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O ROSTO DA IGREJA NA CIDADE: A Igreja e a estrutura comunitária Paroquial no mundo urbanoSantos Filho, Onofre Guilherme dos 16 April 2001 (has links)
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Previous issue date: 2001-04-16 / The parish, the community of the catholic faithful entrusted to the Parish Priest, emerged during
the second century of the Christian Era. Throughout its history we can see that it little by little
absorbed the bureaucratic structures and ideologically was used to maintain social and religious
control. With the passing of time society has demanded that the parish becomes more integrated
into the urban context. What are the challenges that emerge with this new era for the parish
institution? What is the future of the parish in the city? This theses looks at the sociological
challenges which the present places before the parish system.
Research and data was collected in the city of Goiânia, with its 49 parishes which make up the
archdiocese of Goiânia. This data is presented in a clear way as to demonstrate the problems of
urbanisation to the parishes.
The theoretical references for the analyses were woven from three classics from the Sociology of
Religion: Max Weber, Pierre Bourdieu Emile Durkheim and Joseph Fichter as well as other more
directly involved with the questions like José Comblin, Leonardo and Clovis Boff, Alberto
Antoniazzi and others. For Weber the parish has over time become one of the structures of
domination in society. For Bourdieu the parish has become an arena where the sacred has been
placed into the hands of specialists. The contribution of Fichter is in the formulation of the parish
from the diversity of social interaction. Durkeim defines the parish founded on a spatial concepts
and sees the parish as one of the modes of presenting the concept. This is a deep analyses of the
parish. At the end of this part there is some discussion about post modem sociology and how it
contributes to the understanding of the urban parish.
The conclusions that we arrived at with this research points to the difficulties that urban parishes
face as they strive to interact with the urban problems. We conclude that the urban parishes as
they are now do not answer urban societies religious needs. We
believe that alterations need to be made so that this two thousand year institution can be more
relevant in the modem urban society.
To this end we make a series of suggestions which the parishes could adopt to make them more
effective in the modern society. Amongst the suggestions are: interdisciplinary studies about the
city, a change in the way the parishes needs are met,
new time, celebrations etc. A suggestion that the parishes on the outskirts of the city could be
organised into smaller communities inter-linked in a network. We don't suggest the extinction of
the parish we request that they become aware of the multiple social reality in which they find
themselves. / A paróquia, comunidade de fiéis católicos confiada a um pároco, surgiu no início do segundo
século da era cristã. O seu percurso histórico denota que a mesma foi absorvendo aos poucos a
estrutura das grandes burocracias e ideologicamente foi utilizada como instância do controle
sócio-religioso. Com o passar da história, a sociedade vai interpelando a instituição paroquial
para que esta seja cada vez mais integrada com o ambiente urbano. Quais são os desafios que
emergem deste novo tempo histórico para a instituição paroquial? Qual o futuro da organização
paroquial na cidade? Esta dissertação trata, portanto, dos grandes questionamentos e desafios de
natureza sociológica que a história e atualidade apresentam à paróquia urbana.
O campo amostral de coleta de dados foi a cidade de Goiânia, com suas 49 paróquias, que
compõem a Arquidiocese de Goiânia. Os dados coletados são apresentados apenas de maneira
elucidativa da modalidade de interação das paróquias com a problemática urbana.
O referencial teórico de análise foi tecido a partir de autores da Sociologia da Religião, como
Max Weber, Pierre Bourdieu, Émile Durtcheim e Joseph Fichter, bem como alguns autores mais
diretamente ligados à teologia, a exemplo de José Comblin, Leonardo . e Clodovis Boff e Alberto
Antoniazzi, entre outros. Para Max Weber a paróquia tem se convertido, ao longo da história, em
uma das estruturas de dominação presentes na sociedade. Para Pierre Bourdieu, partindo da
análise do conjunto da Igreja, a paróquia pode ser interpretada como sendo o espaço onde se
legitima o poder sagrado conferido a um corpo de especialistas. A contribuição de Joseph Fichter
está na formulação de uma caracterologia da paróquia urbana a partir das diversas facetas da
interação social. Durkheim define a paróquia a partir do conceito básico de representação
espacial, definindo-a como sendo uma modalidade de representação desta natureza. Neste
capítulo apresentamos também alguns relatos de experiências de Pastoral Urbana no Brasil.
Tratase basicamente de um denso estudo analítico da instituição paroquial. Ao final deste
capítulo, apresentamos algumas discussões sobre a sociologia da pós-modernidade e no que esta
análise contribui para a compreensão da paróquia urbana.
As conclusões às quais chegamos com esta pesquisa apontam para as dificuldades que as
paróquias urbanas, na atualidade, enfrentam para interagirem com a problemática urbana.
Concluímos que as paróquias urbanas, da forma como se configuram atualmente, não respondem
inteiramente às necessidades religiosas da realidade citadina. Acreditamos que serão necessárias
diversas alterações em suas ações religiosas e sociais para que esta instituição, quase bi-milenar,
consiga ser resposta institucional mais eficiente e mais consequente no mundo urbano.
Isto posto, elencamos um conjunto de alternativas que as paróquias, general izadamente, poderão
adotar para a busca desta maior interação com a realidade urbana. Entre as alternativas,
destacam-se: realização de um estudo pluridisciplinar sobre o contexto citadino, alterações no
modo de atendimento religioso às pessoas, horários de celebrações, etc. Sugere-se que, nas
periferias urbanas, seja privilegiada a forma de organização em pequenas comunidades,
estruturalmente menores, que interajam entre si na forma de "redes de comunidades".
Concluímos que não se trata de extinguir a paróquia, haja visto a sua pertença a uma herança
cultural de longa duração, mas que a paróquia se converta numa modalidade de comunidade que
atenta à multiplicidade das realidades sociais específicas que lhes são circundantes.
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