillary venulas and large vessels. In the presence of dense opacity of the lens, the retina function may be evaluated with Full Field Electroretinography (ERG), which is the trace obtained from the retina electric response due to the luminous stimulation resulting in objective data. The aim of this study was to evaluate the electroretinographic alterations in diabetic dogs with mature or hypermature cataracts, following the International Society for Clinical Electrophysiology of Vision (ISCEV) protocol. Thus, the prevalence and the severity of the diabetic retinopathy were evaluated in this specie. ERG examinations were performed in seventy-four dogs, from 6 to 13 years old (medium 9.4 years old). Fifty-three were females and 21 males, from the Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. The animals were divided in three groups: Group N (GN) - normal dogs; Group C (GC) - dogs with cataracts (mature and hypermature); Group D (GD) - dogs with cataracts and DM. The peak to peak amplitude in microvolts (µV) and the b-wave implicity time in milliseconds (ms) were measured. There was a decrease in amplitude of the responses in diabetic animals, compared to groups N and C. This reduction was statistically significant (p< 0.05) in rod amplitude and POs when compared GN with GD (61.4µV versus 46.7µV; 9.8µV versus 6.2µV, respectively); and Flicker amplitude when compared GN with GC (14.1µV versus 9.2µV) and GN with GD (14.1 versus 5.9µV). There was an augmentation of the implicity time in the diabetic animals, compared to groups GN and GC. This difference was statistically significant when compared GN with GC in rod response (48.3ms versus 54.0ms) and GN with GD in rod response (48.3ms versus 55.8ms), maximum response (29.6ms versus 33.0ms), cone response (29.0ms versus 31.5ms) and Flicker (21.6ms versus 24.4ms). Based on these data from ERG exam, it can be suggested that these diabetic dogs presented diabetic retinopathy.
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Padronização do eletrorretinograma de campo total em cães da raça Yorkshire Terrier / Full-field electrorretinogram standardization in Yorkshire Terrier dogsAna Rodrigues Eyherabide 08 June 2016 (has links)
O eletrorretinograma de campo total consiste no registro da resposta elétrica difusa gerada pelas células da retina, e é considerado, nos cães, um exame essencial, principalmente nos casos de encaminhamento de cirurgia de catarata e em doenças que afetam a função retiniana. Todavia, diversos fatores podem influenciar nos valores de amplitude e tempo de culminação das respostas obtidas no exame, como idade do animal, raça, presença de catarata e seu estágio de desenvolvimento e uso da anestesia ou sedação. O objetivo desse estudo foi avaliar a interferência da idade e do estágio de desenvolvimento da catarata, além de padronizar valores da resposta dos eletrorretinogramas, nos cães da raça Yorkshire Terrier, com uso de sedação. Foram selecionadas 84 fichas e 157 olhos de exames realizados no período de 2006 a 2013. Utilizou-se aparelho de eletrorretinograma de campo total BMP-200 e eletrodo ativo corneal ERG-jet. Amplitude de pico a pico e tempo de culminação de resposta de bastonetes, máxima e cones foram obtidas. Os animais foram separados de acordo com as faixas etárias:1 a 5 anos de idade, 6 a 10 anos de idade e 11 a 15 anos de idade. Adicionalmente, os olhos selecionados foram divididos pelo estágio de desenvolvimento da catarata apresentada: incipiente, imatura, madura e hipermadura. Testes ANOVA de duas vias foram realizados para determinar possível diferença entre os grupos de tipos de catarata e entre as faixas etárias. Os valores padrão de cada grupo foi descrito. Houve diferença na amplitude da resposta de bastonetes, máxima e cones entre todas as faixas etárias, além de diferença no tempo de culminação da resposta máxima entre as faixas etárias. O aumento da idade do animal mostrou-se como o fator mais influente nos valores de amplitude de bastonetes, máxima e cones. O tempo de culminação, no entanto, mostrou-se mais estável. Os diferentes estágios de desenvolvimento de catarata apresentaram pouca interferência na resposta final do eletrorretinograma. Conclui-se que a idade é o principal fator de interferência do eletrorretinograma de campo total nos cães, nos valores de amplitude pico a pico, nas respostas de bastonetes, máxima e cones. A presença de catarata e seu estágio de desenvolvimento não foram significativos / Full field electroretinogram is the record of a diffuse electrical response generated by the cells in the retina and is considered, in dogs, fundamental in cataract cases prior to surgery and retinal function affecting diseases. There are several aspects, however, that may influence amplitude and implicit time values of the exam, such as age, breed, cataract existence and stage of cataract development and anesthesia or sedation protocol. The aim of this study was to assess age and stage of cataract development interference and, additionally, standardize electroretinogram values in Yorkshire Terrier dogs using sedation. 84 records and 157 eyes were selected from 2006 to 2013 period. The BMP-200 full field electroretinogram system was used along with corneal active ERG-Jet contact lens electrode. Amplitude and implicit time values of rods, mixed rod-cone and cones were obtained. All animals were separated according the following age group: 1 to 5 years old, 6 to 10 years old and 11 to 15 years old. Additionally, the selected eyes were separated by cataract development stage, such as: incipient, immature, mature and hypermature cataract. Two-way ANOVA tests were performed to determine possible difference between cataract stage groups and age groups. Standardize values of each group was reported. There was difference in amplitude values response of rod, mixed rod-cones and cones amplitude in all age groups, in addition to difference in implicit time values of mixed rod-cones in all age groups. Animal age progression was found as the most influent factor in rod, mixed rod-cones and cones amplitude values. Implicit time values, however, exhibit a more stable response values. Cataract stage development was not substantial in influence amplitude values of rod, mixed rodcones and cone final electroretinogram responses. This study has shown that age is the main factor of full field electroretinogram interference in amplitude values response of rod, mixed rod-cones and cones in dogs. The presence of cataract and the development stage were not relevant
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Estudo eletrofisiológico de modelo animal para retinopatia da prematuridade / Electrophysiological Study of an Animal Model for Retinopathy of PrematurityPanassiol, Ricardo Tiosso 02 October 2017 (has links)
A retinopatia da prematuridade é uma doença ocular do desenvolvimento associada a um crescimento vascular retiniano anormal e ocorre somente em recém-nascidos com menos de 32 semanas de gestação e submetidos a longos períodos em incubadoras, tipicamente ricas em oxigênio. A doença possui duas fases: (1) a inibição do desenvolvimento normal de vasos na retina, decorrente da hiperóxia induzida pelo ambiente da incubadora; (2) neovascularização retiniana devido ao aumento de fatores de crescimento desencadeados pela pouca disponibilidade de oxigênio fora da incubadora. O objetivo deste trabalho é avaliar a função visual em um modelo animal de retinopatia da prematuridade, comparando-o a animais sadios. Eletrorretinogramas (ERGs) de campo total foram realizados em camundongos (Mus musculus) controle e camundongos submetidos hiperoxigenação em câmara hiperbárica (75% de oxigênio) durante o desenvolvimento retiniano pós-natal para entender as perdas visuais que ocorrem na retinopatia da prematuridade. Foram utilizados 122 animais, divididos em dois grupos: no grupo controle¸ ERGs foram realizados em P17 (n = 32), P30 (n = 26) e P60 (n = 44) com estimulação em comprimentos de onda distintos (LEDs com pico de emissão em 365 nm, 459 nm, 525 nm e 635 nm) para avaliação da atividade funcional da retina ao longo do desenvolvimento, não passando por nenhuma manipulação experimental adicional; no grupo experimental, os animais foram submetidos à hiperoxigenação de P7 a P12 para indução da angiogênese e avaliados com ERGs com estimulação em 459 nm em P17 (n = 7), P30 (n = 6) e P60 (n = 7), para acompanhar o desenvolvimento retiniano. Todos os animais foram adaptados ao escuro por pelo menos duas horas antes da realização dos experimentos. Em sessão de 40 a 60 minutos de duração, os animais foram submetidos a flashes de luz em intensidades crescentes. Amplitudes e latências das ondas a, b e potenciais oscilatórios foram medidas, e relações intensidade-resposta ajustadas com modelos matemáticos diferentes para comparação entre indivíduos e entre grupos. Os parâmetros obtidos com os ajustes foram comparados através de ANOVA e testes T de Student com as devidas correções de Bonferroni. Nos níveis luminosos testados, a onda b do ERG murino é majoritariamente dominada pela atividade dos bastonetes e a onda a majoritariamente dominada pelos cones. Os registros em animais em P17 e P30 do grupo controle foram similares aos realizados em P60 quanto à latência e amplitude de resposta, bem como quanto à sensibilidade e grau de cooperação entre os distintos elementos do ERG. Entretanto, as amplitudes máximas de resposta foram ligeiramente maiores em P30 para todos os comprimentos de onda e houve ligeira redução da sensibilidade absoluta ao longo do desenvolvimento. Para o grupo experimental, os animais em P17 sofreram as maiores perdas, com diminuições nas amplitudes de todos os componentes do ERG, sem prejuízo das latências ou sensibilidade. Também houve uma sucessiva recuperação das respostas ao longo do desenvolvimento animal. Esses achados indicam que o modelo de ROP em camundongos reproduz aspectos essenciais ao quadro patológico severo humano / The retinopathy of prematurity is an ocular developmental disorder associated with abnormal retinal vascular growth and occurs only in neonates younger than 32 weeks of gestation and undergoing long periods in incubators, typically rich in oxygen. The disease has two phases: (1) the inhibition of the normal development of vessels in the retina, due to the hyperoxia induced by the incubator environment; (2) retinal neovascularization due to the increase in growth factors triggered by the low availability of oxygen outside the incubator. The objective of this study is to evaluate the visual function in an animal model of retinopathy of prematurity, comparing it to healthy animals. Full-field electroretinogram (ERGs) were performed on control mice (Mus musculus) and that were exposed to a hyperbaric chamber (75% oxygen) during post-natal retinal development to understand the visual losses that occur in retinopathy of prematurity. We used 122 animals, divided into two groups: in the control group, ERGs were performed at P17 (n = 32), P30 (n = 26) and P60 (n = 44) with stimulation at different wavelengths (LEDs with peak of emission at 365 nm, 459 nm, 525 nm and 635 nm) for evaluation of the functional activity of the retina throughout the development, without any additional experimental manipulation; in the experimental group, animals were submitted to hyperoxogenation of P7 to P12 for induction of angiogenesis and evaluated with ERGs with stimulation at 459 nm in P17 (n = 7), P30 (n = 6) and P60 (n = 7) to follow up retinal development. All animals were dark adapted for at least two hours prior to the experiments. In sessions with 40 to 60 minutes, the animals were subjected to flashes of light at increasing intensities. Amplitudes and latencies of a-waves, b-waves and oscillatory potentials were measured, and intensity-response relationships adjusted with different mathematical models for comparison between individuals and between groups. The parameters obtained with the adjustments were compared through ANOVA and Student\'s T tests with the appropriate Bonferroni correction. In the light levels tested, the murine ERG b-wave is dominated by rod activity and the a-wave is dominated by the cones. The records in animals at P17 and P30 of the control group were similar to those performed at P60 regarding the latency and amplitude of response, as well as the sensitivity and degree of cooperation between the different ERG elements. However, the maximum response amplitudes were slightly higher at P30 at all wavelengths and there was slight reduction of absolute sensitivity throughout development. For the experimental group, the animals at P17 suffered the greatest losses, with decreases in the amplitudes of all the components of the ERG, without prejudice to the latencies or sensitivity. There was also a successive recovery of responses throughout animal development. These findings indicate that the ROP model in mice reproduces aspects essential to the severe human pathology
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Avaliação eletrorretinográfica pré e pós-operatória em cães diabéticos submetidos à facoemulsificação / Electroretinografic evaluation before and after phacoemulsification in diabetic dogsGomes, Débora 30 September 2013 (has links)
Diabete Melito (DM) é uma endocrinopatia frequentemente diagnosticada na clínica de pequenos animais e desenvolve-se pela deficiência relativa ou absoluta de insulina, sendo caracterizada pela hiperglicemia crônica. Complicações associadas ao DM são frequentes, dentre elas podemos citar catarata e retinopatia. A catarata, que é a oftalmopatia mais frequente nos cães, impossibilita à fundoscopia e nestes casos a avaliação da função retiniana pode ser feita com o auxílio do eletrorretinograma de campo total. O objetivo deste estudo foi avaliar a progressão da retinopatia diabética por meio de eletrorretinograma (ERG) de campo total pré e pós-operatória (180 dias) em cães portadores de catarata madura e hipermadura submetidos à facoemulsificação. Vinte e quatro cães (Grupo Diabético (DM) = 12 cães; Grupo Não Diabético (NDM) = 12 cães) de raças diversas foram avaliados. Previamente ao ERG, todos os cães foram submetidos ao exame oftalmológico completo e ultrassom ocular. Todos os cães foram sedados seguindo o mesmo protocolo. ERG de campo total foi realizado com sistema eletrodiagnóstico Veris 2000 e cúpula de estimulação (Ganzfeld), segundo o protocolo da ISCEV contendo 5 respostas. Para obtenção dos registros utilizou-se eletrodo bipolar Burian Allen. Avaliou-se a amplitude pico a pico das 5 respostas e o tempo de culminação da onda-b na resposta de bastonetes, máxima resposta, cones e flicker para cada registro em condições escotópicas e fotópicas. As respostas obtidas em cada olho no momento basal e após 6 meses foram comparadas por meio do teste de Wilcoxon. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para comparação de respostas dos olhos operados (OP) com os olhos contralaterais (OC), assim como para comparação entre os grupos DM e NDM. O efeito da cirurgia e do tempo de DM foi ainda avaliado por meio do cálculo das diferenças entre as respostas no momento pré e pós 6 meses de cada olho (delta OP e delta OC). Observou-se diferenças entre OP e OC, no momento pré, nas respostas dos bastonetes e da máxima resposta (amplitude e tempo de culminação onda-b). No momento pós, foram observados diferenças entre OP e OC no tempo de culminação dos bastonetes e flicker, e nas amplitudes do potencial oscilatório, cones e flicker. No grupo NDM, não foram observados diferenças entre os momentos pré e pós assim como entre OP e OC. Quando comparadas as respostas dos grupos DM e NDM, observou-se valores significativamente maiores no grupo DM, no tempo de culminação da onda-b na máxima resposta do OP no momento pós, no tempo de culminação da onda-b na máxima resposta OC no momento pós e no tempo de culminação da onda-b da resposta de cones no momento pré cirurgia. Não foram observados diferenças entre delta OP e delta OC dentro de cada grupo e entre os grupos. Todos os pacientes que participaram do estudo recuperaram a visão após a cirurgia, sugerindo que a inflamação pós cirúrgica foi controlada com a medicação prescrita nos 2 grupos estudados. Conclui-se que a facoemulsificação representa mínimo impacto na evolução da retinopatia diabética em cães. A remoção cirúrgica da catarata não deve ser contraindicada nesta espécie, independentemente se o animal é ou não portador de DM, por resultar em melhoria da visão. / Diabetes mellitus (DM) is a common endocrinopathy in the small animals practice and it develops as a relative or absolute insulin deficiency characterized by a chronic hyperglycemia. There are frequent complications, such as cataracts, retinopathy, resulting in visual impairment. Cataracts are dogs most frequent ophthalmic affection and, since it prevents fundoscopic examination, full-field electroretinography is used for retinal functional evaluation. Therefore, to provide a better understanding of diabetic retinopathy (DR) progression in dogs with mature and hypermature cataracts undergoing phacoemulsification surgery, this study aims to analyze the full-field electroretinogram prior and 180 days post cataracts removal. Twenty four dogs (diabetic group (DM) = 12 dogs and non-diabetic group (NDM) = 12 dogs), from different breeds were evaluated. Before the ERG, all animals were submitted to a complete ophthalmic examination and ocular ultrasonography. All dogs were sedated following the same anesthetic protocol. The full-field ERG was recorded using 2000 VERIS system and a dome stimulator (ganzfeld) according to ISCEV five response standard. The recordings were obtained using bipolar Burian Allen electrodes. Peak to peak amplitude five response and b-wave culmination time in rod responses, maximum response, cone and flicker were evaluated in scotopic and photopic conditions. The responses obtained in each eye at baseline and after 6 months were compared using the Wilcoxon test. The Mann-Whitney test was used to compare the responses of the operated eyes (OP) and the contralateral eyes (OC) as well as for comparison between groups DM and NDMAs. The effect of surgery and duration of DM was assessed by calculating the differences between the responses prior and six months after surgery, of each eye (delta delta OP and OC). There were differences between OP and OC, in the baseline values, in rod responses and maximum response (amplitude values and b-wave implicit time). After phacoemulsification, differences were observed between OP and OC in b-wave implicit time of rods and flicker, and the amplitudes of the oscillatory potentials, cone and flicker. In the NDM group, no differences were observed between pre and post evaluations between OP and OC. Comparing the responses of DM and NDM groups, there were significantly higher values in the DM group, in b-wave implicit time and in maximum response of OP after caratact removal, and also, of the b-wave implicit time in the maximum response in OC after surgery and, finally, in the b-wave implicit time of cone response prior to the surgery. No differences were observed between delta OP and delta OC within each group and between groups. All patients recovered vision after surgery, suggesting that post-surgery inflammation was controlled by the prescribed medication in both groups. The phacoemulsification surgery did not appear to have a great impact on diabetic retinopathy evolution in dogs. Cataract surgery should not be contraindicated in this species, regardless of the presence of DM, as it can result in sight improvement.
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Valores normativos para o eletrorretinograma de campo totalJACOB, Mellina Monteiro 02 May 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Muitos laboratórios de eletrofisiologia visual não possuem seus próprios valores de normalidade para o eletrorretinograma de campo total. Isto prejudica a confiabilidade dos diagnósticos de diversas doenças que afetam as vias visuais. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi estabelecer os valores normativos para o teste Eletrorretinograma de Campo Total para o Laboratório de Neurologia Tropical (LNT) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Realizaram o eletrorretinograma 68 indivíduos saudáveis e sem queixas visuais divididos em três grupos de acordo com a faixa etária: 36 indivíduos pertenceram ao grupo 1 (entre 17 e 30 anos), 21 indivíduos ao grupo 2 (entre 31 e 45 anos) e 11 indivíduos ao grupo 3 (entre 46 e 60 anos). O protocolo de realização do teste seguiu as recomendações da ISCEV, com a utilização de seis tipos de estimulação. Quatro após adaptação escotópica e estimulação com intensidades de: 0,01 cd.s/m2 (resposta de bastonetes), 3,0 cd.s/m2 (resposta mista de cones e bastonetes e potenciais oscilatórios) e 10,0 cd.s/m2 (resposta mista adicional). Dois após adaptação fotópica em fundo de 30 cd/m2: 3,0 cd.s/m2 (resposta de cones e Flicker 30Hz). Para a análise dos resultados foram calculados os valores de amplitude e tempo implícito das ondas a e b obtidas em resposta a cada um dos seis tipos de estimulação utilizados. Estes valores foram descritos estatisticamente através da mediana, intervalos de confiança, 1º e 3º quartis, coeficiente de variação, média, desvio padrão e valores mínimos e máximos. Os grupos de maior faixa etária apresentaram menores valores de amplitude e atraso no tempo implícito. A utilização da transformada wavelet permitiu a melhor visualização das ondas sem alteração de amplitude e tempo implícito. Portanto, os valores normativos obtidos podem servir como parâmetros de normalidade confiáveis para auxiliar o diagnóstico de doenças retinianas. / Many visual electrophysiology laboratories don’t have their own normal values for full-field electroretinogram. This impairs the reliability of the diagnosis of various diseases affecting the visual pathways. Thus, the purpose of this study was to establish normative values for the full-field electroretinogram to the Laboratory of Tropical Neurology (LNT) of the Federal University of Pará (UFPA). Were tested using the electroretinogram 68 healthy subjects without visual complaints, divided into three groups according to age group: 36 subjects belonged to group 1 (17 to 30 years), 21 subjects in group 2 (31 to 45 years) and 11 individuals in group 3 (46 to 60 years). Six types of stimulus that follow ISCEV standards were presented. Four dark-adapted: 0.01 cd.s/m2 (rod response), 3.0 cd.s/m2 (mixed response and oscillatory potentials) and 10.0 cd.s/m2 (mixed additional response). Two light-adapted, 3.0 cd.s/m2 (Cone response and Flicker 30Hz), with 30 cd/m2 background adaptation. For analysis, a-wave and b-wave amplitude and implicit times values were calculated. These values were statistically described using the following values: median, confidence interval, 1st and 3rd quartiles, coefficient of variation, mean, standard deviation and minimum and maximum values. The older age groups had lower amplitude and delayed implicit time. Wavelet transform allowed better visualization of waves without change of amplitude and implicit time. Therefore, the normative values obtained can serve as reliable parameters of normality to assist the diagnosis of retinal diseases.
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Estudo eletrofisiológico de modelo animal para retinopatia da prematuridade / Electrophysiological Study of an Animal Model for Retinopathy of PrematurityRicardo Tiosso Panassiol 02 October 2017 (has links)
A retinopatia da prematuridade é uma doença ocular do desenvolvimento associada a um crescimento vascular retiniano anormal e ocorre somente em recém-nascidos com menos de 32 semanas de gestação e submetidos a longos períodos em incubadoras, tipicamente ricas em oxigênio. A doença possui duas fases: (1) a inibição do desenvolvimento normal de vasos na retina, decorrente da hiperóxia induzida pelo ambiente da incubadora; (2) neovascularização retiniana devido ao aumento de fatores de crescimento desencadeados pela pouca disponibilidade de oxigênio fora da incubadora. O objetivo deste trabalho é avaliar a função visual em um modelo animal de retinopatia da prematuridade, comparando-o a animais sadios. Eletrorretinogramas (ERGs) de campo total foram realizados em camundongos (Mus musculus) controle e camundongos submetidos hiperoxigenação em câmara hiperbárica (75% de oxigênio) durante o desenvolvimento retiniano pós-natal para entender as perdas visuais que ocorrem na retinopatia da prematuridade. Foram utilizados 122 animais, divididos em dois grupos: no grupo controle¸ ERGs foram realizados em P17 (n = 32), P30 (n = 26) e P60 (n = 44) com estimulação em comprimentos de onda distintos (LEDs com pico de emissão em 365 nm, 459 nm, 525 nm e 635 nm) para avaliação da atividade funcional da retina ao longo do desenvolvimento, não passando por nenhuma manipulação experimental adicional; no grupo experimental, os animais foram submetidos à hiperoxigenação de P7 a P12 para indução da angiogênese e avaliados com ERGs com estimulação em 459 nm em P17 (n = 7), P30 (n = 6) e P60 (n = 7), para acompanhar o desenvolvimento retiniano. Todos os animais foram adaptados ao escuro por pelo menos duas horas antes da realização dos experimentos. Em sessão de 40 a 60 minutos de duração, os animais foram submetidos a flashes de luz em intensidades crescentes. Amplitudes e latências das ondas a, b e potenciais oscilatórios foram medidas, e relações intensidade-resposta ajustadas com modelos matemáticos diferentes para comparação entre indivíduos e entre grupos. Os parâmetros obtidos com os ajustes foram comparados através de ANOVA e testes T de Student com as devidas correções de Bonferroni. Nos níveis luminosos testados, a onda b do ERG murino é majoritariamente dominada pela atividade dos bastonetes e a onda a majoritariamente dominada pelos cones. Os registros em animais em P17 e P30 do grupo controle foram similares aos realizados em P60 quanto à latência e amplitude de resposta, bem como quanto à sensibilidade e grau de cooperação entre os distintos elementos do ERG. Entretanto, as amplitudes máximas de resposta foram ligeiramente maiores em P30 para todos os comprimentos de onda e houve ligeira redução da sensibilidade absoluta ao longo do desenvolvimento. Para o grupo experimental, os animais em P17 sofreram as maiores perdas, com diminuições nas amplitudes de todos os componentes do ERG, sem prejuízo das latências ou sensibilidade. Também houve uma sucessiva recuperação das respostas ao longo do desenvolvimento animal. Esses achados indicam que o modelo de ROP em camundongos reproduz aspectos essenciais ao quadro patológico severo humano / The retinopathy of prematurity is an ocular developmental disorder associated with abnormal retinal vascular growth and occurs only in neonates younger than 32 weeks of gestation and undergoing long periods in incubators, typically rich in oxygen. The disease has two phases: (1) the inhibition of the normal development of vessels in the retina, due to the hyperoxia induced by the incubator environment; (2) retinal neovascularization due to the increase in growth factors triggered by the low availability of oxygen outside the incubator. The objective of this study is to evaluate the visual function in an animal model of retinopathy of prematurity, comparing it to healthy animals. Full-field electroretinogram (ERGs) were performed on control mice (Mus musculus) and that were exposed to a hyperbaric chamber (75% oxygen) during post-natal retinal development to understand the visual losses that occur in retinopathy of prematurity. We used 122 animals, divided into two groups: in the control group, ERGs were performed at P17 (n = 32), P30 (n = 26) and P60 (n = 44) with stimulation at different wavelengths (LEDs with peak of emission at 365 nm, 459 nm, 525 nm and 635 nm) for evaluation of the functional activity of the retina throughout the development, without any additional experimental manipulation; in the experimental group, animals were submitted to hyperoxogenation of P7 to P12 for induction of angiogenesis and evaluated with ERGs with stimulation at 459 nm in P17 (n = 7), P30 (n = 6) and P60 (n = 7) to follow up retinal development. All animals were dark adapted for at least two hours prior to the experiments. In sessions with 40 to 60 minutes, the animals were subjected to flashes of light at increasing intensities. Amplitudes and latencies of a-waves, b-waves and oscillatory potentials were measured, and intensity-response relationships adjusted with different mathematical models for comparison between individuals and between groups. The parameters obtained with the adjustments were compared through ANOVA and Student\'s T tests with the appropriate Bonferroni correction. In the light levels tested, the murine ERG b-wave is dominated by rod activity and the a-wave is dominated by the cones. The records in animals at P17 and P30 of the control group were similar to those performed at P60 regarding the latency and amplitude of response, as well as the sensitivity and degree of cooperation between the different ERG elements. However, the maximum response amplitudes were slightly higher at P30 at all wavelengths and there was slight reduction of absolute sensitivity throughout development. For the experimental group, the animals at P17 suffered the greatest losses, with decreases in the amplitudes of all the components of the ERG, without prejudice to the latencies or sensitivity. There was also a successive recovery of responses throughout animal development. These findings indicate that the ROP model in mice reproduces aspects essential to the severe human pathology
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Efeito agudo e crônico do lufenuron sobre os parâmetros biológicos de tambaqui (Colossoma macropomum).SOARES, Priscila Rafaela Leão 25 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-25 / Capes / O lufenuron é um inseticida benzoilureia e uma substância tóxica que interfere na síntese de quitina nos insetos. Apesar do lufenuron ser um inseticida amplamente utilizado na agricultura e aquicultura, estudos relacionados aos possíveis efeitos tóxicos em diferentes grupos de animais são escassos na literatura. Este trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos tóxicos agudo e crônico do pesticida benzoilureia (lufenuron) sobre os parâmetros biológicos de Colossoma macropomum (Tambaqui). Para realização do teste agudo, juvenis de tambaqui foram divididos em um grupo controle e cinco grupos experimentais com exposição de 0,1 a 0,9 mg/L de lufenuron por 96 h, com replicata (n = 120). Os animais também foram submetidos a teste de toxicidade crônica por quatro meses em concentrações de 0,1 e 0,3 mg/L de lufenuron, e também um grupo controle (n = 60). A última concentração corresponde a 50% da CL50 96 h (0,58 mg/L) determinada no teste agudo. A presença de hemorragias foi observada nos olhos (hifema), nas nadadeiras e nos opérculos dos peixes expostos a 0,7 e 0,9 mg/L de lufenuron no teste agudo. Análises histológicas mostraram alterações na morfologia das brânquias dos peixes submetidos ao teste de toxicidade aguda, como aneurisma lamelar e congestionamento de sangue nas lamelas. No teste crônico, a análise de glicose no sangue e os parâmetros morfométricos não apresentaram diferenças significativas pelo teste de Tukey (p > 0,05). Em geral, C. macropomum exibiram comportamentos associados ao estresse quando exposto ao lufenuron em ambos os testes. O lufenuron promoveu danos na retina dos peixes como na capacidade de responder aos estímulos nas células fotorreceptoras e ON-bipolares no teste agudo. Deste modo, o lufenuron apresentou vários efeitos tóxicos em relação aos parâmetros biológicos em C. macropomum. Esta preocupação com o uso e descarte do lufenuron indica a exigência de ações ambientais, com a mitigação, para prevenir a bioacumulação e/ou biomagnificação. / Lufenuron is a benzoylurea insecticide and a toxic substance that interfere in chitin synthesis in insects. Although lufenuron is an insecticide widely used in agriculture and aquaculture, rare are studies described in the literature that relates to possible toxic effects on different groups of animals. This work aimed to evaluate acute and chronic toxic effects of benzoylurea pesticide (lufenuron) on biological parameters of Colossoma macropomum (Tambaqui). To do the acute test, Tambaqui juveniles were divided into a control group and five experimental groups with exposure to from 0.1 to 0.9 mg/L of lufenuron for 96 h, with replicate (n = 120). Animals were also submitted to chronic toxicity test for four months in concentrations of 0.1 and 0.3 mg/L of lufenuron, also a control group was done (n = 60). This last concentration corresponded to 50% of LC50 96 h (0.58 mg/L) determined in the acute test. The presence of hemorrhages was observed in eyes (hyphema), fins and operculum of fish exposed to 0.7 and 0.9 mg/L of lufenuron in acute test. Histological analysis showed changes in the morphology of fish gills submitted to acute toxicity test, as lamellar aneurysm and blood congestion inside lamellae. In chronic test, blood glucose analysis and morphometric parameters showed no significant differences by Tukey test (p > 0.05). In general, C. macropomum exhibit behaviors associated with stress when exposed to lufenuron in both tests. Lufenuron promoted damage in fish retina as in ability to respond to stimuli in photoreceptors and in ON-bipolar cells in acute test. Thus, lufenuron showed several toxic effects in relation to biological parameters in C. macropomum. This concern about the use and discard of lufenuron indicates the requirement of environmental actions, as mitigation, to prevent bioaccumulation and/or biomagnification.
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Avaliação eletrorretinográfica pré e pós-operatória em cães diabéticos submetidos à facoemulsificação / Electroretinografic evaluation before and after phacoemulsification in diabetic dogsDébora Gomes 30 September 2013 (has links)
Diabete Melito (DM) é uma endocrinopatia frequentemente diagnosticada na clínica de pequenos animais e desenvolve-se pela deficiência relativa ou absoluta de insulina, sendo caracterizada pela hiperglicemia crônica. Complicações associadas ao DM são frequentes, dentre elas podemos citar catarata e retinopatia. A catarata, que é a oftalmopatia mais frequente nos cães, impossibilita à fundoscopia e nestes casos a avaliação da função retiniana pode ser feita com o auxílio do eletrorretinograma de campo total. O objetivo deste estudo foi avaliar a progressão da retinopatia diabética por meio de eletrorretinograma (ERG) de campo total pré e pós-operatória (180 dias) em cães portadores de catarata madura e hipermadura submetidos à facoemulsificação. Vinte e quatro cães (Grupo Diabético (DM) = 12 cães; Grupo Não Diabético (NDM) = 12 cães) de raças diversas foram avaliados. Previamente ao ERG, todos os cães foram submetidos ao exame oftalmológico completo e ultrassom ocular. Todos os cães foram sedados seguindo o mesmo protocolo. ERG de campo total foi realizado com sistema eletrodiagnóstico Veris 2000 e cúpula de estimulação (Ganzfeld), segundo o protocolo da ISCEV contendo 5 respostas. Para obtenção dos registros utilizou-se eletrodo bipolar Burian Allen. Avaliou-se a amplitude pico a pico das 5 respostas e o tempo de culminação da onda-b na resposta de bastonetes, máxima resposta, cones e flicker para cada registro em condições escotópicas e fotópicas. As respostas obtidas em cada olho no momento basal e após 6 meses foram comparadas por meio do teste de Wilcoxon. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para comparação de respostas dos olhos operados (OP) com os olhos contralaterais (OC), assim como para comparação entre os grupos DM e NDM. O efeito da cirurgia e do tempo de DM foi ainda avaliado por meio do cálculo das diferenças entre as respostas no momento pré e pós 6 meses de cada olho (delta OP e delta OC). Observou-se diferenças entre OP e OC, no momento pré, nas respostas dos bastonetes e da máxima resposta (amplitude e tempo de culminação onda-b). No momento pós, foram observados diferenças entre OP e OC no tempo de culminação dos bastonetes e flicker, e nas amplitudes do potencial oscilatório, cones e flicker. No grupo NDM, não foram observados diferenças entre os momentos pré e pós assim como entre OP e OC. Quando comparadas as respostas dos grupos DM e NDM, observou-se valores significativamente maiores no grupo DM, no tempo de culminação da onda-b na máxima resposta do OP no momento pós, no tempo de culminação da onda-b na máxima resposta OC no momento pós e no tempo de culminação da onda-b da resposta de cones no momento pré cirurgia. Não foram observados diferenças entre delta OP e delta OC dentro de cada grupo e entre os grupos. Todos os pacientes que participaram do estudo recuperaram a visão após a cirurgia, sugerindo que a inflamação pós cirúrgica foi controlada com a medicação prescrita nos 2 grupos estudados. Conclui-se que a facoemulsificação representa mínimo impacto na evolução da retinopatia diabética em cães. A remoção cirúrgica da catarata não deve ser contraindicada nesta espécie, independentemente se o animal é ou não portador de DM, por resultar em melhoria da visão. / Diabetes mellitus (DM) is a common endocrinopathy in the small animals practice and it develops as a relative or absolute insulin deficiency characterized by a chronic hyperglycemia. There are frequent complications, such as cataracts, retinopathy, resulting in visual impairment. Cataracts are dogs most frequent ophthalmic affection and, since it prevents fundoscopic examination, full-field electroretinography is used for retinal functional evaluation. Therefore, to provide a better understanding of diabetic retinopathy (DR) progression in dogs with mature and hypermature cataracts undergoing phacoemulsification surgery, this study aims to analyze the full-field electroretinogram prior and 180 days post cataracts removal. Twenty four dogs (diabetic group (DM) = 12 dogs and non-diabetic group (NDM) = 12 dogs), from different breeds were evaluated. Before the ERG, all animals were submitted to a complete ophthalmic examination and ocular ultrasonography. All dogs were sedated following the same anesthetic protocol. The full-field ERG was recorded using 2000 VERIS system and a dome stimulator (ganzfeld) according to ISCEV five response standard. The recordings were obtained using bipolar Burian Allen electrodes. Peak to peak amplitude five response and b-wave culmination time in rod responses, maximum response, cone and flicker were evaluated in scotopic and photopic conditions. The responses obtained in each eye at baseline and after 6 months were compared using the Wilcoxon test. The Mann-Whitney test was used to compare the responses of the operated eyes (OP) and the contralateral eyes (OC) as well as for comparison between groups DM and NDMAs. The effect of surgery and duration of DM was assessed by calculating the differences between the responses prior and six months after surgery, of each eye (delta delta OP and OC). There were differences between OP and OC, in the baseline values, in rod responses and maximum response (amplitude values and b-wave implicit time). After phacoemulsification, differences were observed between OP and OC in b-wave implicit time of rods and flicker, and the amplitudes of the oscillatory potentials, cone and flicker. In the NDM group, no differences were observed between pre and post evaluations between OP and OC. Comparing the responses of DM and NDM groups, there were significantly higher values in the DM group, in b-wave implicit time and in maximum response of OP after caratact removal, and also, of the b-wave implicit time in the maximum response in OC after surgery and, finally, in the b-wave implicit time of cone response prior to the surgery. No differences were observed between delta OP and delta OC within each group and between groups. All patients recovered vision after surgery, suggesting that post-surgery inflammation was controlled by the prescribed medication in both groups. The phacoemulsification surgery did not appear to have a great impact on diabetic retinopathy evolution in dogs. Cataract surgery should not be contraindicated in this species, regardless of the presence of DM, as it can result in sight improvement.
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