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Clarice Lispector e Alice Ferney: afinidades e dissonâncias de um encontro amoroso / Clarice Lispector and Alice Ferney: affinities and dissonance of a love encounterLima, Maria Estela dos Santos 19 November 2008 (has links)
A escritora brasileira Clarice Lispector e a francesa Alice Ferney, embora oriundas de contextos sócio-históricos diferentes, apresentam muitos pontos em comum em seus romances Uma aprendizagem ou o Livro dos prazeres e La conversation amoureuse. As duas autoras abordam o mesmo tema (o amor e o encontro amoroso) entremeando-o de leitmotiven semelhantes (as questões relativas à alteridade; o papel que a linguagem exerce sobre as relações humanas; os embates sujeito-linguagem; o silêncio como contraparte necessária da palavra), com soluções formais que diferem no todo, mas aproximam-se nos detalhes. Este estudo é uma leitura comparativa entre as duas obras e visa mostrar como as autoras abordam o tema do amor, que tem longa tradição na literatura ocidental, e como o reatualizam a partir de recursos formais de uma literatura em crise. A leitura aqui apresentada coloca em evidência as semelhanças que aproximam e as diferenças que individualizam as obras, observando-as e comparando-as de um ponto de vista temático-morfológico. / The Brazilian writer Clarice Lispector and the French writer Alice Ferney, yet coming from different socio-historical contexts, present many common aspects in their novels Uma aprendizagem ou o Livro dos prazeres and La conversation amoureuse. Both writers deal with the same theme (love and the love encounter), filling the novels up with similar leitmotiven (questions concerning alterity; the role language exerts on human relations; the clash subject-language; silence as a necessary counterpart of word), with formal solutions that are different on the whole, but have similarities in the particularities. This study is a comparative reading between the two aforementioned works and aims at showing how the authors deal with the theme of Love, which has a long tradition in Western literature, and how they re-actualize it from certain formal resources of a literature in crisis. This reading puts in evidence the similarities that approximate and the differences that individualize the works, observing and comparing them from a thematic-morphologic perspective.
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A escrita do eu em La Place e Les Armoires Vides, de Annie Ernaux: entre a história e a sociologiaRafael, Maria Teresa Rabelo 28 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Notre travail propose une analyse de deux oeuvres de l'écrivaine françaiseAnnie Ernaux:
La place (1983) etLes armoires vides (1974).On a eu comme premier objectif de saisir
quels éléments esthétiques et thématiques font de l'écriture de l'auteure un exposant du
récit à la première personne. Ensuite, on a établi uneeélation entre les deux oeuvres en
question avec quelques aspects et discussions de la Sociologie. Pour cela, l'étude
s'articule autour de trois axes principaux.Le premier est consacré aux caractéristiques de
l'écriture du moi dans la littérature française contemporaine qui, selon Dominique Viart
(2002), met en scène, à travers un récit non linéaire, la crise du sujet provoquée par une
instabilité identitaire, ses questions existentielles reproduites dans la voix du narrateur et
dans le choix d'une syntaxe construite de façon à perturber l'énonciation. Le deuxième
axe met en parallèle des concepts sociologiques développés par Pierre Bourdieu (1998,
2001, 2009, 2011, 2013), tels que violence symbolique, valeurs de classe, distinction
sociale,tout en les mettant en rapport avec l'écriture littéraire d'Annie Ernaux. L'étude
établitencore une relation entre la nouvelle historiographie, bouleversée par le
mouvement des Annales, qui prend l'expérience d'individus de petits groupes sociaux
pour objet d'étude, présentant leurs particularités et reconstituant l'histoire à partir d'une
autre perspective analytique, telle que formulée, entre autres, par des théoriciens comme
Ginzburg (1987), Reis (2000), Dosse (2003) et Rojas (2012). Le troisième axe procède
à une analyse des deux oeuvres littérairesà la lumière des discussions sur le rôle de la
mémoire dans l'écriture du moi, les éléments sociologiques présents dans les textes
d'Annie Ernaux,mettant en évidence, par ailleurs,les inquiétudes du sujet de notre temps
à travers des questions et des problématiques posées par le personnage narrateur. Cette
étude révèlequelques tendences esthétiques qui viennent de s imposer dans la française
contemporaine, plus précisément en ce qui concerne l'écriture du moi d'Annie Ernaux. / Nosso trabalho propõe uma análise deduas obras da escritora francesa Annie Ernaux: La
place (1983) e Lesarmoires vides (1974). Tivemos como primeiro objetivo apreender
quais elementos estéticos e temáticos fazem da escrita da autora um expoente da
narrativa em primeira pessoa. Em seguida, relacionamos a análise das duas obras em
questão com alguns aspectos e discussões da Sociologia. Para isso, dividimos nosso
trabalho em três eixos principais. O primeiro diz respeito às características da escrita do
eu na literatura francesa contemporânea que, segundo Dominique Viart (2002), põe em
cena, por meio de uma narrativa não-linear, a crise do sujeito causada pelas
instabilidades identitárias, suas questões existenciais reproduzidas na voz do
personagem narrador, além da escolha de uma sintaxe construída de modo a perturbar a
enunciação. O segundo eixo refere-se à utilização de algunsconceitos sociológicos
desenvolvidos por Pierre Bourdieu (1998, 2001, 2009, 2011, 2013), taiscomo violência
simbólica, valores de classe, distinção sociale os relaciona com a escrita literária de
Annie Ernaux. Ainda no mesmo eixo,o estudo estabeleceuma relação entre a nova
historiografia, revolucionada pelo movimento dos Annales, que toma como objeto de
estudo a experiência de indivíduos de pequenos grupos sociais, apresentando suas
singularidades e reconstruindo a história a partir de uma outra perspectiva analítica, tal
como formulada, entre outros teóricos, por Ginzburg (1987), Reis (2000), Dosse (2003)
e Rojas (2012). O terceiro eixo faz uma análise de ambas asobras e as relaciona com as
discussões sobre o papel da memória na escrita do eu, os elementos sociológicos
presentes nos textos, além de evidenciar as inquietações do sujeito do nosso tempo
através de questões e problemáticas colocas pelo personagem narrador. Por fim, esse
estudo evidenciaalgumas tendências estéticas que vêm predominando na literatura
francesa contemporânea, mais precisamente no que tange à escrita do eu de Annie
Ernaux.
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Clarice Lispector e Alice Ferney: afinidades e dissonâncias de um encontro amoroso / Clarice Lispector and Alice Ferney: affinities and dissonance of a love encounterMaria Estela dos Santos Lima 19 November 2008 (has links)
A escritora brasileira Clarice Lispector e a francesa Alice Ferney, embora oriundas de contextos sócio-históricos diferentes, apresentam muitos pontos em comum em seus romances Uma aprendizagem ou o Livro dos prazeres e La conversation amoureuse. As duas autoras abordam o mesmo tema (o amor e o encontro amoroso) entremeando-o de leitmotiven semelhantes (as questões relativas à alteridade; o papel que a linguagem exerce sobre as relações humanas; os embates sujeito-linguagem; o silêncio como contraparte necessária da palavra), com soluções formais que diferem no todo, mas aproximam-se nos detalhes. Este estudo é uma leitura comparativa entre as duas obras e visa mostrar como as autoras abordam o tema do amor, que tem longa tradição na literatura ocidental, e como o reatualizam a partir de recursos formais de uma literatura em crise. A leitura aqui apresentada coloca em evidência as semelhanças que aproximam e as diferenças que individualizam as obras, observando-as e comparando-as de um ponto de vista temático-morfológico. / The Brazilian writer Clarice Lispector and the French writer Alice Ferney, yet coming from different socio-historical contexts, present many common aspects in their novels Uma aprendizagem ou o Livro dos prazeres and La conversation amoureuse. Both writers deal with the same theme (love and the love encounter), filling the novels up with similar leitmotiven (questions concerning alterity; the role language exerts on human relations; the clash subject-language; silence as a necessary counterpart of word), with formal solutions that are different on the whole, but have similarities in the particularities. This study is a comparative reading between the two aforementioned works and aims at showing how the authors deal with the theme of Love, which has a long tradition in Western literature, and how they re-actualize it from certain formal resources of a literature in crisis. This reading puts in evidence the similarities that approximate and the differences that individualize the works, observing and comparing them from a thematic-morphologic perspective.
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