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Pintando Janelas em Muros: A Arte como MÃtodo Vivencial de FacilitaÃÃo de Grupos Populares / Windows in Walls Painting: art as a life experience method of facilitation of popular groups

Ana Maria Melo de Pinho 22 April 2010 (has links)
nÃo hà / A presente pesquisa buscou investigar o significado da arte como mÃtodo vivencial de facilitaÃÃo de grupos populares, contextualizada no Ãmbito de uma atuaÃÃo pautada na Psicologia ComunitÃria da LibertaÃÃo (GÃIS, 2008). O campo de investigaÃÃo configurou-se a partir de uma intervenÃÃo na comunidade do Marrocos, localidade situada no Bairro do Grande Bom Jardim, bairro da periferia de Fortaleza, desde a qual foi implantado um grupo de autoestima. A formaÃÃo desse grupo surgiu diante da necessidade de buscar realizar aÃÃes em saÃde mental nos moldes da Psicologia ComunitÃria (GÃIS, 2008), no sentido de adentrar e incidir sob as condiÃÃes concretas e psicossociais de opressÃo e sofrimento. O grupo utilizava uma metodologia de facilitaÃÃo dialÃgica- vivencial, de modo que integrava atividades artÃsticas tais como mÃsica, danÃa, pintura, calagens, dentre outras, como modo de deflagrar vivÃncias positivas e integradoras que facilitassem os processo de desenvolvimento humano e libertaÃÃo. A arte foi aqui concebida como um sistema simbÃlico, capaz de possibilitar um retorno à origem da consciÃncia, a dimensÃes prÃ-reflexivas, emocionais e vitais da identidade. Esta metodologia tambÃm foi referenciada no modelo teÃrico-metodolÃgico da BiodanÃa. Os objetivos especÃficos dessa investigaÃÃo foram compreender os sentidos dados pelos participantes Ãs atividades artÃsticas, relacionar esses sentidos construÃdos com o contexto sociocultural, assim como, analisar as repercussÃes das atividades artÃsticas nos modos de vida dos participantes do grupo. A metodologia elegida foi a etnografia e a fenomenologia, consideradas como possibilidade de adentrar tanto nas experiÃncias subjetivas dos participantes quanto da sua cultura. Os instrumentos de coleta de dados foram a observaÃÃo participante e a entrevista qualitativa coletiva. A anÃlise dos dados foi realizada de forma a articular continuamente teoria e realidade vivida, tendo tomado por referÃncia as etapas de tratamento e organizaÃÃo dos dados postulados na anÃlise de conteÃdo (MINAYO, 2008). Concluà que a arte, realizada como atividade comunitÃria, dentro de um contexto vivencial e grupal, pode revelar-se como uma possibilidade de desenvolvimento humano e comunitÃrio. Neste sentido, ela se mostra tanto como uma forma de conexÃo profunda com nÃcleo vital da identidade, a partir do sentimento de si, como uma possibilidade de conexÃo com a vida e suas infinitas possibilidades de realizaÃÃo, revestindo-se de sentidos emocionais, simbÃlicos, rituais e mitolÃgicos, religando os indivÃduos a uma dimensÃo transcendental da realidade. Desse modo, a atividade artÃstica pÃde ser afirmada no arcabouÃo teÃrico-metodolÃgico da Psicologia Social e ComunitÃria, a partir de um marco epistemolÃgico desde o qual se pode construir uma prÃxis de libertaÃÃo fundamentada na conexÃo com uma dimensÃo afetiva, emocional, instintiva e intuitiva da identidade: na vivÃncia. / The present research tried to investigate the meaning of art as a life experience method of facilitation of popular groups, contextualized in the field of an acting based on the communitarian psychology of freedom (GOIS, 2008). The field of investigation took place in an intervention in the Marrocos community, at the Grande Bom Jardim neighborhood, in the outskirts of Fortaleza, where a group of self esteem was implanted. The formation of this group arose from the need of actions in mental health in the shapes of communitarian psychology (GOIS, 2008), in a way to enter and take place under the psycho social and concrete conditions of oppression and suffering. The group used a dialogue and life experience facilitation methodology, integrating artistic activities, such as: music, dance, painting, collage, among others, as a way to deflagrate positive and integrating life experience, which could facilitate the process of human development and freedom. The art was here conceived as a symbolic system, capable of returning to the origin of conscience, the identity`s emotional and vital pre-reflexive dimensions. This methodology was also referred in the theoretical methodological model of Biodance. The specific goals of this investigation were to understand the meanings given by the participants to the artistic activities, relate these meanings built with the social cultural context, and also analyze the effect of the artistic activities in the ways of life of the group`s participants. The elected methodology was the ethnography and the phenomenology, considered as possibilities to enter the subjective experiences of the participants and their culture. The instruments of data collection were the participating observation and the qualitative collective interview. The analysis of data was made in a way to continually articulate the theory and reality lived, taking as reference the stages of treating and organization of the data postulated in the analysis of content (MYNAYO, 2008). I concluded that art, realized as a communitarian activity, inside a life experience and group context, can be revealed as a possibility of human and communitarian development. In this sense, it shows itself as a form of deep connection with the vital nucleus of identity, from the self feeling, and also as a possibility of connection and its infinite possibilities of realization, clothing with mythological, ritual, symbolic and emotional meanings, reuniting individuals in a transcendental dimension of reality. This way, the artistic activity could be affirmed in the communitarian and social psychology theoretical and methodological framework, from an epistemological mark, from which one can build a praxis of freedom based in the connection with an affective, emotional, instinctive and intuitive dimension of the identity: in the life experience.
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Pintando janelas em muros: a arte como método vivencial de facilitação de grupos populares / Windows in walls painting: art as a life experience method of facilitation of popular groups

PINHO, Ana Maria Melo de January 2010 (has links)
PINHO , Ana Maria Melo de. Pintando janelas em muros: a arte como método vivencial de facilitação de grupos populares. 2010. 230f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Fortaleza-CE, 2010. / Submitted by moises gomes (celtinha_malvado@hotmail.com) on 2011-11-30T19:59:13Z No. of bitstreams: 1 2010_dis_AMMDPinho.PDF: 839248 bytes, checksum: c4ceea86e0dd3ce93f8eed1685a6040a (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2012-01-09T15:09:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2010_dis_AMMDPinho.PDF: 839248 bytes, checksum: c4ceea86e0dd3ce93f8eed1685a6040a (MD5) / Made available in DSpace on 2012-01-09T15:09:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2010_dis_AMMDPinho.PDF: 839248 bytes, checksum: c4ceea86e0dd3ce93f8eed1685a6040a (MD5) Previous issue date: 2010 / The present research tried to investigate the meaning of art as a life experience method of facilitation of popular groups, contextualized in the field of an acting based on the communitarian psychology of freedom (GOIS, 2008). The field of investigation took place in an intervention in the Marrocos community, at the Grande Bom Jardim neighborhood, in the outskirts of Fortaleza, where a group of self esteem was implanted. The formation of this group arose from the need of actions in mental health in the shapes of communitarian psychology (GOIS, 2008), in a way to enter and take place under the psycho social and concrete conditions of oppression and suffering. The group used a dialogue and life experience facilitation methodology, integrating artistic activities, such as: music, dance, painting, collage, among others, as a way to deflagrate positive and integrating life experience, which could facilitate the process of human development and freedom. The art was here conceived as a symbolic system, capable of returning to the origin of conscience, the identity`s emotional and vital pre-reflexive dimensions. This methodology was also referred in the theoretical methodological model of Biodance. The specific goals of this investigation were to understand the meanings given by the participants to the artistic activities, relate these meanings built with the social cultural context, and also analyze the effect of the artistic activities in the ways of life of the group`s participants. The elected methodology was the ethnography and the phenomenology, considered as possibilities to enter the subjective experiences of the participants and their culture. The instruments of data collection were the participating observation and the qualitative collective interview. The analysis of data was made in a way to continually articulate the theory and reality lived, taking as reference the stages of treating and organization of the data postulated in the analysis of content (MYNAYO, 2008). I concluded that art, realized as a communitarian activity, inside a life experience and group context, can be revealed as a possibility of human and communitarian development. In this sense, it shows itself as a form of deep connection with the vital nucleus of identity, from the self feeling, and also as a possibility of connection and its infinite possibilities of realization, clothing with mythological, ritual, symbolic and emotional meanings, reuniting individuals in a transcendental dimension of reality. This way, the artistic activity could be affirmed in the communitarian and social psychology theoretical and methodological framework, from an epistemological mark, from which one can build a praxis of freedom based in the connection with an affective, emotional, instinctive and intuitive dimension of the identity: in the life experience. / A presente pesquisa buscou investigar o significado da arte como método vivencial de facilitação de grupos populares, contextualizada no âmbito de uma atuação pautada na Psicologia Comunitária da Libertação (GÓIS, 2008). O campo de investigação configurou-se a partir de uma intervenção na comunidade do Marrocos, localidade situada no Bairro do Grande Bom Jardim, bairro da periferia de Fortaleza, desde a qual foi implantado um grupo de autoestima. A formação desse grupo surgiu diante da necessidade de buscar realizar ações em saúde mental nos moldes da Psicologia Comunitária (GÓIS, 2008), no sentido de adentrar e incidir sob as condições concretas e psicossociais de opressão e sofrimento. O grupo utilizava uma metodologia de facilitação dialógica- vivencial, de modo que integrava atividades artísticas tais como música, dança, pintura, calagens, dentre outras, como modo de deflagrar vivências positivas e integradoras que facilitassem os processo de desenvolvimento humano e libertação. A arte foi aqui concebida como um sistema simbólico, capaz de possibilitar um retorno à origem da consciência, a dimensões pré-reflexivas, emocionais e vitais da identidade. Esta metodologia também foi referenciada no modelo teórico-metodológico da Biodança. Os objetivos específicos dessa investigação foram compreender os sentidos dados pelos participantes às atividades artísticas, relacionar esses sentidos construídos com o contexto sociocultural, assim como, analisar as repercussões das atividades artísticas nos modos de vida dos participantes do grupo. A metodologia elegida foi a etnografia e a fenomenologia, consideradas como possibilidade de adentrar tanto nas experiências subjetivas dos participantes quanto da sua cultura. Os instrumentos de coleta de dados foram a observação participante e a entrevista qualitativa coletiva. A análise dos dados foi realizada de forma a articular continuamente teoria e realidade vivida, tendo tomado por referência as etapas de tratamento e organização dos dados postulados na análise de conteúdo (MINAYO, 2008). Concluí que a arte, realizada como atividade comunitária, dentro de um contexto vivencial e grupal, pode revelar-se como uma possibilidade de desenvolvimento humano e comunitário. Neste sentido, ela se mostra tanto como uma forma de conexão profunda com núcleo vital da identidade, a partir do sentimento de si, como uma possibilidade de conexão com a vida e suas infinitas possibilidades de realização, revestindo-se de sentidos emocionais, simbólicos, rituais e mitológicos, religando os indivíduos a uma dimensão transcendental da realidade. Desse modo, a atividade artística pôde ser afirmada no arcabouço teórico-metodológico da Psicologia Social e Comunitária, a partir de um marco epistemológico desde o qual se pode construir uma práxis de libertação fundamentada na conexão com uma dimensão afetiva, emocional, instintiva e intuitiva da identidade: na vivência.

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