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O microquimerismo e a importância das células da medula óssea do doador semi-alogênico na sobrevivência do enxerto. / Microchimerism and the importance of semi-allogeneic donor-derived bone marrow cells in graft survival.

Moraes, Luciana de Deus Vieira de 17 April 2003 (has links)
A indução de tolerância ao enxerto através da administração de células do doador, em períodos que antecedem o transplante, tem se demonstrado eficiente, mesmo em receptores não imunosuprimidos. Os dados da literatura científica são conflitantes quanto ao vínculo entre o microquimerismo e a tolerância aos aloantígenos. No presente estudo, observou-se que a infusão da mistura de células do baço com as da medula óssea, provenientes do doador (BALB/c x C57BI/6)F1, vinte e um dias antes do transplante, resultou em aumento do tempo de sobrevivência dos enxertos de pele e cardíaco, em parentais BALB/c, principalmente quando comparado ao grupo de animais que receberam somente as células do baço do mesmo doador. Assim, procurou-se investigar o estabelecimento do microquimerismo, sua relação com o aumento do tempo de sobrevivência do enxerto e possíveis mecanismos envolvidos. Observou-se um aumento de IL-10 no sobrenadante de cultura das células esplênicas provenientes de animais inoculados com a suspensão mista de células. Em contrapartida, os camundongos que receberam apenas as células do baço apresentaram um aumento da população de linfócitos B. Verificou-se, ainda, que o desenvolvimento de microquimerismo estável não se correlacionou com a tolerância ao enxerto cardíaco, apesar do tempo de sobrevivência do órgão. Esses resultados sugerem que a IL-10 participa no aumento da sobrevida do mesmo quando células do baço com as da medula óssea do doador são administradas antes do transplante. / Tolerance induction to allografts by the administration of donor cells before transplantation has been shown to be efficient, even in non immunosuppressed hosts. There are conflicting reports in the literature regarding the role of microchimerism and tolerance to alloantigens. In the present work, augmentation of skin and cardiac survival time was observed after the infusion of a mixture of donor (BALB/c x C57BI/6)F1 spleen and bone marrow cells twenty-one days before transplantation, specially when compared to donor spleen cell receptors. The establishment of microchimerism, correlation with graft survival time and possible mechanisms involved in this strategy were investigated. An overproduction of IL-10 in the supernatants from spleen cell cultures of mice inoculated with semi-allogeneic cells was observed. Mice that received donor spleen cells only showed increased number of B lymphocytes. Moreover, the establishment of microchimerism did not correlate to tolerance to cardiac allografts despite the augmentation of graft survival time. These results suggest that the development of microchimerism does not prevent graft rejection and that there is a role for IL-10 in graft survival when donor spleen and bone marrow cells are infused before transplantation.
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O microquimerismo e a importância das células da medula óssea do doador semi-alogênico na sobrevivência do enxerto. / Microchimerism and the importance of semi-allogeneic donor-derived bone marrow cells in graft survival.

Luciana de Deus Vieira de Moraes 17 April 2003 (has links)
A indução de tolerância ao enxerto através da administração de células do doador, em períodos que antecedem o transplante, tem se demonstrado eficiente, mesmo em receptores não imunosuprimidos. Os dados da literatura científica são conflitantes quanto ao vínculo entre o microquimerismo e a tolerância aos aloantígenos. No presente estudo, observou-se que a infusão da mistura de células do baço com as da medula óssea, provenientes do doador (BALB/c x C57BI/6)F1, vinte e um dias antes do transplante, resultou em aumento do tempo de sobrevivência dos enxertos de pele e cardíaco, em parentais BALB/c, principalmente quando comparado ao grupo de animais que receberam somente as células do baço do mesmo doador. Assim, procurou-se investigar o estabelecimento do microquimerismo, sua relação com o aumento do tempo de sobrevivência do enxerto e possíveis mecanismos envolvidos. Observou-se um aumento de IL-10 no sobrenadante de cultura das células esplênicas provenientes de animais inoculados com a suspensão mista de células. Em contrapartida, os camundongos que receberam apenas as células do baço apresentaram um aumento da população de linfócitos B. Verificou-se, ainda, que o desenvolvimento de microquimerismo estável não se correlacionou com a tolerância ao enxerto cardíaco, apesar do tempo de sobrevivência do órgão. Esses resultados sugerem que a IL-10 participa no aumento da sobrevida do mesmo quando células do baço com as da medula óssea do doador são administradas antes do transplante. / Tolerance induction to allografts by the administration of donor cells before transplantation has been shown to be efficient, even in non immunosuppressed hosts. There are conflicting reports in the literature regarding the role of microchimerism and tolerance to alloantigens. In the present work, augmentation of skin and cardiac survival time was observed after the infusion of a mixture of donor (BALB/c x C57BI/6)F1 spleen and bone marrow cells twenty-one days before transplantation, specially when compared to donor spleen cell receptors. The establishment of microchimerism, correlation with graft survival time and possible mechanisms involved in this strategy were investigated. An overproduction of IL-10 in the supernatants from spleen cell cultures of mice inoculated with semi-allogeneic cells was observed. Mice that received donor spleen cells only showed increased number of B lymphocytes. Moreover, the establishment of microchimerism did not correlate to tolerance to cardiac allografts despite the augmentation of graft survival time. These results suggest that the development of microchimerism does not prevent graft rejection and that there is a role for IL-10 in graft survival when donor spleen and bone marrow cells are infused before transplantation.
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Uso de RNA de interferência (siRNA) para modulação da expressão das moléculas co-estimuladoras CD80 e CD86 em células dendríticas. / Use of small interfering RNA (SIRNA) for modulating the expression of costimulatory molecules CD80 and CD86 on dendritic cells.

Migliori, Isabella Katz 08 December 2010 (has links)
As moléculas co-estimuladoras CD80 e CD86, expressas na superfície de células dendríticas (DCs), as principais células apresentadoras de antígenos profissionais (APCs), possuem participação fundamental na indução de resposta e manutenção de tolerância, motivo pelo qual são consideradas alvos terapêuticos promissores. Essas moléculas promovem o segundo sinal necessário à ativação e proliferação dos linfócitos T por meio da ligação ao receptor CD28, ou inibem a resposta por essas células por meio da ligação ao receptor CTLA-4, ambos expressos na superfície dos linfócitos. Muitos são os relatos da literatura indicando diferenças tanto quantitativas quanto qualitativas entre CD80 e CD86 na capacidade de ativação de linfócitos T, os mais relevantes apontando diferenças na capacidade de indução de diferenciação de linfócitos para os padrões Th1 e Th2 de secreção de citocinas. Porém, tais relatos são muitas vezes contraditórios, e o verdadeiro papel funcional dessas moléculas ainda está por ser estabelecido. Assim, propusemo-nos a estabelecer as metodologias necessárias para silenciar as moléculas CD80 e CD86 em células dendríticas (DCs) humanas, derivadas de monócitos do sangue periférico, por meio da tecnologia de RNA de interferência. Isso possibilitaria esclarecer o papel desempenhado por cada uma dessas moléculas na capacidade de ativação de linfócitos T. Para tanto, padronizou-se a transfecção reversa de DCs do quarto dia da cultura com siRNA fluorescente e os agentes de transfecção lipídicos siPORT e iMAX, tendo sido obtidas eficiências de transfecção de 64,7% ± 5,2 e 69,7% ± 14,5%, respectivamente. DCs do quarto dia de cultura foram transfectadas com siRNAs específicos para CD80, e o fenótipo avaliado após 48 horas da transfecção. Foi possível identificar, além do eficiente silenciamento de CD80 por dois dos três siRNAs testados, também uma diminuição, inesperada, de células CD86+. Para o silenciamento de CD86, células CD14+ selecionadas positivamente por beads magnéticas foram transfectadas com siRNAs específicos para CD86, ativadas após 24 horas da transfecção e o silenciamento avaliado após 24 horas da ativação. Embora o silenciamento conseguido por um dos dois siRNAs testados tenha sido muito pequeno, observou-se fenômeno equivalente, com diminuição de células CD80+. Embora inconclusivos, esses dados sugerem a possibilidade de modulação recíproca dessas moléculas. Assim, pudemos obter a transfecção eficiente de DCs com siRNAs de interesse e, através deles, modular a expressão de CD80 e CD86. Com estes instrumentos, portanto, podemos agora desenvolver estudos quanto ao papel de cada uma destas moléculas na fisiologia da apresentação antigênica pelas DCs. / The costimulatory molecules CD80 and CD86, expressed on surface of dendritic cells (DCs), are essential to trigger T cell activation and to maintain self tolerance, indicating that these molecules are promising therapeutic targets. They can either bind to CD28 on T cells, promoting T cell activation and leading to their proliferation and cytokine production, or to CTLA-4, which is expressed following T cell activation, and can inhibit T cell response. Though CD80 and CD86 are thought to provide equivalent T cell costimulation, a growing body of evidence suggests that there are different functional consequences of CD28 engagement by these two molecules. Many reports point to variations in their ability to stimulate different lymphocyte subsets. However, there is still controversy in the literature and the actual role of CD80 and CD86 remains to be elucidated. Therefore, the aim of this study was to establish the methodology necessary to silence, by small interfering RNAs (siRNAs), both CD80 and CD86 expression on monocyte-derived dendritic cells. These findings would be the base of studys that could better elucidate the function of these two coestimulatory molecules in T cell activation. Therefore, transfection of 4th day DCs with fluorescent siRNA and lipidic transfection agents siPORT and iMAX was established, an d transfection efficiency observed was 64,7% ± 5,2 e 69,7% ± 14,5%, respectively. 4th day DCs were transfected with specific CD80 siRNAs and phenotype was observed after 48 hours of transfection. Besides CD80 efficient silencing by two from three siRNAs tested, there was an unexpected decrease in CD86+ cells. To establish CD86 silencing, CD14+ cells were positively selected with magnetic beads and immediately transfected with CD86 specific siRNAs, activated after 24 hours of transfection, and phenotype was observed after 24 hours of activation. Despite the fact that silencing conferred by one of two siRNAs was very low, equivalent phenomenon was observed, with a decrease in CD80+ cells. Although the observed effects were inconclusive, these data suggests a possible reciprocal modulation by these two molecules. Therefore, we were able to obtain efficient DC transfection with siRNAs of interest, as well as modulate CD80 and CD86 expression. With these instruments we can now develop studies regarding the real physiological role of these two costimulatory molecules in DCs antigen presentation.
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Uso de RNA de interferência (siRNA) para modulação da expressão das moléculas co-estimuladoras CD80 e CD86 em células dendríticas. / Use of small interfering RNA (SIRNA) for modulating the expression of costimulatory molecules CD80 and CD86 on dendritic cells.

Isabella Katz Migliori 08 December 2010 (has links)
As moléculas co-estimuladoras CD80 e CD86, expressas na superfície de células dendríticas (DCs), as principais células apresentadoras de antígenos profissionais (APCs), possuem participação fundamental na indução de resposta e manutenção de tolerância, motivo pelo qual são consideradas alvos terapêuticos promissores. Essas moléculas promovem o segundo sinal necessário à ativação e proliferação dos linfócitos T por meio da ligação ao receptor CD28, ou inibem a resposta por essas células por meio da ligação ao receptor CTLA-4, ambos expressos na superfície dos linfócitos. Muitos são os relatos da literatura indicando diferenças tanto quantitativas quanto qualitativas entre CD80 e CD86 na capacidade de ativação de linfócitos T, os mais relevantes apontando diferenças na capacidade de indução de diferenciação de linfócitos para os padrões Th1 e Th2 de secreção de citocinas. Porém, tais relatos são muitas vezes contraditórios, e o verdadeiro papel funcional dessas moléculas ainda está por ser estabelecido. Assim, propusemo-nos a estabelecer as metodologias necessárias para silenciar as moléculas CD80 e CD86 em células dendríticas (DCs) humanas, derivadas de monócitos do sangue periférico, por meio da tecnologia de RNA de interferência. Isso possibilitaria esclarecer o papel desempenhado por cada uma dessas moléculas na capacidade de ativação de linfócitos T. Para tanto, padronizou-se a transfecção reversa de DCs do quarto dia da cultura com siRNA fluorescente e os agentes de transfecção lipídicos siPORT e iMAX, tendo sido obtidas eficiências de transfecção de 64,7% ± 5,2 e 69,7% ± 14,5%, respectivamente. DCs do quarto dia de cultura foram transfectadas com siRNAs específicos para CD80, e o fenótipo avaliado após 48 horas da transfecção. Foi possível identificar, além do eficiente silenciamento de CD80 por dois dos três siRNAs testados, também uma diminuição, inesperada, de células CD86+. Para o silenciamento de CD86, células CD14+ selecionadas positivamente por beads magnéticas foram transfectadas com siRNAs específicos para CD86, ativadas após 24 horas da transfecção e o silenciamento avaliado após 24 horas da ativação. Embora o silenciamento conseguido por um dos dois siRNAs testados tenha sido muito pequeno, observou-se fenômeno equivalente, com diminuição de células CD80+. Embora inconclusivos, esses dados sugerem a possibilidade de modulação recíproca dessas moléculas. Assim, pudemos obter a transfecção eficiente de DCs com siRNAs de interesse e, através deles, modular a expressão de CD80 e CD86. Com estes instrumentos, portanto, podemos agora desenvolver estudos quanto ao papel de cada uma destas moléculas na fisiologia da apresentação antigênica pelas DCs. / The costimulatory molecules CD80 and CD86, expressed on surface of dendritic cells (DCs), are essential to trigger T cell activation and to maintain self tolerance, indicating that these molecules are promising therapeutic targets. They can either bind to CD28 on T cells, promoting T cell activation and leading to their proliferation and cytokine production, or to CTLA-4, which is expressed following T cell activation, and can inhibit T cell response. Though CD80 and CD86 are thought to provide equivalent T cell costimulation, a growing body of evidence suggests that there are different functional consequences of CD28 engagement by these two molecules. Many reports point to variations in their ability to stimulate different lymphocyte subsets. However, there is still controversy in the literature and the actual role of CD80 and CD86 remains to be elucidated. Therefore, the aim of this study was to establish the methodology necessary to silence, by small interfering RNAs (siRNAs), both CD80 and CD86 expression on monocyte-derived dendritic cells. These findings would be the base of studys that could better elucidate the function of these two coestimulatory molecules in T cell activation. Therefore, transfection of 4th day DCs with fluorescent siRNA and lipidic transfection agents siPORT and iMAX was established, an d transfection efficiency observed was 64,7% ± 5,2 e 69,7% ± 14,5%, respectively. 4th day DCs were transfected with specific CD80 siRNAs and phenotype was observed after 48 hours of transfection. Besides CD80 efficient silencing by two from three siRNAs tested, there was an unexpected decrease in CD86+ cells. To establish CD86 silencing, CD14+ cells were positively selected with magnetic beads and immediately transfected with CD86 specific siRNAs, activated after 24 hours of transfection, and phenotype was observed after 24 hours of activation. Despite the fact that silencing conferred by one of two siRNAs was very low, equivalent phenomenon was observed, with a decrease in CD80+ cells. Although the observed effects were inconclusive, these data suggests a possible reciprocal modulation by these two molecules. Therefore, we were able to obtain efficient DC transfection with siRNAs of interest, as well as modulate CD80 and CD86 expression. With these instruments we can now develop studies regarding the real physiological role of these two costimulatory molecules in DCs antigen presentation.

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