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Como AlguÃm se Torna o que Ã: Ecce Homo e a Auto-realizaÃÃo, Segundo Nietzsche / How one becomes what one is: Ecce Homo and self realization, according to Nietzsche

Josà Wilson Vasconcelos JÃnior 26 August 2008 (has links)
nÃo hà / Nesta dissertaÃÃo objetiva-se analisar a realizaÃÃo humana segundo a perspectiva do filÃsofo Friedrich Nietzsche (1844-1900). Considera-se, para tanto, o processo vital circunscrito pelo subtÃtulo dado à autobiografia: âcomo alguÃm se torna o que Ãâ. Privilegiando os temas tratados em Ecce Homo, intermedeiam-se as discussÃes com o cotejamento daqueles assuntos abordados por outras obras do FilÃsofo. Tornar-se o que se à constitui nÃo apenas um cume perseguido, mas igualmente uma sobredeterminaÃÃo inapelÃvel para a filosofia de Nietzsche. Nesse caminho, ele valorizou, contra a tradiÃÃo filosÃfica e religiosa, o cultivo de si e o amor de si como propiciadores do grande e fecundo egoÃsmo. Apontou para a superaÃÃo de tudo aquilo que amesquinha e enfraquece o homem, elogiando o que fortalece e plenifica a vida compreendida por ele como vontade de poder em expansÃo. O cultivo da grande individualidade surge como contraposiÃÃo, nessa filosofia, à massificaÃÃo do homem pelas forÃas gregÃrias que arrebanham os âseres supÃrfluosâ em igrejas, povos e estados. Percorrem-se, entÃo, as ponderaÃÃes de Nietzsche sobre o que ele nomeou de âcasuÃstica do egoÃsmoâ, sua pretensa extemporaneidade, bem como se delimita aquilo designado pelo FilÃsofo como die Wohlgeratenheit, âa vida que vingouâ. SÃo trabalhadas, a seguir, as relaÃÃes dessa vida bem lograda com as teses de Nietzsche sobre a razÃo, a subjetividade, o cultivo de si mediante a disciplina do guerreiro â ele prÃprio entendia-se como um filÃsofo guerreiro. Por fim, apresenta-se sua compreensÃo acerca do que à a mÃxima auto-realizaÃÃo depois que o Ãltimo homem se configurou no niilismo caracterÃstico da contemporaneidade: a figura de Zaratustra como super-homem, mestre do eterno retorno e amante do destino.

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