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Evolução de parâmetros clínicos e da carga parasitária em sangue periférico de crianças hospitalizadas por leishmaniose visceralMourão, Maria Vitória Assumpção January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil / No Brasil, observa-se aumento dos casos de leishmaniose visceral (LV) nos últimos anos, associado à alta letalidade. É necessária a identificação de indicadores sensíveis e específicos que reconheçam precocemente a gravidade e possibilitem intervenção imediata e adequada. O objetivo do presente estudo prospectivo foi correlacionar parâmetros clínicos e laboratoriais e carga parasitária à evolução da
LV em crianças. Foram incluídas 48 crianças com diagnóstico de LV, internadas no Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte, de junho de 2010 a junho de 2011.
Os pacientes foram avaliados clinicamente e tiveram amostras de sangue periférico coletadas antes (T0), entre 10 e 15 dias (T1) e entre 40 e 60 dias (T2) após início do tratamento. Nestas amostras, a carga parasitária foi quantificada por PCR quantitativa em tempo real (qPCR), sendo o gene alvo a SSU rRNA de Leishmania.
Evolução grave foi definida como internação em UTI ou administração de amina vasoativa, ventilação mecânica ou hemotransfusão. As manifestações clínicas mais observadas à admissão foram febre, palidez e hepatosplenomegalia, associado à pancitopenia, elevação das aminotransferases hepáticas e hipoalbuminemia. A positividade da RIFI e dos testes rápidos Kalazar Detect® e Diamed-IT Leish® foi de
66,7%, 85,4% e 100%, respectivamente. Observou-se elevada positividade (100%) em exames de PCR convencional em sangue periférico e aspirado de medula óssea. Como tratamento específico, administrou-se Glucantime® em 45,8%, anfotericina B desoxicolato em 35,5%, anfotericina B lipossomal em 8,3% e associação de anfotericina B lipossomal e Glucantime® em 10,4% dos pacientes.
Considerou-se que 56,2% das crianças apresentaram evolução grave, mas sem nenhum óbito. Em T2, todos apresentavam melhora clínica. A classificação por critérios de gravidade proposta pelo Ministério da Saúde em 2006 foi aplicada à admissão, não apresentando boa acurácia para detecção de casos com evolução grave. O qPCR apresentou bom desempenho e foi positivo em todas as crianças em T0.
Observou-se variação ampla da carga parasitária em T0, não correlacionada a características clínicas e laboratoriais, a critérios de gravidade e escores preditores de óbito à admissão e à evolução grave durante a internação. Redução significativa do número de cópias do fragmento gênico foi constatada em T1 e T2, que não variou de acordo com a medicação usada. Identificaram-se como fatores de risco para evolução grave idade menor do que 12 meses, taquidispneia, infecção, hepatomegalia volumosa, anemia, plaquetopenia e hipoalbuminemia à admissão. / In Brazil, there is an increasing number of cases of visceral leishmaniasis (VL) in recent years, associated to a high case-fatality rate. It is necessary to identify sensitive and specific clinical factors that may prompt to adequate and immediate intervention. The purpose of this prospective study was to correlate clinical and laboratory parameters and parasite load with clinical outcome in children with VL.
Forty-eight children diagnosed with VL and hospitalized in Hospital Infantil João Paulo II, in Belo Horizonte, Brazil, were included from June 2010 to June 2011. The patients were assessed clinically and peripheral blood samples were obtained before (T0), from 10 to 15 (T1) and from 40 to 60 days (T2) after starting treatment. In these samples, the parasite load was quantified by real-time quantitative PCR (qPCR) using as molecular target the SSU rRNA gene of Leishmania. Severe outcome was defined as admission in intensive care unit, administration of vasoactive amines, mechanical ventilation or blood transfusion. The most frequently observed features were fever, pallor and hepatosplenomegaly associated with pancytopenia, elevated liver aminotransferases and hypoalbuminemia. The positivity of IFAT and of the rapid tests Kalazar Detect® and Diamed-IT Leish® was 66,7%, 85,4% e 100%, respectively. There was a high positive rate (100%) in conventional PCR in peripheral blood and bone marrow aspirates. The drugs used for specific therapy were Glucantime® in 45,8%, amphotericin B deoxycholate in 35,5%, liposomal amphotericin B in 8,3% and combination of liposomal amphotericin B and Glucantime® in 10,4% of the patients. It was considered that 56,2% of the children presented severe outcome but no deaths occurred. At T2, all patients had clinical
improvement. The classification of severity proposed by the Ministry of Health in 2006, applied at admission, showed low accuracy for detection of severe cases. The quantitative PCR assay presented high performance and was positive in all children in T0. There was a wide variation in parasite load at T0 and no correlation was observed with clinical and laboratory features, with severity at admission and with severe outcome. Significant decrease in the number of copies of the gene fragment was found in T1 and T2, which did not vary according to the drug used. The identified risk factors for severe outcome were children younger than 12 months and the presence of tachydyspnea, infection, hepatomegaly, anemia, thrombocytopenia and hypoalbuminemia at admission.
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Soroprevalência, fatores e aspectos clínicos associados à leishmaniose visceral canina em Goiana, Estado de Pernambuco, Brasil / Prevalence, clinical features and factors associated with canine visceral leishmaniasis in Goiana, Pernambuco State, BrazilAndrade, Thiago André Santos de January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / A leishmaniose visceral canina (LVC) e uma doença parasitária causada por protozoários do gênero Leishmania, principalmente por Leishmania infantum. A epidemiologia da doença varia de região para região e o entendimento dos fatores associados à infecção em cães pode ajudar na elaboração de medidas de controle mais específicas. O diagnóstico sorológico da infecção sofreu mudanças importantes nos últimos anos com a introdução do TR-DPP® e do estabelecimento de novos critérios de diagnóstico (TR-DPP® + EIE-LVC) pelo Ministério da Saúde. Dentro desse contexto, no presente estudo objetivou-se estudar a epidemiologia da LVC no município de Goiana, estado de Pernambuco, nordeste do Brasil. Para tal, realizaram-se testes sorológicos (TR-DPP® e EIE-LVC) e análise clínico-epidemiológica em 360 cães semi e domiciliados, de ambos os sexos, raças e idades variadas, nos distritos de Atapuz, Tejucupapo e Pontas de Pedra no referido município. No TR-DPP®47 (13,1 por cento) animais foram reagentes, onde se observou associação significativa dos resultados com os seguintes sinais clínicos: alopecia, lesões na pele paresia e linfonodomegalia. Já no EIE-LVC 21 (5,8 por cento) animais foram reagentes, havendo associação significativa entre a classificação clínica dos animais, condição corporal, alopecia, lesões na pele, secreção ocular, paresia e linfonodomegalia. Já de acordo com o critério do Ministério da Saúde do Brasil, apenas 15 (4,2 por cento) animais foram classificados como positivos. De fato, verificou-se uma fraca concordância (Kappa = 0,39) entre os dois testes sorológicos. Conclui-se que a LVC encontra-se estabelecida em Goiana e que o uso do TR-DPP® como teste de triagem e do EIE-LVC como teste confirmatório pode levar a perda de cães infectados, uma vez que cães positivos do TR-DPP® são negativos no EIE-LVC e vice-versa
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