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Expedição pelo riacho do Ipiranga: história, ciência e ambiente na educação / The Ipiranga creek expedition: history, science and environment in education

Bandeira, Camila Martins da Silva 18 September 2015 (has links)
O presente trabalho discute sobre os referenciais conceituais e metodológicos que subsidiam o Trabalho de Campo denominado Expedição pelo riacho do Ipiranga com a intenção de promover reflexões acerca das relações existentes entre história, ciências naturais e ambiente, através do Jardim Botânico de São Paulo e do Museu Paulista circunscritos na microbacia hidrográfica do Ipiranga. Apresentamos primeiramente a origem da proposta didática e os outros contextos em que o trabalho já foi aplicado mostrando que, embora todos possuam o mesmo recorte, por ser um instrumento educativo, a sua construção é permanente, depende do contexto e dos atores que estão envolvidos. Dentre esses distintos momentos, optamos por focar na disciplina História das ciências no Brasil, situada no programa de pós-graduação da Faculdade de Educação (USP) e, por meio de entrevistas, trouxemos o olhar dos alunos sobre a Expedição para compreender de que modo eles apreendem a prática em campo. Consideramos que as apreensões dos alunos se relacionam a construção de uma visão mais crítica acerca das ciências e da historicidade dos espaços percorridos. Esse sentido vai de encontro com uma historiografia além da ciência europeia que, desenvolvida dentro de um processo de ensino que se propõe a construir relações contextualizadas sobre as ciências, nesse caso a disciplina, pode proporcionar olhares holísticos a respeito da História das ciências no Brasil. Através dessa perspectiva, a Expedição e a construção do nosso estudo são subsidiados situando as instituições científicas ao papel que os jardins botânicos e os museus desempenharam na constituição da historia natural. Essa articulação é desenvolvida a partir da História das ciências, história ambiental e educação ambiental crítica. Utilizamos como figura principal da nossa narrativa o botânico Frederico Carlos Hoehne que ligado aos pressupostos políticos, científicos e sociais da época possuía aspirações conservacionistas, estéticas, educacionais e nacionalistas para o JBSP, por exemplo. Em conjunto a isso também discutimos novos significados para as águas paulistanas que, assim como as áreas verdes percorridas na Expedição, foram manuseadas e usadas de acordo com as premissas de um determinado tempo e espaço. Sob esse enfoque percebemos o intenso processo de urbanização de São Paulo ocultando drasticamente seus córregos, riachos e rios, transformações pautadas principalmente no discurso científico que começa a se situar em outro patamar social a partir da Revolução Científica e Tecnológica no século XVIII. Essa articulação teórica (levantamento bibliográfico e documentação histórica) e prática (saídas de campo e entrevistas com os alunos) permitiu entender a complexidade dos ambientes, a importância de estudos históricos para se olhar a natureza e resgatar a historicidade das ciências no país através de espaços importantes para a cidade paulista até os dias de hoje. Assim como as particularidades das vivências de cada aluno, situando a Expedição como uma proposta que valoriza as singularidades de cada experiência, não desejando que os envolvidos entendam o campo de maneira única e formatada. / The present work discusses the conceptual and methodological references that subsidize the fieldwork called The Ipiranga creek expedition with the intention of promoting reflections about the relationships between history, natural science and environment, through the Botanical Garden of São Paulo and the Paulista Museum circumscribed by the Ipiranga River micro watershed. Firstly, we present the origin of the didactic proposal and other contexts in which the work has been carried out showing that, even though all of them present the same views, its construction is permanent due to the fact that it is an educational tool and it depends on its context and the authors involved. Throughout these distinct moments, we have chosen to focus on the history of science in Brazil subject which integrates the College of Education postgraduate program (USP) and, by carrying out interviews, we brought about the students views on the Expedition to understand the ways in which they had learnt their practice in the field. We consider that the students insecurities are related to the creation of a more critical view on the sciences and the historicity of the areas explored. This meets a historiography which goes beyond the European science that was developed in the teaching process aimed at creating contextualized science relationships. In this case the subject can provide holistic views on the history of science in Brazil. From this perspective, the Expedition and the planning of our study are both subsidized taking into account the scientific institutions and the role that the botanical gardens and the museums have played on the natural history constitution. This articulation is developed from science history, environmental history and critical environmental education. We choose the botanist Frederico Carlos Hoehne as the main figure of our narrative. He was linked to political, scientific and social assumptions from his time and had conservationist, aesthetic, educational and nationalist aspirations for JBSP, for example. Other than this, we also discuss new meanings to the waters in São Paulo, like the green areas explored throughout the Expedition which were handled and used according to the assumptions of that specific time and space. From this perspective we realize the intense process of urbanization in São Paulo, dramatically hiding its streams, creeks and rivers, transformations mainly based on the scientific speech that begins to take place at a different social level from the Scientific and Technological Revolution in the eighteenth century. This theoretical articulation (literature and historical documentation) and practice (fieldwork and students interviews) allowed me to understand the complexity of the environments, the importance of the historical studies in order to see the nature and rescue the historicity of science through important spaces in the city of São Paulo until today. The particularities of each students experience were also taken into account, assessing the Expedition as a proposal that values the singularities of each experience, preventing the students involved from having a single and narrow view of the field.
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Expedição pelo riacho do Ipiranga: história, ciência e ambiente na educação / The Ipiranga creek expedition: history, science and environment in education

Camila Martins da Silva Bandeira 18 September 2015 (has links)
O presente trabalho discute sobre os referenciais conceituais e metodológicos que subsidiam o Trabalho de Campo denominado Expedição pelo riacho do Ipiranga com a intenção de promover reflexões acerca das relações existentes entre história, ciências naturais e ambiente, através do Jardim Botânico de São Paulo e do Museu Paulista circunscritos na microbacia hidrográfica do Ipiranga. Apresentamos primeiramente a origem da proposta didática e os outros contextos em que o trabalho já foi aplicado mostrando que, embora todos possuam o mesmo recorte, por ser um instrumento educativo, a sua construção é permanente, depende do contexto e dos atores que estão envolvidos. Dentre esses distintos momentos, optamos por focar na disciplina História das ciências no Brasil, situada no programa de pós-graduação da Faculdade de Educação (USP) e, por meio de entrevistas, trouxemos o olhar dos alunos sobre a Expedição para compreender de que modo eles apreendem a prática em campo. Consideramos que as apreensões dos alunos se relacionam a construção de uma visão mais crítica acerca das ciências e da historicidade dos espaços percorridos. Esse sentido vai de encontro com uma historiografia além da ciência europeia que, desenvolvida dentro de um processo de ensino que se propõe a construir relações contextualizadas sobre as ciências, nesse caso a disciplina, pode proporcionar olhares holísticos a respeito da História das ciências no Brasil. Através dessa perspectiva, a Expedição e a construção do nosso estudo são subsidiados situando as instituições científicas ao papel que os jardins botânicos e os museus desempenharam na constituição da historia natural. Essa articulação é desenvolvida a partir da História das ciências, história ambiental e educação ambiental crítica. Utilizamos como figura principal da nossa narrativa o botânico Frederico Carlos Hoehne que ligado aos pressupostos políticos, científicos e sociais da época possuía aspirações conservacionistas, estéticas, educacionais e nacionalistas para o JBSP, por exemplo. Em conjunto a isso também discutimos novos significados para as águas paulistanas que, assim como as áreas verdes percorridas na Expedição, foram manuseadas e usadas de acordo com as premissas de um determinado tempo e espaço. Sob esse enfoque percebemos o intenso processo de urbanização de São Paulo ocultando drasticamente seus córregos, riachos e rios, transformações pautadas principalmente no discurso científico que começa a se situar em outro patamar social a partir da Revolução Científica e Tecnológica no século XVIII. Essa articulação teórica (levantamento bibliográfico e documentação histórica) e prática (saídas de campo e entrevistas com os alunos) permitiu entender a complexidade dos ambientes, a importância de estudos históricos para se olhar a natureza e resgatar a historicidade das ciências no país através de espaços importantes para a cidade paulista até os dias de hoje. Assim como as particularidades das vivências de cada aluno, situando a Expedição como uma proposta que valoriza as singularidades de cada experiência, não desejando que os envolvidos entendam o campo de maneira única e formatada. / The present work discusses the conceptual and methodological references that subsidize the fieldwork called The Ipiranga creek expedition with the intention of promoting reflections about the relationships between history, natural science and environment, through the Botanical Garden of São Paulo and the Paulista Museum circumscribed by the Ipiranga River micro watershed. Firstly, we present the origin of the didactic proposal and other contexts in which the work has been carried out showing that, even though all of them present the same views, its construction is permanent due to the fact that it is an educational tool and it depends on its context and the authors involved. Throughout these distinct moments, we have chosen to focus on the history of science in Brazil subject which integrates the College of Education postgraduate program (USP) and, by carrying out interviews, we brought about the students views on the Expedition to understand the ways in which they had learnt their practice in the field. We consider that the students insecurities are related to the creation of a more critical view on the sciences and the historicity of the areas explored. This meets a historiography which goes beyond the European science that was developed in the teaching process aimed at creating contextualized science relationships. In this case the subject can provide holistic views on the history of science in Brazil. From this perspective, the Expedition and the planning of our study are both subsidized taking into account the scientific institutions and the role that the botanical gardens and the museums have played on the natural history constitution. This articulation is developed from science history, environmental history and critical environmental education. We choose the botanist Frederico Carlos Hoehne as the main figure of our narrative. He was linked to political, scientific and social assumptions from his time and had conservationist, aesthetic, educational and nationalist aspirations for JBSP, for example. Other than this, we also discuss new meanings to the waters in São Paulo, like the green areas explored throughout the Expedition which were handled and used according to the assumptions of that specific time and space. From this perspective we realize the intense process of urbanization in São Paulo, dramatically hiding its streams, creeks and rivers, transformations mainly based on the scientific speech that begins to take place at a different social level from the Scientific and Technological Revolution in the eighteenth century. This theoretical articulation (literature and historical documentation) and practice (fieldwork and students interviews) allowed me to understand the complexity of the environments, the importance of the historical studies in order to see the nature and rescue the historicity of science through important spaces in the city of São Paulo until today. The particularities of each students experience were also taken into account, assessing the Expedition as a proposal that values the singularities of each experience, preventing the students involved from having a single and narrow view of the field.
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Aspectos da língua em uso nos relatórios do Instituto de Botânica (1940-1955): uma reflexão à luz da historiografia linguística

Silva, Cileide Nogueira Lopes da 18 May 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T19:34:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Cileide Nogueira Lopes da Silva.pdf: 28985362 bytes, checksum: 8a26468fcebc9368f827f996cf4b6695 (MD5) Previous issue date: 2010-05-18 / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo / The present work, within the research standards of the Catholic University of São Paulo, is based upon the research of history and description of the Portuguese language with respect to Linguistic Historiography. Thus, methodological principles of historiography Linguistics were aimed at reconstructing the past in order to understand more clearly the present. This study analyses the reports issued by the Institute of Botany of São Paulo in the period known as the Estado Novo, which corresponds to the regime of Getúlio Vargas (Brazil´s President from 1937 to 1945), a period regarded as authoritarian and centralizing tendency, through the process of forming a national identity. The research began with the assessment of how the Annual Reports of the Institute of Botany (1940-1955) contributed and influenced the reporting of the institution. The main objectives were as follows: a) re-reading and reconstructing the events based upon primary sources analysis aiming at an interpretive study, critical and analytic of the three annual reports as the very basis of the research, b) describing the social, ideological and political context in the first half of the twentieth century in Brazil, focused on the state of São Paulo, c) reviewing the reports by considering the linguistic dimensions either internal and external of the research, d) comparison between data collected and how they are used nowadays in order to verify the extent to which the Annual Reports of the Institute of Botany preserved the Portuguese language. In order to achieve the research goals, the selected documents were analyzed based on categories established in terms of reading primary sources, as follows: a) the structural organization of the documents (formal and composition patterns) and b) the linguistic and grammatical organization. The research analysis showed that: a) the Annual Reports are historic heritage, b) as for the historical context, clear influences on the production of the documents were observed as they bring major linguistic traces, c) nationalism issues were present in the machinery of government through evidence shown in the documents, d) the production of documents showed the historical influences of the period and also that the reports were prepared according to standard cultural norms of the time, e) it was designed to meet the needs of the government and the public, f) It was also possible to notice that the history of the Institute of Botany is vanishing throughout time due to the lack of records of its activities in current reports. The study showed that annual reports are quite important tools for the dissemination of the Institute activities. They also reflect a historical moment of the institution and may serve to guide leaders in the decision-making process / Este trabalho compreende um estudo que, situado na linha de pesquisa História e Descrição da Língua Portuguesa, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, está delimitado à disciplina Historiografia Linguística. Assim, seguimos os princípios metodológicos da Historiografia Linguística visando a reconstruir o passado para compreender com clareza o presente. Tem por estudo os Relatórios elaborados pelo Instituto de Botânica de São Paulo, no período conhecido como Estado Novo, que corresponde ao regime do então Presidente da República Federativa do Brasil, Getúlio Vargas (1937-1945), período tido como autoritário e de tendência centralizadora, passando pelo processo de formação de uma identidade nacional. Tivemos como ponto de partida o objetivo geral: verificar em que medida os Relatórios Anuais do Instituto de Botânica (1940-1955) contribuíram e influenciaram na elaboração dos relatórios da instituição. Tivemos como objetivos específicos: a) reler e reconstruir os fatos, a partir da análise das fontes primárias, objetivando um estudo interpretativo, crítico e analítico, dos três Relatórios Anuais, que serviram de base para a nossa pesquisa; b) descrever o contexto político, social e ideológico, da primeira metade do século XX no Brasil, com destaque para o Estado de São Paulo; c) analisar os relatórios considerando-se as dimensões linguísticas internas e externas da pesquisa; d) fazer as aproximações necessárias, entre os dados colhidos e o modo como hoje são utilizados, objetivando verificar em que medida os Relatórios Anuais do Instituto de Botânica preservaram a Língua Portuguesa. Para que nossos objetivos fossem alcançados, analisamos os documentos selecionados com base em categorias estabelecidas a partir da leitura de fontes primárias, as categorias foram: a) a organização estrutural dos documentos (formal e composicional) e b) a organização linguístico-gramatical. A análise levou-nos à constatação de que: a) os Relatórios Anuais são patrimônios históricos; b) pelo contexto histórico, ficam claras as influências deste na produção do documento, que trazem marcas linguísticas importantes; c) constatou-se a questão do nacionalismo presente na máquina governamental, por meio de indícios apresentados no documento; d) na produção dos documentos é possível perceber as influências históricas da época e concluir que os Relatórios eram redigidos utilizando a norma culta padrão da época; e) tinha como objetivo atender ao governo bem como o público em geral; e) constatamos, também, que a história da instituição está se perdendo, tendo em vista a ausência de registros de suas atividades nos relatórios atuais. Concluímos que os Relatórios Anuais são ferramentas importantes para a divulgação de suas atividades e, por refletirem um momento histórico da instituição, prestam, também, para nortearem as decisões de seus dirigentes

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