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Doença meningocócica em Fortaleza, de 1986 a 1998 : fatores associados à sua evolução / Meningococcal disease in Fortaleza, 1986-1998 : factors associated with its evolutionMota, Maria de Fátima Fonseca January 1999 (has links)
MOTA, Maria de Fatima Fonseca. Doença meningocócica em Fortaleza de 1986 a 1998 : fatores associados a sua evolução. 1999. 110 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 1999. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2014-01-02T14:11:03Z
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Previous issue date: 1999 / The epidemiological aspects of the Meningococcal Disease in Fortaleza, State do Ceará, Brazil, from 1986 to 1998, related to time and environmental factors were studied. The information was obtained from the Municipal and State Secretaries of Health data bank and also from patient records. The quartile method detected an epidemic sooner than the standard deviation. The months of March, April and May registered the largest number of cases, as well as the highest monthly averages of rain precipitation and relative humidity and the smallest monthly averages of evaporation. In Fortaleza, the cases of Meningococcal Disease occurred weeks after the increase in precipitation (500mm/mo) in relative humidity (>80%), the reduction of insulation (<200horas/mo) and evaporation (<50mm/mo); suggesting that those variables can influence the behavior of MD in Fortaleza. / Os aspectos epidemiológicos da Doença Meningocócica no tempo (ano e mês) e espaço (fatores ambientais) foram investigados de 1986 a 1998 em Fortaleza–Ceará-Brasil. As informações foram obtidas de bancos de dados do Estado e Município e de prontuários médicos. Na construção do diagrama de controle, o método dos quartis foi comparado ao do desvio padrão, o primeiro detectou o início de uma epidemia mais precocemente. Os meses de março, abril e maio registraram os maiores números de casos, como também, as maiores médias mensais de precipitação, umidade relativa do ar e as menores médias mensais de evaporação. Observou-se que os casos da doença meningocócica ocorreram semanas após o aumento da precipitação (500mm/mês); da umidade relativa do ar (>80%); da redução da insolação (<200horas/mês); e da evaporação (<50mm/mês), sugerindo que essas variáveis poderiam influenciar no comportamento da Doença Meningocóccica em Fortaleza.
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Epidemiologia das meningites bacterianas por Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae e enterobactérias no município de São Paulo, 1960-77 / Epidemiology of bacterial meningitis by Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae and enterobacteria in the city of São Paulo, 1960-77Moraes, José Cassio de 06 July 1988 (has links)
As meningites bacterianas constituem um sério problema de Saúde Pública em todo mundo, por sua incidência, sua letalidade e pela frequência das sequelas que os sobreviventes apresentam. Os agentes etiológicos Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis e Streptococcus pneumoniae são responsáveis por cerca de 60 a 80 por cento dos casos. O presente estudo tem como objetivo conhecer o comportamento epidemiológico das meningites por H.influenzae, S. pneumoniae e por bacilos Gram-negativo, especialmente as enterobactérias 1 no Município de São Paulo no pertodo 1960- 77. O levantamento foi realizado por uma equipe formada por professores do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, por médicos sanitaristas e por acadêmicos de medicina. Os dados, colhidos diretamente do prontuário dos pacientes, foram anotados em uma ficha pré-codificada. A meningite por H.influenzae somente foi confirmada quando se identificava o agente na cultura. A confirmação da meningite por S.pneumoniae se dava pela bacterioscopia e/ou pela cultura do líquor. As meningites por bacilo Gram-negativo foram subdivididas em 3 grupos. No primeiro, incluíram-se os casos em que a bacterioscopia e/ou cultura revelaram a presença de um bacilo Gram-negativo sem, contudo, haver a especificação do agente. No segundo, classificaram-se os casos em que, na cultura, foi isolada uma bactéria do gênero Salmonella. O último grupo correspondeu áquele em que se identificou a presença de uma outra enterobactéria. Os subdistritos ou distritos do Municipio de São Paulo foram agrupados de 3 maneiras. As duas primeiras corresponderam às 3 ou 6 áreas homogêneas especificadas pela Fundação SEADE. A última se baseou na distibuição da população economicamente ativa segundo sua participação nos diferentes setores da economia. A população dos subdistritos e distritos do Município de São Paulo segundo faixa etária para os anos compreendidos no estudo foi estimada pelo método geométrico modificado. No período estudado foram confirmados 900 casos de meningite por H.influenzae com um coeficiente médio de 0,89 por 100000 habitantes. Os menores de 5 anos contribuíram com 91,2 por cento dos casos, dos quais 63 por cento eram em menores de um ano. O coeficiente médio para menores de um ano foi de 23,3 por 100000 habitantes. As zonas central, intermediária e periférica não apresentaram incidências significantemente diferentes. Os coeficientes de morbidade padronizados segundo idade foram 0,8, 0,8 e 0,9 para as zonas central, intermediária e periférica, respectivamente. A letalidade média no período de 1960-77 foi de 31 por cento . As crianças menores de um ano apresentaram a maior taxa de letalidade, 40 por cento . No período 1960-77 foram confirmados 1951 casos de meningite por S.pneumoniae com um coeficiente médio de 1,9 por 100000 habitantes. As crianças menores de 5 anos contribuíram com 52 por cento dos casos dos quais 38.5 por cento eram menores de um ano. Os coeficientes médio por 100000 habitantes, para os menores de um ano, foram 37,1 e 29,7 para 1960-69 e 1970-77, respectivamente. A incidência por 100000 habitantes na zona periférica (2,2) na primeira década foi, praticamente, o dobro da zona central, (1,2). Os coeficientes padronizados segundo idade foram 1,6, 1,5 e 2,0 para as zonas central, intermediária e periférica, respectivamente. No período seguinte estes valores foram 1,4, 1,5 e 2,0. A letalidade média no período foi de 44 por cento . Ela foi inversamente proporcional ao número de leucócitos no llquor de entrada. A letalidade na faixa etária menores de um ano foi de 60 por cento no período estudado. No período estudado foram identificados 290 casos de meningite por Salmonella dos quais 10 por cento o foram na primeira década. O coeficiente médio por 100000 habitantes foi de 0,3. A S.typhimurium foi a espécie mais frequente com 112 casos. Os menores de um ano contribuíram com 91 por cento dos casos, dos quais 52 por cento ocorreram no primeiro trimestre de vida. A incidência média por zona não mostrou diferencas estatisticamente significantes. A letalidade média foi de 87 por cento . Os menores de um ano apresentaram um valor ainda maior, 89 por cento . No período estudado foram identificados 211 casos de meningite por outras enterobactérias com um coeficiente médio de 0,2. A primeira década contribuiu com 32 por cento dos casos. Os gêneros Escherichia e Enterobacter foram os mais frequentes sendo responsáveis por 71 por cento dos casos. Os menores de um ano contribuiram com 57 por cento dos casos, com coeficiente de 4.0 e 4.5 para os períodos 1960-69 e 1970-77 respectivamente. A letalidade média foi de 65 por cento sendo o grupo etário maior de 60 anos o de maior letalidade. A incidência por zona não diferiu significantemente. A meningite por bacilo Gram-negativo apresentou um comportamento epidemiológico distinto da meningite por H.influenzae e das enterobactérias, revelando ser composto por uma miscelânea de agentes. No período de estudo foram identificados 25455 casos de meningite bacteriana, com coeficiente médio de 25 por 100000 habitantes. O coeficiente passaria a ser de 36 por 100000 habitantes se acrecentássemos as meningites bacterianas de etiologia indeterminada. Este índice representou 1 caso para 2782 habitantes. A meningite por N.meningitidis ocupou o primeiro lugar, com 84 por cento dos casos e um coeficiente médio de 21 por 100000. Na primeira década ocorreram 2657 casos, com um coeficiente médio de 5,4 por 100000 habitantes. As três principais etiologias foram responsáveis por 89 por cento dos casos. No octênio seguinte a meningite por meningococo foi responsável por 90 por cento dos casos. No ano de 1974, acme da epidemia de meningite meningocócica, foram identificados 18069 casos de meningite representando um coeficiente de 264 por 100000. Este valor representaria que 1 em cada 379 habitantes foi acometido pela doença naquele ano. / Bacterial meningitis is an intectious disease of major public health throughout the world because of its high incidence and case fatality rates and the permanent sequelae that are seen in the survivors. Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis and Streptococcus pneumoniae are the etiologic agents responsible for 60 to 80 per cent of cases. The purpose of this study is to better understand the epidemiology of meningitis caused by H. influenzae, S. pneumoniae and gram-negative bacilli, especially, the Enterobacteriaceae, in the city of São Paulo during the period 1960-77. The survey was performed by a group of professors from the Department of Social Medicine of the \"Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo\", public health physicians and medical students. Data were obtained directly from the patient\'s records and registered on a pre-coded form. Cases of H.influenzae meningitis were confirmed by culture while S.pneumoniae cases were confirmed by gram stain and/or culture of the cerebrospinal fluid (CSP). The cases of gram negative bacillary meningitis were divided into three groups. The first included the cases that were diagnosed by gram stain and culture; the second, the cases where salmonella species were isolated in the culture: and the third, the cases where the presence of other Enterobacteriaceae were identified. The districts of the city of São Paulo were grouped in three ways: two corresponding to the homogenous areas specified by the \"Fundação SEADE\", and the third one based on the distribution of the economically active population according to its participation in the different branches of economic activity. The population of São Paulo by districts included in the study was estimated by the modified geometric method. During the study, 900 cases ot H. influenzae meningitis were confirmed, giving an average rate ot 0.89 cases per 100,000 population. Children <5 years old represented 91 per cent ot the cases, 63 per cent of them being less than one year old . The average rate for children <1 year old was 23.3 cases per 10O,OOO population. The average case fatality rate for the period 1960-77 was 31 per cent . The hightest case fatality rate ocurred in children <1 year old and was 40 per cent . The central, intermediate and peripheria zones didn\'t show significant different rates of incidence. The age standartized morbidity rates for these zones were, respectively, 0.8, 0.8 and 0.9. During 1960-77, 1,951 cases of S.pneumoniae meningitis were confirmed, giving an average rate of 1.9 per 100,000 population. Children <5 years old accounted for 52.4 per cent ot cases and 38.5 per cent were <l year old. The average rates for children <1 year of age were 37.1 and 29.7 per 100,000 population, for the periods of 1960-69 and 1970- 77, respectively. The incidence rate for the peripheria zone -2.2 per 100000 population- pratically doubled the rate for the central area- 1.2 per 100000 population- in the 1960\'s. The age standardized rates were 1.6, 1.5 and 2.0 tor central, intermediate, and peripheric zones, respectively. In the 1970\'s these rates were 1.4, 1.5 and 2.0. The average case fatality rate for the period was 46.9 per cent , which inversely proportional to the number ot CSF leucocytes at first examination. For children <1 year old, the case tatality rate was 60 per cent during the same period. Two hundred ninety cases of Salmonella meningitis were indentitied during the study, 10 per cent of them during the first decade. The average rate was 0.3 cases per 100,000 population. S. typhimurium was the most frequently isolated species, with 112 cases. Children <1 year old represented 91 per cent of the cases and 52 per cent ot these ocurred in children <3 months of age. The averages rates of incidence in the different zones didn\'t show statistically significant differences. The average case fatality rate was 87 per cent children <1 year old had a rate of 89 per cent . During the study period, 211 cases of meningites by other Enterobacteriaceae were indentified , giving an average rate of 0.2 per 100,000. Almost one-third of these cases ocurred in the first decade of the study period. The genus Escherichia and the genus Enterobacter were the most frequent, being responsible for 32 per cent of the cases. For children under one year 1 the rates were 4.0 and 4.5 for the periods of 1960-69 and 1970-77, respectively, representing 57 per cent of the total of cases. The average case fatality rate was 65 per cent , the hightest being among persons >60 years old. The rates of incidence by zone didn\'t show significant differences. The epidemiology of gram-negative bacillary meningitis was distinct from that of H.influenzae meningitis and meningitis due to the Enterobacteriaceae, giving evidence of being composed by a mixture of agents. In the same period, 25,455 cases of bacterial meningitis were identified, giving an average rate of 25 cases per 100,000 population. This rate would be 36.0 per 100,000 if we added the cases ot bacterial meningitis of unknown etiology. This represents one case per 2,782 inhabitants. N. meningitidis meningitis was the most frequent etiologic agent representing 84 per cent of the total, giving an average rate of 21 per 100,000. From 1960-69, 2,657 cases ocurred, giving an average rate of 5,4. The three principal etiologies were responsible for 89 per cent of cases. During the next eight years, 90 per cent of cases of meningitis were meningococcal. In year of 19/4, during the peak of the meningoccocal meningitis epidemic, 18,069 cases of meningitis were identified, representing a rate of 264 per 100,000. Put another way, 1 in 379 inhabitants developed menngitis.
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Epidemiologia das meningites bacterianas por Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae e enterobactérias no município de São Paulo, 1960-77 / Epidemiology of bacterial meningitis by Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae and enterobacteria in the city of São Paulo, 1960-77José Cassio de Moraes 06 July 1988 (has links)
As meningites bacterianas constituem um sério problema de Saúde Pública em todo mundo, por sua incidência, sua letalidade e pela frequência das sequelas que os sobreviventes apresentam. Os agentes etiológicos Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis e Streptococcus pneumoniae são responsáveis por cerca de 60 a 80 por cento dos casos. O presente estudo tem como objetivo conhecer o comportamento epidemiológico das meningites por H.influenzae, S. pneumoniae e por bacilos Gram-negativo, especialmente as enterobactérias 1 no Município de São Paulo no pertodo 1960- 77. O levantamento foi realizado por uma equipe formada por professores do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, por médicos sanitaristas e por acadêmicos de medicina. Os dados, colhidos diretamente do prontuário dos pacientes, foram anotados em uma ficha pré-codificada. A meningite por H.influenzae somente foi confirmada quando se identificava o agente na cultura. A confirmação da meningite por S.pneumoniae se dava pela bacterioscopia e/ou pela cultura do líquor. As meningites por bacilo Gram-negativo foram subdivididas em 3 grupos. No primeiro, incluíram-se os casos em que a bacterioscopia e/ou cultura revelaram a presença de um bacilo Gram-negativo sem, contudo, haver a especificação do agente. No segundo, classificaram-se os casos em que, na cultura, foi isolada uma bactéria do gênero Salmonella. O último grupo correspondeu áquele em que se identificou a presença de uma outra enterobactéria. Os subdistritos ou distritos do Municipio de São Paulo foram agrupados de 3 maneiras. As duas primeiras corresponderam às 3 ou 6 áreas homogêneas especificadas pela Fundação SEADE. A última se baseou na distibuição da população economicamente ativa segundo sua participação nos diferentes setores da economia. A população dos subdistritos e distritos do Município de São Paulo segundo faixa etária para os anos compreendidos no estudo foi estimada pelo método geométrico modificado. No período estudado foram confirmados 900 casos de meningite por H.influenzae com um coeficiente médio de 0,89 por 100000 habitantes. Os menores de 5 anos contribuíram com 91,2 por cento dos casos, dos quais 63 por cento eram em menores de um ano. O coeficiente médio para menores de um ano foi de 23,3 por 100000 habitantes. As zonas central, intermediária e periférica não apresentaram incidências significantemente diferentes. Os coeficientes de morbidade padronizados segundo idade foram 0,8, 0,8 e 0,9 para as zonas central, intermediária e periférica, respectivamente. A letalidade média no período de 1960-77 foi de 31 por cento . As crianças menores de um ano apresentaram a maior taxa de letalidade, 40 por cento . No período 1960-77 foram confirmados 1951 casos de meningite por S.pneumoniae com um coeficiente médio de 1,9 por 100000 habitantes. As crianças menores de 5 anos contribuíram com 52 por cento dos casos dos quais 38.5 por cento eram menores de um ano. Os coeficientes médio por 100000 habitantes, para os menores de um ano, foram 37,1 e 29,7 para 1960-69 e 1970-77, respectivamente. A incidência por 100000 habitantes na zona periférica (2,2) na primeira década foi, praticamente, o dobro da zona central, (1,2). Os coeficientes padronizados segundo idade foram 1,6, 1,5 e 2,0 para as zonas central, intermediária e periférica, respectivamente. No período seguinte estes valores foram 1,4, 1,5 e 2,0. A letalidade média no período foi de 44 por cento . Ela foi inversamente proporcional ao número de leucócitos no llquor de entrada. A letalidade na faixa etária menores de um ano foi de 60 por cento no período estudado. No período estudado foram identificados 290 casos de meningite por Salmonella dos quais 10 por cento o foram na primeira década. O coeficiente médio por 100000 habitantes foi de 0,3. A S.typhimurium foi a espécie mais frequente com 112 casos. Os menores de um ano contribuíram com 91 por cento dos casos, dos quais 52 por cento ocorreram no primeiro trimestre de vida. A incidência média por zona não mostrou diferencas estatisticamente significantes. A letalidade média foi de 87 por cento . Os menores de um ano apresentaram um valor ainda maior, 89 por cento . No período estudado foram identificados 211 casos de meningite por outras enterobactérias com um coeficiente médio de 0,2. A primeira década contribuiu com 32 por cento dos casos. Os gêneros Escherichia e Enterobacter foram os mais frequentes sendo responsáveis por 71 por cento dos casos. Os menores de um ano contribuiram com 57 por cento dos casos, com coeficiente de 4.0 e 4.5 para os períodos 1960-69 e 1970-77 respectivamente. A letalidade média foi de 65 por cento sendo o grupo etário maior de 60 anos o de maior letalidade. A incidência por zona não diferiu significantemente. A meningite por bacilo Gram-negativo apresentou um comportamento epidemiológico distinto da meningite por H.influenzae e das enterobactérias, revelando ser composto por uma miscelânea de agentes. No período de estudo foram identificados 25455 casos de meningite bacteriana, com coeficiente médio de 25 por 100000 habitantes. O coeficiente passaria a ser de 36 por 100000 habitantes se acrecentássemos as meningites bacterianas de etiologia indeterminada. Este índice representou 1 caso para 2782 habitantes. A meningite por N.meningitidis ocupou o primeiro lugar, com 84 por cento dos casos e um coeficiente médio de 21 por 100000. Na primeira década ocorreram 2657 casos, com um coeficiente médio de 5,4 por 100000 habitantes. As três principais etiologias foram responsáveis por 89 por cento dos casos. No octênio seguinte a meningite por meningococo foi responsável por 90 por cento dos casos. No ano de 1974, acme da epidemia de meningite meningocócica, foram identificados 18069 casos de meningite representando um coeficiente de 264 por 100000. Este valor representaria que 1 em cada 379 habitantes foi acometido pela doença naquele ano. / Bacterial meningitis is an intectious disease of major public health throughout the world because of its high incidence and case fatality rates and the permanent sequelae that are seen in the survivors. Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis and Streptococcus pneumoniae are the etiologic agents responsible for 60 to 80 per cent of cases. The purpose of this study is to better understand the epidemiology of meningitis caused by H. influenzae, S. pneumoniae and gram-negative bacilli, especially, the Enterobacteriaceae, in the city of São Paulo during the period 1960-77. The survey was performed by a group of professors from the Department of Social Medicine of the \"Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo\", public health physicians and medical students. Data were obtained directly from the patient\'s records and registered on a pre-coded form. Cases of H.influenzae meningitis were confirmed by culture while S.pneumoniae cases were confirmed by gram stain and/or culture of the cerebrospinal fluid (CSP). The cases of gram negative bacillary meningitis were divided into three groups. The first included the cases that were diagnosed by gram stain and culture; the second, the cases where salmonella species were isolated in the culture: and the third, the cases where the presence of other Enterobacteriaceae were identified. The districts of the city of São Paulo were grouped in three ways: two corresponding to the homogenous areas specified by the \"Fundação SEADE\", and the third one based on the distribution of the economically active population according to its participation in the different branches of economic activity. The population of São Paulo by districts included in the study was estimated by the modified geometric method. During the study, 900 cases ot H. influenzae meningitis were confirmed, giving an average rate ot 0.89 cases per 100,000 population. Children <5 years old represented 91 per cent ot the cases, 63 per cent of them being less than one year old . The average rate for children <1 year old was 23.3 cases per 10O,OOO population. The average case fatality rate for the period 1960-77 was 31 per cent . The hightest case fatality rate ocurred in children <1 year old and was 40 per cent . The central, intermediate and peripheria zones didn\'t show significant different rates of incidence. The age standartized morbidity rates for these zones were, respectively, 0.8, 0.8 and 0.9. During 1960-77, 1,951 cases of S.pneumoniae meningitis were confirmed, giving an average rate of 1.9 per 100,000 population. Children <5 years old accounted for 52.4 per cent ot cases and 38.5 per cent were <l year old. The average rates for children <1 year of age were 37.1 and 29.7 per 100,000 population, for the periods of 1960-69 and 1970- 77, respectively. The incidence rate for the peripheria zone -2.2 per 100000 population- pratically doubled the rate for the central area- 1.2 per 100000 population- in the 1960\'s. The age standardized rates were 1.6, 1.5 and 2.0 tor central, intermediate, and peripheric zones, respectively. In the 1970\'s these rates were 1.4, 1.5 and 2.0. The average case fatality rate for the period was 46.9 per cent , which inversely proportional to the number ot CSF leucocytes at first examination. For children <1 year old, the case tatality rate was 60 per cent during the same period. Two hundred ninety cases of Salmonella meningitis were indentitied during the study, 10 per cent of them during the first decade. The average rate was 0.3 cases per 100,000 population. S. typhimurium was the most frequently isolated species, with 112 cases. Children <1 year old represented 91 per cent of the cases and 52 per cent ot these ocurred in children <3 months of age. The averages rates of incidence in the different zones didn\'t show statistically significant differences. The average case fatality rate was 87 per cent children <1 year old had a rate of 89 per cent . During the study period, 211 cases of meningites by other Enterobacteriaceae were indentified , giving an average rate of 0.2 per 100,000. Almost one-third of these cases ocurred in the first decade of the study period. The genus Escherichia and the genus Enterobacter were the most frequent, being responsible for 32 per cent of the cases. For children under one year 1 the rates were 4.0 and 4.5 for the periods of 1960-69 and 1970-77, respectively, representing 57 per cent of the total of cases. The average case fatality rate was 65 per cent , the hightest being among persons >60 years old. The rates of incidence by zone didn\'t show significant differences. The epidemiology of gram-negative bacillary meningitis was distinct from that of H.influenzae meningitis and meningitis due to the Enterobacteriaceae, giving evidence of being composed by a mixture of agents. In the same period, 25,455 cases of bacterial meningitis were identified, giving an average rate of 25 cases per 100,000 population. This rate would be 36.0 per 100,000 if we added the cases ot bacterial meningitis of unknown etiology. This represents one case per 2,782 inhabitants. N. meningitidis meningitis was the most frequent etiologic agent representing 84 per cent of the total, giving an average rate of 21 per 100,000. From 1960-69, 2,657 cases ocurred, giving an average rate of 5,4. The three principal etiologies were responsible for 89 per cent of cases. During the next eight years, 90 per cent of cases of meningitis were meningococcal. In year of 19/4, during the peak of the meningoccocal meningitis epidemic, 18,069 cases of meningitis were identified, representing a rate of 264 per 100,000. Put another way, 1 in 379 inhabitants developed menngitis.
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Meningites Bacterianas Agudas em crianças e adolescentes: Fatores de risco para óbito ou seqüelas precocesNEVES, Jane Marcia Brito das 26 November 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-11-26 / Objetive: To identify possible risk factors associate with poor prognosis among children and teenagers with acute bacterial meningitis Methods: Prevalence study with casecontrol
analysis by review of medical records of patients aged 1 month to 19 years admitted to Tropical Disease Hospital in Goiânia Goiás with acute bacterial meningitis from 1 january 1998 to 31 december 2001 Patients who died or had one or more neurological sequelae at discharge were cosidered cases and patients with the same diagnosis but discharged with healthy recoveries as controls Risk factors for adverse
outcome such as age sex proceeding area period between onset of symptoms and hospital admission history of antibiotic use etiologic agent meningeous signs level of consciousness convulsion circulatory and respiratory distress and laboratory values including peripheral white blood cels counts cerebrospinal fluid (CSF) protein level CSF glucose level and CSF white blood cels count were analysed Univariate analysis and logistics regression was used to evaluate the association between death or neurologic sequelae (depedents variables) and each risk factors (independent variable) Results: Of
the 409 children and 117 teenagers admitted during the period of study 430 discharged with healthy recoveries 43 (8,2%) died and 53 (10,1%) had at least one sequelae at
discharge (motor deficit, seizure hydrocephalus hearing impairment, cranial nerve deficits cerebral palsy and ataxia) Age < 24 months circulatory and respiratory distress torpor or coma seizure absence of meningeous signs proceeding area and peripheral white blood cels count < 5000/ mm³ were associated with poor prognosis However, age <24 months respiratory distress and torpor or coma were independently associated with adverse outcome Conclusion: Age < 24 months respiratory distress and torpor or coma were the main risk factors independently associated with poor prognosis Early
identification of the all risk factors is very important to select the patients who need special care during of stay in hospital and after discharge at least until school age / Objetivo: Identificar os possíveis fatores de risco associados à evolução desfavorável em crianças e adolescentes com meningite bacteriana aguda (MBA) Casuística e métodos:
Estudo de prevalência com análise tipo caso-controle mediante revisão dos prontuários de pacientes com idade de 1 mês a 19 anos internados com MBA no Hospital de Doenças
tropicais (HDT) em Goiânia-Goiás durante o período de janeiro de 1998 a dezembro de 2001 Foram considerados casos os pacientes que faleceram ou apresentaram seqüelas
evidentes na alta atribuíveis a MBA (n = 96) e controles os pacientes que receberam alta aparentemente com total recuperação (n = 430) Como possíveis fatores de risco para
evolução desfavorável foram analisadas as variáveis: idade sexo procedência tempo de doença até a internação uso prévio de antibiótico agente etiológico sinais meníngeos
nível de consciência ocorrência de convulsão de disfunção cardiorrespiratória e de alterações laboratoriais referentes a leucometria glicorraquia proteinorraquia e celularidade liquórica A análise univariada e a de regressão logística foram utilizadas para avaliar a associação entre evolução fatal e seqüela neurológica diagnosticada na alta (variáveis dependentes) e cada fator considerado como de risco (variáveis independentes) Resultados: Das 409 crianças e 117 adolescentes com MBA que participaram do estudo 430 evoluíram para cura (81,7%) sem seqüelas aparentes 43 (8,2%) faleceram e 53 (10,1%) apresentaram pelo menos uma seqüela evidente na alta: déficit motor em 23 (43,4%) convulsão em 21 (39,6%) hidrocefalia em 9 (17%) hipoacusia em 7 (13,2%) ptose palpebral em 4 (7,5%), estrabismo em 3 (5,7%) diplopia em 2 (3,8%) ataxia paralisia cerebral, e paralisia facial em 1 (2%) paciente Idade < 2 anos disfunção
cardiorrespiratória torpor ou coma convulsão ausência de sinais meníngeos procedência e leucopenia foram os fatores de risco associados a mau prognóstico No entanto idade < 2
anos disfunção respiratória e torpor ou coma mostraram-se independentemente associados com óbito e seqüelas Conclusões: Idade < 2 anos disfunção respiratória e torpor ou
coma foram os principais fatores de risco associados independentemente a mau prognóstico A identificação precoce de todos fatores de risco associados a óbito ou
seqüelas é importante para a seleção de pacientes que necessitam de cuidados especiais para sustentação das funções vitais durante a internação bem como de acompanhamento após a alta sobretudo até a idade escolar
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Implante auditivo de tronco encefálico em pacientes com perda auditiva neurossensorial profunda por meningite e ossificação coclear total bilateral / Auditory brainstem implant in patients with post-meningitis profound sensorineural hearing loss and totally ossified cochleaeMalerbi, Andréa Felice dos Santos 01 June 2017 (has links)
Introdução: O implante auditivo de tronco encefálico (ABI) é indicado para pacientes com perda auditiva neurossensorial severa a profunda quando há impossibilidade de realização do implante coclear. Em pacientes com surdez por meningite e ossificação coclear total bilateral, o ABI é a opção para a reabilitação auditiva. Objetivos: O estudo tem por objetivo avaliar a contribuição do ABI para os limiares audiométricos e para a percepção de fala após no mínimo 12 meses de uso em pacientes com ossificação coclear total por surdez pós-meningite, bem como descrever as complicações do procedimento. Material e métodos: Dez pacientes com surdez pósmeningite foram submetidos ao ABI por via retrolabiríntica ampliada em um centro terciário de assistência e ensino. Todos os pacientes foram operados pela mesma equipe cirúrgica e a avaliação audiológica foi realizada pelo mesmo fonoaudiólogo. Foram realizados audiometria tonal e testes de percepção de fala no pré-operatório e no mínimo 12 meses após a ativação do implante. Foram descritas as complicações associadas ao procedimento. Resultados: Oito de dez pacientes implantados permaneceram usuários. Dois pacientes não apresentaram respostas auditivas e abandonaram o seguimento. Os oito pacientes apresentaram melhora estatisticamente significativa nos limiares audiométricos, bem como nos testes de discriminação de palavras e vogais comparando pré e pós-operatório com média de seguimento de 3,3 anos. Em dois pacientes, a discriminação de sentenças em formato fechado somente no modo auditivo foi de 30% e 40%. Todos os oito usuários referiram benefício com o uso do ABI. Não houve complicações relacionadas ao procedimento. Conclusão: O ABI via retrolabiríntica ampliada é uma opção terapêutica segura para pacientes com surdez pós-meningite e com presença de ossificação coclear total bilateral, contribuindo para melhora nos limiares audiométricos e nos testes de percepção de fala. Embora a melhora nos testes audiológicos seja inferior à do implante coclear, a maioria dos pacientes do estudo usa o ABI diariamente por um período superior a 8 horas e refere benefício em seu cotidiano / Introduction: The Auditory Brainstem Implant (ABI) is an option to auditory restoration in patients with severe to profound sensorineural hearing loss who cannot be fitted with a cochlear implant. This is the only option in patients with post meningitis hearing loss presenting with bilateral total cochlear ossification. Objectives: The main objective of the study is to evaluate the hearing contribution in audiometry and speech perception tests at least 12 months after ABI implantation in patients with post-meningitis profound hearing loss. The complications of the procedure were also described. Materials and Methods: Ten patients with post-meningitis hearing loss went an ABI through extended retrolabyrinthine approach in a tertiary center by the same surgeons. The same audiologist was responsible for audiological follow-up. Tonal audiometry and speech perception tests were made before and at least 12 months after the ABI activation. The procedure complications were described for all patients. Results: Eight of ten patients became ABI users. Two patients had no auditory response and abandoned the treatment. Eight users showed benefit in tonal audiometry, word and vowels perception tests after an average follow up of 3.3 years. Two patients were able to recognize 30 and 40% of closed sentences without lip reading. There were no complications due to the ABI procedure. Conclusion: The extended retrolabyrinthine approach for the ABI is a safe surgical option for patients with post-meningitis hearing loss and totally ossified cochleae. It contributes to hearing performance in audiometry and speech perception tests. Even though the ABI results are poorer than the cochlear implants, in this study the majority of patients use their ABI more than eight hours a day and report benefits in daily activities
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Implante auditivo de tronco encefálico em pacientes com perda auditiva neurossensorial profunda por meningite e ossificação coclear total bilateral / Auditory brainstem implant in patients with post-meningitis profound sensorineural hearing loss and totally ossified cochleaeAndréa Felice dos Santos Malerbi 01 June 2017 (has links)
Introdução: O implante auditivo de tronco encefálico (ABI) é indicado para pacientes com perda auditiva neurossensorial severa a profunda quando há impossibilidade de realização do implante coclear. Em pacientes com surdez por meningite e ossificação coclear total bilateral, o ABI é a opção para a reabilitação auditiva. Objetivos: O estudo tem por objetivo avaliar a contribuição do ABI para os limiares audiométricos e para a percepção de fala após no mínimo 12 meses de uso em pacientes com ossificação coclear total por surdez pós-meningite, bem como descrever as complicações do procedimento. Material e métodos: Dez pacientes com surdez pósmeningite foram submetidos ao ABI por via retrolabiríntica ampliada em um centro terciário de assistência e ensino. Todos os pacientes foram operados pela mesma equipe cirúrgica e a avaliação audiológica foi realizada pelo mesmo fonoaudiólogo. Foram realizados audiometria tonal e testes de percepção de fala no pré-operatório e no mínimo 12 meses após a ativação do implante. Foram descritas as complicações associadas ao procedimento. Resultados: Oito de dez pacientes implantados permaneceram usuários. Dois pacientes não apresentaram respostas auditivas e abandonaram o seguimento. Os oito pacientes apresentaram melhora estatisticamente significativa nos limiares audiométricos, bem como nos testes de discriminação de palavras e vogais comparando pré e pós-operatório com média de seguimento de 3,3 anos. Em dois pacientes, a discriminação de sentenças em formato fechado somente no modo auditivo foi de 30% e 40%. Todos os oito usuários referiram benefício com o uso do ABI. Não houve complicações relacionadas ao procedimento. Conclusão: O ABI via retrolabiríntica ampliada é uma opção terapêutica segura para pacientes com surdez pós-meningite e com presença de ossificação coclear total bilateral, contribuindo para melhora nos limiares audiométricos e nos testes de percepção de fala. Embora a melhora nos testes audiológicos seja inferior à do implante coclear, a maioria dos pacientes do estudo usa o ABI diariamente por um período superior a 8 horas e refere benefício em seu cotidiano / Introduction: The Auditory Brainstem Implant (ABI) is an option to auditory restoration in patients with severe to profound sensorineural hearing loss who cannot be fitted with a cochlear implant. This is the only option in patients with post meningitis hearing loss presenting with bilateral total cochlear ossification. Objectives: The main objective of the study is to evaluate the hearing contribution in audiometry and speech perception tests at least 12 months after ABI implantation in patients with post-meningitis profound hearing loss. The complications of the procedure were also described. Materials and Methods: Ten patients with post-meningitis hearing loss went an ABI through extended retrolabyrinthine approach in a tertiary center by the same surgeons. The same audiologist was responsible for audiological follow-up. Tonal audiometry and speech perception tests were made before and at least 12 months after the ABI activation. The procedure complications were described for all patients. Results: Eight of ten patients became ABI users. Two patients had no auditory response and abandoned the treatment. Eight users showed benefit in tonal audiometry, word and vowels perception tests after an average follow up of 3.3 years. Two patients were able to recognize 30 and 40% of closed sentences without lip reading. There were no complications due to the ABI procedure. Conclusion: The extended retrolabyrinthine approach for the ABI is a safe surgical option for patients with post-meningitis hearing loss and totally ossified cochleae. It contributes to hearing performance in audiometry and speech perception tests. Even though the ABI results are poorer than the cochlear implants, in this study the majority of patients use their ABI more than eight hours a day and report benefits in daily activities
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