Made available in DSpace on 2017-07-21T14:49:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rubia Janz.pdf: 3255364 bytes, checksum: 9c09386ebe6c506f7f71dda585926f14 (MD5) Previous issue date: 2016-05-25 / It seems that there is racial prejudice in the History of mankind since the birth of power relations between men. Nevertheless, since ancient times to the present day,human rights and coping mechanisms have greatly evolved, what might lead us to believe that such a practice is a problem close to being solved. However, we realize that racism presents new facets, more discrete and concealed, but still part of human societies. This is very clear in Brazil, where there is a type of cordial racism, silent and without actors, especially in relation to African descents. After years of claims, the black movement managed to achieve the law 10.639 / 03, which requires teaching of African-Brazilian History and African culture in basic education. The work aims to raise data by means of semi-structured quiz applied to students of Ponta Grossa city, Parana. It was elaborated based on Diretrizes Curriculares Nacionais (National Curriculum Guidelines) according to what the law 10639/13 proposes and it was analyzed both by a quantitative bias like for a qualitative. From the data obtained, it has the intention to answer the following questions: - what do students of the 1st year of high school know about Afro-Brazilian and African History and Culture? What representations do they build about the African continent, its culture and its people? To answer such questions we will use the theory of social representations of Serge Moscovici and the concept of Historical consciousness developed by Jörn Rüsen. The survey results showed that there is a progress in compliance with the law, especially regarding to how the contents are being worked out, but we still need more effort from all sectors involved in the History teaching and learning process so that the new issues required, mainly related to the African History, are in fact, embedded. Moreover, it can be seen that the representations these students build on the African continent are still stereotyped and reductionist, although there is a contrary movement towards recognition of some cultural practices and their influence on the construction of Brazilian culture and identity. / O preconceito racial parece existir na história humana desde a gênese das relações de poder entre os homens. Todavia, desde a Antiguidade até os dias atuais, muito se avançou em termos de direitos humanos e instrumentos de enfrentamento, o que poderia nos levar a crer que tal prática é um problema em vias de se resolver. Entretanto, percebemos que o racismo assume novas facetas, mais discretas e maquiadas, mas não deixa de fazer parte das sociedades humanas. Isso é muito claro no Brasil, onde existe um racismo cordial, silencioso e sem atores, sobretudo, em relação aos afrodescendentes. Após anos de reivindicações, uma das conquistas mais recentes do Movimento Negros é representada pela Lei 10.639/03 a qual tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica. A fim de perceber como a lei está reverberando nas escolas, esse trabalho tem como objetivo levantar dados a partir de um questionário semiestruturado aplicado a alunos do 1° ano do Ensino Médio de quatro escolas da cidade de Ponta Grossa, no Paraná. O instrumento de coleta de dados foi elaborado a partir de estudos das Diretrizes Curriculares Nacionais em consonância com o que a lei 10.639/13 propõe e será analisado tanto por um viés quantitativo como por um qualitativo. A partir dos dados obtidos, pretende-se responder aos seguintes questionamentos: - O que os alunos do 1° ano do Ensino Médio sabem sobre História e Cultura Afro-brasileira e Africana? Que representações eles constroem acerca do continente africano, das suas culturas e dos seus povos? Para responder a tais questionamentos lançamos mão da Teoria das Representações Sociais de Sergé Moscovici e do conceito de Consciência Histórica de Jörn Rüsen. Os resultados da pesquisa demonstraram que existe um avanço no cumprimento da Lei, especialmente no que toca à forma como os conteúdos vêm sendo trabalhados, porém ainda é preciso um esforço maior de todos os setores envolvidos no processo de ensino e aprendizagem histórica, para que as novas temáticas exigidas, principalmente referentes à História da África, sejam de fato incorporadas. Além disso, pode-se perceber que as representações que esses alunos constroem acerca do continente africano ainda são estereotipadas e reducionistas, embora haja um movimento contrário, no sentido de reconhecimento de algumas práticas culturais e da sua influência na construção da cultura e da identidade brasileiras.