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Caracterização química e fitogeográfica de geoprópolis das espécies de abelhas nativas do Maranhão / Chemical and phytogeographic characterization of geopropolis of native bee species of Maranhão

RIBEIRO, Monique Hellen Martins 28 June 2017 (has links)
Submitted by Rosivalda Pereira (mrs.pereira@ufma.br) on 2017-10-17T21:40:39Z No. of bitstreams: 1 MoniqueRibeiro.pdf: 2880408 bytes, checksum: f8dedc19319b8c2a0065599d3d0097d0 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-17T21:40:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MoniqueRibeiro.pdf: 2880408 bytes, checksum: f8dedc19319b8c2a0065599d3d0097d0 (MD5) Previous issue date: 2017-06-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão / We analyzed the pollen spectrum of one hundred and thirty geopropollis samples of the following species of Melipona: M. fasciculata, M. flavolineata, M. seminigra and M. subnitida. Samples were collected in the municipality of Santa Luzia do Paruá, in the Alto Turi region, which belongs to the Amazon region, in the state of Maranhao. The objective of this study was to recognize the phytogeographic and chemical profile of the Melipona geopropolis samples and to help characterize the resin supplying vegetation for these bees. The geopropolis samples were collected monthly from December/2013 to December/2014 from nests kept in wooden boxes in a particular meliponary. The palynological analysis was done according to the standard methodology proposed by Barth (1998). The chemical profile of the samples was determined by high performance liquid chromatography (CLAE), liquid chromatography coupled to mass spectrometry (LC-MS) and gas chromatography coupled to mass spectrometry (GC / MS) analysis. And also included quantification of the content of total polyphenols (TPT) through the use of Folin-Ciocalteau reagents and sodium carbonate 20%; total flavonoids (TFT) by the photocolorimetric method with methanolic solution of aluminum chloride (AlCl3) 5%, and the antioxidant activity of the hydroalcoholic extracts of geopropolis by the DPPH free radical assay (Brand-Williams et al). A total of 148 pollen types were identified, distributed in 49 families, 108 genera and two unidentified types. In the geopropolis samples of M. subnitida 107 pollen types were distributed in 40 families and 72 genera. In the M. seminigra, 93 pollen types, 37 families and 70 genera were observed. For M. flavolineata were 98 pollen types, belonging to 33 families and 72 genera. In M. fasciculata there were 64 pollen types, 28 families and 53 genera, being therefore the one with the lowest pollen richness in the samples. Fabaceae presented the highest richness of pollen types (39 types), followed by Rubiaceae (11 types). The pollen types most common to Melipona species were: Attalea speciosa, Anacardium, Borreria verticilatta, Baccharis, Clusia, Chamaecrista, Croton, Euterpe/Syagrus, Eucalyptus, Hyptis, Mauritia, Mimosa pudica, M. caesalpinaefolia, Mouriri, Myrcia /Psidium, Protium And Symphonia globulifera, which characterized the phytogeographic profile of the geopropolis of this region. Aniardium, Ardisia, Baccharis, Caryocar, Clusia, Clusia grandiflora, Eucalyptus, Eupatorium, Hyptis, Myrcia/Psidium, Platonia insignis, Protium, Spondias, Symphonia globulifera, Tapirira and Vismia were the possible resin species suppliers for the Melipona geoprópolis . The presence of various compounds which have been tentatively characterized as quinic acid, benzophenone derivatives, O-glycosylated flavonoid and xanthones have been disclosed. The mangiferin compound was present in all samples. It was also verified the presence of benzophenones that appear to be involved in the biosynthesis of glycosylated xanthones. The extracts presented flavonoid contents above 2%, which allows them to be classified according to Brazilian legislation as a geopropolis with a high content of flavonoids. For the antioxidant activity a variation of 2.20 to 44.35% occurred. There was a variation in the content of phenolic compounds and flavonoids among the different samples of the four Melipona species analyzed. The results indicate that the bee species and the collection season, as well as the interaction between these factors, influence the concentration of bioactive compounds in the geopropolis. Thus, we believe that the results obtained contribute significantly to the geopropolis characterization of stingless bees from Amazonia Maranhense and show the importance of expanding the studies of chemical characterization and standardization of product quality parameters, since thisis a rich source of bioactive compounds with great pharmacological potential. / Analisou-se o espectro polínico de cento e trinta amostras de geoprópolis das seguintes espécies de Melipona: M. fasciculata, M. flavolineata, M. seminigra e M. subnitida. As amostras foram coletadas no município de Santa Luzia do Paruá, na região do Alto Turi, que pertence ao domínio amazônico, do estado do Maranhão. Este estudo teve como objetivo reconhecer o perfil fitogeográfico e químico de amostras da geoprópolis de Melipona e auxiliar na caracterização da vegetação fornecedora de resina para estas abelhas. As amostras de geoprópolis foram obtidas mensalmente de dezembro/2013 a dezembro/2014 a partir de ninhos mantidos em caixas de madeira em meliponário particular. A análise palinológica foi feita de acordo com a metodologia padrão proposta por Barth (1998). O perfil químico das amostras foi determinado por meio das análises de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massa (CL-EM) e cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa (CG/EM). Também foram quantificados o teor de polifenóis totais (TPT), por meio do uso dos reagentes Folin-Ciocalteau e carbonato de sódio a 20%; de flavonoides totais (TFT) por meio do método fotocolorimétrico com solução metanólica de cloreto de alumínio (AlCl3) a 5%, e da atividade antioxidante dos extratos hidroalcoólicos de geoprópolis pelo ensaio do radical livre DPPH (Brand-Williams et al. 1995). Foram identificados 148 tipos polínicos, distribuídos em 49 famílias, 108 gêneros e dois tipos não identificados. Nas amostras de geoprópolis de M. subnitida identificou-se 107 tipos polínicos distribuídos em 40 famílias e 72 gêneros. Nas de M. seminigra foram observados 93 tipos polínicos, 37 famílias e 70 gêneros. Para M. flavolineata foram 98 tipos polínicos, pertencentes a 33 famílias e 72 gêneros. Já em M. fasciculata foram 64 tipos polínicos, 28 famílias e 53 gêneros, sendo, portanto, a que apresentou menor riqueza de pólen nas amostras. Fabaceae apresentou a maior riqueza de tipos polínicos (39 tipos), seguida de Rubiaceae (11 tipos). Os tipos polínicos mais comuns às espécies de Melipona foram: Attalea speciosa, Anacardium, Borreria verticilatta, Baccharis, Clusia, Chamaecrista, Croton, Euterpe/Syagrus, Eucalyptus Hyptis, Mauritia, Mimosa pudica, M. caesalpinaefolia, Mouriri, Myrcia/Psidium, Protium e Symphonia globulifera, que caracterizaram o perfil fitogeográfico da geoprópolis dessa região. Enquanto Anacardium, Ardisia, Baccharis, Caryocar, Clusia, Clusia grandiflora, Eucalyptus, Eupatorium, Hyptis, Myrcia/Psidium, Platonia insignis, Protium, Spondias, Symphonia globulifera, Tapirira e Vismia foram as possíveis espécies vegetais fornecedoras de resina para a geoprópolis de Melipona. Revelou-se a presença de vários compostos, que foram tentativamente caracterizados como ácido quínico, derivados de benzofenonas, flavonoide O-glicosilado e xantonas. O composto mangiferina esteve presente em todas as amostras. Também foi verificada a presença de benzofenonas que parecem estar envolvidas na biossíntese de xantonas glicosiladas. Os extratos apresentaram teores de flavonoides acima de 2% que permitem classificá-los, de acordo com a legislação brasileira como geoprópolis com alto teor de flavonoides. Para a atividade antioxidante ocorreu uma variação de 2,20 a 44,35%. Houve uma variação no teor de compostos fenólicos e flavonoides entre as diferentes amostras das quatro espécies de Melipona analisadas. Os resultados obtidos indicam que a espécie de abelha e a época de coleta, bem como a interação entre esses fatores, influenciam a concentração de compostos bioativos na geoprópolis. Desta forma, acreditamos que os resultados obtidos contribuem significativamente para a caracterização da geoprópolis das abelhas sem ferrão proveniente da Amazônia Maranhense e evidenciam a importância de ampliarmos os estudos de caracterização química e padronização dos parâmetros de qualidade do produto, visto que este constitui uma rica fonte de compostos bioativos com grande potencial farmacológico.

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