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O papel dos profissionantes de saúde na qualidade da informação de óbitos perinatais e nascidos vivos no município de São Paulo / SIM and SINASC: social representation of nurses and administrative professional sectors that work in hospitals SUS and non-SUS in the city of Sao PauloDaniela Schoeps 03 May 2012 (has links)
Introdução: A mortalidade perinatal é um importante indicador de saúde materno- infantil, por esse motivo vem ocorrendo uma evolução nos estudos dessas informações. Muitos estudos avaliam a qualidade dos dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC) e Sistemas de Informações de Mortalidade (SIM) com métodos quantitativos (validade/completitude), porém são escassas as investigações qualitativas. Objetivo: Avaliar a representação social dos enfermeiros e profissionais de setores administrativos sobre o preenchimento das Declarações de Nascido Vivo (DNs) e se ou como auxiliam no preenchimento das Declarações de Óbito (DOs) fetais e neonatais. Métodos: Foram realizadas 24 entrevistas com enfermeiros e profissionais de setores administrativos em 16 hospitais, com e sem vínculo com o SUS, no município de São Paulo, em 2009. As análises foram realizadas utilizando a metodologia qualitativa com a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados: Os profissionais e enfermeiros se reconhecem como parte integrante do processo de produção da informação. Os discursos indicam que a atividade está incorporada na rotina do trabalho; há comprometimento na busca de soluções quando se deparam com dificuldades de preenchimento; há valorização de se sentirem acompanhados por uma instância superior do sistema; sentem que o treinamento é um espaço de encontro para retorno e compreensão das finalidades e usos das informações que produzem. Esta consciência aumenta o comprometimento e assegura informações mais fidedignas. Conclusões: Tanto nos hospitais SUS como não-SUS não se verificou um padrão relativo ao profissional responsável pelo preenchimento das DNs, apesar da definição legal de que o médico é o responsável pelas informações da DO muitas vezes outros profissionais preenchem parte das informações. As entrevistas revelaram que os profissionais conhecem e reconhecem a utilidade das informações registradas nas DNs com base nos treinamentos fornecidos pela equipe do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC). Os profissionais e enfermeiros se reconhecem como parte integrante do processo de produção da informação e sentem que o treinamento é um espaço de encontro para retorno e compreensão das finalidades e usos das informações que produzem. Essa consciência aumenta o comprometimento e assegura informações mais fidedignas / Introduction: Considering that perinatal mortality is an important indicator of maternal and child health., there has been an evolution in the studies of such information. Many studies assess its quality with quantitative methods (validity / completeness), but there are few qualitative investigations. Objective: To assess the social representation of nurses and administrative sectors on how to complete the Declarations of Live Birth (DN) and whether or how to assist in completing fetal and neonatal death certificates (DO). Methods: We conducted 24 interviews with nurses and administrative staff in 16 hospitals (SUS and non- SUS), in the City of São Paulo in 2009. Analyses were performed using a qualitative methodology with the technique of Collective Subject Discourse. Results: The speeches indicate that the activity is incorporated into the routine of work; there is involvement in finding solutions when they find difficulties in filling; there is a feeling that they should have a higher member of staff supervision. Conclusions: Both SUS and non-SUS hospitals have no specific professional responsible for the completion of DN, despite the legal definition of what the doctor is responsible for the information of DO, it is often common to find other professionals filling part of the information. The interviews showed that the professionals know and recognize the usefulness of the information recorded in DN based on training provided by staff of the Information System (SINASC). Professionals and nurses see themselves as part of the process of information production and feel that training is a meeting place for feedback and understanding of the purposes and uses of the information they produce. This awareness increases the commitment and ensures more reliable information
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O impacto do nascimento pré-termo na mortalidade neonatal no município de Porto AlegreTietzmann, Marcos Roberto January 2017 (has links)
Objetivo: Avaliar o impacto do nascimento pré-termo sobre a mortalidade neonatal numa série temporal de 2000 a 2014 no município de Porto Alegre. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo de base populacional com a utilização dos registros oficiais de nascimento e de morte ligados de 2000 a 2014 de recém-nascidos com menos de 32 semanas de idade gestacional de Porto Alegre. Foram utilizadas como variáveis independentes idade e escolaridade maternas, número de consultas pré-natal, tipo de hospital, via de parto, idade gestacional (IG), sexo e peso do recém-nascido e ano de nascimento. O desfecho primário foi morte neonatal (morte ocorrida de 0 a 27 dias de vida). Foram excluídos recém-nascidos duplicados, com menos de 500 gramas ou com peso inconsistente, com IG menor de 22 semanas, com anomalias congênitas, gemelares e de partos extra hospitalares. Foi calculado razão de risco (hazard ratio-HR) ajustado para o risco de morte neonatal para todas as variáveis independentes através de análise de sobrevivência pela regressão de Cox para riscos proporcionais com nível de significância p<0,05. Posteriormente, foi realizado análise por quintil de peso de nascimento. Resultados: Foram analisados os registros de 3282 recém-nascidos com IG menor que 32 semanas de 2000 a 2014 dos quais, 643 foram ao óbito neonatal e 2639 sobreviveram. O risco de morte neonatal absoluto diminuiu de 25% no triênio 2000 a 2002 para 17% no período de 2012 a 2014. O mesmo risco ajustado foi significativamente menor para os recém-nascidos de menor peso (média de 673 ± 86 gramas) de parto cesáreo [HR 0,57 (IC95% 0,45-0,73)] enquanto que, para os de maior peso (média 1.834 ± 212 gramas) este risco inverteu-se e foi significativamente maior para esta via de parto [HR 8,44 (IC95% 1,86-38,22)]. Conclusão: Houve diminuição do risco absoluto de morte neonatal entre os recém-nascidos com IG menor de 32 semanas nos últimos anos em Porto Alegre e o aprimoramento do uso racional do parto cesáreo nos hospitais do município pode contribuir para uma redução ainda maior desse indicador. / Objective: Assess impact of prematurity on neonatal mortality from 2000 to 2014 in Porto Alegre through official information systems. Methods: Populational base retrospective cohort study with record linkage of birth and death database certificates. There were included records of birth and death from 2000 to 2014 of infants with less than 32 weeks of gestational age of Porto Alegre. There were used mother age and schooling, number of antenatal visits, delivery type, hospital type, gestational age, sex and birth weight and birth year of infant as independent variables. The primary outcome examined was neonatal death (death at 0-27 days of age). There were excluded infant records duplicate, with less than 500g or inconsistent birthweight, with gestational age less than 22 weeks, with congenital anomalies, twins and out-of-hospital births. Adjusted Hazard Ratio (HR) were calculated for the risk of neonatal death for all independent variables through Cox regression for survival analysis with p-value<0,05 for statistical significance. The analysis also was performed at quintiles of birthweight. Results: There were 3282 infant records of infants with less than 32 weeks of gestational age from 2000 to 2014 who progress to 643 neonatal deaths or 2639 survival. The neonatal death absolut risk decline from 25% at 2000-2002 period to 17% at 2012-2014 period. The adjusted neonatal death risk was significantly reduced for lightest preterm (mean birthweight 673g ± 86) born by C-section [HR 0.57 (CI95% 0.45-0.73)], while, for the heaviest ones (mean birthweight 1.834g ± 212) the risk was significantly increased for that delivery route [HR 8.44 (CI95% 1.86-38.22)]. Conclusion: The absolut risk of neonatal death in infants with less than 32 weeks of gestational age has been declining over the years and more rational use of C-section can contribute to further improving the neonatal survival.
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O impacto do nascimento pré-termo na mortalidade neonatal no município de Porto AlegreTietzmann, Marcos Roberto January 2017 (has links)
Objetivo: Avaliar o impacto do nascimento pré-termo sobre a mortalidade neonatal numa série temporal de 2000 a 2014 no município de Porto Alegre. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo de base populacional com a utilização dos registros oficiais de nascimento e de morte ligados de 2000 a 2014 de recém-nascidos com menos de 32 semanas de idade gestacional de Porto Alegre. Foram utilizadas como variáveis independentes idade e escolaridade maternas, número de consultas pré-natal, tipo de hospital, via de parto, idade gestacional (IG), sexo e peso do recém-nascido e ano de nascimento. O desfecho primário foi morte neonatal (morte ocorrida de 0 a 27 dias de vida). Foram excluídos recém-nascidos duplicados, com menos de 500 gramas ou com peso inconsistente, com IG menor de 22 semanas, com anomalias congênitas, gemelares e de partos extra hospitalares. Foi calculado razão de risco (hazard ratio-HR) ajustado para o risco de morte neonatal para todas as variáveis independentes através de análise de sobrevivência pela regressão de Cox para riscos proporcionais com nível de significância p<0,05. Posteriormente, foi realizado análise por quintil de peso de nascimento. Resultados: Foram analisados os registros de 3282 recém-nascidos com IG menor que 32 semanas de 2000 a 2014 dos quais, 643 foram ao óbito neonatal e 2639 sobreviveram. O risco de morte neonatal absoluto diminuiu de 25% no triênio 2000 a 2002 para 17% no período de 2012 a 2014. O mesmo risco ajustado foi significativamente menor para os recém-nascidos de menor peso (média de 673 ± 86 gramas) de parto cesáreo [HR 0,57 (IC95% 0,45-0,73)] enquanto que, para os de maior peso (média 1.834 ± 212 gramas) este risco inverteu-se e foi significativamente maior para esta via de parto [HR 8,44 (IC95% 1,86-38,22)]. Conclusão: Houve diminuição do risco absoluto de morte neonatal entre os recém-nascidos com IG menor de 32 semanas nos últimos anos em Porto Alegre e o aprimoramento do uso racional do parto cesáreo nos hospitais do município pode contribuir para uma redução ainda maior desse indicador. / Objective: Assess impact of prematurity on neonatal mortality from 2000 to 2014 in Porto Alegre through official information systems. Methods: Populational base retrospective cohort study with record linkage of birth and death database certificates. There were included records of birth and death from 2000 to 2014 of infants with less than 32 weeks of gestational age of Porto Alegre. There were used mother age and schooling, number of antenatal visits, delivery type, hospital type, gestational age, sex and birth weight and birth year of infant as independent variables. The primary outcome examined was neonatal death (death at 0-27 days of age). There were excluded infant records duplicate, with less than 500g or inconsistent birthweight, with gestational age less than 22 weeks, with congenital anomalies, twins and out-of-hospital births. Adjusted Hazard Ratio (HR) were calculated for the risk of neonatal death for all independent variables through Cox regression for survival analysis with p-value<0,05 for statistical significance. The analysis also was performed at quintiles of birthweight. Results: There were 3282 infant records of infants with less than 32 weeks of gestational age from 2000 to 2014 who progress to 643 neonatal deaths or 2639 survival. The neonatal death absolut risk decline from 25% at 2000-2002 period to 17% at 2012-2014 period. The adjusted neonatal death risk was significantly reduced for lightest preterm (mean birthweight 673g ± 86) born by C-section [HR 0.57 (CI95% 0.45-0.73)], while, for the heaviest ones (mean birthweight 1.834g ± 212) the risk was significantly increased for that delivery route [HR 8.44 (CI95% 1.86-38.22)]. Conclusion: The absolut risk of neonatal death in infants with less than 32 weeks of gestational age has been declining over the years and more rational use of C-section can contribute to further improving the neonatal survival.
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The District Health Information System (DHIS) as a support mechanism for data quality improvement in Waterberg District, Limpopo: an exploration of staff experiencesSibuyi, Idon Nkhenso 11 May 2015 (has links)
The purpose of this study was to explore and describe staff experiences in managing data and/or information when utilising the District Health Information System (DHIS) as a support mechanism for data quality improvement, including the strengths and weaknesses of current data management processes. It was also aimed to identify key barriers and to make recommendations on how data management can be strengthened. Key informants included in this study were those based at the district office (health programme managers and information officers) and at the primary health care (PHC) facilities (facility managers, clinical nurse practitioners and data capturers).
An exploratory, descriptive and generic qualitative study was conducted. Consent was requested from each participant. Data were collected through semi-structured interviews.
The study findings highlighted strengths, weaknesses and key barriers as experienced by the staff. Strengths, such as having data capturers and DHIS software at most if not all facilities, were highlighted. The weaknesses and key barriers highlighted were staff shortages of both clinical and health management information staff (HMIS), shortage of resources such as computers and Internet access, poor feedback, training needs and data quality issues. Most of the weaknesses and key barriers called for further and proper implementation of the District Health Management Information Systems (DHMIS) policy, the standard operating procedures (SOP), the eHealth strategy and training of the staff, due to the reported gaps between the policy and the reality and/or practice at the facility / Health Studies / M.A. (Public Health with specialisation in Medical Informatics)
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A model to improve the quality of life for elderly people living in a rural setting of uThungulu District, KwaZulu-NatalNdlovu, Busisiwe Adelaide January 2016 (has links)
Submitted in fulfillment of the requirements for the Doctoral Degree in Nursing, Durban University of Technology, Durban, South Africa, 2016. / Background
An increase in the world's population of ageing people is occurring not only in developed countries but also in developing countries. In South Africa, the proportion of the population aged 50 and over increased from 14.8% in 2006 to 15% in 2009 and is predicted to be 19% by 2030. This means that the supply of services for the elderly people should match the demand at all times, otherwise the quality of life of these senior citizens will be compromised. This study aimed at developing a model that would improve the quality of life for elderly people living in the uMhlathuze and uMlalazi sub-districts of the uThungulu district, KwaZulu-Natal.
Methodology
A qualitative, exploratory, descriptive design was applied for this study. A semi-structured interview guide based on the Health Related Quality of Life Theory and Maslow’s hierarchy of needs was used. Random sampling was used to select the elderly participants. Purposive sampling was used for the selection of the chairpersons of non-governmental organisations, and the District Programme Manager. Audits were conducted in the clubs that elderly people with chronic disease participate in. Data analysis followed Tesch’s steps after which themes and categories were formulated.
Results
Three major themes that emerged from the data analysis were social well-being of elderly people, physiological factors and psychological factors. The results revealed that elderly people experience poor living conditions and suffer poverty due to a number of factors which including the high unemployment rate of their children. Often the children are involved in substance abuse using the elderly person’s money pension money, which leaves them without any food items in the household. According to the District Programme Manager, there was a project on integrated chronic disease management that was conducted at uThungulu district by the Department of Health. The integrated chronic disease management focused on the population in general of all ages, yet in this study the focus has been on elderly people, which is why the researcher developed a model to improve the QoL of elderly people, due to their unique needs.
Conclusion
This research study gathered information regarding social, economic, health and environmental factors in rural areas which will help in bringing issues of elderly people’s quality of life to awareness. This research will deepen the knowledge and skills of professionals on ageing issues, especially in rural areas/communities. / D
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The District Health Information System (DHIS) as a support mechanism for data quality improvement in Waterberg District, Limpopo: an exploration of staff experiencesSibuyi, Idon Nkhenso 11 May 2015 (has links)
The purpose of this study was to explore and describe staff experiences in managing data and/or information when utilising the District Health Information System (DHIS) as a support mechanism for data quality improvement, including the strengths and weaknesses of current data management processes. It was also aimed to identify key barriers and to make recommendations on how data management can be strengthened. Key informants included in this study were those based at the district office (health programme managers and information officers) and at the primary health care (PHC) facilities (facility managers, clinical nurse practitioners and data capturers).
An exploratory, descriptive and generic qualitative study was conducted. Consent was requested from each participant. Data were collected through semi-structured interviews.
The study findings highlighted strengths, weaknesses and key barriers as experienced by the staff. Strengths, such as having data capturers and DHIS software at most if not all facilities, were highlighted. The weaknesses and key barriers highlighted were staff shortages of both clinical and health management information staff (HMIS), shortage of resources such as computers and Internet access, poor feedback, training needs and data quality issues. Most of the weaknesses and key barriers called for further and proper implementation of the District Health Management Information Systems (DHMIS) policy, the standard operating procedures (SOP), the eHealth strategy and training of the staff, due to the reported gaps between the policy and the reality and/or practice at the facility / Health Studies / M. A. (Public Health with specialisation in Medical Informatics)
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Análise do perfil dos pacientes HIV/aids que faltam às consultas agendadas de infectologia no Serviço de Extensão ao Atendimento de Pacientes HIV/Aids da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo / Characterization of patients who missed infectious diseases medical appointments at the Casa da Aids, an outpatient clinic specialized in HIV/AIDS patients attached to the Infectious Diseases Service, Clinics Hospital of the São Paulo University Medical SchoolNagata, Delsa 02 July 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A terapia antirretroviral (TARV) reduziu a mortalidade e a morbidade por aids, melhorou a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) e, recentemente, foi reconhecida pelo seu papel como instrumento para redução da transmissão do HIV. Entretanto, a efetividade da TARV depende da manutenção de altas taxas de adesão à mesma. Tipo de tratamento, características individuais dos pacientes, barreiras de acesso ao serviço e à informação, falta de regularidade no comparecimento às consultas e às retiradas de medicamentos podem associar-se negativamente à adesão. Do ponto de vista da gestão, a falta à consulta agendada é um problema para os serviços de saúde que pode ser traduzido em custos para a sociedade. O presente estudo tem como objetivo analisar o perfil dos pacientes com HIV/aids que faltaram a consultas médicas agendadas de infectologia em um serviço especializado no atendimento de PVHA adultos, utilizando uma base de dados secundários gerados por um sistema administrativo destinado ao monitoramento da produção e ao faturamento. MÉTODOS: Foram incluídas PVHA em acompanhamento no Serviço de Extensão ao Atendimento de Pacientes HIV/Aids (SEAP HIV/Aids) com registro de pelo menos uma consulta agendada de infectologia em 2006 e 2007. Excluídos os sujeitos com discordância nas informações sobre sexo e data de nascimento, gestantes e com registro de óbito ou de transferência de serviço antes da primeira consulta de infectologia em 2007. Através do Sistema de Informação e Gestão Hospitalar (SIGH) foram obtidos dados do cadastro dos pacientes, registros de consultas e atendimentos em especialidades médicas e disciplinas de saúde, de internações hospitalares no ICHCFMUSP e de retiradas de medicamentos. A variável desfecho foi falta em consulta agendada de infectologia em 2007. As variáveis independentes incluíram características sócio-demográficas dos sujeitos, consultas e atendimentos em especialidades e disciplinas disponíveis no SEAP HIV/Aids, internações no ICHCFMUSP; tipo de médico infectologista que acompanhou o sujeito: se assistente ou residente, mudança de médico e retirada de antirretrovirais (ARV), em 2007. Na análise foram utilizados os testes do qui-quadrado de Pearson e t de Student. RESULTADOS: Sob o olhar da qualidade de informação, observou-se baixa frequência de registros de consultas e atendimentos em duplicidade. Embora a completitude e a acessibilidade tenham sido consideradas adequadas para grande parte dos dados, as variáveis cor, ocupação e endereço, não foram analisadas devido à baixa consistência dos dados referentes às mesmas. Entre os 3075 sujeitos incluídos 38,9% (1195) faltaram em pelo menos uma consulta de infectologia e a taxa de faltas às consultas de infectologia foi de 13,9%; 70,1% (2157) dos sujeitos eram do sexo masculino e não foi observada associação entre sexo e falta em consulta (p=0,32). A proporção de sujeitos que faltaram diminuiu à medida em que aumentou a idade (p<0,001) e a média de idade dos que faltaram foi menor do que a dos que não faltaram (p<0,001). Os sujeitos que faltaram agendaram 33,3% mais consultas em infectologia (p<0,001) e compareceram a menos consultas (p<0,001) quando comparados aos que não faltaram. A falta foi associada a maior comparecimento em consulta sem agendamento (p<0,001) e em atendimento de serviço social (p<0,001), a internação hospitalar no ICHCFMUSP (p<0,001), a assistência feita por médico residente e a troca de médico (p=0,02), e a menor comparecimento em consultas de ginecologia (p<0,001) e de proctologia (p=0,00). Sujeitos em uso de TARV faltaram em menor proporção (p<0,001). A média de retiradas de ARV entre os sujeitos que faltaram foi menor quando comparados aos que não faltaram (p<0,001). A organização do serviço de saúde é um fator relevante para o comparecimento dos pacientes em consulta. No contexto da atenção à saúde de PVHA, acesso a mais modalidades de assistência, atendimento em horário marcado, e uma gestão que tenha por objetivo diminuir as barreiras de acesso ao tratamento podem contribuir para elevar a qualidade da assistência ofertada. A elaboração e acompanhamento de indicadores de qualidade tais como acompanhamento de taxas de faltas e de retiradas de ARV pode contribuir para a redução de taxas de faltas às consultas. Embora ainda necessite de melhorias, o SIGH revelou-se um instrumento útil para a elaboração de indicadores relacionados à qualidade da atenção à saúde de PVHA / BACKGROUND: The highly active antiretroviral therapy (HAART) reduced AIDS morbidity and mortality in HIV/AIDS patients, improved their quality of life and, was recognized as prevention to HIV transmission. However, the success of antiretroviral therapy (ART) depends on high levels of adherence to it. Treatment regimens, patient individual characteristics, access barriers, missing scheduled appointments and not taking ART drugs can be associated with low adherence. For managers, a missed appointment could be translated in costs. Our goal is to characterize HIV/AIDS patients who missed scheduled medical appointments, according to SIGH, an electronic administrative database. METHODS: Adults HIV/AIDS patients followed at a public outpatient clinic specialized in HIV/AIDS attached to the Clinics Hospital of the São Paulo University Medicine School who had at least one scheduled appointment with an infectious disease physician in 2006 and 2007 were included. Patients with uncertain age and gender registry, pregnant or who were transferred or died before first scheduled appointment in 2007 were excluded. The outcome was missed scheduled medical appointment with an infectious diseases physician in 2007. Data on sociodemographic characteristics (age, gender, color/race, occupation, and address), appointments with physicians and health care providers care available in the clinic, hospitalization at Central Institute of Clinics Hospital of the São Paulo University Medicine School and ART withdrawal from the pharmacy in 2007 were obtained from a computerized administrative database; besides, the sort of infectious disease physician (assistant or resident) who cared for the patient, physician changing and number of changes were other independent variables included. Chi-square and Student-t test were used on analysis. RESULTS: We observed few duplicities of registry of appointments. Although the database showed a good completeness and accessibility for most variables, color/race, occupation and address had low consistency and were not analyzed. The study included 3075 subjects, 38.9% (1195) of them missed at least 1 scheduled medical appointment with an infectious disease physician in 2007; 13.9% of all medical appointments were missed. Subjects who missed medical appointments scheduled 33.3% more (p<0.001) and had less medical consultations (p<0.001) compared with those who did not miss medical visits. Seventy one percent (2157) of the subjects were men and we found no association between gender and missing medical appointment (p=0.32). Missing medical appointment was associated with younger age (p<0.001), unscheduled medical (p<0.001) and social worker visits (p<0.001), hospitalization (p<0.001), assistance by resident (p=0.04), change of physician (p=0.02), lower attendance to gynecologist (p<0.001) and proctologist (p=0.00); besides, not be on HAART was associated to missing medical appointment (p<0.001) and subjects who missed medical visits withdrew few ART drugs from the pharmacy (p<0.001). The organization of the health service is relevant for improving patient attendance to it. Access to more medical specialties and health disciplines, scheduled medical visits, reduction of barriers to access are all management instruments to increase the quality of health services. The use of quality indicators, like rate of missed medical appointments and withdrawal of drugs from the pharmacy, may increase the adherence of HIV/aids patients to the treatment. The performance of SIGH was satisfactory when it was used for quality indicators, although some improvement is still necessary
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Integralidade da atenção e evitabilidade de óbitos perinatais no Município de Fortaleza - Ceará / The integrality of health care and evitability of perinatal deaths in the City of Fortaleza - Ceará, 2006Campos, Jocileide Sales 27 October 2010 (has links)
Introdução: Conquistar a integralidade, a mais complexa diretriz do SUS, se constitui um permanente desafio, visto que, ao contrário da universalidade do acesso e da descentralização, parece, ainda, distante de ser alcançada. Objetivo: Caracterizar óbitos perinatais ocorridos em residentes em Fortaleza, 2006, para compreender o potencial da integralidade da atenção no sistema local de saúde. Métodos: Foram utilizados métodos complementares de pesquisa - quantitativa e qualitativa. Na abordagem qualitativa realizaram-se entrevistas individuais às mães de crianças que sobreviveram ao período neonatal e mães que perderam seus conceptos no período perinatal. Estudo transversal que incluiu o universo dos óbitos perinatais, a partir de dados dos sistemas oficiais de informação sobre mortalidade e sobre nascidos vivos e do relacionamento de dados entre os mesmos, consubstanciou a pesquisa quantitativa. Resultados e Discussão: A taxa de mortalidade perinatal foi 17,0/1000 nascidos totais - 8,2 para óbitos fetais e 8,8 para neonatais precoces. As principais causas encontradas foram: asfixia (24por cento ) - 4 vezes maior entre natimortos; baixo peso ao nascer cuja mortalidade foi 30 vezes maior entre os 25por cento com menos de 2500g; prematuridade (32,4por cento ); malformações congênitas (9,5por cento ) e infecções (7,0por cento ) inclusive 03 casos de sífilis congênita. Fatores de risco potenciais, como idade da mãe de 10 -14 anos, mais freqüente entre óbitos neonatais precoces, e de 35 e mais anos entre os fetais. A mortalidade foi mais alta (98,0/1000 nascidos totais) entre filhos de mães com nenhuma escolaridade - risco potencial importante - cuja elevada freqüência foi também percebida nas entrevistas que, por sua vez, evidenciaram uma categoria acrescentada ao estudo: a relação médico-paciente, considerada falha e desatenciosa, na percepção das mães, quanto aos esclarecimentos sobre alto risco na gestação e no parto. Destacou-se, ainda, o sentimento das mães sobre a falta da visita domiciliar na gravidez e de acompanhante no parto. Conclusões e algumas considerações: A baixa escolaridade pareceu um critério de 9 evitabilidade mais apropriado para uso em países em desenvolvimento, como o Brasil, do que aqueles da classificação de Wigglesworth, inclusive de acesso mais complexo nestes países. Para gestantes com baixa ou nenhuma escolaridade, o sistema de saúde poderia ofertar atenção especial, fortalecendo atividades educativas, adotando a interconsulta especializada e acompanhante no parto / Introduction - To achieve the integrality (comprehensive health care), the more complex SUS guideline, is an ongoing challenge, because, unlike the universality of access and decentralization, it still seems very far. Objective - To characterize perinatal deaths occurred among residents in Fortaleza, 2006, in order to understand the potential of the integrality of the care in the health system. Methods - It was adopted both, quantitative and qualitative methodologies that are complementary one to another. In the qualitative approach, individual interviews were carried out to mothers of children who survived the neonatal period and mothers who lost their babies in the perinatal period. A cross-sectional study that included the universe of perinatal deaths, based on data from official systems of information on births and deaths and also using the relationship of data between them, embodied quantitative research. Results and discussion - The perinatal mortality rate was 17.0 / 1,000 births - 8.2 to 8.8 for stillbirths and early neonatal deaths, respectively. The main causes were: asphyxia (24per cent ) - four times higher among stillbirths; low birth weight whose mortality was 30 times higher among the 25per cent weighting less than 2500g; prematurity (32.4per cent ); congenital malformations (9.5per cent ) and infections (7.0per cent ) including three cases of congenital syphilis. Potential risk factors such as maternal age of 10 -14 years old, more frequent among early neonatal deaths, while the fetal deaths occurred more among mothers are 35 and more. Mortality was highest (98.0/1,000 births) among children of mothers with no education - important potential risk factor which high frequency was also seen among the interviewee that, in turn, added a new category to the study as doctor-patient relationship considered failure and disrespectful on the perception of mothers regarding the details of high risk in pregnancy and childbirth. Was highlighted, too, the feeling of mothers about the lack of home visit by community health work during pregnancy and, also, of companion at childbirth. Conclusion and considerations - The low 11 educational level seemed a criterion more suitable for use in developing countries like Brazil, to avoid perinatal deaths, than those of Wigglesworth\'s classification, which is more difficult to obtain in these countries. For pregnant women with low/no education, the health system could strength health educational activities, adopt specialized attention and companion at hospital
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Análise do perfil dos pacientes HIV/aids que faltam às consultas agendadas de infectologia no Serviço de Extensão ao Atendimento de Pacientes HIV/Aids da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo / Characterization of patients who missed infectious diseases medical appointments at the Casa da Aids, an outpatient clinic specialized in HIV/AIDS patients attached to the Infectious Diseases Service, Clinics Hospital of the São Paulo University Medical SchoolDelsa Nagata 02 July 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A terapia antirretroviral (TARV) reduziu a mortalidade e a morbidade por aids, melhorou a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) e, recentemente, foi reconhecida pelo seu papel como instrumento para redução da transmissão do HIV. Entretanto, a efetividade da TARV depende da manutenção de altas taxas de adesão à mesma. Tipo de tratamento, características individuais dos pacientes, barreiras de acesso ao serviço e à informação, falta de regularidade no comparecimento às consultas e às retiradas de medicamentos podem associar-se negativamente à adesão. Do ponto de vista da gestão, a falta à consulta agendada é um problema para os serviços de saúde que pode ser traduzido em custos para a sociedade. O presente estudo tem como objetivo analisar o perfil dos pacientes com HIV/aids que faltaram a consultas médicas agendadas de infectologia em um serviço especializado no atendimento de PVHA adultos, utilizando uma base de dados secundários gerados por um sistema administrativo destinado ao monitoramento da produção e ao faturamento. MÉTODOS: Foram incluídas PVHA em acompanhamento no Serviço de Extensão ao Atendimento de Pacientes HIV/Aids (SEAP HIV/Aids) com registro de pelo menos uma consulta agendada de infectologia em 2006 e 2007. Excluídos os sujeitos com discordância nas informações sobre sexo e data de nascimento, gestantes e com registro de óbito ou de transferência de serviço antes da primeira consulta de infectologia em 2007. Através do Sistema de Informação e Gestão Hospitalar (SIGH) foram obtidos dados do cadastro dos pacientes, registros de consultas e atendimentos em especialidades médicas e disciplinas de saúde, de internações hospitalares no ICHCFMUSP e de retiradas de medicamentos. A variável desfecho foi falta em consulta agendada de infectologia em 2007. As variáveis independentes incluíram características sócio-demográficas dos sujeitos, consultas e atendimentos em especialidades e disciplinas disponíveis no SEAP HIV/Aids, internações no ICHCFMUSP; tipo de médico infectologista que acompanhou o sujeito: se assistente ou residente, mudança de médico e retirada de antirretrovirais (ARV), em 2007. Na análise foram utilizados os testes do qui-quadrado de Pearson e t de Student. RESULTADOS: Sob o olhar da qualidade de informação, observou-se baixa frequência de registros de consultas e atendimentos em duplicidade. Embora a completitude e a acessibilidade tenham sido consideradas adequadas para grande parte dos dados, as variáveis cor, ocupação e endereço, não foram analisadas devido à baixa consistência dos dados referentes às mesmas. Entre os 3075 sujeitos incluídos 38,9% (1195) faltaram em pelo menos uma consulta de infectologia e a taxa de faltas às consultas de infectologia foi de 13,9%; 70,1% (2157) dos sujeitos eram do sexo masculino e não foi observada associação entre sexo e falta em consulta (p=0,32). A proporção de sujeitos que faltaram diminuiu à medida em que aumentou a idade (p<0,001) e a média de idade dos que faltaram foi menor do que a dos que não faltaram (p<0,001). Os sujeitos que faltaram agendaram 33,3% mais consultas em infectologia (p<0,001) e compareceram a menos consultas (p<0,001) quando comparados aos que não faltaram. A falta foi associada a maior comparecimento em consulta sem agendamento (p<0,001) e em atendimento de serviço social (p<0,001), a internação hospitalar no ICHCFMUSP (p<0,001), a assistência feita por médico residente e a troca de médico (p=0,02), e a menor comparecimento em consultas de ginecologia (p<0,001) e de proctologia (p=0,00). Sujeitos em uso de TARV faltaram em menor proporção (p<0,001). A média de retiradas de ARV entre os sujeitos que faltaram foi menor quando comparados aos que não faltaram (p<0,001). A organização do serviço de saúde é um fator relevante para o comparecimento dos pacientes em consulta. No contexto da atenção à saúde de PVHA, acesso a mais modalidades de assistência, atendimento em horário marcado, e uma gestão que tenha por objetivo diminuir as barreiras de acesso ao tratamento podem contribuir para elevar a qualidade da assistência ofertada. A elaboração e acompanhamento de indicadores de qualidade tais como acompanhamento de taxas de faltas e de retiradas de ARV pode contribuir para a redução de taxas de faltas às consultas. Embora ainda necessite de melhorias, o SIGH revelou-se um instrumento útil para a elaboração de indicadores relacionados à qualidade da atenção à saúde de PVHA / BACKGROUND: The highly active antiretroviral therapy (HAART) reduced AIDS morbidity and mortality in HIV/AIDS patients, improved their quality of life and, was recognized as prevention to HIV transmission. However, the success of antiretroviral therapy (ART) depends on high levels of adherence to it. Treatment regimens, patient individual characteristics, access barriers, missing scheduled appointments and not taking ART drugs can be associated with low adherence. For managers, a missed appointment could be translated in costs. Our goal is to characterize HIV/AIDS patients who missed scheduled medical appointments, according to SIGH, an electronic administrative database. METHODS: Adults HIV/AIDS patients followed at a public outpatient clinic specialized in HIV/AIDS attached to the Clinics Hospital of the São Paulo University Medicine School who had at least one scheduled appointment with an infectious disease physician in 2006 and 2007 were included. Patients with uncertain age and gender registry, pregnant or who were transferred or died before first scheduled appointment in 2007 were excluded. The outcome was missed scheduled medical appointment with an infectious diseases physician in 2007. Data on sociodemographic characteristics (age, gender, color/race, occupation, and address), appointments with physicians and health care providers care available in the clinic, hospitalization at Central Institute of Clinics Hospital of the São Paulo University Medicine School and ART withdrawal from the pharmacy in 2007 were obtained from a computerized administrative database; besides, the sort of infectious disease physician (assistant or resident) who cared for the patient, physician changing and number of changes were other independent variables included. Chi-square and Student-t test were used on analysis. RESULTS: We observed few duplicities of registry of appointments. Although the database showed a good completeness and accessibility for most variables, color/race, occupation and address had low consistency and were not analyzed. The study included 3075 subjects, 38.9% (1195) of them missed at least 1 scheduled medical appointment with an infectious disease physician in 2007; 13.9% of all medical appointments were missed. Subjects who missed medical appointments scheduled 33.3% more (p<0.001) and had less medical consultations (p<0.001) compared with those who did not miss medical visits. Seventy one percent (2157) of the subjects were men and we found no association between gender and missing medical appointment (p=0.32). Missing medical appointment was associated with younger age (p<0.001), unscheduled medical (p<0.001) and social worker visits (p<0.001), hospitalization (p<0.001), assistance by resident (p=0.04), change of physician (p=0.02), lower attendance to gynecologist (p<0.001) and proctologist (p=0.00); besides, not be on HAART was associated to missing medical appointment (p<0.001) and subjects who missed medical visits withdrew few ART drugs from the pharmacy (p<0.001). The organization of the health service is relevant for improving patient attendance to it. Access to more medical specialties and health disciplines, scheduled medical visits, reduction of barriers to access are all management instruments to increase the quality of health services. The use of quality indicators, like rate of missed medical appointments and withdrawal of drugs from the pharmacy, may increase the adherence of HIV/aids patients to the treatment. The performance of SIGH was satisfactory when it was used for quality indicators, although some improvement is still necessary
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Integralidade da atenção e evitabilidade de óbitos perinatais no Município de Fortaleza - Ceará / The integrality of health care and evitability of perinatal deaths in the City of Fortaleza - Ceará, 2006Jocileide Sales Campos 27 October 2010 (has links)
Introdução: Conquistar a integralidade, a mais complexa diretriz do SUS, se constitui um permanente desafio, visto que, ao contrário da universalidade do acesso e da descentralização, parece, ainda, distante de ser alcançada. Objetivo: Caracterizar óbitos perinatais ocorridos em residentes em Fortaleza, 2006, para compreender o potencial da integralidade da atenção no sistema local de saúde. Métodos: Foram utilizados métodos complementares de pesquisa - quantitativa e qualitativa. Na abordagem qualitativa realizaram-se entrevistas individuais às mães de crianças que sobreviveram ao período neonatal e mães que perderam seus conceptos no período perinatal. Estudo transversal que incluiu o universo dos óbitos perinatais, a partir de dados dos sistemas oficiais de informação sobre mortalidade e sobre nascidos vivos e do relacionamento de dados entre os mesmos, consubstanciou a pesquisa quantitativa. Resultados e Discussão: A taxa de mortalidade perinatal foi 17,0/1000 nascidos totais - 8,2 para óbitos fetais e 8,8 para neonatais precoces. As principais causas encontradas foram: asfixia (24por cento ) - 4 vezes maior entre natimortos; baixo peso ao nascer cuja mortalidade foi 30 vezes maior entre os 25por cento com menos de 2500g; prematuridade (32,4por cento ); malformações congênitas (9,5por cento ) e infecções (7,0por cento ) inclusive 03 casos de sífilis congênita. Fatores de risco potenciais, como idade da mãe de 10 -14 anos, mais freqüente entre óbitos neonatais precoces, e de 35 e mais anos entre os fetais. A mortalidade foi mais alta (98,0/1000 nascidos totais) entre filhos de mães com nenhuma escolaridade - risco potencial importante - cuja elevada freqüência foi também percebida nas entrevistas que, por sua vez, evidenciaram uma categoria acrescentada ao estudo: a relação médico-paciente, considerada falha e desatenciosa, na percepção das mães, quanto aos esclarecimentos sobre alto risco na gestação e no parto. Destacou-se, ainda, o sentimento das mães sobre a falta da visita domiciliar na gravidez e de acompanhante no parto. Conclusões e algumas considerações: A baixa escolaridade pareceu um critério de 9 evitabilidade mais apropriado para uso em países em desenvolvimento, como o Brasil, do que aqueles da classificação de Wigglesworth, inclusive de acesso mais complexo nestes países. Para gestantes com baixa ou nenhuma escolaridade, o sistema de saúde poderia ofertar atenção especial, fortalecendo atividades educativas, adotando a interconsulta especializada e acompanhante no parto / Introduction - To achieve the integrality (comprehensive health care), the more complex SUS guideline, is an ongoing challenge, because, unlike the universality of access and decentralization, it still seems very far. Objective - To characterize perinatal deaths occurred among residents in Fortaleza, 2006, in order to understand the potential of the integrality of the care in the health system. Methods - It was adopted both, quantitative and qualitative methodologies that are complementary one to another. In the qualitative approach, individual interviews were carried out to mothers of children who survived the neonatal period and mothers who lost their babies in the perinatal period. A cross-sectional study that included the universe of perinatal deaths, based on data from official systems of information on births and deaths and also using the relationship of data between them, embodied quantitative research. Results and discussion - The perinatal mortality rate was 17.0 / 1,000 births - 8.2 to 8.8 for stillbirths and early neonatal deaths, respectively. The main causes were: asphyxia (24per cent ) - four times higher among stillbirths; low birth weight whose mortality was 30 times higher among the 25per cent weighting less than 2500g; prematurity (32.4per cent ); congenital malformations (9.5per cent ) and infections (7.0per cent ) including three cases of congenital syphilis. Potential risk factors such as maternal age of 10 -14 years old, more frequent among early neonatal deaths, while the fetal deaths occurred more among mothers are 35 and more. Mortality was highest (98.0/1,000 births) among children of mothers with no education - important potential risk factor which high frequency was also seen among the interviewee that, in turn, added a new category to the study as doctor-patient relationship considered failure and disrespectful on the perception of mothers regarding the details of high risk in pregnancy and childbirth. Was highlighted, too, the feeling of mothers about the lack of home visit by community health work during pregnancy and, also, of companion at childbirth. Conclusion and considerations - The low 11 educational level seemed a criterion more suitable for use in developing countries like Brazil, to avoid perinatal deaths, than those of Wigglesworth\'s classification, which is more difficult to obtain in these countries. For pregnant women with low/no education, the health system could strength health educational activities, adopt specialized attention and companion at hospital
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