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Hesitações na fala semi-espontanea : analise por series temporais / Hesitation phenomena in semi-spontaneous sppech : a time series analysisMerlo, Sandra, 1979- 20 February 2006 (has links)
Orientador: Plinio Almeida Barbosa / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-06T09:56:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2006 / Resumo: O comportamento temporal das hesitações na fala semi-espontânea é o tema desta pesquisa experimental. Investigou-se a possibilidade de as hesitações apresentarem-se periodicamente em textos falados e suas relações com tipos textuais, apoio visual e conhecimento declarativo. Participaram do estudo cinco adultos jovens, do gênero masculino, universitários, falantes nativos do português brasileiro e sem distúrbios de comunicação. Cada sujeito produziu quatro textos: descrição de estado a partir da figura de um quarto, descrição de estado sobre seu próprio quarto, narrativa de um cartoon e narrativa de uma situação vivida. Pausas silenciosas hesitativas, pausas preenchidas, repetições hesitativas, prolongamentos hesitativos e falsos inícios (corrigidos e abandonados) foram considerados como marcas de hesitação; em contrapartida, pausas silenciosas fluentes, repetições fluentes ou reformuladoras, prolongamentos fluentes ou reformuladores, paráfrases, correções e marcadores discursivos não foram considerados exemplares de hesitação. Os textos foram transcritos, separando-se os intervalos que apresentavam hesitações daqueles que não apresentavam. Os intervalos de hesitação receberam o número ¿0¿ e os intervalos de não-hesitação receberam o número ¿1¿. A codificação numérica foi amostrada a cada 200 milissegundos para que as séries temporais fossem construídas. A estatística descritiva indicou que os intervalos de hesitação satisfizeram a hipótese nula da distribuição gama, apresentando média e mediana em torno de 1 segundo, mínimo de 120 milissegundos e máximo de 5 segundos. Em relação à duração textual, a média e a mediana de hesitação estiveram em torno de 20%. A análise espectral demonstrou a existência de periodicidades de hesitação em todos os textos analisados, com média e mediana em torno de 10 segundos, mínimo de 2 segundos e máximo de 78 segundos. A organização periódica indica que a hesitação não é um fenômeno aleatório temporalmente, porque suas oscilações se repetem ao longo do tempo, o que aponta para um fenômeno estável dinamicamente e que pode ser antecipado. Em geral, os textos apresentaram mais de uma periodicidade, as quais foram atribuídas ao macroplanejamento, microplanejamento, codificador gramatical e codificador fonológico; nenhuma periodicidade foi atribuída à articulação. A atribuição de operações lingüístico-cognitivas como mecanismos geradores das periodicidades reforça a noção de que as hesitações são propriedades do processamento em curso. A presença de mais de uma periodicidade no mesmo texto sugere que o processamento da língua falada na memória operacional ocorre em paralelo, com os recursos sendo compartilhados por diferentes operações lingüístico-cognitivas. A estatística não-paramétrica não indicou diferença significativa quando as periodicidades foram comparadas em relação ao tipo textual (descrições versus narrativas), presença ou ausência de apoio visual (descrição de figura e narrativa de cartoon versus descrição e narrativa pessoais) e tipo de conhecimento declarativo envolvido (conhecimento semântico na descrição de figura, descrição pessoal e narrativa de cartoon versus conhecimento episódico na narrativa pessoal), sugerindo que as hesitações também são uma propriedade do locutor e não apenas do processamento em curso / Abstract: The focus of this experimental research is the temporal behavior of hesitation phenomena in semi-spontaneous speech. The possibility that hesitation phenomena occur periodically in spoken texts and their relations with text types, picture support and declarative knowledge were examined. The subjects were five young male adults, university students, native speakers of Brazilian Portuguese with no history of communication impairments. Each subject has produced four texts: state description from a bedroom picture, state description of his own bedroom, narrative from a cartoon and narrative about an experienced event. Hesitation phenomena were classified as silent hesitation pauses, filled pauses, hesitative repetitions, hesitative prolongations and false starts (retraced and unretraced); signs that were not considered as hesitation phenomena include fluent silent pauses, fluent or reformulative repetitions, fluent or reformulative prolongations, paraphrases, corrections and discourse markers. The texts were transcribed and the intervals with and without hesitation phenomena were distinguished. Hesitation phenomena intervals received the number ¿0¿ and non-hesitation intervals received the number ¿1¿. The number codes were sampled at intervals of 200 milliseconds to generate time series. Descriptive statistics indicated that the duration of hesitation phenomena intervals fulfilled the null hypothesis of gamma distribution with mean and median around 1 second, minimum of 120 milliseconds and maximum of 5 seconds. Concerning total text duration, mean and median of hesitation phenomena were around 20%. Spectral analysis detected the existence of hesitation phenomena periodicities in all texts, with mean and median around 10 seconds, minimum of 2 seconds and maximum of 78 seconds. The periodic organization supports the notion that hesitation phenomena do not occur temporally by chance, because their oscillations repeat through time, what signals to dynamically stable phenomena that can be anticipated. The texts usually presented more than one periodicity, which were regarded as belonging to macroplanning, microplanning, grammatical encoder and phonological encoder; no periodicity was regarded as belonging to articulation. The suggestion that linguistic-cognitive processes are the basis of the observed periodicities support the notion of hesitation phenomena as a characteristic of current processing. The presence of more than one periodicity in the same text suggest that spoken language is processed in parallel by working memory with resources being shared by different linguistic-cognitive processes at the same time. Non-parametric statistics did not indicate significant differences when periodicities were compared with regard to text type (descriptive versus narrative texts), presence or absence of picture support (picture description and cartoon narrative versus personal description and personal narrative) and declarative knowledge type (semantic knowledge in picture description, personal description and cartoon narrative versus episodic knowledge in personal narrative), suggesting that hesitation phenomena are also a characteristic of speaker and not just a characteristic of current processing / Mestrado / Fonetica e Fonologia / Mestre em Linguística
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Dinâmica temporal de pausas e hesitações na fala semi-espontânea / Time dynamics of pauses and hesitations in semi-spontaneous speechMerlo, Sandra, 1979- 19 August 2018 (has links)
Orientador: Plínio Almeida Barbosa / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-19T23:34:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: Premissa: esta pesquisa partiu da premissa de que pausas demarcativas estão relacionadas ao planejamento conceitual e hesitações, à formulação linguística. O planejamento conceitual refere-se a um esquema abstrato do texto falado, composto pelas informações que o falante julga relevantes de acordo com sua meta comunicativa. A formulação linguística refere-se à seleção de lemas e sua organização em estruturas sintáticas e fonológicas. Se pausas demarcativas e hesitações estão relacionadas a processos tão cruciais para a produção falada, sua ocorrência não deve ser marginal e sua distribuição não deve ser aleatória ao longo do texto falado. Método: participaram da pesquisa dez sujeitos do sexo masculino, entre 20 e 34 anos, falantes nativos do português brasileiro, com alto grau de escolaridade e sem distúrbios de comunicação. Foram realizados cinco experimentos de fala semi-espontânea com as seguintes variáveis independentes: memória declarativa, memória operacional, macroplanejamento textual, tipos textuais e taxa de elocução. As variáveis dependentes (pausas demarcativas e hesitações) foram examinadas através de três medidas: proporção, duração e ciclos periódicos (p < 0,05). A variabilidade individual na manifestação das variáveis dependentes também foi avaliada. Resultados: em média, 24% do texto falado é composto por pausas e 21% por hesitações. Dois terços das pausas duram entre 0,5 e 1,5 s, enquanto dois terços das hesitações duram até 1 s. Todos os textos falados apresentam ciclos de pausas e de hesitações, sendo que dois terços dos ciclos de pausa apresentam períodos até 5 s, enquanto dois terços dos ciclos de hesitações apresentam períodos até 10 s. As séries temporais de pausas e de hesitações estão correlacionadas, de forma que mudanças nas séries de pausas precedem em 300 ms mudanças nas séries de hesitações. Apenas 15% dos ciclos de pausas e hesitações são sincronizados e a grande maioria está em oposição de fase. Todos os cinco experimentos modificaram a dinâmica temporal das pausas demarcativas: textos que exigem elaboração conceitual, análise de novas informações e decisões mais conscientes sobre o sequenciamento de informações aumentam a proporção, a duração e/ou o período dos ciclos de pausas. Dois dos cinco experimentos modificaram a dinâmica temporal das hesitações: textos novos e pouco familiares aumentam a duração das hesitações em relação a textos previamente conhecidos. A variabilidade individual também interfere na dinâmica das pausas e das hesitações, existindo sujeitos que produzem esses fenômenos em abundância, enquanto outros os produzem com parcimônia. Conclusões: os resultados obtidos confirmam a hipótese de que as pausas demarcativas estão relacionadas ao planejamento conceitual e as hesitações, à formulação linguística. Também confirmam que a ocorrência desses fenômenos é significativa e que apresentam distribuição periódica no texto falado. Adicionalmente, os resultados indicam que pausas e hesitações são fenômenos dinâmicos da língua, que emergem de acordo com as necessidades da tarefa e o estilo do sujeito / Abstract: Background: this investigation assumed that demarcation pauses are related to conceptual planning, while hesitation phenomena are related to language formulation. "Conceptual planning" refers to an abstract scheme of spoken text, constituted by the information that the speaker consider relevant to his/her communication intent. "Language formulation" refers to lemma selection and its organization in syntactic and phonological structures. Considering that pauses and hesitations are related to essential processes to spoken language production, their occurrence may not be insignificant and their distribution may not be random in spoken text. Method: subjects of this research were ten males, from 20 to 34 years old, native speakers of Brazilian Portuguese, highly educated, and free from communication disorders. Five experiments of semispontaneous speech were done; each one addressed one of the following independent variables: declarative memory, working memory, text macroplanning, text types, and speech rate. Dependent variables (pauses and hesitations) were analyzed according the following three measures: proportion, duration, and periodic cycles (p < 0.05). Individual variability was also analyzed. Results: on average, 24% of spoken texts are composed by pauses and 21% by hesitations. Two thirds of pauses last from 0.5 to 1.5 s, while two thirds of hesitations last until 1 s. Pauses and hesitations are periodically distributed in all spoken texts; two thirds of pauses cycles exhibit periods until 5 s, whereas two thirds of hesitation cycles exhibit periods until 10 s. Time series of pauses and hesitations are correlated; changes in time series of pauses occur 300 ms before changes in time series of hesitations, on average. Just 15% of pauses and hesitations cycles are synchronized and the big majority is in phase opposition. All five experiments affect temporal dynamics of pauses: texts that demand conceptual elaboration, analysis of new information, and active decisions about information sequencing increase pauses proportion, durations and/or period of cycles. Two of five experiments affect temporal dynamics of hesitations: less familiar texts increase hesitations' durations compared to more familiar texts. Individual variability also affects temporal dynamics of pauses and hesitations; there are subjects that produce a lot of pauses and hesitations, while others produce them in small quantity. Conclusions: results support the initial assumption that demarcation pauses are related to conceptual planning and hesitations to language formulation. Results also indicate that the occurrence of pauses and hesitations is significant and that they are periodically distributed in spoken texts. Besides, results indicate that pauses and hesitations are dynamic components of spoken language, arising according to tasks needs and to subject style / Doutorado / Linguistica / Doutor em Linguística
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Förstaspråksattrition hos vuxna : Exemplet polsktalande i Sverige / Adult First Language Attrition : The Case of Polish Speakers in SwedenLubińska, Dorota January 2011 (has links)
This thesis is concerned with adult L1 attrition in the case of highly-educated long-term Polish immigrants in Sweden. The study sheds light on two classical issues pertaining to L1 attrition, namely what happens to a fully developed mature language system in an immigrant context, and why it happens. Specifically we aim to answer the following questions: (1) Are Polish speakers in Sweden different from comparable individuals in Poland with respect to (i) judgement and use of a number of Polish linguistic features (se keywords below), and (ii) hesitation phenomena, i.e. ability to be quick and easy and linguistic insecurity? (2) Is the variation in linguistic results dependent on how often and in what context the Polish language is used and/or which attitudes the individuals have towards it as well as how long they have been living in Sweden? One of the main contributions of the study regards methodology. The data is analysed in three steps: an initial focus on group comparisons shifts to the analysis of individual results in relation to the variation observed in the comparison group, and finally to a holistic view of the attrition effects or their absence. It is suggested that in studies on adult L1 attrition, where the effects are expected to be relatively cosmetic, the range of the linguistic behaviour in the comparison group as a reference point as well as a holistic perspective on individual results gives a more truthful picture of the attrition process. In addition the study shows that attrition effects are present in some individuals (60 %) to a different degree. The most common effect overall is linguistic insecurity followed by the overuse of 1st person pronouns as explicit subjects and to a lesser degree by the overuse of 3rd person pronouns. Surprisingly there is a scanty effect on the other hesitation phenomenon, i.e. the ability to be quick and easy. No or limited effects are observed in other structural areas which basically supports previous findings on L1 adult attrition. Finally, the presence versus absence of the attrition effect can not be straightforwardly related either to language use, attitudes or length of residence, with one exception being linguistic insecurity.
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