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Potencial de colonização endofítica de eucalyptus urophylla por fungos antagônicos às formigas-cortadeirasBatista, Kamilla Otoni Marques 19 December 2017 (has links)
Diversos estudos evidenciam dezenas de espécies de fungos de diferentes gêneros nas
colônias de formigas-cortadeiras. No entanto, a procedência desses microrganismos ainda é
incerta. Alguns desses podem ser endofíticos oriundos do material vegetal transportado para o
ninho. Assim sendo, determinados fungos endofíticos possuem a capacidade de contaminar a
colônia das cortadeiras ou influenciar no seu microbioma simbiótico. Com isso, os endófitos
fúngicos têm potencial no controle de formigas-cortadeiras como parceiros mutualistas das
plantas. Esse sistema simbiótico pode se tornar uma estratégia no manejo dessa importante
praga dentro do ecossistema florestal. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de
colonização endofítica de mudas de Eucalyptus urophylla pelos fungos Escovopsis sp.,
Metarhizium anisopliae e Trichoderma strigosellum, e analisar, por meio da avaliação de
características biométricas, a influência da inoculação desses microrganismos sobre o
desenvolvimento das plantas. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado, usandose
o esquema fatorial 4 x 3, com 15 repetições, sendo cada parcela constituída por uma muda.
Os fatores foram: três espécies de fungos (Escovopsis sp., M. anisopliae, T. strigosellum)
mais um controle e três métodos de inoculação (inoculação via foliar, inoculação via solo e
inoculação via plântula). Para avaliação da colonização endofítica, utilizaram-se dez mudas,
sendo cinco destinadas para avaliação das características biométricas. No método de
inoculação via plântula, o fungo T. strigosellum foi isolado apenas nas raízes. Contudo, no
método de inoculação via solo, além das raízes, esse fungo colonizou também o caule. As
plantas de E. urophylla não foram colonizadas endofiticamente quando inoculadas pelo
método de inoculação via foliar. As plantas inoculadas com o fungo T. strigosellum, pelo
método de inoculação via plântula, apresentaram maiores valores nas características altura de
plantas, número de folhas, massa seca da parte aérea e massa seca total quando comparado
com os outros métodos de inoculação. Houve incremento também, por esse método, para a
variável altura de plantas, quando comparadas às plantas controle e às inoculadas pelos
fungos Escovopsis sp. e M. anisopliae. Dentre os fungos estudados, o isolado T. strigosellum
colonizou endofiticamente o E. urophylla e influenciou positivamente no seu
desenvolvimento, quando inoculado via plântula. / Several studies evidenced dozens of fungus species of different genera in the colonies of leafcutting
ants. However, the origin of these microorganisms is still uncertain. Some of these
may be endophytes from plant material transported to the nest. Thus, certain endophytic fungi
have the ability to contaminate the leaf-cutting ant colony or influence its symbiotic
microbiome. Thus, fungal endophytes have the potential to control leaf-cutting ants as mutual
plant partners. This symbiotic system could become a strategy in the management of this
important forest pest. The objective of this work was to evaluate the potential of endophytic
colonization of Eucalyptus urophylla plants by fungi Escovopsis sp., Metarhizium anisopliae
e Trichoderma strigosellum, and to analyze, by means of the evaluation of biometric
characteristics, the influence of the inoculation of these microorganisms on the plant
development. Experimental design was completely randomized, using the factorial scheme 4
x 3, with 15 replicates, each plot consisting of one plant. The factors were: three fungi species
(Escovopsis sp., M. anisopliae, T. strigosellum) plus one control and three methods of
inoculation (foliar inoculation, inoculation via soil and seedling inoculation). For the
evaluation of endophytic colonization, ten plants were used; five of them were destined to
evaluate the biometric characteristics. In the seedling inoculation method, the T. strigosellum
fungus was isolated only in the roots. However, in the soil inoculation method, besides the
roots, this fungus also colonized the stem. E. urophylla plants were not colonized
endophiatically when inoculated by foliar inoculation method. The plants inoculated with T.
strigosellum by the seedling inoculation method had higher values in the characteristics of
plant height, number of leaves, root dry mass and total dry mass when compared to the other
inoculation methods. There was also an increase, by this method, for the plant height variable,
when compared to the control plants and those inoculated by the fungi Escovopsis sp. and M.
anisopliae. Among the fungi studied, the isolate T. strigosellum endofitically colonized E.
urophylla and positively influenced its development when inoculated via seedling.
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