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Aquisição do perfeito por brasileiros aprendizes de inglês como língua estrangeiraFortes, Melissa Santos January 2002 (has links)
O presente estudo procura investigar a aquisição do perfeito em lingua inglesa por brasileiros aprendizes de ingls como lingua estrangeira. Focalizamos, portanto, a aquisição de Present Perfect e de Present Perfect Progressive por 64 brasileiros acad6micos do Curso de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Para tanto, utilizamos como dados de base a produção de 39 falantes nativos de inglês americano bem como a de 20 falantes nativos de português como lingua materna. O trabalho foi desenvolvido a partir da coleta de dados em sala de aula atrav6s do uso de questionarios que eliciaram os usos do perfeito em lingua inglesa. Aplicamos tamb6m parte do Exame de Proficiência da Universidade de Michigan (EUA) com o intuito de distribuir os aprendizes por nveis de profici6ncia. Os dados coletados foram agrupados de acordo com o uso do perfeito que representavam e codificados. Os resultados apontam para uma ordem de aquisição dos usos do perfeito na produção dos aprendizes de inglês como lingua estrangeira e os padrões de nao uso de Present Perfect e de Present Perfect Progressive nessas produções refletem a influência da lingua materna como um elemento complementar na confirmação de percepções, ou psicotipologias, dos participantes desse estudo quanto aos significados expressos pelo perfeito em inglês. Os aprendizes que apresentaram padrões de não uso de Present Perfect e de Present Perfect Progressive parecem ter privilegiado ou o aspecto de anterioridade ou o aspecto de relevancia no presente dos contextos de uso do perfeito a eles apresentados, escolhendo, assim, Simple Past ou Simple Present em tais contextos e tal percepção parece ter sido confirmada pela sua lingua materna, na qual, nos mesmos contextos, há o privilégio ou da noção de anterioridade ou de relevância no presente e nao de ambas simultaneamente, como ocorre em lingua inglesa. / This study aims at investigating the acquisition process of the perfect in English by Brazilians learners of English as a foreign language. We have focused on the acquisition of the Present Perfect and of the Present Perfect Progressive by 64 Brazilian English majors at Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). The production of 39 native speakers of English as well as of 20 native speakers of Portuguese were used as baseline data. A questionnaire which involves the uses of the perfect in English has been applied to the participants in their classroom environment. We have also applied part of the University of Michigan (USA) Proficiency Exam in order to distribute the English learners according to their proficiency level. We have classified and codified the data as to the use of the perfect they expressed. Our results show evidence of an acquisition order for the uses of the perfect in the production of the learners of English as a foreign language. The results also indicate an influence of the learners' Li on their perceptions of the meanings expressed by the perfect in English as revealed by their productions that do not reflect the use of the perfect. Such productions seem to have privileged either the anteriority or the present relevance aspect expressed by the perfect in the contexts eliciated by the instrument, since the learners have chosen to use either the Simple Past or the Simple Present in those contexts. We therefore believe that the perceptions of the learners as to the uses of the perfect in English must have been influenced by their Li, which, in the same contexts, emphasizes either the anteriority or the present relevance aspect, and not both, as in the English language.
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Escrita : esse obscuro objeto do desejo / L'écriture: cet obscur objet du désirCorrêa, Márcia Cristina January 2002 (has links)
Ce travail a pour objet l'analyse de l'criture/ecrire en tant que processus interactif, social, historique, ideologique bas sur la production du sens. Dans cette perspective,e tudier le processus de l'ecriture/écrire presupose l'analyse de la relation établie, sociale et ideologique, du sujet/ apprenant avec l'objet de l'ecriture. Le but de ce travail est d'analyser les representations de l'ecriture/ e crire d'un groupe d'étudiants du cours de Lettres de l'UFSM, futurs professeurs de langue. C'esta partir du point de vue soclo-interactionniste (soclohistonque) des études du langage de Vygotsky (1991, 1998a, 1998b) et de Bakhtin (1981,1997), qu'est ralise cette analyse. En ce qui conceme Ia méthodologie adopte, l'on a utilis une approche qualitative de la recherche lui confrant un caractere ethnographique (Erickson, 1990). A partir des cours pour les etudiants en Lettres de l'UFSM, a e t initiée une rélflexion sur l'criture/écrire au travers de l'histoire de l'ecriture et de la construction des representations particulieres de l'écrire de chacun. Au cours du développement de ces activits on a selectionne les informateurs et ralise la collecte des donnees pour Ia recherche. L'organisation (par unit et par catgone) du matnel a permis de structurer les representations de l'ecriture/ ecrire des informateurs de façon suivante: Catégorie 1, 'Écrire', divise en deux sous-catgones, "Ecrire d'aprs le modele scolaire" et "Ecrire au-del du modele scolaire" Catgorie 2, "Apprendre a e écrire", avec deux sous-catégories, "Apprendre a écrire chez soi" et "Apprendre ecrire a l'école"; Catgorie 3, "Enseigner a écrire", avec deux souscategories, "Enseigner a écrire et "Enseigner a enseigner a écrire. Par rapport a chaque sous-catégorie on a produit des assertions empiriques, representatives du discours de nos informateurs. Pour ce qui est des résultats de nos analyses,a travers l'histoire de chaque informateur, est mis en évidence qu'au cours des années scolaires le "désir" d'ecrire diminue/disparait, et l'objet ecriture/ecrire s'obscursit, une fois que cette activit devient un processus mcanique, sans signification, sans motivation et sans necessit dans la vie de l'tudiant. Les résultats obtenus permettent de vérifier que, sans intervention des propositions interactionnistes, les futurs professeurs ne vont pas rèussir asortir du modele de la reproduction du : "j'enseigne comme j'ai appris" et, ainsi, perpétuer le cyde de l'ennui d'ecrire. / Este trabalho teve por objeto de anlise a escrita/escrever entendida como um processo interativo, social, histrico, dialgico, baseado na produlo de sentido. Nessa perspectiva, estudar o processo da escrita/escrever pressup6e a anlise da relação estabelecida, social e ideologicamente, do sujeito/aluno com o objeto escrita. Assim, este trabalho teve por objetivo analisar as representações de escrita/escrever de um grupo de alunos do Curso de Letras-UFSM, futuros professores de lingua. Essa análise valeu-se da perspectiva sócio-interacionista dos estudos da linguagem, de Vygotsky (1991, 1 998a, I 998b) e de Bakhlin (1981, 1997). Por sua vez, a metodologia do trabalho fez uso da abordagem qualitativa de pesquisa, constituindo um estudo do tipo etnográfico (Erickson, 1990). A partir de oficinas para alunos do Curso de Letras da Universidade Federal de Santa Maria, foi oportunizada uma reflexo sobre escrita/escrever, via resgate da histria da escrita de cada sujeito e construção das representações particulares do escrever. No desenvolvimento dessas atividades, foram selecionados os sujeitos focais e realizada a coleta de dados para a pesquisa. A organização (unitarização e categorização) do material possibilitou a organização das representações de escrita/escrever dos sujeitos da pesquisa da seguinte forma: Categoria 1, "Escrever", dividida em duas subcategonas, "Escrever de acordo com o modelo escolar" e "Escrever alem do modelo escolar"; Categoria 2, "Aprender a escrever", com duas subcategonas, "Aprender a escrever em casa" e "Aprender a escrever na escola"; Categoria 3, "Ensinar a escrever", com duas subcategorias, "Ensinar a escrever" e "Ensinar a ensinar a escrever". Em relação a cada subcategoria foram produzidas asserções empiricas, representativas dos discursos dos sujeitos da pesquisa. Como resultado das análises, através da história de cada sujeito, aluno do Curso de Letras, fica evidenciado o fato de que, com o passar dos anos escolares, o "desejo" de escrever diminui/desaparece, e o objeto escrita/escrever toma-se obscuro, uma vez que essa atividade passa a ser um processo mecanico, sem significado, sem motivação e sem necessidade na vida do aluno. Os resultados obtidos permitem verificar que, sem intervenção de propostas interacionistas, os futuros professores nao conseguirão romper com o modelo da reprodução: "ensino como aprendi", com isso, perpetuando o ciclo do "desprazer" da escrita.
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O ensino e a aquisição de vocabulário em contexto de instrução de língua estrangeiraZilles, Marcelo January 2001 (has links)
Este trabalho tem como foco a comparação de duas diferentes abordagens ao ensino de vocabulário em um contexto de instrução de Inglês como Língua Estrangeira com o objetivo de investigar sob qual abordagem há uma maior aquisição de palavras-alvo em dois momentos: imediatamente após o término da intervenção e um mês após o término da intervenção. Na primeira abordagem, chamada de indireta, as palavras-alvo fazem parte de textos que foram trabalhados pelos alunos através de atividades de leitura e interpretação e de tarefas focalizando as habilidades de fala e escrita. Na segunda abordagem, chamada de explícita, houve um direcionamento consciente da atenção dos alunos para as palavras-alvo, que foram apresentadas isoladamente, fora de um contexto de leitura. Participaram do experimento quatro turmas, totalizando vinte e três alunos, dos quais duas foram expostas à abordagem indireta (grupo indireto) e duas à abordagem explícita (grupo explícito). Foram selecionadas dez palavras-alvo para o experimento. Todos os alunos realizaram um pré-teste tendo como modelo o Vocabulary Knowledge Scale (VKS), desenvolvido por Wesche e Paribakht (1996). O tratamento, após o pré-teste, consistiu de seis exposições diferentes às palavras-alvo, tanto nos grupos envolvidos com a abordagem indireta como nos grupos envolvidos com a abordagem explícita. Imediatamente após o término do tratamento foi realizado um pós-teste (VKS) e, 30 dias após a realização do pós-teste, um pós-teste tardio (VKS). Os resultados do pós-teste indicam que a proporção de palavras-alvo adquiridas pelo grupo exposto à abordagem explícita foi de 60%, significativamente superior à proporção de palavras-alvo adquiridas pelo grupo exposto à abordagem indireta, que foi de 24%. O pósteste tardio mostrou que a retenção das palavras-alvo já adquiridas quando da realização do pós-teste foi similar nos dois grupos: 76% no grupo indireto e 81% no grupo explícito. / This work focuses on the comparison of two different approaches to the teaching of vocabulary in an instructional context of English as a Foreign Language, aiming at investigating in two different moments - immediately after the end of the intervention and one month after the end of the intervention - under which approach the acquisition of target words is higher. In the first approach, called indirect, the target words are inside texts which were read by students in class and, as a follow-up, general reading comprehension, speaking and writing activities were carried out. In the second approach, called explicit, students' attention to the target words was drawn explicitly - these words were introduced in class without any reading contextualization. The experiment involved twenty-three students divided in four classes, out of which two were exposed to the indirect approach (indirect group) and two to the explicit approach (explicit group). Ten target words were selected for the investigation. All the students took a pre-test which was designed having Wesche and Paribakht's (1996) Vocabulary Knowledge Scale (VKS) as a model. The treatment which followed the pre-test consisted of six different exposures to the target words in each of the groups. A post-test (VKS) was carried out immediately after the end of the treatment, and 30 days later a delayed post-test (VKS) was given to students. Results of the post-test show that the proportion of target words acquired by the group exposed to the explicit approach was 60%, significantly higher than the proportion of target words acquired by the group exposed to the indirect approach, which was 24%. The delayed post-test results showed that the retention of target words which had already been acquired when post-test was taken was similar in both groups - 76 % in the indirect group and 81% in the explicit group.
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A correção de erros : inimiga ou aliada? : a reescrita como estratégia de correção e de conscientização na produção escrita de aprendizes de inglês como língua estrangeiraBeretta, Juliana Maria January 2001 (has links)
Este estudo preliminar descreve uma proposta de correção de erros nas produções escritas de doze (12) alunos de nível básico de língua inglesa da Universidade de Caxias do Sul (UCS). O objetivo é investigar a relevância da reescrita como estratégia de conscientização, de acordo com a Hipótese do Noticing de Schmidt (1990), buscando promover a correção gramatical e o aprimoramento da produção textual. Nesse contexto, a correção passa a ser uma aliada e não inimiga do aprendiz. O feedback corretivo fornecido através do uso de uma Tabela de Marcação, a conscientização dos erros através da reescrita e o envolvimento dos aprendizes no processo de auto-análise de seus textos revelaram-se condições facilitadoras na busca das formas corretas e na prevenção do erro. A análise dos dados demonstrou uma possível ruptura com a previsibilidade implícita na Hipótese do Noticing, que propõe que prestar atenção a determinados aspectos lingüísticos possibilita sua melhor assimilação e a não recorrência de erros. Os trabalhos evidenciaram uma melhoria progressiva na qualidade da produção escrita apesar do aumento do número de erros, possivelmente devido a uma desinibição por parte dos aprendizes em escrever e a sua opção em assumir riscos na produção de estruturas lingüísticas mais complexas, o que não inviabiliza a proposta da reescrita como estratégia de conscientização.
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As questões e o modelo de leitura da prova de língua inglesa do vestibular da UFRGSSchiedeck, Cláudia January 2001 (has links)
O ponto de partida deste estudo foi a elaboração de um questionário e a aplicação do mesmo a alunos concluintes do ensino médio em 1999, percebendo-se a partir dele que os alunos consideravam a prova de vestibular de língua inglesa como difícil. Assim, surgiu a necessidade de avaliar a prova de língua inglesa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul quanto ao grau de proficiência exigido do candidato e quanto ao modelo de leitura subjacente a essa prova. Para tal foram analisadas as provas de vestibular dos anos de 1992, 1994, 1996, 1998 e 2000, quanto ao tipo de tarefas e a tipologia textual que apresentam, apresentando os dados coletados através de categorias pré-determinadas. Após a coleta dos dados pôde-se levantar algumas conclusões: a) as questões de compreensão, vocabulário e gramática, embora não tenham sofrido alterações na sua distribuição com o correr dos anos, têm privilegiado principalmente as questões que enfocam mais os recursos lingüísticos necessários para a leitura do texto; b) a proposta do manual do candidato da UFRGS está em contraste com o que se pôde observar na análise das provas, visto que aponta para um modelo interativo de leitura, enquanto na prática enfatiza um modelo autônomo de leitura, onde o sentido do texto se encerra no texto propriamente dito, uma vez que o leitor não conta com recursos extralingüísticos que possam ajudá-lo a construir o sentido do texto; c) o nível de proficiência, no que diz respeito às questões, vocabulário e tipologia textual, pode ser considerado de nível avançado +, de acordo com os critérios propostos pela ACTFL, não só pela profundidade mas também pela abstração encontradas nos textos analisados.
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A música enquanto estratégia de aprendizagem no ensino de língua inglesaGobbi, Denise January 2001 (has links)
O presente estudo objetiva investigar o papel da música como estratégia de aprendizagem no ensino de língua inglesa enquanto língua estrangeira ou segunda língua. O papel da música na vida das pessoas e, em especial, em sua educação é ressaltado, além de dois estudos de natureza exploratória: um sobre a origem e trajetória da música na vida do ser humano, com ênfase no seu uso na aprendizagem de línguas, e o outro que sistematiza a pesquisa de Oxford (1990) sobre as estratégias de aprendizagem de línguas e sua relação com o uso da música. A aplicabilidade dos resultados da pesquisa exploratória é demonstrada através de um estudo descritivo que apresenta várias propostas sobre como trabalhar com atividades musicais nas aulas de língua inglesa, de modo a estimular o desenvolvimento das quatro habilidades de aprendizagem – a compreensão auditiva, a leitura, a compreensão oral e a compreensão escrita. Quatro músicas em inglês são analisadas, com base nas propostas que tratam do uso da música na aprendizagem de línguas, no estudo das estratégias de aprendizagem de Oxford e na experiência docente da autora, a qual já vem explorando atividades musicais nas aulas de inglês. A análise de um questionário sobre a importância da música no ensino da língua inglesa, aplicado aos alunos da autora, também é apresentada, com vistas a descobrir suas impressões acerca das atividades musicais realizadas em sala de aula. Os resultados da pesquisa apontam para o fato de que a música é uma das estratégias evidentes na aprendizagem de línguas – a estratégia afetiva, a qual reflete o lado afetivo do aprendiz: seu nível de ansiedade, auto-estima, interação e motivação, elementos que são essenciais para o sucesso na aprendizagem de línguas. O que representa uma descoberta em nosso estudo, porém, é o fato de inferimos que a música, pelas suas características, se faz presente em várias outras estratégias de aprendizagem, podendo, portanto, ser trabalhada com mais eficácia pelos educadores.
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O uso de estratégias comunicativas em produções escritas de aprendizes brasileiros de francêsGraça, Rosa Maria de Oliveira January 2001 (has links)
Este trabalho propõe uma investigação do uso de estratégias comunicativas (ECs) em textos narrativos produzidos por doze universitários brasileiros aprendizes de francês como língua estrangeira. Foi utilizada a tipologia de Yule (1997) de ECs para análise dos dados levantados nas produções textuais produzidas a partir de três histórias em quadrinhos sem textos seguidas de entrevistas nas quais os aprendizes puderam expressar livremente suas reflexões sobre o seu processo de escrita. As mesmas tarefas foram aplicadas a três falantes nativos de francês cujas produções foram utilizadas como elemento de comparação e licitação dos desempenhos dos aprendizes. As hipóteses iniciais eram as seguintes: os aprendizes preocupam-se com a correção quando escrevem, utilizam diferentes ECs de acordo com a sua proficiência e têm consciência de que utilizam alguma estratégia compensatória para evitar erros quando escrevem. Os dados fornecidos pelos alunos ilustraram as hipóteses iniciais sugerem uma relação entre o tipo de tarefa, as dificuldades que esta oferece e as ECs escolhidas pelos aprendizes.
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Fonologia lexical e controvérsia neogramática : análise das regras de monotongação de /ow/ e vocalização de /l/ no PBCosta, Cristine Ferreira January 2003 (has links)
Nesta dissertação, assumimos os pressupostos formais do modelo não-linear da Fonologia Lexical (FL). Adotamos, como hipótese de trabalho - nos termos de Labov (1981), Labov (1994) e Kiparsky (1988)- a resolução da controvérsia neogramática a partir deste modelo. Para tanto, apresentamos a análise de dois fenômenos do Português Brasileiro (PB), com base em dados empíricos extraídos da cidade de Porto Alegre, os quais confrontamos com as predições que emanam do modelo teórico. Num primeiro momento, discutimos o status lexical e pós-lexical das regras de vocalização de /l/ e monotongação de /ow/. Num segundo momento, apresentamos a caracterização desses dois tipos de mudança. Essas discussões fundamentam-se em resultados estatísticos, obtidos a partir da utilização do pacote VARBRUL. Partindo dessas discussões, propomos o ordenamento dessas regras nos componentes do modelo da Fonologia Lexical (FL), rastreando esses processos nos módulos do léxico e do pós-léxico. A escolha destes dois fenômenos não é aleatória: da análise destas regras nos termos da FL emergem questões não devidamente tratadas no PB, como a opacidade e a presença de regras variáveis no léxico. Também destacamos a controvérsia sobre a representação dos segmentos envolvidos nestes processos: dedicamos um capítulo para a discussão sobre a representação da lateral e do processo de vocalização; e outro para a discussão sobre a representação subjacente do ditongo /ow/. Conforme a análise dos resultados, concluímos que a regra de monotongação de /ow/ comporta-se como regra lexical e implementa um tipo de mudança que se difunde lexicalmente. Já a regra de vocalização de /l/ caracteriza-se como regra pós-lexical e encaixa-se no molde de mudança neogramática.
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"Os estágios de formação de perguntas em inglês como língua estrangeira por aprendizes brasileiros submetidos à instrução como foco na forma"Rodrigues, Bernadette Marie da Silveira January 2001 (has links)
Este estudo nosso investigou o efeito da instrução com foco na forma sobre os estágios evolutivos de formação de perguntas em inglês por alunos brasileiros. O estudo foi realizado com quatro turmas de aprendizes universitários – duas turmas experimentais e duas turmas de controle - do Programa de Línguas Estrangeiras - PLE, da Universidade de Caxias do Sul - RS. O período de instrução teve a duração de dois meses com material instrucional focalizando cinco estágios de perguntas em inglês. As quatro turmas realizaram pré-testes e pós-testes antes e após o período de instrução. As produções orais e escritas dos aprendizes foram classificadas nos respectivos estágios conforme Spada e Lightbown (1999). Os resultados sugerem que tanto as turmas experimentais quanto as de controle progrediram nos estágios evolutivos. No entanto, as turmas experimentais demonstraram um progresso mais acentuado, o que reforça o efeito positivo da instrução com foco na forma.
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As modificações da voz e os efeitos de sentido nos telejornaisCosta, Eda Franco da January 2002 (has links)
Este estudo tem como objetivo analisar os recursos vocais utilizados nos telejornais como coadjuvantes de efeitos de sentido pretendidos com a divulgação da notícia. Os recursos vocais estudados foram a média e a variação da freqüência vocal em enunciados proferidos por apresentadores de telejornais brasileiros. Foram analisados 43 enunciados, de 12 apresentadores (6 homens e 6 mulheres), de 6 telejornais, abrangendo 3 redes de televisão. Os enunciados foram classificados em 2 tipos de notícias: positivas e negativas. Na análise descritiva contextualizada foram analisadas também chamadas e editoriais, descrevendo-se as estratégias vocais pertinentes a cada contexto. Para uma melhor clareza deste estudo, foram utilizados como procedimentos estatísticos tabelas e gráficos da média das freqüências médias encontradas e a média da variação. Foi realizada análise acústica computadorizada da freqüência média e variação de cada enunciado e a análise descritiva contextualizada de 18 desses enunciados. O quadro teórico básico deste trabalho integra elementos da teoria semiótica francesa, da fonoaudiologia e alguns aspectos da retórica. Buscou-se descrever, através dos pressupostos das três áreas, o discurso dos telejornais demonstrando sua estratégia de construção de verdade, os procedimentos utilizados neste fazer e o papel da voz neste processo. Os resultados confirmam a presença da relação voz e efeitos de sentido nos telejornais. Nas notícias positivas, houve um aumento da média das freqüências, já nas negativas houve um decréscimo, tanto nos homens como nas mulheres. A variação das médias das freqüências foi mais significante nas locuções das mulheres. Conclui-se que a voz tem um papel importante como estratégia de persuasão na busca de credibilidade da notícia e é largamente utilizada pelos apresentadores de telejornais.
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