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Rupigwara: o índio kawahib e o conhecimento ativo nas diversas áreas de consciência / Rupigwara: the indian kawahibe and the active knowledge in the diverse areas of consciencePaiva, José Osvaldo de 11 August 2005 (has links)
A partir de um trabalho de campo, este estudo pretende apresentar ao não-índio um aspecto da cultura tradicional Kawahib, com o qual espera-se abrir espaço para novas reflexões para os que querem atuar em cursos de formação indígena. Por outro lado, levar a pensar sobre a educação formal, favorecendo ao professor indígena, em termos de formação, o acesso às informações e aos conhecimentos diversos da sociedade nacional e demais sociedades. Uma pesquisa etnográfica foi realizada, com a aplicação de métodos qualitativos, por meio da observação participante, a partir da qual procurou-se demonstrar a visão cosmogônica dos Kawahib sobre um universo dividido em metades, no qual nada é completo, assim, também, se constituem as metades sociais que se completam através do casamento. Se para o Kawahib há uma concepção de meio universo, também se abre a do meio-indivíduo, embora este possa ser considerado como uma unidade de consciência, denominada garao. Termo de designação tanto para o seu corpo quanto para a sua alma, mesmo assim, ainda, considerado uma metade, que poderá ter a prerrogativa de conquistar sua outra metade, o rupigwara. O conceito de rupigwara é o do corpo do sujeito no sonho, sob controle; consciente e atuante, que precisa sofrer o processo de mbojipowahav, ser amansado, configurado. O recurso para expor tal conceito, foi o da construção de um arquétipo do sujeito xamã kawahib, com seus sonhos conscientes através do procedimento da aeTokaia, como local para efetuar seus processos de realização de cura e aprendizagem, durante as suas visitas em outros mundos", por intermédio do seu rupigwara. / Based on a fieldwork, this study aims at presenting to the non-Indian one aspect of the traditional Kawahib culture. With this work we hope to offer new ideas for those who want to work with Indigenous education. Moreover we hope to provide food for thoughts about formal education, which can help the Indigenous teacher, by offering them access to diverse knowledge of society. We developed an ethnographical research project as we applied qualitative method through participatory observation, from which we show Kawahib´s cosmogonist vision of the universe, which is divided into halves, nothing being complete, in the same way that the social halves are constituted and completed through marriage. If for the Kawahib people there is a conception of half universe, the half-individual also opens itself, although this may be considered as a unity of consciousness, which is called ga'ra'o. This is a term applied both to the body and to the soul, even being just a half. This half can conquer the other half that is the rupigwara. The concept of rupigwara is that of the subject´s body when in dream, under control; conscious and active needing to go through mbojipowahav process, to be tamed and set up. The resource to show such a concept was the building of an archetype the shaman Kawahib, who with his conscious dream through the procedures of ae'Tokaia, as the local to effectuate the processes of achievement of cure and learning during his visits to the "other worlds" through his rupigwara.
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Rupigwara: o índio kawahib e o conhecimento ativo nas diversas áreas de consciência / Rupigwara: the indian kawahibe and the active knowledge in the diverse areas of conscienceJosé Osvaldo de Paiva 11 August 2005 (has links)
A partir de um trabalho de campo, este estudo pretende apresentar ao não-índio um aspecto da cultura tradicional Kawahib, com o qual espera-se abrir espaço para novas reflexões para os que querem atuar em cursos de formação indígena. Por outro lado, levar a pensar sobre a educação formal, favorecendo ao professor indígena, em termos de formação, o acesso às informações e aos conhecimentos diversos da sociedade nacional e demais sociedades. Uma pesquisa etnográfica foi realizada, com a aplicação de métodos qualitativos, por meio da observação participante, a partir da qual procurou-se demonstrar a visão cosmogônica dos Kawahib sobre um universo dividido em metades, no qual nada é completo, assim, também, se constituem as metades sociais que se completam através do casamento. Se para o Kawahib há uma concepção de meio universo, também se abre a do meio-indivíduo, embora este possa ser considerado como uma unidade de consciência, denominada garao. Termo de designação tanto para o seu corpo quanto para a sua alma, mesmo assim, ainda, considerado uma metade, que poderá ter a prerrogativa de conquistar sua outra metade, o rupigwara. O conceito de rupigwara é o do corpo do sujeito no sonho, sob controle; consciente e atuante, que precisa sofrer o processo de mbojipowahav, ser amansado, configurado. O recurso para expor tal conceito, foi o da construção de um arquétipo do sujeito xamã kawahib, com seus sonhos conscientes através do procedimento da aeTokaia, como local para efetuar seus processos de realização de cura e aprendizagem, durante as suas visitas em outros mundos, por intermédio do seu rupigwara. / Based on a fieldwork, this study aims at presenting to the non-Indian one aspect of the traditional Kawahib culture. With this work we hope to offer new ideas for those who want to work with Indigenous education. Moreover we hope to provide food for thoughts about formal education, which can help the Indigenous teacher, by offering them access to diverse knowledge of society. We developed an ethnographical research project as we applied qualitative method through participatory observation, from which we show Kawahib´s cosmogonist vision of the universe, which is divided into halves, nothing being complete, in the same way that the social halves are constituted and completed through marriage. If for the Kawahib people there is a conception of half universe, the half-individual also opens itself, although this may be considered as a unity of consciousness, which is called ga'ra'o. This is a term applied both to the body and to the soul, even being just a half. This half can conquer the other half that is the rupigwara. The concept of rupigwara is that of the subject´s body when in dream, under control; conscious and active needing to go through mbojipowahav process, to be tamed and set up. The resource to show such a concept was the building of an archetype the shaman Kawahib, who with his conscious dream through the procedures of ae'Tokaia, as the local to effectuate the processes of achievement of cure and learning during his visits to the "other worlds" through his rupigwara.
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O "tempo do primeiro" e o "tempo de agora" = transformação social e etnodesenvolvimento entre os Apinajé/TO / The time "the first" and "the time now" : and social transformation among ethnodevelopment Apinajé/TORocha, Raquel Pereira, 1964- 02 July 2012 (has links)
Orientador: Vanessa Rosemary Lea / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-19T16:19:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: O presente trabalho, realizado a partir de uma pesquisa de campo entre os anos de 2008 e 2009, visa apresentar as implicações inerentes ao processo de acirramento das relações interétnicas entre os apinajé/TO e a sociedade não indígena. A abordagem dos aspectos pertinentes ao referido processo tem como pano de fundo o debate acerca da questão do etnodesenvolvimento, objetivando versar a respeito das transformações sociais advindas através da crescente interação interétnica com o mundo urbano e capitalista. Nesse contexto destacam-se temas como: os projetos de sustentabilidade econômica em processo na área; os megaprojetos de desenvolvimento em construção na região Norte do Brasil e a consequente ameaça à integridade territorial; o acesso às políticas assistenciais e outras questões que compõem o cenário multi-étnico atual / Abstract: This study, carried out from a field research between 2008 and 2009, aims to present the implications in the process of increasing contact between the Indian of Apinajé / TO institutions and non-indigenous agents. The approach of the relevant aspects to that process has the backdrop of the debate about the issue ethnodevelopment. The work takes into account as well as increased contact and influence the surrounding society, social change arising through the interaction with the inter-ethnic urban and capitalist world. In this context stand out as themes: economic sustainability projects in process in the area, the development projects under construction in the region of the state of Tocantins and the consequent threat to the territorial integrity of the indigenous population, access to welfare policies and the process of addiction economic and other issues that make up the current multiethnic setting / Doutorado / Antropologia Social / Doutora em Antropologia Social
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Pexe oxemoarai: brincadeiras infantis entre os índios Parakanã / Pexe oxemoarai: childrens play in the Parakanã IndiansGosso, Yumi 24 February 2005 (has links)
Este trabalho teve como objetivo investigar o lugar da brincadeira nas atividades das crianças indígenas Parakanã e descrevê-las no contexto do modo de vida desses índios. Os índios Parakanã ainda mantêm muitas de suas tradições culturais, tais como, a língua, o preparo da farinha, a pintura corporal, as reuniões diárias (tekatawa) para solução de problemas da aldeia, a caça e os festejos. A população é predominantemente jovem e o espaçamento de nascimentos é de aproximadamente dois anos e meio. Foram observadas 29 crianças indígenas Parakanã (16 F e 13 M), de quatro a 12 anos, da aldeia Paranowaona, sudeste do estado do Pará. O método de observação utilizado foi sujeito focal com sessões de cinco minutos. O número médio de sessões para cada criança foi 11. As crianças foram subdivididas nas classes etárias konomia (quatro a seis anos) e otyaro (sete a doze anos), conforme categoria de idade dos próprios índios. Os resultados indicaram que: a) as crianças passam a maior parte do seu tempo brincando; b) meninas trabalham mais que meninos; c) a brincadeira simbólica e a de construção ocorrem com maior freqüência entre as crianças mais jovens e posteriormente começam a surgir os jogos de regras; d) crianças brincam com companheiros do mesmo sexo e grupo etário; e) as brincadeiras simbólicas são representações muito próximas das atividades dos adultos. De uma maneira geral, as crianças Parakanã passam a maior parte do seu tempo brincando em seu próprio mundo. A partir de dois ou três anos, começam a brincar em grupo sem supervisão de adultos. Elas não só representam a vida adulta que observam livre e abundantemente, mas parecem recriá-la, como se fosse uma cultura peculiar, específica: a cultura da brincadeira. / This study aims to investigate the role of play in the activities of Parakanã Indian children, as well as to describe their play using the context and the way of life of these Indians. The Parakanã Indians preserve many of their cultural traditions, such as their language, the preparation of manioc flour, body painting, daily meetings (tekatawa) to deliberate on the villages problems, game hunting and festive celebrations. Their population is predominantly young and births occur approximately with a two-and-a-half-year gap between them. Twenty-nine Parakanã children (16 F and 13 M) from 4 to 12 years of age and from the Paranowaona village, located in the southeast region of Pará State, were observed. The focal sample method was applied with 5-minute sessions. The average number of sessions for each child was 11. The children were subdivided in age classes, namely: konomia (four to six years old), otyaro (seven to twelve years old), according to the Indians own age categorization. The results point out that a) children spend most of their time playing; b) girls work more than boys; c) the symbolic, as well as the construction play occur more often among young children and games with rules start to emerge subsequently; d) children play with same-sex and age-class peers; e) their symbolic play is a very close representation of the adults activities. In general, Parakanã children play most of the time and in their own world. From two to three years old they start playing in groups, without any adult supervision. They not only depict the adult life that they observe freely and abundantly, but also recreate it as if it were a very peculiar and specific culture: the culture of playing.
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A história dos Kaingáng da bacia do Tibagi: uma sociedade Jê meridional em movimento / History of the Kaingáng of the Tibagi basin: a southern Jê society in motionKimiye Tommasino 31 October 1995 (has links)
A pesquisa reconstitui a história dos Kaingang da bacia do rio Tibagi da metade do século passado, até os dias atuais. Esta história permite detectar as estratégias, formas e conteúdos das relações estabelecidas entre as sociedades indígenas e os colonizadores, numa continua afirmação de seu modo de ser. O resgate da historicidade/etnicidade Kaingang permite uma outra compreensão da sociedade paranaense e a real natureza do processo de colonização ocorrida neste século, colonização essa feita invariavelmente sobre territórios indígenas. A matéria-prima para a reconstituição foram os documentos de missionários, diretores e viajantes, documentos do SPI, FUNAI e outras instituições, da bibliografia científica sobre essa sociedade Jê meridional, depoimentos dos Kaingang mais velhos e de nossa pesquisa de campo. / This text seeks to recover the Kaingáng history in the Tibagi river sorroundings from the second half of last century through current events. This history allows one to perceive strategies, ways and contents on the relationships between indian societies and settlers, as a continuous revelation of their particular caracteristics. Such rescue for historical and ethnical features of the Kaingáng leads to a different understanding of the paranaense society and the true nature of the settlement process in the indian territories during this century. The main source for such an endeavor have been documents by missionaries, directors and travellers, documents from SPI, FUNAI, and other institutions, statements by older Kaingáng members, and our own field research and available bibliography on Jê meridional societies.
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Pexe oxemoarai: brincadeiras infantis entre os índios Parakanã / Pexe oxemoarai: childrens play in the Parakanã IndiansYumi Gosso 24 February 2005 (has links)
Este trabalho teve como objetivo investigar o lugar da brincadeira nas atividades das crianças indígenas Parakanã e descrevê-las no contexto do modo de vida desses índios. Os índios Parakanã ainda mantêm muitas de suas tradições culturais, tais como, a língua, o preparo da farinha, a pintura corporal, as reuniões diárias (tekatawa) para solução de problemas da aldeia, a caça e os festejos. A população é predominantemente jovem e o espaçamento de nascimentos é de aproximadamente dois anos e meio. Foram observadas 29 crianças indígenas Parakanã (16 F e 13 M), de quatro a 12 anos, da aldeia Paranowaona, sudeste do estado do Pará. O método de observação utilizado foi sujeito focal com sessões de cinco minutos. O número médio de sessões para cada criança foi 11. As crianças foram subdivididas nas classes etárias konomia (quatro a seis anos) e otyaro (sete a doze anos), conforme categoria de idade dos próprios índios. Os resultados indicaram que: a) as crianças passam a maior parte do seu tempo brincando; b) meninas trabalham mais que meninos; c) a brincadeira simbólica e a de construção ocorrem com maior freqüência entre as crianças mais jovens e posteriormente começam a surgir os jogos de regras; d) crianças brincam com companheiros do mesmo sexo e grupo etário; e) as brincadeiras simbólicas são representações muito próximas das atividades dos adultos. De uma maneira geral, as crianças Parakanã passam a maior parte do seu tempo brincando em seu próprio mundo. A partir de dois ou três anos, começam a brincar em grupo sem supervisão de adultos. Elas não só representam a vida adulta que observam livre e abundantemente, mas parecem recriá-la, como se fosse uma cultura peculiar, específica: a cultura da brincadeira. / This study aims to investigate the role of play in the activities of Parakanã Indian children, as well as to describe their play using the context and the way of life of these Indians. The Parakanã Indians preserve many of their cultural traditions, such as their language, the preparation of manioc flour, body painting, daily meetings (tekatawa) to deliberate on the villages problems, game hunting and festive celebrations. Their population is predominantly young and births occur approximately with a two-and-a-half-year gap between them. Twenty-nine Parakanã children (16 F and 13 M) from 4 to 12 years of age and from the Paranowaona village, located in the southeast region of Pará State, were observed. The focal sample method was applied with 5-minute sessions. The average number of sessions for each child was 11. The children were subdivided in age classes, namely: konomia (four to six years old), otyaro (seven to twelve years old), according to the Indians own age categorization. The results point out that a) children spend most of their time playing; b) girls work more than boys; c) the symbolic, as well as the construction play occur more often among young children and games with rules start to emerge subsequently; d) children play with same-sex and age-class peers; e) their symbolic play is a very close representation of the adults activities. In general, Parakanã children play most of the time and in their own world. From two to three years old they start playing in groups, without any adult supervision. They not only depict the adult life that they observe freely and abundantly, but also recreate it as if it were a very peculiar and specific culture: the culture of playing.
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A história dos Kaingáng da bacia do Tibagi: uma sociedade Jê meridional em movimento / History of the Kaingáng of the Tibagi basin: a southern Jê society in motionTommasino, Kimiye 31 October 1995 (has links)
A pesquisa reconstitui a história dos Kaingang da bacia do rio Tibagi da metade do século passado, até os dias atuais. Esta história permite detectar as estratégias, formas e conteúdos das relações estabelecidas entre as sociedades indígenas e os colonizadores, numa continua afirmação de seu modo de ser. O resgate da historicidade/etnicidade Kaingang permite uma outra compreensão da sociedade paranaense e a real natureza do processo de colonização ocorrida neste século, colonização essa feita invariavelmente sobre territórios indígenas. A matéria-prima para a reconstituição foram os documentos de missionários, diretores e viajantes, documentos do SPI, FUNAI e outras instituições, da bibliografia científica sobre essa sociedade Jê meridional, depoimentos dos Kaingang mais velhos e de nossa pesquisa de campo. / This text seeks to recover the Kaingáng history in the Tibagi river sorroundings from the second half of last century through current events. This history allows one to perceive strategies, ways and contents on the relationships between indian societies and settlers, as a continuous revelation of their particular caracteristics. Such rescue for historical and ethnical features of the Kaingáng leads to a different understanding of the paranaense society and the true nature of the settlement process in the indian territories during this century. The main source for such an endeavor have been documents by missionaries, directors and travellers, documents from SPI, FUNAI, and other institutions, statements by older Kaingáng members, and our own field research and available bibliography on Jê meridional societies.
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Guido Tomás Marlière e a política indigenista em Minas Gerais (1813-1829)Angelo, Leonardo Bassoli 02 1900 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-01-29T13:40:52Z
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Previous issue date: 2014-02 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Guido Tomás Marlière foi um militar francês que chegou ao Brasil na comitiva da Família Real portuguesa, em 1808. Em 1813, iniciou um trabalho de civilização dos índios em Minas Gerais, função na qual ascenderia ao ponto de chegar ao posto de diretor-geral dos índios de Minas Gerais, no período imperial (1824). Em dezesseis anos, compôs um projeto que visava incorporar os indígenas do Leste de Minas Gerais, na região do rio Doce e afluentes à sociedade colonial/imperial, de forma que pudessem se considerar e atuar como súditos/cidadãos da realidade brasileira de seu tempo, através da inserção política, desenvolvimento econômico e inclusão social. Porém, antes disso era necessário que se destituíssem de sua cultura e incorporassem as noções do “homem civilizado”, quando haveria todo um aparato logístico e instituições a exercer esse trabalho, como as Divisões Militares do Rio Doce, a Junta de Conquista, Civilização dos Índios e Navegação do Rio Doce e, no período imperial, a Direção-Geral dos Índios de Minas Gerais, chefiada por Marlière durante cinco anos. Neste trabalho, analisei a atuação de Guido Marlière durante os dezesseis anos em que se ocupou da política para os índios de Minas Gerais, trabalho que não foi isento de tensões, como conflitos entre índios e entre esses e o indivíduo civilizado, e também a visão de outros agentes dessa atividade, como seus subordinados. Utilizando fontes primárias oficiais da política indigenista de Minas Gerais e da Coroa portuguesa/Império do Brasil, bem como correspondências provenientes de um cotidiano administrativo e apontamentos de viajantes europeus que conviveram com indígenas nesse período, procurei situar o trabalho de Marlière no contexto de paulatina inserção do indígena na sociedade do Brasil no início do século XIX. / Guido Tomás Marlière was a French military who arrived in Brazil in the Royal Family retinue (1808). In 1813, started a work of civilization of Indians in Minas Gerais, occupation in which reached was promoted to arrive to post of general-director of Indians of Minas Gerais, in the Imperial period (1824). In sixteen years, composed a project whose goal was to incorporate the Indians of the East of Minas Gerais, in the region of Doce River and tributaries, to colonial/imperial society, for they was considered subjects citizen in Brazil in this time, through the politic insertion, economic development and social inclusion. But,
before we needed to eliminate their culture and to incorporate the “civilized man” notions, when they have a logistic apparatus and institution to make this work, with the Military Divisions of Doce River, the Board of Conquest, Civilization of the Indians and Navigation of Doce River and, in the Imperial period, the General Direction of Indians of Minas Gerais, headed by Marlière for five years. In this work, I analyzed the Marlière´s administrative performance during the sixteen years in which he occupied the politics for the Indians of Minas Gerais, work was gone by tensions, as conflicts between Indians and between those and the “civilized individual”. Using official primary sources of the indigenous politics of Minas Gerais and the Portuguese Crown/Empire of Brazil, as correspondences from administrative everyday and from travelers who lived with indigenous´s notes, I wanted emphasize the Guido Marlière work in the context of gradual insertion of indigenous in the society of Brazil of the beginning of Nineteenth Century.
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