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MIÍASES, PÉ DIABÉTICO E ÚLCERAS DE ESTASE VENOSA EM PACIENTES DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS: ESTUDO DA ENTOMOFAUNA E MICROBIOTA RELACIONADAS. / Myiasis, diabetic foot and venous stasis ulcers in patients in he Hospital das Clínicas of Federal University of Goiás: Study of entomophauna and microbiota related.FERNANDES, Ly de Freitas 02 March 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-03-02 / O presente trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Artropodologia Médica e Veterinária (LAMV) do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (UFG) e no Hospital das Clínicas (HC) da UFG, na cidade de Goiânia, Goiás, Brasil. Este objetivou conhecer a freqüência dos diferentes tipos de miíases diagnosticadas em pacientes do HC, seus vários agentes etiológicos e fatores associados. Também objetivou identificar a microbiota bacteriana presente em lesões do tipo pés diabéticos e úlceras de estase venosa de pacientes do Pronto Socorro e Ambulatório do Pé Diabético do HC / UFG. Para isto foram realizados dois estudos. No primeiro estudo, realizado no período de Fevereiro de 2005 a Agosto de 2006, larvas de Muscomorpha foram coletadas das miíases diagnosticadas em 66 pacientes atendidos no HC e, encaminhadas ao LAMV para identificação taxonômica. Foram observadas em ordem decrescente de freqüência as seguintes espécies: Cochliomyia hominivorax (62,12%), Sarcodexia lambens (12,12%), Dermatobia hominis (10,6%), Chrysomya albiceps (6,06%), Chrysomya megacephala (4,54%), Lucilia cuprina (1,51%), e Eristalis tenax (1,51%). Miíases obrigatórias foram as predominantes nos pacientes. A freqüência de miíases foi maior em indivíduos do sexo masculino, sobretudo na idade produtiva, seguida por mulheres, crianças e pacientes neurológicos e psiquiátricos. As miíases incidiram principalmente nos membros inferiores, em lesões de pele e tecido subcutâneo pré-existentes de pacientes portadores de patologias diversas, mas principalmente em diabéticos e neuropatas, seguido pela localização no couro cabeludo, no qual predominaram miíases do tipo furuncular dermal, mas também do tipo múltipla, em associação com pediculose e impetigo. A freqüência de miíases foi maior em pacientes de baixo nível sócio-econômico. A higiene precária e o abandono vivido por diversos pacientes, com curativos em mau estado, úmidos de secreção e/ou com presença de tecidos necróticos, foram fatores importantes na incidência de miíases. Para corrigir esta situação, educação e medidas sanitárias se fazem necessárias. No Segundo estudo foram incluídos 79 pacientes portadores de lesões de membros inferiores, atendidos no HC. Sendo 50 pacientes diabéticos e 29 pacientes com úlcera de estase. A coleta de material foi realizada com swab de algodão produzidos pelo próprio hospital para realização de cultura e teste de sensibilidade antimicrobiana, correspondendo ao
total 104 culturas desses 79 pacientes. Isolaram-se 14 espécies bacterianas em 104 amostras. Destas, 12 (11,54%) não apresentaram desenvolvimento microbiano. Os cocos Gram positivos foram caracterizados fenotipicamente como Staphylococcus aureus 20 amostras (19,23%), e Staphylococcus epidermidis sete (6,73%). Dentre os bastonetes Gram negativos identificou-se Pseudomonas aeruginosa 22 (21,15%); uma amostra de Pseudomonas sp. (0,96%), Escherichia coli, 14 (13,46%), Proteus mirabilis, oito (7,69%), Enterobacter sp 7sete (6,73%), Proteus vulgaris, três (2,88%), Enterobacter aerogenes, duas (1,92%), Providencia stuartii, duas (1,92%), e as demais com uma amostra cada (0,96%): Citrobacter sp, Enterobacter cloacae, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca, Morganella morganii, Proteus penneri. Os microrganismos isolados das lesões de membros inferiores (pé diabético e úlcera de estase venosa) incluíram germes Gram positivos e Gram negativos, sendo Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli os mais freqüentes. O perfil de suscetibilidade mostrou resistência para ampicilina, a associação de ampicilina e sulbactan apresentou menor resistência apenas de Staphylococcus aureus. Ciprofloxacina foi eficaz na maioria dos casos (52%, 66%, 50%) respectivamente, entretanto, Pseudomonas aeruginosa mostrou-se multi-resistente. A necessidade de associação de antibióticos contra Gram positivos e Gram negativos ainda se justifica considerando os resultados, pela falta de drogas que atuem isoladamente bem nas diversas espécies de bactérias. / O presente trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Artropodologia Médica e Veterinária (LAMV) do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (UFG) e no Hospital das Clínicas (HC) da UFG, na cidade de Goiânia, Goiás, Brasil. Este objetivou conhecer a freqüência dos diferentes tipos de miíases diagnosticadas em pacientes do HC, seus vários agentes etiológicos e fatores associados. Também objetivou identificar a microbiota bacteriana presente em lesões do tipo pés diabéticos e úlceras de estase venosa de pacientes do Pronto Socorro e Ambulatório do Pé Diabético do HC / UFG. Para isto foram realizados dois estudos. No primeiro estudo, realizado no período de Fevereiro de 2005 a Agosto de 2006, larvas de Muscomorpha foram coletadas das miíases diagnosticadas em 66 pacientes atendidos no HC e, encaminhadas ao LAMV para identificação taxonômica. Foram observadas em ordem decrescente de freqüência as seguintes espécies: Cochliomyia hominivorax (62,12%), Sarcodexia lambens (12,12%), Dermatobia hominis (10,6%), Chrysomya albiceps (6,06%), Chrysomya megacephala (4,54%), Lucilia cuprina (1,51%), e Eristalis tenax (1,51%). Miíases obrigatórias foram as predominantes nos pacientes. A freqüência de miíases foi maior em indivíduos do sexo masculino, sobretudo na idade produtiva, seguida por mulheres, crianças e pacientes neurológicos e psiquiátricos. As miíases incidiram principalmente nos membros inferiores, em lesões de pele e tecido subcutâneo pré-existentes de pacientes portadores de patologias diversas, mas principalmente em diabéticos e neuropatas, seguido pela localização no couro cabeludo, no qual predominaram miíases do tipo furuncular dermal, mas também do tipo múltipla, em associação com pediculose e impetigo. A freqüência de miíases foi maior em pacientes de baixo nível sócio-econômico. A higiene precária e o abandono vivido por diversos pacientes, com curativos em mau estado, úmidos de secreção e/ou com presença de tecidos necróticos, foram fatores importantes na incidência de miíases. Para corrigir esta situação, educação e medidas sanitárias se fazem necessárias. No Segundo estudo foram incluídos 79 pacientes portadores de lesões de membros inferiores, atendidos no HC. Sendo 50 pacientes diabéticos e 29 pacientes com úlcera de estase. A coleta de material foi realizada com swab de algodão produzidos pelo próprio hospital para realização de cultura e teste de sensibilidade antimicrobiana, correspondendo ao
total 104 culturas desses 79 pacientes. Isolaram-se 14 espécies bacterianas em 104 amostras. Destas, 12 (11,54%) não apresentaram desenvolvimento microbiano. Os cocos Gram positivos foram caracterizados fenotipicamente como Staphylococcus aureus 20 amostras (19,23%), e Staphylococcus epidermidis sete (6,73%). Dentre os bastonetes Gram negativos identificou-se Pseudomonas aeruginosa 22 (21,15%); uma amostra de Pseudomonas sp. (0,96%), Escherichia coli, 14 (13,46%), Proteus mirabilis, oito (7,69%), Enterobacter sp 7sete (6,73%), Proteus vulgaris, três (2,88%), Enterobacter aerogenes, duas (1,92%), Providencia stuartii, duas (1,92%), e as demais com uma amostra cada (0,96%): Citrobacter sp, Enterobacter cloacae, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca, Morganella morganii, Proteus penneri. Os microrganismos isolados das lesões de membros inferiores (pé diabético e úlcera de estase venosa) incluíram germes Gram positivos e Gram negativos, sendo Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli os mais freqüentes. O perfil de suscetibilidade mostrou resistência para ampicilina, a associação de ampicilina e sulbactan apresentou menor resistência apenas de Staphylococcus aureus. Ciprofloxacina foi eficaz na maioria dos casos (52%, 66%, 50%) respectivamente, entretanto, Pseudomonas aeruginosa mostrou-se multi-resistente. A necessidade de associação de antibióticos contra Gram positivos e Gram negativos ainda se justifica considerando os resultados, pela falta de drogas que atuem isoladamente bem nas diversas espécies de bactérias.
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