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Os caminhos literários de Carolina Maria de Jesus: experiência marginal e construção estética / Literary paths of Carolina Maria de Jesus: marginal experience and aesthetic constructionMiranda, Fernanda Rodrigues de 20 September 2013 (has links)
Análise da obra da escritora Carolina Maria de Jesus (1914-1977), em particular dos livros Quarto de despejo diário de uma favelada (1960); Casa de Alvenaria diário de uma exfavelada (1961); Pedaços da fome (1963) e Diário de Bitita (1986). Investigamos aspectos da edição do primeiro livro publicado, analisando a intervenção do editor na construção do estereótipo da escritora favelada e o impacto que isso representou na trajetória discursiva da autora. Nosso objetivo foi analisar a internalização da experiência histórica da margem ao campo da dicção da obra literária, superando a introdução da temática, quase inédita na produção literária brasileira, da favela e da sobrevivência urbana marginal. A obra caroliniana, muitas vezes reduzida a mero documento de interesse sociológico, se realiza com contornos estéticos próprios a escrita é parte fundante de sua constituição subjetiva, pois a autora estetiza a si, cria para si identidade e alteridade, constrói sua subjetividade através da palavra escrita, tornando-se autora, narradora e personagem de si mesma. / Analysis of the work of writer Carolina Maria de Jesus (1914-1977), in particular the books Quarto de despejo diário de uma favelada (1960); Casa de Alvenaria diário de uma exfavelada (1961); Pedaços da fome (1963) e Diário de Bitita (1986). We investigate aspects of the edition of the first book published, analyzing editor intervention in the construction of the stereotype of \"writer slum\" and the impact this discourse represented in the trajectory of the author. Our aim was to analyze the internalization of the historical experience of the margin to the field of the literary diction, surpassing the introduction of the theme, almost unprecedented in Brazilian literary production, the slum and marginal urban survival. The work of Carolina Maria de Jesus often reduced to mere document of sociological interest, is done with own aesthetic contours - writing is a fundamental part of its subjective constitution, aestheticized as the author himself, creates for itself identity and otherness, constructs his subjectivity through written word, becoming author, narrator and character herself.
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Os caminhos literários de Carolina Maria de Jesus: experiência marginal e construção estética / Literary paths of Carolina Maria de Jesus: marginal experience and aesthetic constructionFernanda Rodrigues de Miranda 20 September 2013 (has links)
Análise da obra da escritora Carolina Maria de Jesus (1914-1977), em particular dos livros Quarto de despejo diário de uma favelada (1960); Casa de Alvenaria diário de uma exfavelada (1961); Pedaços da fome (1963) e Diário de Bitita (1986). Investigamos aspectos da edição do primeiro livro publicado, analisando a intervenção do editor na construção do estereótipo da escritora favelada e o impacto que isso representou na trajetória discursiva da autora. Nosso objetivo foi analisar a internalização da experiência histórica da margem ao campo da dicção da obra literária, superando a introdução da temática, quase inédita na produção literária brasileira, da favela e da sobrevivência urbana marginal. A obra caroliniana, muitas vezes reduzida a mero documento de interesse sociológico, se realiza com contornos estéticos próprios a escrita é parte fundante de sua constituição subjetiva, pois a autora estetiza a si, cria para si identidade e alteridade, constrói sua subjetividade através da palavra escrita, tornando-se autora, narradora e personagem de si mesma. / Analysis of the work of writer Carolina Maria de Jesus (1914-1977), in particular the books Quarto de despejo diário de uma favelada (1960); Casa de Alvenaria diário de uma exfavelada (1961); Pedaços da fome (1963) e Diário de Bitita (1986). We investigate aspects of the edition of the first book published, analyzing editor intervention in the construction of the stereotype of \"writer slum\" and the impact this discourse represented in the trajectory of the author. Our aim was to analyze the internalization of the historical experience of the margin to the field of the literary diction, surpassing the introduction of the theme, almost unprecedented in Brazilian literary production, the slum and marginal urban survival. The work of Carolina Maria de Jesus often reduced to mere document of sociological interest, is done with own aesthetic contours - writing is a fundamental part of its subjective constitution, aestheticized as the author himself, creates for itself identity and otherness, constructs his subjectivity through written word, becoming author, narrator and character herself.
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Representações da Alteridade: Contornos Históricos e Escrita do Eu em La Razón de Mi Vida.Fachin, Paulo Cesar 15 December 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-12-15 / This essay s main purpose was to make a study about the book La razón de mi
vida (1951) of Eva Perón (The reason of my life), whose authorship or ghostwriter,
was attributed to Manuel Penella da Silva, a Spanish writer that
according to scholars about the myth of Eva following the example of the
sociologist Horacio González (2009). The book that was published in Argentina
is an autobiography that ratifies an image of a woman that became an icon of
the Peronism of an almost messianic vision within the Latin context. The
representation of Eva Perón also evokes some consideration of gender, in other
words, it reveals the conscience of a woman that broke behavior patterns of an
era, even managing to become the leader of a political movement. The political
movement in question took place in Argentina in the 40 s when the country was
under the command of the military. Since her in in July 26th 1952, the story of
Eva Perón or Evita has been written and rewritten by historians and novelists.
Furthermore, many writers have offered themselves as witnesses in order to
contribute to the writing of this story and also contributing to this living myth and
also to the recreation of its image, always in constant dialogue with its
biography. La razón de mi vida has allowed Eva Perón to be part of the
discursive context of her auto representation as a Political woman. In this
essay, the book is studied as an autobiographical work and all the historical
relationships are investigated as well as the literary and ideological aspects that
such genre could establish, through some scholars such as Lejeune (1975),
May (1979), Pouillon (1974), Bakhtin (2000), Rodrigues (2007) and others. It is
of high interest to analyze how the written of the self is manifested and is shown
within the book through a structure which is made of everyday life reports that
end up revealing the present as well as the past in a individually and collectively
way. / Esta pesquisa tem como proposta realizar um estudo sobre a obra La razón de
mi vida (1951), livro cuja autoria, ou papel de ghost-writer é tributado a Manuel
Penella da Silva, jornalista espanhol, segundo estudiosos sobre o mito de Eva
Perón, a exemplo do sociólogo Horacio González (2009). O livro foi publicado
na Argentina, trata-se de obra de caráter autobiográfico que ratifica a imagem
de uma mulher que se tornou um ícone do peronismo de visão quase
messiânica no contexto latino. A representação de Eva Perón evoca também
considerações de gênero, ou seja, revela a consciência de uma mulher que
transgrediu os padrões de uma época, conseguindo transformar-se em líder de
um movimento político, o movimento do partido peronista, movimento este que
surgiu na Argentina na década de 1940, quando o país esteve sobre o
comando dos militares. Desde a sua morte, em 26 de julho de 1952, a história
de Eva Perón ou Evita foi escrita e reescrita por historiadores e romancistas.
Além disso, muitos escritores se ofereceram como testemunha para contribuir
na escrituração desta história, colaborando para a continuidade deste mito e na
recriação de sua imagem, sempre dialogando com sua autobiografia. La razón
de mi vida permitiu a Eva Perón incrustar no âmbito discursivo sua
autorrepresentação como mulher de Estado. Nesta dissertação, a obra é
estudada na condição de gênero autobiográfico e se investigam as relações
históricas, literárias e ideológicas que tal gênero pode estabelecer, a partir dos
pressupostos teóricos de Lejeune (1975), May (1979), Pouillon (1974), Bakhtin
(2000), Rodrigues (2007) entre outros. Interessa-nos analisar como a escrita do
eu se manifesta e se configura na obra através de uma estrutura composta por
relatos de experiência do cotidiano que acabam por revelar presente e
passado, individual e coletivo.
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