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Daniel Defoe e as representações do Novo Mundo : um diálogo entre romances e relatos de viagem (1697-1729) /Inácio Neto, José. January 2016 (has links)
Orientador: Valéria dos Santos Guimarães / Banca: Ana Raquel Marques da Cunha Martins Portugal / Banca: André Luiz Joanilho / Resumo: Daniel Defoe foi uma figura importante para as transformações literárias que caracterizaram a difusão do romance na Inglaterra setecentista, gênero em formação durante este período. Entre as características de sua obra ficcional, notamos a semelhança com alguns relatos de viagens - como os de Drake, Raleigh, Poyntz, Narborough, Dampier e Rogers - e representações recorrentes do continente americano - territórios nunca visitados pelo autor. Os textos publicados por estes viajantes contêm representações de regiões da América como o Caribe e os litorais ocidentais da América do Sul que, por sua vez, também aparecem como cenários nas obras ficcionais do romancista. Por outro lado, conhecido pelo engajamento político e pela participação nas discussões sobre os rumos da expansão do Império Britânico, o autor também lança mão desta literatura em seus ensaios para sustentar seus argumentos sobre as possibilidades de avanço imperial no Novo Mundo. Partindo de reflexões teóricas importantes para a História Cultural, sobretudo aquelas ligadas às noções de representação e apropriação debatidas por Roger Chartier, a presente pesquisa intenta estabelecer relações entre as obras de ficção de Defoe e os relatos de viagem lidos por ele. Neste sentido, a análise se orientará por alguns questionamentos centrais: como e por que estas representações de domínios coloniais de outros Impérios aparecem na ficção de Defoe? De que maneira estas representações se relacionam com os relatos de viagem que ... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Daniel Defoe was an important writer for the literary transformations that marked the spread of the novel in eighteenth-century England, genre that was in making during this period. Among the features of his fictional work, we note the similarity with some travel accounts - like those of Drake, Raleigh, Poyntz, Narborough, Dampier and Rogers - and recurring representations of the American continent - territories never visited by the author. The texts published by these travelers contain representations of regions of America as the Caribbean and the western coasts of South America, which, in turn, also appear as scenarios in the fictional works of the novelist. On the other hand, known for political engagement and participation in discussions on the directions of expansion of the British Empire, the author also makes use of this literature in his essays to support his arguments about the possibilities of imperial advance in the New World. Starting from important theoretical reflections for Cultural History, especially those related to the notions of representation and appropriation discussed by Roger Chartier, this research attempts to establish relations between the works of Defoe's fiction and travel reports read by him. In this sense, the analysis is guided by some central questions: how and why these representations of colonial domains of other empires appear in fiction of Defoe? How these representations are related to the travel accounts that are mentioned by the author in his non-fiction works? To what extent the fictional author's works have issues related to the expansion of the British Empire in the early eighteenthcentury? Our main objective, therefore, is to try to support the hypothesis that Defoe's novels contain representations of the New World, to some extent, that were built by appropriation of elements found in travel accounts read by him. Furthermore, we will try to... / Mestre
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"As coisas como elas são" : moralidade politica e social em William Godwin (1790-1800)Ferreira Neto, Orlando Marcondes 01 August 2018 (has links)
Orientador : Edgar Salvadori de Decca / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-01T01:35:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2002 / Resumo: " 'As coisas como elas são'. Moralidade política e social em William Godwin (1790-1800)" é um estudo a respeito do filósofo, romancista e ideólogo político William Godwin (1756-1836). A trajetória política de Godwin na década de 1790 é abordada tendo como referência a crítica às posições tradicionais da historiografia a seu respeito. Enquanto esta se recusa a atribuir a Godwin um caráter propriamente político e representativo no dito "debate político" da década de 1790, este estudo procura compreender o conteúdo propriamente
político de sua atuação social. Para isso, investiga como Godwin pensa a ordem políticosocial na Inglaterra da década de 1790, tendo como fontes fundamentais seu tratado filosófico Investigação acerca dajustiça política (1793) e seu romance As coisas como elas são, ou as aventuras de Caleb Williams (1794). No romance Caleb Williams, Godwin se dirige à crítica política da moralidade privada. Segundo ele, em decorrência da perpetuação
de uma ordem política fundada nos valores morais aristocráticos, as relações entre os indivíduos são marcadas pela violência, pela tirania e pelo sofrimento. Esta crítica revela seu caráter propriamente político por ser dirigida às instituições monárquicas e aristocráticas que, para ele, condicionam os indivíduos a alimentar os valores e sentimentos que conduzem as sociabilidades privadas a assumirem um caráter conflituoso e violento. Com sua crítica à ordem monárquica e aristocrática, Godwin revela os des~jos de uma fração das classes médias inglesas interessadas em reformar a moralidade da. nação e de universalizar seus códigos de conduta. Godwin defende as idéias burguesas de virtude e capacidade individual, ao invés da hereditariedade e do sangue nobre cultivados pela aristocracia. Godwin desempenha o papel de ideólogo burguês, que opera a reelaboração e
difusão de valores mais aptos à consolidação da ordem capitalista na Inglaterra / Abstract: "'Things as they are'. Political and social morality in William Godwin (1790-1800)" is a study on the philosopher, writer and political ideologist William Godwin (1790-1800). Godwin's political role in 1790's is approached according to the criticism to the traditional historiography approaches about him. Whereas the latter refuses to attribute a properly political nature to Godwin, which is representative in the so-called 1790's "polítical
debate", this study seeks to understand the proper1ypolitical content ofhis social actuation. To do so, it investigates how Godwin thinks of the political order in England in 1790, having as fundamental sources his philosophical treatise Political justice (1793) and his romance Things as they are or the adventures ofCaleb Williams (1794). In Caleb Williams Godwin addresses private morality's polítical criticism. According to him, due to a perpetuation of a polítical order founded on aristocratic moral values, re1ations among individuaIs are marked by violence, tyranny and suffering. Ris criticism reveals its proper1y polítical nature because it is addressed to British aristocratic and monarchical institutions. To him, they subject individuaIs to the conditioning of supporting values and feelings which makes private sociability to assume a conflicting and violent nature. With his criticism to the monarchical and aristocratic order, Godwin reveals the desires of a fraction
of British middle classes interested in refonning nation's morality and universalising its behaviour codes. Godwin advocates bourgeois notions of virtue and individual capacity rather than that ones of heredity and noble blood maintained by aristocracy. Re reveals himself as a bourgeois ideologist that proceeds to a re-e1aboration and spread of values more suitable to the consolidation of the British capitalist order / Mestrado / Mestre em Filosofia
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