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[pt] A CALIGRAFIA DO OLHAR DE KARIM AÏNOUZ: POSSIBILIDADES POLÍTICAS DE UM CINEMA NECESSÁRIO / [en] THE CALLIGRAPHY OF KARIM AÏNOUZ S VIEW: POLITICAL POSSIBILITIES OF A NECESSARY CINEMAANA PAULA DAUDT DE LIMA BRANDAO 23 September 2019 (has links)
[pt] Esta pesquisa procura analisar a filmografia do diretor Karim Aïnouz sob a perspectiva política. O cinema é uma arte que nasce na modernidade: fruto das inovações tecnológicas do século XIX, serviu às utopias das vanguardas, aos revolucionários contra a opressão, como um dos meios através dos quais se procurava
levar o esclarecimento às massas. No Brasil, o Cinema Novo é o paradigma da luta pela emancipação nacional e cultural. No contexto atual, em que os grandes ideais da modernidade parecem ter esmaecido e se instaura um pensamento pós-utópico, a relação entre cinema e política é reconfigurada. A ausência de um objetivo comum e de soluções totalizantes por parte dos realizadores dá a impressão de uma luta pulverizada e com uma eficácia duvidosa. Assim, busca-se investigar em que medida o cineasta Karim Aïnouz tenta instigar os espectadores a mudar o estado das coisas (Rancière). Sua trajetória profissional, os temas e cenas recorrentes, bem como a estética dos filmes, serão levantados para tentar reconhecer tanto o que há de singular quanto as similaridades com alguns outros cineastas contemporâneos, principalmente alguns brasileiros, procurando não uma homogeneidade, mas diálogos e convergências geracionais. O foco principal será a relação entre arte e política depreendida tanto da narrativa de cada filme – passando pela escolha de personagens e pelas questões que Aïnouz procura suscitar em seu público – quanto da estética e do seu processo pessoal, buscando também desvendar sua caligrafia do olhar. A forma pela qual esse cineasta percebe as possibilidades políticas de seus filmes, assim como seus questionamentos em relação à sociedade e ao próprio fazer cinematográfico, servem para discutir os desafios do cinema frente à mentalidade estagnada do tempo pós- em que parecemos viver (Rancière). Também serão discutidas algumas ressurgências (ou permanências) do Cinema Novo e como são retrabalhadas nos filmes analisados. / [en] This research s purpose is to analyze director Karim Aïnouz s filmography under a political perspective. Cinema is an art form born through modernity – it s the result of technological innovations of the 19th Century. It served the avantgarde utopias, the revolutionaries against oppression, as one of the means to
enlighten the masses. In Brazil, Cinema Novo is the paradigm of the national and cultural emancipation struggle. In today s context, when the great modernity ideals seem to be weakened and a post-utopic thought is installed, the relationship between cinema and politics is reconfigured. The absence of both a common goal and of totalizing solutions from the moviemakers gives the impression of an atomized struggle with doubtful efficacy. Thus, there s an attempt to investigate the extent in which Karim Aïnouz tries to instigate the viewers to change the state of things (Rancière). His personal trajectory, the recurring themes and scenes, as well as the aesthetics of the films, will be mapped to try to recognize not only singularities, but also similarities with other contemporary filmmakers, especially Brazilian ones – not in search for an uniformity but questing dialogues and generational convergences. The main focus is in the relationship between art and politics inferred from each film s narrative, the character s selection and the
questions that Aïnouz tries to pose to the audience. It s also in the aesthetics and in his personal process, through which the calligraphy of Aïnouz view can be unveiled. The way he realizes his film s political possibilities, as well as the questions he poses to society and moviemaking, helps discussing the challenges of cinema against the stagnated mentality of the post- time where we seem to be living now (Rancière). It will also be discussed some resurgences (survivals) of Cinema Novo and how they are reworked in the analyzed films.
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[en] BORDERS AND FLUX: MOVEMENT AND IMAGE IN KARIM AINOUZ S FILMS / [pt] FRONTEIRAS E FLUXOS: MOVIMENTO E IMAGEM NOS FILMES DE KARIM AINOUZMARCELA FERREIRA CORREIA 07 December 2016 (has links)
[pt] O estudo das obras do cineasta e artista visual brasileiro Karim Ainouz
enfoca uma tendência cinematográfica atual que substitui a mise-en-scène clássica
por um fluxo das ações cotidianas e efêmeras que se apresenta diante da câmera.
Tal tendência estética funde ficção e documentário, explorando a imagem e o som
através de suas qualidades intrínsecas, próxima da abordagem das artes visuais.
Karim Ainouz traz às telas um cinema que flerta com as artes visuais e entender
esses trânsito é fundamental para a compreensão de sua obra. Seus filmes
abordam questões como sentir-se estrangeiro, a relação entre o indivíduo e o lugar
onde ele habita e a memória. Sua obra é, acima de tudo, sobre cruzar fronteiras,
sejam elas geográficas (seus personagens são, com frequência, viajantes), de
circuito de exibição (imagens cinematográficas que poderiam se encaixar em uma
exposição numa galeria de arte), narrativas (ficção que se une com documentário
em uma mesma obra) ou estéticas (imagens contemporâneas feitas com materiais
obsoletos). Entre seus longa-metragens, curta-metragens e uma video instalação, é
possível analisar não somente os temas matrizes do seu trabalho, como também o
lugar da imagem em movimento hoje em dia e a situação do cinema
contemporâneo. / [en] The study of the filmmaker and visual artist Karim Ainouz s works focusses
on a recent cinematographic tendency that replaces classic mise-en-scène by daily
actions presented in a flux in front of the camera. This trend brings together
fiction and documentary, exploring image and sound by their inner qualities,
similar to a visual arts treatment of these features. Karim Ainouz brings to the
screen a type of cinema very close to visual arts. Understanding the transit
between these two types of art is essential to fully comprehend Ainouz s work. His
films approach key points such as the feeling of being a foreigner, the relationship
between a person and its habitat and memory. The director s work is, above all,
about crossing borders, whether they are geographic borders (his characters are
usually travelers), narrative borders (fiction bonded with documentary) or
aesthetic borders (contemporary images made with obsolete materials). Through
his feature films, short films and a videoinstalation, it is possible to analyze not
only the main subjects and themes of his work, but also matters like the place of
the image in movement nowadays and the contemporary cinema situation.
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