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Hesitações e rupturas na fala infantil : as franjas da teoria e o lugar do sujeito na aquisição / Hesitation and interruption in child speech : the fringe of the theory and the place of the subject in acquisitionRamos, Susy 29 August 2008 (has links)
Orientador: Ester Mirian Scarpa / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-11T21:45:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo: Na maioria dos trabalhos sobre linguagem as disfluências são tratadas pelo viés patológico e há poucas pesquisas que procuram elucidar suas ocorrências, dada a complexidade do tema. Este trabalho tem por objetivo estudar as hesitações na fala de uma criança no período de 1;9 até os 4 anos para analisar as ocorrências de pausas e repetições, itens que são considerados indícios de disfluência. A análise visa corroborar a hipótese de que as disfluências são intrínsecas à linguagem e ocorrem devido à mudança da posição do sujeito com relação à língua. Os momentos de hesitação são aqueles em que as dominâncias se alternam: dominância da língua, dominância da fala do outro e a dominância do sujeito. Dessa forma, as hesitações propiciam a progressão e a ancoragem para a continuidade do discurso, o que demonstra que não são apenas ocorrências intrínsecas à linguagem, mas necessárias. / Abstract: Disfluencies are generally seen through the bias of pathology in a great deal of research on the subject. The aim of this dissertation is to study the instances of hesitation in the speech of a child from 1;9 to 4 years old and to analyze the occurrence of pauses and repetitions, items that have frequently been considered traces of disfluency. The analysis aims at confirm the hypothesis that disfluencies are intrinsic to language and occur due to the change of position of the subject in relation to language. The moments of hesitation are the ones in which the dominance in a structure of three poles alternate: dominance of the language, of the speech of the other, dominance of the subject. Hesitations, thus, yield to progression and anchorage to the continuity of discourse, which shows that they are not only intrinsec to language, but necessary to it. / Mestrado / Mestre em Linguística
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Corpolinguagem na de sujeitos com doença de Parkinson / Bodylanguage on the speech of individuals with Parkinson's diseadeDias, Carlos Eduardo Borges, 1983- 18 April 2008 (has links)
Orientador: Nina Virginia de Araujo Leite / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-11T07:25:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo: Partindo de uma análise comparativa entre as autocorreções que ocorreram na fala de dois sujeitos com doença de Parkinson (DP) em duas sessões de gravadas de conversação, com um intervalo de tempo significativo entre elas, verificamos que houve uma considerável diminuição na ocorrência dessas marcas lingüísticas. Observamos também que, em todas as
sessões, tais estruturas lingüísticas incidiam predominantemente em turnos que concentravam uma grande quantidade de palavras. Entretanto, confrontando as quantidades de palavras por turno das duas gravações, verificamos que os sujeitos analisados tiveram suas médias aumentadas, e, portanto, falavam mais e se corrigiam menos. Procurando atribuir esse fato ao funcionamento lingüístico desses sujeitos, observamos que a ocorrência de hesitações do tipo pausa silenciosa, alongamento e pausa preenchida ¿ que, conforme estudos lingüístico-discursivos sobre o mecanismo hesitativo na DP, representam uma tensão no discurso que contêm a deriva dos sentidos ¿ haviam aumentado, na segunda sessão, precisamente nos turnos em que as autocorreções tinham diminuído, ou seja, naqueles com uma grande quantidade de palavras. Vinculando as autocorreções descritas pelos estudos lingüísticos de base conversacional ao que chamamos de 'correção psicanalítica¿ entendemos que as correções envolveriam um 'enunciado fonte¿ (EF ¿ correspondente ao 'lapso¿) e um enunciado reformulador (ER ¿ correspondente à denegação). Já que o mecanismo da denegação supõe uma suspensão dos conteúdos irrepresentáveis, os EFs ligados a uma 'significação recalcada¿ ou um sintagma 'gramaticalmente incorreto¿ eram, na correção, negados por um ERs. Incluindo esse raciocínio na análise das variações e relações entre as correções e hesitações que havíamos observado, entendemos que a progressão da doença, em suas contraparte psíquica e orgânica, acarretaria um aumento de investimento na atividade motora do corpo, o que levaria nossos sujeitos a uma progressiva inibição dos EFs marcada linguisticamente pelos recursos hesitativos, o que, consequentemente, haveria ocasionado a diminuição quantitativa de suas correções / Abstract: From a comparative analysis between the self-corrections that occured on the speech of two individuals with Parkinson¿s Disease (PD) during two recorded conversation sessions, with a great amount of time between the first and the second , we could verify a remarkable decrease on the appearance of those linguistic marks. We could also observe that, in both sessions, those linguistic structures arised predominantly in turns of speech wich had a great number of words. However, confronting the quantity of words per speech turn on both recordings, we could observe that the analized individuals had their average increased, and, therefore, they spoke more and self-corrected less. Linking this fact to the linguistic functioning of those individuals, we observed that the occurance of hesitations named silence pause, stretching and filled pause ¿ which, according to speech-linguistic studies about the hesitative mechanism on PD, it means a tension on the speech wich holds back the drift of the meanings - had increased , on the second session, precisely at the speech turns where the self-corrections had already decreased, on those with a great number of words. Conecting the self-corrections described by the linguistic studies based on the conversation to what we call ¿psychoanalytic correction¿ we understand that the corrections would envolve a ¿source statement¿ (SS ¿ corresponding to ¿slip of the tongue¿) and ¿reformulater statement¿ (RS ¿ corresponding to denial). Once the denial mechanism supposes a withhold of the irrepresentable contents, the SSs linked to a ¿repressed signification¿ or to a ¿grammaticaly incorrect¿ syntagma were, in the corrections, denied by an RS. Including this reasoning on the relations and variations analysed between the corrections and hesitations we had observed, we understand that the disease¿s progression, in its psychical and organical ways, would bring about an increase on the cathexis of the body¿s motor activity, wich would lead the subject to a progressive inhibition of the SSs linguistically marked, by the hesitative resourses that, consequently, would have caused a decrease on their self-corrections / Mestrado / Mestre em Linguística
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Repetições hesitativas em fala afásica e não-afásica / Hesitational repetitions in aphasic and nonaphasic speechViscardi, Janaisa M., 1980- 19 August 2018 (has links)
Orientador: Edwiges Maria Morato / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-19T14:03:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo central analisar os parâmetros prosódicos que permeiam a atividade da repetição hesitativa na produção de frases nominais e preposicionais, em contexto de fala afásica e não-afásica. Entre os aspectos de maior relevância para as análises realizadas neste trabalho, estão 1) a relação entre os movimentos de retração e projeção, como descritos em Auer (2009), no decorrer da produção da repetição hesitativa; 2) a relação entre os elementos prosódicos produzidos ao longo da repetição hesitativa, a saber, a frequência fundamental, a duração e a intensidade e, por fim, 3) a co-ocorrência entre os aspectos prosódicos e os movimentos de retração e projeção durante a produção da repetição hesitativa. Nesta pesquisa, os dados analisados foram extraídos do corpus Aphasiacervus, um acervo que reúne dados linguístico-interacionais registrados audiovisualmente dos encontros semanais ocorridos no Centro de Convivência de Afásicos, na UNICAMP. O interesse pelo estudo comparativo dos casos de repetição hesitativa se configura pela presença de especificidades linguísticas na produção das repetições hesitativas na fala afásica e não-afásica. Da comparação entre casos afásicos e não-afásicos, foi possível identificar as semelhanças e diferenças na realização dessas repetições. Entre as semelhanças, destacam-se 1) o alongamento vocálico associado ao movimento de curva entoacional descendente na caracterização da repetição hesitativa, 2) a presença dos mesmos movimentos de retração simples e múltipla em ambos os grupos e 3) uma maior similaridade das características prosódicas dos dois grupos nos casos de retração múltipla. Entre as diferenças mais importantes, destacam-se 1) a distribuição da ocorrência das retrações simples e múltiplas - afásicos produzem um número significativamente maior de retrações múltiplas -, 2) pausas significativamente mais longas nas sequências de retração simples em fala afásica, além de maior ocorrência da sequência M (P) R1 P na fala afásica; 3) a extensão das características hesitativas da produção ao longo de toda a estrutura M R1 Rx na fala afásica, enquanto na fala não-afásica essas características se encerram na penúltima repetição. A escolha pelos parâmetros apontados anteriormente se deu com o intuito de compreender os processos envolvidos na ocorrência dessas formas de repetição, o que poderá levar a uma melhor compreensão dos mecanismos empregados pelos sujeitos afásicos para se manterem atuantes na interação, além de permitir identificar a maior ou menor relevância de determinados recursos linguísticos em ambientes específicos de produção, como no caso das repetições hesitativas / Abstract: This thesis analyzes the prosodic parameters that underlie the activity of hesitational repetitions in the production of nominal and prepositional phrases by aphasic and nonaphasic speakers. The most relevant aspects of the analysis are 1) the relationship between the movements of retraction and projection, as described in Auer (2009a), during the production of hesitational repetitions, 2) the relationship between the prosodic parameters, namely, fundamental frequency, duration and intensity, and finally, 3) the cooccurrence between the prosodic parameters and the movements of retraction and projection during the production of hesitational repetitions. Among the similarities between the two groups analyzed are a) vowel lengthening associated with the downward intonation curve in the characterization of the hesitational repetitions, 2) the occurrence of the same retraction movements in both aphasics and nonaphasics and 3) a greater similarity of prosodic features in the two groups in cases of multiple retraction. Among the most important differences are 1) the distribution of single and multiple retractions - aphasics produce a significantly greater number of multiple retractions - and 2) the extent of the features of hesitation throughout the structure M R1 Rx in aphasic speech. This study promotes a better understanding of the use of prosodic features by aphasic subjects in order to keep their participation in the interaction, besides assigning the relevance of certain linguistic parameters in specific production environments, as in the case of hesitational repetitions / Doutorado / Linguistica / Doutor em Linguística
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Hesitações na fala semi-espontanea : analise por series temporais / Hesitation phenomena in semi-spontaneous sppech : a time series analysisMerlo, Sandra, 1979- 20 February 2006 (has links)
Orientador: Plinio Almeida Barbosa / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-06T09:56:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2006 / Resumo: O comportamento temporal das hesitações na fala semi-espontânea é o tema desta pesquisa experimental. Investigou-se a possibilidade de as hesitações apresentarem-se periodicamente em textos falados e suas relações com tipos textuais, apoio visual e conhecimento declarativo. Participaram do estudo cinco adultos jovens, do gênero masculino, universitários, falantes nativos do português brasileiro e sem distúrbios de comunicação. Cada sujeito produziu quatro textos: descrição de estado a partir da figura de um quarto, descrição de estado sobre seu próprio quarto, narrativa de um cartoon e narrativa de uma situação vivida. Pausas silenciosas hesitativas, pausas preenchidas, repetições hesitativas, prolongamentos hesitativos e falsos inícios (corrigidos e abandonados) foram considerados como marcas de hesitação; em contrapartida, pausas silenciosas fluentes, repetições fluentes ou reformuladoras, prolongamentos fluentes ou reformuladores, paráfrases, correções e marcadores discursivos não foram considerados exemplares de hesitação. Os textos foram transcritos, separando-se os intervalos que apresentavam hesitações daqueles que não apresentavam. Os intervalos de hesitação receberam o número ¿0¿ e os intervalos de não-hesitação receberam o número ¿1¿. A codificação numérica foi amostrada a cada 200 milissegundos para que as séries temporais fossem construídas. A estatística descritiva indicou que os intervalos de hesitação satisfizeram a hipótese nula da distribuição gama, apresentando média e mediana em torno de 1 segundo, mínimo de 120 milissegundos e máximo de 5 segundos. Em relação à duração textual, a média e a mediana de hesitação estiveram em torno de 20%. A análise espectral demonstrou a existência de periodicidades de hesitação em todos os textos analisados, com média e mediana em torno de 10 segundos, mínimo de 2 segundos e máximo de 78 segundos. A organização periódica indica que a hesitação não é um fenômeno aleatório temporalmente, porque suas oscilações se repetem ao longo do tempo, o que aponta para um fenômeno estável dinamicamente e que pode ser antecipado. Em geral, os textos apresentaram mais de uma periodicidade, as quais foram atribuídas ao macroplanejamento, microplanejamento, codificador gramatical e codificador fonológico; nenhuma periodicidade foi atribuída à articulação. A atribuição de operações lingüístico-cognitivas como mecanismos geradores das periodicidades reforça a noção de que as hesitações são propriedades do processamento em curso. A presença de mais de uma periodicidade no mesmo texto sugere que o processamento da língua falada na memória operacional ocorre em paralelo, com os recursos sendo compartilhados por diferentes operações lingüístico-cognitivas. A estatística não-paramétrica não indicou diferença significativa quando as periodicidades foram comparadas em relação ao tipo textual (descrições versus narrativas), presença ou ausência de apoio visual (descrição de figura e narrativa de cartoon versus descrição e narrativa pessoais) e tipo de conhecimento declarativo envolvido (conhecimento semântico na descrição de figura, descrição pessoal e narrativa de cartoon versus conhecimento episódico na narrativa pessoal), sugerindo que as hesitações também são uma propriedade do locutor e não apenas do processamento em curso / Abstract: The focus of this experimental research is the temporal behavior of hesitation phenomena in semi-spontaneous speech. The possibility that hesitation phenomena occur periodically in spoken texts and their relations with text types, picture support and declarative knowledge were examined. The subjects were five young male adults, university students, native speakers of Brazilian Portuguese with no history of communication impairments. Each subject has produced four texts: state description from a bedroom picture, state description of his own bedroom, narrative from a cartoon and narrative about an experienced event. Hesitation phenomena were classified as silent hesitation pauses, filled pauses, hesitative repetitions, hesitative prolongations and false starts (retraced and unretraced); signs that were not considered as hesitation phenomena include fluent silent pauses, fluent or reformulative repetitions, fluent or reformulative prolongations, paraphrases, corrections and discourse markers. The texts were transcribed and the intervals with and without hesitation phenomena were distinguished. Hesitation phenomena intervals received the number ¿0¿ and non-hesitation intervals received the number ¿1¿. The number codes were sampled at intervals of 200 milliseconds to generate time series. Descriptive statistics indicated that the duration of hesitation phenomena intervals fulfilled the null hypothesis of gamma distribution with mean and median around 1 second, minimum of 120 milliseconds and maximum of 5 seconds. Concerning total text duration, mean and median of hesitation phenomena were around 20%. Spectral analysis detected the existence of hesitation phenomena periodicities in all texts, with mean and median around 10 seconds, minimum of 2 seconds and maximum of 78 seconds. The periodic organization supports the notion that hesitation phenomena do not occur temporally by chance, because their oscillations repeat through time, what signals to dynamically stable phenomena that can be anticipated. The texts usually presented more than one periodicity, which were regarded as belonging to macroplanning, microplanning, grammatical encoder and phonological encoder; no periodicity was regarded as belonging to articulation. The suggestion that linguistic-cognitive processes are the basis of the observed periodicities support the notion of hesitation phenomena as a characteristic of current processing. The presence of more than one periodicity in the same text suggest that spoken language is processed in parallel by working memory with resources being shared by different linguistic-cognitive processes at the same time. Non-parametric statistics did not indicate significant differences when periodicities were compared with regard to text type (descriptive versus narrative texts), presence or absence of picture support (picture description and cartoon narrative versus personal description and personal narrative) and declarative knowledge type (semantic knowledge in picture description, personal description and cartoon narrative versus episodic knowledge in personal narrative), suggesting that hesitation phenomena are also a characteristic of speaker and not just a characteristic of current processing / Mestrado / Fonetica e Fonologia / Mestre em Linguística
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Dinâmica temporal de pausas e hesitações na fala semi-espontânea / Time dynamics of pauses and hesitations in semi-spontaneous speechMerlo, Sandra, 1979- 19 August 2018 (has links)
Orientador: Plínio Almeida Barbosa / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-19T23:34:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: Premissa: esta pesquisa partiu da premissa de que pausas demarcativas estão relacionadas ao planejamento conceitual e hesitações, à formulação linguística. O planejamento conceitual refere-se a um esquema abstrato do texto falado, composto pelas informações que o falante julga relevantes de acordo com sua meta comunicativa. A formulação linguística refere-se à seleção de lemas e sua organização em estruturas sintáticas e fonológicas. Se pausas demarcativas e hesitações estão relacionadas a processos tão cruciais para a produção falada, sua ocorrência não deve ser marginal e sua distribuição não deve ser aleatória ao longo do texto falado. Método: participaram da pesquisa dez sujeitos do sexo masculino, entre 20 e 34 anos, falantes nativos do português brasileiro, com alto grau de escolaridade e sem distúrbios de comunicação. Foram realizados cinco experimentos de fala semi-espontânea com as seguintes variáveis independentes: memória declarativa, memória operacional, macroplanejamento textual, tipos textuais e taxa de elocução. As variáveis dependentes (pausas demarcativas e hesitações) foram examinadas através de três medidas: proporção, duração e ciclos periódicos (p < 0,05). A variabilidade individual na manifestação das variáveis dependentes também foi avaliada. Resultados: em média, 24% do texto falado é composto por pausas e 21% por hesitações. Dois terços das pausas duram entre 0,5 e 1,5 s, enquanto dois terços das hesitações duram até 1 s. Todos os textos falados apresentam ciclos de pausas e de hesitações, sendo que dois terços dos ciclos de pausa apresentam períodos até 5 s, enquanto dois terços dos ciclos de hesitações apresentam períodos até 10 s. As séries temporais de pausas e de hesitações estão correlacionadas, de forma que mudanças nas séries de pausas precedem em 300 ms mudanças nas séries de hesitações. Apenas 15% dos ciclos de pausas e hesitações são sincronizados e a grande maioria está em oposição de fase. Todos os cinco experimentos modificaram a dinâmica temporal das pausas demarcativas: textos que exigem elaboração conceitual, análise de novas informações e decisões mais conscientes sobre o sequenciamento de informações aumentam a proporção, a duração e/ou o período dos ciclos de pausas. Dois dos cinco experimentos modificaram a dinâmica temporal das hesitações: textos novos e pouco familiares aumentam a duração das hesitações em relação a textos previamente conhecidos. A variabilidade individual também interfere na dinâmica das pausas e das hesitações, existindo sujeitos que produzem esses fenômenos em abundância, enquanto outros os produzem com parcimônia. Conclusões: os resultados obtidos confirmam a hipótese de que as pausas demarcativas estão relacionadas ao planejamento conceitual e as hesitações, à formulação linguística. Também confirmam que a ocorrência desses fenômenos é significativa e que apresentam distribuição periódica no texto falado. Adicionalmente, os resultados indicam que pausas e hesitações são fenômenos dinâmicos da língua, que emergem de acordo com as necessidades da tarefa e o estilo do sujeito / Abstract: Background: this investigation assumed that demarcation pauses are related to conceptual planning, while hesitation phenomena are related to language formulation. "Conceptual planning" refers to an abstract scheme of spoken text, constituted by the information that the speaker consider relevant to his/her communication intent. "Language formulation" refers to lemma selection and its organization in syntactic and phonological structures. Considering that pauses and hesitations are related to essential processes to spoken language production, their occurrence may not be insignificant and their distribution may not be random in spoken text. Method: subjects of this research were ten males, from 20 to 34 years old, native speakers of Brazilian Portuguese, highly educated, and free from communication disorders. Five experiments of semispontaneous speech were done; each one addressed one of the following independent variables: declarative memory, working memory, text macroplanning, text types, and speech rate. Dependent variables (pauses and hesitations) were analyzed according the following three measures: proportion, duration, and periodic cycles (p < 0.05). Individual variability was also analyzed. Results: on average, 24% of spoken texts are composed by pauses and 21% by hesitations. Two thirds of pauses last from 0.5 to 1.5 s, while two thirds of hesitations last until 1 s. Pauses and hesitations are periodically distributed in all spoken texts; two thirds of pauses cycles exhibit periods until 5 s, whereas two thirds of hesitation cycles exhibit periods until 10 s. Time series of pauses and hesitations are correlated; changes in time series of pauses occur 300 ms before changes in time series of hesitations, on average. Just 15% of pauses and hesitations cycles are synchronized and the big majority is in phase opposition. All five experiments affect temporal dynamics of pauses: texts that demand conceptual elaboration, analysis of new information, and active decisions about information sequencing increase pauses proportion, durations and/or period of cycles. Two of five experiments affect temporal dynamics of hesitations: less familiar texts increase hesitations' durations compared to more familiar texts. Individual variability also affects temporal dynamics of pauses and hesitations; there are subjects that produce a lot of pauses and hesitations, while others produce them in small quantity. Conclusions: results support the initial assumption that demarcation pauses are related to conceptual planning and hesitations to language formulation. Results also indicate that the occurrence of pauses and hesitations is significant and that they are periodically distributed in spoken texts. Besides, results indicate that pauses and hesitations are dynamic components of spoken language, arising according to tasks needs and to subject style / Doutorado / Linguistica / Doutor em Linguística
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