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Moderno Bandeirante: Paulo Prado entre espaços e tradições / Modern Bandeirante: Paulo Prado between spaces and traditionsWaldman, Thais Chang 21 January 2010 (has links)
Este trabalho pretende estudar a obra, o percurso e o legado de Paulo da Silva Prado (1869-1943), observando atentamente suas redes de sociabilidade e inserção. Reconhecido como personagem central pelo grupo de intelectuais e artistas ligados à Semana de Arte Moderna de 1922, Paulo Prado é muitas vezes deixado de lado pelos estudiosos e, em geral, se faz presente nas análises de bastidores e/ou em referências de terceiros. Além de ser um dos maiores exportadores e produtores de café da época, Paulo Prado é autor de dois livros sobre a história de São Paulo e a formação do povo brasileiro - Paulística (1925) e Retrato do Brasil (1928). Também publicou editoriais, artigos e resenhas em importantes periódicos, (re)editou documentos inéditos sobre o período colonial, participou da fundação e do controle de revistas modernistas, e se fez presente como um dos principais organizadores e financiadores da Semana de 1922, entre outras coisas. Paulo Prado mostra-se assim como um importante mediador entre diferentes universos, sendo justamente este o foco da presente pesquisa. Se por um lado ele promove a Semana de Arte Moderna, ele já tinha 53 anos na época. Além disso, é um elo fundamental entre os modernistas e um grupo de intelectuais que compõem uma geração anterior a sua, a de seu tio, o jornalista e monarquista Eduardo Prado (1860-1901). Possui ainda um forte vínculo com o historiador cearense Capistrano de Abreu (1853-1927), um marco da moderna historiografia brasileira, que ele conhece por intermédio de Eduardo Prado. Por fim, pode ser visto também como uma figura-ponte entre o ensaísmo da década de 1920 e aquele que terá expressão maior em 1930, em obras como as de Sérgio Buarque de Holanda (1902- 1987), Gilberto Freyre (1900-1987) e Caio Prado Júnior (1907-1990). Todos eles, vale lembrar, possuidores de vínculos pessoais e de amizade com Paulo Prado. Ao enfrentar analiticamente a produção de Paulo Prado e o contexto no qual ela foi gestada, já que ambos são inseparáveis, acredito ser possível definir a posição central do autor no universo intelectual da época, levando a sério suas idéias e formulações, que ficam a meio caminho entre a arte e a ciência, a literatura e a história. / The present study examines Paulo da Silva Prado\'s (18691943) work, achievements and legacy, focusing on his social network and insertion. A well-recognized key character among intellectuals and artists involved in the 1922 Week of Modern Art, Paulo Prado is quite often disregarded by scholars and acknowledged as a backstage personality with a supporting role. Besides being a leading coffee producer and exporter at that time, Paulo Prado wrote two books about the history of São Paulo and the development of Brazilian people: Paulística (1925) and Retrato do Brasil (1928). He also wrote editorials, articles, and reviews for major publications, (re) published original documents on the colonial period, founded and managed modern journals, and was a major promoter and supporter of the 1922 Week of Modern Art, among others. Paulo Prado served as an important liaison in different settings, and there lies the interest of the present study. On one hand, he promoted at the age of 53 the 1922 Week of Modern Art and, on the other hand, he was a decisive connection between modernists and a group of intellectuals of a previous generation, his uncles, the journalist and monarchist Eduardo Prado (18601901). In addition, he developed a strong relationship with Cearás historian Capistrano de Abreu (18531927), a central figure of modern Brazilian historiography who was introduced to him by Eduardo Prado. Finally, in a sense, Paulo Prado established a link between 1920`s essayism and the essayism that flourished in 1930 with the works of Sérgio Buarque de Holanda (19021987), Gilberto Freyre (19001987), and Caio Prado Júnior (19071990) (notably, all of them had personal and friendship relations with Paulo Prado). I believe that the analysis of Paulo Prado production against the background where it was conceived, as they are very closely associated, will allow to establish his central role in the intellectual world of that time and to critically review his ideas and concepts which fall in between art and science, literature and history.
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Moderno Bandeirante: Paulo Prado entre espaços e tradições / Modern Bandeirante: Paulo Prado between spaces and traditionsThais Chang Waldman 21 January 2010 (has links)
Este trabalho pretende estudar a obra, o percurso e o legado de Paulo da Silva Prado (1869-1943), observando atentamente suas redes de sociabilidade e inserção. Reconhecido como personagem central pelo grupo de intelectuais e artistas ligados à Semana de Arte Moderna de 1922, Paulo Prado é muitas vezes deixado de lado pelos estudiosos e, em geral, se faz presente nas análises de bastidores e/ou em referências de terceiros. Além de ser um dos maiores exportadores e produtores de café da época, Paulo Prado é autor de dois livros sobre a história de São Paulo e a formação do povo brasileiro - Paulística (1925) e Retrato do Brasil (1928). Também publicou editoriais, artigos e resenhas em importantes periódicos, (re)editou documentos inéditos sobre o período colonial, participou da fundação e do controle de revistas modernistas, e se fez presente como um dos principais organizadores e financiadores da Semana de 1922, entre outras coisas. Paulo Prado mostra-se assim como um importante mediador entre diferentes universos, sendo justamente este o foco da presente pesquisa. Se por um lado ele promove a Semana de Arte Moderna, ele já tinha 53 anos na época. Além disso, é um elo fundamental entre os modernistas e um grupo de intelectuais que compõem uma geração anterior a sua, a de seu tio, o jornalista e monarquista Eduardo Prado (1860-1901). Possui ainda um forte vínculo com o historiador cearense Capistrano de Abreu (1853-1927), um marco da moderna historiografia brasileira, que ele conhece por intermédio de Eduardo Prado. Por fim, pode ser visto também como uma figura-ponte entre o ensaísmo da década de 1920 e aquele que terá expressão maior em 1930, em obras como as de Sérgio Buarque de Holanda (1902- 1987), Gilberto Freyre (1900-1987) e Caio Prado Júnior (1907-1990). Todos eles, vale lembrar, possuidores de vínculos pessoais e de amizade com Paulo Prado. Ao enfrentar analiticamente a produção de Paulo Prado e o contexto no qual ela foi gestada, já que ambos são inseparáveis, acredito ser possível definir a posição central do autor no universo intelectual da época, levando a sério suas idéias e formulações, que ficam a meio caminho entre a arte e a ciência, a literatura e a história. / The present study examines Paulo da Silva Prado\'s (18691943) work, achievements and legacy, focusing on his social network and insertion. A well-recognized key character among intellectuals and artists involved in the 1922 Week of Modern Art, Paulo Prado is quite often disregarded by scholars and acknowledged as a backstage personality with a supporting role. Besides being a leading coffee producer and exporter at that time, Paulo Prado wrote two books about the history of São Paulo and the development of Brazilian people: Paulística (1925) and Retrato do Brasil (1928). He also wrote editorials, articles, and reviews for major publications, (re) published original documents on the colonial period, founded and managed modern journals, and was a major promoter and supporter of the 1922 Week of Modern Art, among others. Paulo Prado served as an important liaison in different settings, and there lies the interest of the present study. On one hand, he promoted at the age of 53 the 1922 Week of Modern Art and, on the other hand, he was a decisive connection between modernists and a group of intellectuals of a previous generation, his uncles, the journalist and monarchist Eduardo Prado (18601901). In addition, he developed a strong relationship with Cearás historian Capistrano de Abreu (18531927), a central figure of modern Brazilian historiography who was introduced to him by Eduardo Prado. Finally, in a sense, Paulo Prado established a link between 1920`s essayism and the essayism that flourished in 1930 with the works of Sérgio Buarque de Holanda (19021987), Gilberto Freyre (19001987), and Caio Prado Júnior (19071990) (notably, all of them had personal and friendship relations with Paulo Prado). I believe that the analysis of Paulo Prado production against the background where it was conceived, as they are very closely associated, will allow to establish his central role in the intellectual world of that time and to critically review his ideas and concepts which fall in between art and science, literature and history.
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