Spelling suggestions: "subject:"metais dde base."" "subject:"metais dee base.""
1 |
Mineralizações low-e intermediate sulfidation de ouro e de metais de base em domos de riolito paleoproterozóicos na porção sul da provincia mineral do Tapajós / not availableTokashiki, Cláudia do Couto 26 June 2015 (has links)
Essa tese teve como objetivo o estudo das mineralizações de ouro e metais base do Projeto Coringa, localizado na porção sudoeste da Província Mineral do Tapajós, no Cráton Amazônico. A mineralização é composta por diversos veios e zonas de vênulas hospedadas em zonas de falhas em vulcânicas e vulcanoclásticas félsicas cálcio-alcalinas de ca. 1,97 Ga, anteriomente consideradas como pertencentes ao Grupo Uatumã. O estudo permitiu a caracterização de unidades vulcânicas riolíticas, incluindo grandes volumes de rochas vulcanoclásticas e epiclásticas, bem como corpos de andesitos, dacitos e riodacitos, de granitos granofíricos e de pórfiros de composições e idades diversas. Como embasamento das rochas supracrustais foram identificados granitos e granodioritos plutônicos de idade de ca 2,0 Ga. As rochas vulcânicas constituem predominantemente domos de riolito com raros derrames associados e, subordinadamente, diques. Geoquimicamente foram caracterizados como formados em ambiente de margem continental ativa por magmas originados predominantemente na crosta inferior, com possíveis contaminações crustais. Dois conjuntos de riolitos foram identificados, nomeados como Riolito I e Riolito II. O primeiro, de idade de cristalização variando entre 1975 e 1967 Ma (U?Pb SHRIMP em zircão), se caracteriza por sua cor escura, predominantemente negra. Esses compõem predominante os domos. O Riolito II, de idade de ca. 1966 Ma (U-Pb SHRIMP em zircão), é rico em lithophysae e tem cores marrom-avermelhadas e ocorrem predominantemente como diques. As rochas vulcanoclásticas são predominantemente brechas e aglomerados vulcânicos, lapilli-tufos e tufos líticos e de cristais. Subordinadamente foram verificados corpos de welded-tuffs reológicamente deformados formados por fluxos de ignimbritos. Nas vulcanoclásticas predominam fragmentos de riolitos, com ocorrência de um dos tipos de riolito em alguns depósitos ou de ambos em outros, mas também estão presentes fragmentos de rochas hidrotermalizadas e, mais raramente, de rochas andesíticas, dacíticas e riodacíticas. Os cristais e fragmentos de cristais são predominantemente de feldspato potássico e de quartzo, comumente com relíquias de hábito bipiramidado e com fraturas conchoidais resultantes de atividades explosivas. A matriz foi muitas vezes vítrea, conforme atestado pelas texturas esferulíticas cristalizadas. Uma idade U-Pb SHRIMP em zircão obtido para essas rochas resultou em ca. 1966 Ma. As rochas vulcânicas e vulcanoclásticas estudadas foram anteriormente cartografadas como pertencentes ao Grupo Iriri, mas as idades indicam que esse evento vulcânico antecedeu esse magmatismo em pelo menos 90 Ma. Três tipos dos pórfiros foram idenficados, com composições variando de riolítica a riodacítica, com granulação grossa a fina e com matriz muito fina a afanítica. Esses se associam a estruturas circulares menores em planta, com fraturas radiadas, sugerindo comporem pequenos stocks. Suas idades de cristalização variam entre 1959 e 1980 Ma (U-Pb SHRIMP em zircão), indicando, dentro dos erros, formação contemporânea ao mesmo evento que gerou as rochas vulcânicas. Entretanto, as variações composicionais e geoquímicas sugerem fontes de magmas distintas. Em alguns corpos observam-se xenólitos de vulcânicas e de granito granofírico fino, assim como fragmentos de pórfiros nas rochas vulcanoclásticas, indicando ter havido diversos estágios de intrusão de pórfiros na região. Também ocorrem diversos corpos de granitos intrusivos nas sequências vulcânicas, mas outros corpos parecem ser anteriores ao vulcanismo. Suas idades variam entre 1959 e 1980 Ma (U-Pb SHRIMP em zircão). O principal corpo formado por granito é granofírico com abundantes cavidades miarolíticas, indicando ambiente crustal de colocação rasa. Um corpo de granodiorito de granulação grossa, de idade semelhante (ca. 1955 Ma, U-Pb SHRIMP em zircão), com características típicas de ambiente de cristalização mais profundo, foi também identificado na área. Essas rochas constam nos mapas geológicos como pertencentes às suítes Parauari e Maloquinha, mas as idades são mais antigas que as das rochas da Suite Intrusiva Parauari, e suas características geoquímicas cálcio-alcalinas e as idades não permitem correlações com as rochas da Suíte Intrusiva Maloquinha. O embasamento das unidades vulcânicas na região consta nos mapas geológicos como sendo formado por rochas da Suite Intrusiva Parauari e, mais a sudoeste, aflorariam rochas da Suíte Intrusiva Creporizão, formada basicamente por tonalitos e granodioritos. No entanto, no embasamento das rochas vulcânicas foram identificados granitos finos cinzas a levemente rosados, com idades variando de ca. 2123 Ma a ca. 2023 Ma (U-Pb SHRIMP em zircão), também mais antigas que as unidades previamente consideradas, além de granodioritos. Os pórfiros, as rochas vulcânicas e vulcanoclásticas, e em menor grau os granitos, foram hidrotermalizados em extensos sistemas hidrotermais, tendo sido reconhecidas zonas com metassomatismo potássico e alterações propilítica, sericítica (por vezes com adulária) e argílicas, além de carbonatização com calcita manganesífera e silicificação, todas em intensidades muito variadas. Nas zonas mineralizadas e nas suas proximidades, a alteração hidrotermal é, tipicamente, representada por forte alteração sericítica, com carbonatos subordinados em algumas áreas. As mineralizações se associam predominantemente com forte alteração sericítica com adulária, silicificação, sulfetização e, mais localmente, carbonatização. As alterações hidrotermais nos riolitos e nas rochas vulcanoclásticas e, em parte, também nos pórfiros, ocorrem nos estilos pervasivo e, principalmente, fissural. O metassomatismo potássico foi caracterizado pela associação de feldspato potássico + biotita secundária ± quartzo, a alteração propilítica por clorita + epidoto + quartzo + albita ± carbonatos ± pirita, a alteração sericítica por quartzo + sericita + sulfetos ou quartzo + sericita + adulária, a alteração argílica por argilo-minerais com com illita predominante, a alteração carbonática pela calcita manganesífera e a sulfetização por pirita predominante, com calcopirita, bornita, calcocita, esfalerita e galena subordinados. Entretanto, pode haver concentração de um ou mais desses minerais em algumas áreas ou veios. A mineralização de ouro e de metais de base ocorre predominantemente em veios e vênulas de quartzo estruturalmente controlados por falhas rúpteis. Apresenta caráter polimetálico polifásico, tendo comumente a associação galena + pirita + calcopirita ± esfalerita ± ouro ± electrum ± prata. Os veios mineralizados parecem se concentrar nos domos do Riolito I e nas suas proximidades, o que, conjuntamente com o tipo epitermal da mineralização, sugere uma relação genética entre a formação dos domos e a intrusão dos pórfiros com a deposição dos metais preciosos e de base. Entretanto, diques do Riolito II hidrotermalizados podem também ocorrer associados às mineralizações. Adicionalmente, zonas de stockworks intensamente hidrotermalizadas e com indícios de sulfetos de metais de base estão presentes na área, sugerindo também potencial para ocorrência de mineralizações do tipo pórfiro nesse evento magmático datado em ca. 1,97 Ga. A mineralogia, os modos de ocorrência, a associação com as hospedeiras, os zonamentos e a evolução fluidal são típicas de sistemas magmáticos-hidrotermais epitermais rasos. A presença de adulária nas mineralizações permite caracterizar esses sistemas mineralizantes como epitermais low-sulfidation e a presença de carbonatos manganesíferos e a abundância de metais de base evidenciam gradações para sistemas intermediate-sulfidation. / This thesis had as objective the study of the gold and base metal mineralization of the Coringa Prospect, located in the southwest portion of the Tapajós Mineral Province in the Amazonian Craton. The mineralization is hosted in a fault zone with vein and veinlets associated to volcanic and volcanoclastic calc-alkaline rocks with ca. 1.97 Ga, before considered related to the Uatuma Group. This study allowed to characterize rhyolitic volcanic units, (including volcanoclastic and epiclastic components), as well as andesites, dacites and rhyodacites, granophyric granite, and porphyries of different composition and ages. Plutonic rocks ca. 2,0 Ga were identified, where granites and granodiorites represent the basement of this volcanic sequence. The volcanic rocks comprise predominantly rhyolite domes with associated unusual flows) and subordinate dikes. They were formed in active continental margin, with magmas generated predominantly in the lower crust, with possible crustal contamination. Two sets of rhyolites have been identified, named Rhyolite I and Rhyolite II. The first occurs as domes, and is characterized by its dark color, predominantly black, and has U-Pb SHRIMP ages in zircon between 1975 and 1967 Ma.. The Rhyolite II, whose age is ca. 1966 Ma, occurs in dikes, is enriched in lithophysae and it has reddish-brown color. The volcaniclastic rocks encompass breccias, volcanic agglomerates, lapilli-tuff and tuff with lithic and crystal fragments and, subordinate, rheologically-deformed welded tuffs by ignimbrite flows. The rhyolite fragments predominate in the volcanoclastic rocks, with occurrence of one type of rhyolite in some deposits or both in others. Fragments of hydrothermally altered rocks and, more rarely, of andesitic, dacitic and rhyodacitic rocks and porphyries have been also recognized. The crystals and crystal fragments are predominantly of potassic feldspar and quartz, often with remains as result of explosive activities. The groundmass is proven by spherulitic textures. An U-Pb SHRIMP age in zircon obtained for these rocks resulted in ca. 1966 Ma. Volcanic and volcanoclastic rocks, before considered related to Iriri Group, show ages 90 Ma older than this volcanic event. Three porphyry samples were dated, varying from rhyolitic to rhyodacitic, coarse to fine-grained and aphanitic matrix. They are associated to small circular structures, with radial fractures, suggesting the presence of small stocks. Crystallization ages between 1959 and 1980 Ma (U-Pb SHRIMP in zircon), indicate, within the age errors, that the porphyries and volcanic rocks are coeval and may be formed in the same event. However, the compositional variations and geochemistry data suggest different sources. In some bodies is possible to find xenoliths of volcanics and fine-grained granophyric granite. Also were described porphyry fragments in volcaniclastic rocks and as intrusions in fine-grained granophyric granite, indicating different events of porphyry intrusion in the region. Several bodies of granitic intrusive rocks in the volcanic sequences have been also characterized, and their ages vary between 1959 and 1980 Ma (U-Pb SHRIMP in zircon). The main granophyric granite body with abundant miarolitic cavities indicates its emplacement in shallow crustal environment. A coarse-grained granodiorite of similar age (ca. 1955 Ma, U-Pb SHRIMP in zircon), shows typical characteristics that reflect emplacement in deep crustal environment. These rocks of this region were considered as part of the Parauari and Maloquinha suites, but their ages indicate that these rocks are older than those suites and their calc-alkaline geochemistry patterns and age do not allow correlation with the rocks of Maloquinha suite. The basement of the volcanic units has been previously attributed to the Parauari Intrusive Suite and to the Creporizão Intrusive Suite, composed mainly of tonalite and granodiorite. However, in the Coringa area, the basement is represented by fine-grained, gray to pinkish granite with ages ranging from ca. 2123 Ma to ca. 2023 Ma, which are also older than the units previously considered. Porphyries, volcanics, volcanoclastics and granites were altered by hydrothermal fluids in different type and styles, including potassium metasomatism, propylitic, sericitic (sometimes with adularia) and argillic alteration. Also were identified carbonate with manganoan calcite and variable intensity of silicification. At mineralization zones and in its vicinity, hydrothermal alteration is typically represented by strong sericitic alteration, with carbonates in some places. The mineralized zones are associated with sericitic alteration (with adularia), silicification, sulfidization and carbonation. Hydrothermal alteration occurs in pervasive style, but mainly in fissural style, and it is associated to both types of rhyolites and volcanoclastic rocks, and partially affects the porphyry lithotypes. Potassium metasomatism is evidenced by association of potassium feldspar + biotite ± quartz, propylitic alteration by chlorite + epidote + quartz + albite ± carbonate ± pyrite, sericitic alteration by quartz + sericite + quartz + sulfide or sericite + adularia, argillic predominantly with illite carbonate by manganoan calcite, silicification and sulfide formation, with chalcopyrite, bornite, chalcocite, sphalerite and garnet. The gold and base metal mineralization occurs predominantly in veins and quartz veinlets, which are structurally controlled by brittle faults. The mineralization is polymetallic and polyphasic, and commonly is represented by pyrite + galena + chalcopyrite ± sphalerite ± gold ± silver ± electrum. The mineralized veins seem to focus in the Rhyolite I domes and its neighbor areas, which, together with the type of epithermal mineralization suggest a genetic relationship between the formation of domes and the intrusion of porphyries with the precious and base metals deposition. However, dikes of Rhyolite II hydrothermalized occur associated to mineralization. Additionally, intense hydrothermally-altered stockwork zones with evidences of base metal mineralization have been identified, suggesting a potential for the occurrence of porphyry-type mineralization related to this ca. 1.97 Ga magmatic event. The mineralogy, the occurrence mode, the relationship with the host rocks, the zoning and fluid evolution are typical of shallow epithermal magmatic-hydrothermal systems. The presence of adularia in mineralization allows its classification as low-sulfidation epithermal. Additionally, the presence of manganoan carbonates and the abundance of base metals point to gradations to intermediate-sulfidation epithermal systems.
|
2 |
Mineralizações low-e intermediate sulfidation de ouro e de metais de base em domos de riolito paleoproterozóicos na porção sul da provincia mineral do Tapajós / not availableCláudia do Couto Tokashiki 26 June 2015 (has links)
Essa tese teve como objetivo o estudo das mineralizações de ouro e metais base do Projeto Coringa, localizado na porção sudoeste da Província Mineral do Tapajós, no Cráton Amazônico. A mineralização é composta por diversos veios e zonas de vênulas hospedadas em zonas de falhas em vulcânicas e vulcanoclásticas félsicas cálcio-alcalinas de ca. 1,97 Ga, anteriomente consideradas como pertencentes ao Grupo Uatumã. O estudo permitiu a caracterização de unidades vulcânicas riolíticas, incluindo grandes volumes de rochas vulcanoclásticas e epiclásticas, bem como corpos de andesitos, dacitos e riodacitos, de granitos granofíricos e de pórfiros de composições e idades diversas. Como embasamento das rochas supracrustais foram identificados granitos e granodioritos plutônicos de idade de ca 2,0 Ga. As rochas vulcânicas constituem predominantemente domos de riolito com raros derrames associados e, subordinadamente, diques. Geoquimicamente foram caracterizados como formados em ambiente de margem continental ativa por magmas originados predominantemente na crosta inferior, com possíveis contaminações crustais. Dois conjuntos de riolitos foram identificados, nomeados como Riolito I e Riolito II. O primeiro, de idade de cristalização variando entre 1975 e 1967 Ma (U?Pb SHRIMP em zircão), se caracteriza por sua cor escura, predominantemente negra. Esses compõem predominante os domos. O Riolito II, de idade de ca. 1966 Ma (U-Pb SHRIMP em zircão), é rico em lithophysae e tem cores marrom-avermelhadas e ocorrem predominantemente como diques. As rochas vulcanoclásticas são predominantemente brechas e aglomerados vulcânicos, lapilli-tufos e tufos líticos e de cristais. Subordinadamente foram verificados corpos de welded-tuffs reológicamente deformados formados por fluxos de ignimbritos. Nas vulcanoclásticas predominam fragmentos de riolitos, com ocorrência de um dos tipos de riolito em alguns depósitos ou de ambos em outros, mas também estão presentes fragmentos de rochas hidrotermalizadas e, mais raramente, de rochas andesíticas, dacíticas e riodacíticas. Os cristais e fragmentos de cristais são predominantemente de feldspato potássico e de quartzo, comumente com relíquias de hábito bipiramidado e com fraturas conchoidais resultantes de atividades explosivas. A matriz foi muitas vezes vítrea, conforme atestado pelas texturas esferulíticas cristalizadas. Uma idade U-Pb SHRIMP em zircão obtido para essas rochas resultou em ca. 1966 Ma. As rochas vulcânicas e vulcanoclásticas estudadas foram anteriormente cartografadas como pertencentes ao Grupo Iriri, mas as idades indicam que esse evento vulcânico antecedeu esse magmatismo em pelo menos 90 Ma. Três tipos dos pórfiros foram idenficados, com composições variando de riolítica a riodacítica, com granulação grossa a fina e com matriz muito fina a afanítica. Esses se associam a estruturas circulares menores em planta, com fraturas radiadas, sugerindo comporem pequenos stocks. Suas idades de cristalização variam entre 1959 e 1980 Ma (U-Pb SHRIMP em zircão), indicando, dentro dos erros, formação contemporânea ao mesmo evento que gerou as rochas vulcânicas. Entretanto, as variações composicionais e geoquímicas sugerem fontes de magmas distintas. Em alguns corpos observam-se xenólitos de vulcânicas e de granito granofírico fino, assim como fragmentos de pórfiros nas rochas vulcanoclásticas, indicando ter havido diversos estágios de intrusão de pórfiros na região. Também ocorrem diversos corpos de granitos intrusivos nas sequências vulcânicas, mas outros corpos parecem ser anteriores ao vulcanismo. Suas idades variam entre 1959 e 1980 Ma (U-Pb SHRIMP em zircão). O principal corpo formado por granito é granofírico com abundantes cavidades miarolíticas, indicando ambiente crustal de colocação rasa. Um corpo de granodiorito de granulação grossa, de idade semelhante (ca. 1955 Ma, U-Pb SHRIMP em zircão), com características típicas de ambiente de cristalização mais profundo, foi também identificado na área. Essas rochas constam nos mapas geológicos como pertencentes às suítes Parauari e Maloquinha, mas as idades são mais antigas que as das rochas da Suite Intrusiva Parauari, e suas características geoquímicas cálcio-alcalinas e as idades não permitem correlações com as rochas da Suíte Intrusiva Maloquinha. O embasamento das unidades vulcânicas na região consta nos mapas geológicos como sendo formado por rochas da Suite Intrusiva Parauari e, mais a sudoeste, aflorariam rochas da Suíte Intrusiva Creporizão, formada basicamente por tonalitos e granodioritos. No entanto, no embasamento das rochas vulcânicas foram identificados granitos finos cinzas a levemente rosados, com idades variando de ca. 2123 Ma a ca. 2023 Ma (U-Pb SHRIMP em zircão), também mais antigas que as unidades previamente consideradas, além de granodioritos. Os pórfiros, as rochas vulcânicas e vulcanoclásticas, e em menor grau os granitos, foram hidrotermalizados em extensos sistemas hidrotermais, tendo sido reconhecidas zonas com metassomatismo potássico e alterações propilítica, sericítica (por vezes com adulária) e argílicas, além de carbonatização com calcita manganesífera e silicificação, todas em intensidades muito variadas. Nas zonas mineralizadas e nas suas proximidades, a alteração hidrotermal é, tipicamente, representada por forte alteração sericítica, com carbonatos subordinados em algumas áreas. As mineralizações se associam predominantemente com forte alteração sericítica com adulária, silicificação, sulfetização e, mais localmente, carbonatização. As alterações hidrotermais nos riolitos e nas rochas vulcanoclásticas e, em parte, também nos pórfiros, ocorrem nos estilos pervasivo e, principalmente, fissural. O metassomatismo potássico foi caracterizado pela associação de feldspato potássico + biotita secundária ± quartzo, a alteração propilítica por clorita + epidoto + quartzo + albita ± carbonatos ± pirita, a alteração sericítica por quartzo + sericita + sulfetos ou quartzo + sericita + adulária, a alteração argílica por argilo-minerais com com illita predominante, a alteração carbonática pela calcita manganesífera e a sulfetização por pirita predominante, com calcopirita, bornita, calcocita, esfalerita e galena subordinados. Entretanto, pode haver concentração de um ou mais desses minerais em algumas áreas ou veios. A mineralização de ouro e de metais de base ocorre predominantemente em veios e vênulas de quartzo estruturalmente controlados por falhas rúpteis. Apresenta caráter polimetálico polifásico, tendo comumente a associação galena + pirita + calcopirita ± esfalerita ± ouro ± electrum ± prata. Os veios mineralizados parecem se concentrar nos domos do Riolito I e nas suas proximidades, o que, conjuntamente com o tipo epitermal da mineralização, sugere uma relação genética entre a formação dos domos e a intrusão dos pórfiros com a deposição dos metais preciosos e de base. Entretanto, diques do Riolito II hidrotermalizados podem também ocorrer associados às mineralizações. Adicionalmente, zonas de stockworks intensamente hidrotermalizadas e com indícios de sulfetos de metais de base estão presentes na área, sugerindo também potencial para ocorrência de mineralizações do tipo pórfiro nesse evento magmático datado em ca. 1,97 Ga. A mineralogia, os modos de ocorrência, a associação com as hospedeiras, os zonamentos e a evolução fluidal são típicas de sistemas magmáticos-hidrotermais epitermais rasos. A presença de adulária nas mineralizações permite caracterizar esses sistemas mineralizantes como epitermais low-sulfidation e a presença de carbonatos manganesíferos e a abundância de metais de base evidenciam gradações para sistemas intermediate-sulfidation. / This thesis had as objective the study of the gold and base metal mineralization of the Coringa Prospect, located in the southwest portion of the Tapajós Mineral Province in the Amazonian Craton. The mineralization is hosted in a fault zone with vein and veinlets associated to volcanic and volcanoclastic calc-alkaline rocks with ca. 1.97 Ga, before considered related to the Uatuma Group. This study allowed to characterize rhyolitic volcanic units, (including volcanoclastic and epiclastic components), as well as andesites, dacites and rhyodacites, granophyric granite, and porphyries of different composition and ages. Plutonic rocks ca. 2,0 Ga were identified, where granites and granodiorites represent the basement of this volcanic sequence. The volcanic rocks comprise predominantly rhyolite domes with associated unusual flows) and subordinate dikes. They were formed in active continental margin, with magmas generated predominantly in the lower crust, with possible crustal contamination. Two sets of rhyolites have been identified, named Rhyolite I and Rhyolite II. The first occurs as domes, and is characterized by its dark color, predominantly black, and has U-Pb SHRIMP ages in zircon between 1975 and 1967 Ma.. The Rhyolite II, whose age is ca. 1966 Ma, occurs in dikes, is enriched in lithophysae and it has reddish-brown color. The volcaniclastic rocks encompass breccias, volcanic agglomerates, lapilli-tuff and tuff with lithic and crystal fragments and, subordinate, rheologically-deformed welded tuffs by ignimbrite flows. The rhyolite fragments predominate in the volcanoclastic rocks, with occurrence of one type of rhyolite in some deposits or both in others. Fragments of hydrothermally altered rocks and, more rarely, of andesitic, dacitic and rhyodacitic rocks and porphyries have been also recognized. The crystals and crystal fragments are predominantly of potassic feldspar and quartz, often with remains as result of explosive activities. The groundmass is proven by spherulitic textures. An U-Pb SHRIMP age in zircon obtained for these rocks resulted in ca. 1966 Ma. Volcanic and volcanoclastic rocks, before considered related to Iriri Group, show ages 90 Ma older than this volcanic event. Three porphyry samples were dated, varying from rhyolitic to rhyodacitic, coarse to fine-grained and aphanitic matrix. They are associated to small circular structures, with radial fractures, suggesting the presence of small stocks. Crystallization ages between 1959 and 1980 Ma (U-Pb SHRIMP in zircon), indicate, within the age errors, that the porphyries and volcanic rocks are coeval and may be formed in the same event. However, the compositional variations and geochemistry data suggest different sources. In some bodies is possible to find xenoliths of volcanics and fine-grained granophyric granite. Also were described porphyry fragments in volcaniclastic rocks and as intrusions in fine-grained granophyric granite, indicating different events of porphyry intrusion in the region. Several bodies of granitic intrusive rocks in the volcanic sequences have been also characterized, and their ages vary between 1959 and 1980 Ma (U-Pb SHRIMP in zircon). The main granophyric granite body with abundant miarolitic cavities indicates its emplacement in shallow crustal environment. A coarse-grained granodiorite of similar age (ca. 1955 Ma, U-Pb SHRIMP in zircon), shows typical characteristics that reflect emplacement in deep crustal environment. These rocks of this region were considered as part of the Parauari and Maloquinha suites, but their ages indicate that these rocks are older than those suites and their calc-alkaline geochemistry patterns and age do not allow correlation with the rocks of Maloquinha suite. The basement of the volcanic units has been previously attributed to the Parauari Intrusive Suite and to the Creporizão Intrusive Suite, composed mainly of tonalite and granodiorite. However, in the Coringa area, the basement is represented by fine-grained, gray to pinkish granite with ages ranging from ca. 2123 Ma to ca. 2023 Ma, which are also older than the units previously considered. Porphyries, volcanics, volcanoclastics and granites were altered by hydrothermal fluids in different type and styles, including potassium metasomatism, propylitic, sericitic (sometimes with adularia) and argillic alteration. Also were identified carbonate with manganoan calcite and variable intensity of silicification. At mineralization zones and in its vicinity, hydrothermal alteration is typically represented by strong sericitic alteration, with carbonates in some places. The mineralized zones are associated with sericitic alteration (with adularia), silicification, sulfidization and carbonation. Hydrothermal alteration occurs in pervasive style, but mainly in fissural style, and it is associated to both types of rhyolites and volcanoclastic rocks, and partially affects the porphyry lithotypes. Potassium metasomatism is evidenced by association of potassium feldspar + biotite ± quartz, propylitic alteration by chlorite + epidote + quartz + albite ± carbonate ± pyrite, sericitic alteration by quartz + sericite + quartz + sulfide or sericite + adularia, argillic predominantly with illite carbonate by manganoan calcite, silicification and sulfide formation, with chalcopyrite, bornite, chalcocite, sphalerite and garnet. The gold and base metal mineralization occurs predominantly in veins and quartz veinlets, which are structurally controlled by brittle faults. The mineralization is polymetallic and polyphasic, and commonly is represented by pyrite + galena + chalcopyrite ± sphalerite ± gold ± silver ± electrum. The mineralized veins seem to focus in the Rhyolite I domes and its neighbor areas, which, together with the type of epithermal mineralization suggest a genetic relationship between the formation of domes and the intrusion of porphyries with the precious and base metals deposition. However, dikes of Rhyolite II hydrothermalized occur associated to mineralization. Additionally, intense hydrothermally-altered stockwork zones with evidences of base metal mineralization have been identified, suggesting a potential for the occurrence of porphyry-type mineralization related to this ca. 1.97 Ga magmatic event. The mineralogy, the occurrence mode, the relationship with the host rocks, the zoning and fluid evolution are typical of shallow epithermal magmatic-hydrothermal systems. The presence of adularia in mineralization allows its classification as low-sulfidation epithermal. Additionally, the presence of manganoan carbonates and the abundance of base metals point to gradations to intermediate-sulfidation epithermal systems.
|
3 |
Petrogênese e metalogenia do magmatismo Paleoproterozoico na porção sul da Província Mineral do Tapajós, Crá¡ton Amazônico / not availableGómez Gutiérrez, Diego Felipe Gomez 08 November 2018 (has links)
O evento sensu lato Uatumã é caraterizado pelo intenso magmatismo de afinidade cálcio-alcalina, relacionado com a presença de arcos vulcânicos continentais Paleoproterozóicos no período 2,1 a 1,88 Ga, associados com as suítes magmáticas Cuiú- Cuiú, Creporizão, Parauari, com significativa relevância no potencial metalogenético na porção sul do Cráton Amazônico, especificamente na Província Mineral do Tapajós. Inclui também as rochas vulcânicas alcalinas do tipo-A, predominantemente fissurais, de ca 1,87 Ga. Estes arcos magmáticos continentais nomeados Arcos Tapajônicos, tem rochas excepcionalmente bem preservadas de processos tectônicos e metamórficos, o que tem permitido caracterizar os sistemas geológicos, os ambientes tectônicos de formação, os sistemas magmáticos-hidrotermais do tipo epitermal e pórfiro associados, por vezes mineralizados em metais preciosos e de base. Estes arcos são compostos por rochas graníticas diversas, faneríticas e porfiríticas, granófiros, pórfiros riolíticos a andesíticos, andesitos, dacitos, riodacitos e riolitos, estes em maior volume. As rochas vulcânicas compõem derrames, domos e diques, comumente com fácies variadas de rochas vulcanoclásticas associadas, incluindo grandes depósitos de ignimbritos, assim como rochas sedimentares clasticas típicas de ambiente continental deposicional incluindo depósitos de leques aluviais e fluviais compostos por arenitos, conglomerados, siltitos e argilitos junto com unidades lacustres, representadas por lamitos vermelhos com leitos de chert contemporâneas aos eventos vulcânicos paleproterozóicos. As rochas destes arcos são em geral peraluminosas a metaluminosas e pertencem à serie cálcio-alcalina enriquecida em potássio, com tendências shoshoníticas, e mostram semelhança às geradas pelo magmatismo sin- a pós-orogênico em ambiente de arco vulcânico continental maturo, desenvolvido em margens continentais ativas. Dados isotópicos de Sm-Nd de um conjunto representativo de amostras da região indicam valores de \'\'épsilon\'IND.Nd\' negativos e valores baixos de 87Sr/86Sr, indicando a existência de importante contaminação de crosta continental. As idades modelos TDM indicam participação de crosta paleoproterozóica e arqueana na formação dos magmas. Tanto os dados isotópicos como os de magnetometria e de gravimetria indicam que estruturas profundas da região têm orientação geral aproximadamente E-W que parecem constituir extensões das zonas de cisalhamento arqueanas presentes na Província Mineral de Carajás até a altura do rio Tapajós. Em diversos litótipos sub-vulcânicos e vulcânicos mais ou menos evoluídos foram identificadas inúmeras ocorrências de alterações hidrotermais do tipo quartzo-sericita, por vezes com adulária, e argílica, está dominantemente em estilo fissural, que podem ser associadas a mineralizações epitermais do tipo low-sulfidation. Também estão presentes rochas hidrotermalizadas com pirofilita e alunita, caracterizando zonas de alterações argílicas avançadas em estilos pervasivo e fissural, típicas de mineralizações epitermais high-sulfidation. Em todos os litótipos, mas predominantemente em granitoides e pórfiros, foram identificadas alterações potássicas, sericítica, sericita-clorítica, propílitica e clorítica nos estilos pervasivo e fissural, as quais são representativas de típicos sistemas do tipo pórfiro. As fontes dos fluidos responsáveis pela alteração hidrotermal associada aos sistemas epitermais high- e low-sulfidation foram determinadas utilizando análises de isótopos de oxigênio e deutério em pares de minerais (quartzo-sericita e quartzo-caulinita) constituintes das zonas de alteração hidrotermal. Estes resultados indicam fluidos de origem magmática com misturas subordinadas de fluidos meteóricos de baixa latitude, sem a influência de água de degelo. Os valores de ?34Ssulfetos de pirita da rocha hidrotermalizada variam de +0,8 e +9,4 ?, confirmando a hipótese de fonte magmática também para o enxofre. Essas características são semelhantes às observadas em pórfiros cenozoicos de arcos magmáticos continentais e insulares. Estes resultados indicam um importante potencial para ocorrência de mineralizações de metais preciosos (Au e Ag) e de base (Cu, Pb, Zn e Mo) dos tipos epitermal e pórfiro na região, o que abre possibilidades para existência de mineralizações de grande porte nos arcos Tapajônicos, semelhantes àquelas presentes em arcos modernos, como os Andes, México e oeste dos Estados Unidos. E, caso isto venha a se confirmar, haverá um significativo impacto positivo para região, tanto econômico como social. A evolução geotectônica que deu origem aos eventos magmáticos continentais desenvolvidos no período 2,1 a 1,86 Ga definem a evolução metalogenética da Província Mineral do Tapajós. Os dados geocronológicos obtidos neste estudo mostram a existência no embasamento de rochas com idades de ca. 2,12 a 2,02, de 1,97 a 1,95 e de 1,89 Ga, que podem ser correlacionadas às rochas das suítes intrusivas Cuiú-Cuiú, Creporizão e Parauari, assim como rochas hipoabissais (pórfiros) de idades ca. 1,98 a 1,95 e 1,87 correlacionadas com a suíte intrusiva Creporizão e Parauari. As rochas vulcânicas cálcio-alcalinas tradicionalmente reconhecidas como pertencentes ao Grupo Iriri apresentam neste estudo idades de ca. 2,0 Ga, de 1,97 a 1,95 Ga e de 1,90 a 1,88 Ga, enquanto que vulcânicas alcalinas do tipo-A evidenciam idades de 1,87 a 1,85 Ga, indicando que há mais de um evento vulcânico além do magmatismo que deu origem ao Grupo Iriri. Estes resultados indicam uma evolução complexa do magmatismo paleoproterozóico das unidades reconhecidas como suítes magmáticas Cuiú-Cuiú, Creporizão e Parauari, dentro do evento magmático sensu lato Uatumã. Foram reconhecidas ao menos quatro épocas metalogenéticas potencialmente férteis para mineralizações magmáticas-hidrotermais relacionadas com os arcos Tapajônicos gerados no evento sensu lato Uatumã, associadas a períodos de aumento da espessura cortical durante o Peloproterozóico no sul da Província Mineral de Tapajós, quais sejam: a) o período de 2,1 a 1,97 Ga onde se dá a evolução dos arcos magmáticos continentais Cuiú- Cuiú e Creporizão, correlacionáveis com duas épocas de mineralizações magmáticas- hidrotermais de ca. 2 Ga e de 1,97 Ga; b) O período ao redor de 1,95; e c) o período de 1,90 a 1,88 Ga, relacionado ao arco continental Parauari. / The lato sensu Uatumã event is characterized by intense magmatism of calc-alkaline affinity, related to the presence of Paleoproterozoic continental volcanic arcs in a period between 2.1 to 1.88 Ga, associated with the magmatic suites Cuiú-Cuiú, Creporizão, Parauari, with significant relevance in the metallogenic potential in the southern portion of the Amazonian Craton, specifically in the Tapajós Mineral Province. It also includes alkaline volcanic rocks (A-type) of fissural predominance, about 1.87 Ga. These continental magmatic arcs named Tapajônicos arcs, have exceptionally wellpreserved rocks from tectonic and metamorphic processes, which has allowed to characterize the geologic systems, tectonic settings of formation of the associated epithermal- and porphyry-types magmatic-hydrothermal systems, sometimes mineralized in precious and base metals. These arcs are composed of several granitic rocks, phaneritic and porphyritic, granophyres, rhyolitic to andesitic porphyries, andesites, dacites, rhyodacites and rhyolites, these in larger volume. Volcanic rocks make up lava flows, domes and dikes, commonly with varying facies of associated volcanoclastic rocks, including large deposits of ignimbrites, as well as clastic sedimentary rocks of a continental depositional environment including deposits of alluvial and fluvial fans composed of sandstones, conglomerates, siltstones and argillites along with lacustrine units, represented by red mudstones with beds of chert, contemporaneous with the Paleoproterozoic volcanic events. The rocks of these arcs are generally peraluminous to metaluminous, belonging to the high K calc-alkaline series, trending to the shoshonitic series, and they show similarity to those generated by syn- to post-orogenic magmatism in a mature continental volcanic arc, developed in active continental margins. Sm-Nd isotopic data of a representative set of samples from the region indicate negative \'\'épsilon\'IND.Nd\' values and low values of 87Sr / 86Sr, indicating the existence of important continental crust contamination. The TDM model ages indicate participation of Paleoproterozoic and Archaean crust in the formation of magmas. Both isotopic, magnetometric and gravimetric data indicate that deep structures in the region have roughly E-W orientation that appear to constitute extensions of the Archaean shear zones present in the Carajás Mineral Province up to the Tapajós River. Numerous occurrences of quartz-sericite hydrothermal alterations, sometimes with adularia and argillic type, predominantly in fissural style, have been identified in several evolved volcanic and volcanic lithotypes that could be associated with low-sulfidation epithermal mineralizations. Hydrothermalized rocks with pyrophyllite and alunite are also present, characterizing zones of advanced argillic alteration in pervasive and fissural styles, typical of high-sulfidation epithermal mineralizations. In all lithotypes, but predominantly in granitoids and porphyries, were identified potassic, sericitic, sericitic-chloritic, propylitic and chloritic alterations in pervasive and fissural styles, which are representative of typical porphyry-type systems. The sources of the fluids responsible for the hydrothermal alteration associated with high- and low-sulfidation epithermal systems were determined using oxygen and deuterium isotope analyses in minerals pairs (quartz-sericite and quartz-kaolinite) constituents from hydrothermal alteration zones. These results indicate fluids of magmatic origin with subordinate mixtures of low latitude meteoric fluids, without the influence of de-icing water. The values of ?34Ssulfide values of pyrite from hydrothermalized rock range from +0.8 and +9.4 ?, confirming also the hypothesis of a magmatic sulfur source. These characteristics are similar to those observed in Cenozoic porphyries from continental and island magmatic arcs. These results indicate an important potential for the occurrence of precious metals (Au and Ag) and base metals (Cu, Pb, Zn and Mo) of the epithermal and porphyry types in the region, which opens possibilities for large mineralizations in the Tapajônicos arcs, similar to those present in modern arcs, like the Andes, Mexico and western of the United States. And, if this is to be confirmed, there will be a significant positive impact for the region, both economic and social. The geotectonic evolution that gave origin to the continental magmatic events developed in the period between 2.1 to 1.86 Ga define the metallogenic evolution of the Tapajós Mineral Province. The geochronological data obtained in this study show the existence in the basement of rocks with ages of ca. 2.12 to 2.02, from 1.97 to 1.95 and 1.89 Ga, which can be correlated to rocks of the Cuiú-Cuiú, Creporizão and Parauari intrusive suites, as well as hypoabissal (porphyries) rocks of ca. 1.98 to 1.95 Ga and 1.87 Ga correlated with the Creporizão and Parauari intrusive suites. Calc-alkaline volcanic rocks traditionally recognized as belonging to the Iriri Group present in this study have shown ages range of ca. 2.0 Ga, from 1.97 to 1.95 Ga and from 1.90 to 1.88 Ga, while A-type alkaline volcanics yield ages from 1.87 to 1.85 Ga, indicating that there is more than one volcanic event besides the magmatism that gave rise to the Iriri Group. These results indicate a complex evolution of the paleoproterozoic magmatism of the units recognized as Cuiú-Cuiú, Creporizão and Parauari magmatic suites, within lato sensu Uatumã magmatic event. At least four potentially fertile metallogenic epochs were recognized for hydrothermal-magmatic mineralizations related with the Tapajônicos arcs generated in the lato sensu Uatumã event, associated with periods of increase of crustal thickness during the Peloproterozoic in the southern area of the Tapajós Mineral Province, which are: a) the period from 2.1 to 1.97 Ga with the evolution of Cuiú-Cuiú and Creporizão continental magmatic arcs, correlated with two periods of magmatic-hydrothermal mineralizations of ca. 2.0 Ga and 1.97 Ga; b) The period around 1.95 Ga; and c) the period from 1.90 to 1.88 Ga, related with the Parauari continental arc.
|
4 |
Petrogênese e metalogenia do magmatismo Paleoproterozoico na porção sul da Província Mineral do Tapajós, Crá¡ton Amazônico / not availableDiego Felipe Gomez Gómez Gutiérrez 08 November 2018 (has links)
O evento sensu lato Uatumã é caraterizado pelo intenso magmatismo de afinidade cálcio-alcalina, relacionado com a presença de arcos vulcânicos continentais Paleoproterozóicos no período 2,1 a 1,88 Ga, associados com as suítes magmáticas Cuiú- Cuiú, Creporizão, Parauari, com significativa relevância no potencial metalogenético na porção sul do Cráton Amazônico, especificamente na Província Mineral do Tapajós. Inclui também as rochas vulcânicas alcalinas do tipo-A, predominantemente fissurais, de ca 1,87 Ga. Estes arcos magmáticos continentais nomeados Arcos Tapajônicos, tem rochas excepcionalmente bem preservadas de processos tectônicos e metamórficos, o que tem permitido caracterizar os sistemas geológicos, os ambientes tectônicos de formação, os sistemas magmáticos-hidrotermais do tipo epitermal e pórfiro associados, por vezes mineralizados em metais preciosos e de base. Estes arcos são compostos por rochas graníticas diversas, faneríticas e porfiríticas, granófiros, pórfiros riolíticos a andesíticos, andesitos, dacitos, riodacitos e riolitos, estes em maior volume. As rochas vulcânicas compõem derrames, domos e diques, comumente com fácies variadas de rochas vulcanoclásticas associadas, incluindo grandes depósitos de ignimbritos, assim como rochas sedimentares clasticas típicas de ambiente continental deposicional incluindo depósitos de leques aluviais e fluviais compostos por arenitos, conglomerados, siltitos e argilitos junto com unidades lacustres, representadas por lamitos vermelhos com leitos de chert contemporâneas aos eventos vulcânicos paleproterozóicos. As rochas destes arcos são em geral peraluminosas a metaluminosas e pertencem à serie cálcio-alcalina enriquecida em potássio, com tendências shoshoníticas, e mostram semelhança às geradas pelo magmatismo sin- a pós-orogênico em ambiente de arco vulcânico continental maturo, desenvolvido em margens continentais ativas. Dados isotópicos de Sm-Nd de um conjunto representativo de amostras da região indicam valores de \'\'épsilon\'IND.Nd\' negativos e valores baixos de 87Sr/86Sr, indicando a existência de importante contaminação de crosta continental. As idades modelos TDM indicam participação de crosta paleoproterozóica e arqueana na formação dos magmas. Tanto os dados isotópicos como os de magnetometria e de gravimetria indicam que estruturas profundas da região têm orientação geral aproximadamente E-W que parecem constituir extensões das zonas de cisalhamento arqueanas presentes na Província Mineral de Carajás até a altura do rio Tapajós. Em diversos litótipos sub-vulcânicos e vulcânicos mais ou menos evoluídos foram identificadas inúmeras ocorrências de alterações hidrotermais do tipo quartzo-sericita, por vezes com adulária, e argílica, está dominantemente em estilo fissural, que podem ser associadas a mineralizações epitermais do tipo low-sulfidation. Também estão presentes rochas hidrotermalizadas com pirofilita e alunita, caracterizando zonas de alterações argílicas avançadas em estilos pervasivo e fissural, típicas de mineralizações epitermais high-sulfidation. Em todos os litótipos, mas predominantemente em granitoides e pórfiros, foram identificadas alterações potássicas, sericítica, sericita-clorítica, propílitica e clorítica nos estilos pervasivo e fissural, as quais são representativas de típicos sistemas do tipo pórfiro. As fontes dos fluidos responsáveis pela alteração hidrotermal associada aos sistemas epitermais high- e low-sulfidation foram determinadas utilizando análises de isótopos de oxigênio e deutério em pares de minerais (quartzo-sericita e quartzo-caulinita) constituintes das zonas de alteração hidrotermal. Estes resultados indicam fluidos de origem magmática com misturas subordinadas de fluidos meteóricos de baixa latitude, sem a influência de água de degelo. Os valores de ?34Ssulfetos de pirita da rocha hidrotermalizada variam de +0,8 e +9,4 ?, confirmando a hipótese de fonte magmática também para o enxofre. Essas características são semelhantes às observadas em pórfiros cenozoicos de arcos magmáticos continentais e insulares. Estes resultados indicam um importante potencial para ocorrência de mineralizações de metais preciosos (Au e Ag) e de base (Cu, Pb, Zn e Mo) dos tipos epitermal e pórfiro na região, o que abre possibilidades para existência de mineralizações de grande porte nos arcos Tapajônicos, semelhantes àquelas presentes em arcos modernos, como os Andes, México e oeste dos Estados Unidos. E, caso isto venha a se confirmar, haverá um significativo impacto positivo para região, tanto econômico como social. A evolução geotectônica que deu origem aos eventos magmáticos continentais desenvolvidos no período 2,1 a 1,86 Ga definem a evolução metalogenética da Província Mineral do Tapajós. Os dados geocronológicos obtidos neste estudo mostram a existência no embasamento de rochas com idades de ca. 2,12 a 2,02, de 1,97 a 1,95 e de 1,89 Ga, que podem ser correlacionadas às rochas das suítes intrusivas Cuiú-Cuiú, Creporizão e Parauari, assim como rochas hipoabissais (pórfiros) de idades ca. 1,98 a 1,95 e 1,87 correlacionadas com a suíte intrusiva Creporizão e Parauari. As rochas vulcânicas cálcio-alcalinas tradicionalmente reconhecidas como pertencentes ao Grupo Iriri apresentam neste estudo idades de ca. 2,0 Ga, de 1,97 a 1,95 Ga e de 1,90 a 1,88 Ga, enquanto que vulcânicas alcalinas do tipo-A evidenciam idades de 1,87 a 1,85 Ga, indicando que há mais de um evento vulcânico além do magmatismo que deu origem ao Grupo Iriri. Estes resultados indicam uma evolução complexa do magmatismo paleoproterozóico das unidades reconhecidas como suítes magmáticas Cuiú-Cuiú, Creporizão e Parauari, dentro do evento magmático sensu lato Uatumã. Foram reconhecidas ao menos quatro épocas metalogenéticas potencialmente férteis para mineralizações magmáticas-hidrotermais relacionadas com os arcos Tapajônicos gerados no evento sensu lato Uatumã, associadas a períodos de aumento da espessura cortical durante o Peloproterozóico no sul da Província Mineral de Tapajós, quais sejam: a) o período de 2,1 a 1,97 Ga onde se dá a evolução dos arcos magmáticos continentais Cuiú- Cuiú e Creporizão, correlacionáveis com duas épocas de mineralizações magmáticas- hidrotermais de ca. 2 Ga e de 1,97 Ga; b) O período ao redor de 1,95; e c) o período de 1,90 a 1,88 Ga, relacionado ao arco continental Parauari. / The lato sensu Uatumã event is characterized by intense magmatism of calc-alkaline affinity, related to the presence of Paleoproterozoic continental volcanic arcs in a period between 2.1 to 1.88 Ga, associated with the magmatic suites Cuiú-Cuiú, Creporizão, Parauari, with significant relevance in the metallogenic potential in the southern portion of the Amazonian Craton, specifically in the Tapajós Mineral Province. It also includes alkaline volcanic rocks (A-type) of fissural predominance, about 1.87 Ga. These continental magmatic arcs named Tapajônicos arcs, have exceptionally wellpreserved rocks from tectonic and metamorphic processes, which has allowed to characterize the geologic systems, tectonic settings of formation of the associated epithermal- and porphyry-types magmatic-hydrothermal systems, sometimes mineralized in precious and base metals. These arcs are composed of several granitic rocks, phaneritic and porphyritic, granophyres, rhyolitic to andesitic porphyries, andesites, dacites, rhyodacites and rhyolites, these in larger volume. Volcanic rocks make up lava flows, domes and dikes, commonly with varying facies of associated volcanoclastic rocks, including large deposits of ignimbrites, as well as clastic sedimentary rocks of a continental depositional environment including deposits of alluvial and fluvial fans composed of sandstones, conglomerates, siltstones and argillites along with lacustrine units, represented by red mudstones with beds of chert, contemporaneous with the Paleoproterozoic volcanic events. The rocks of these arcs are generally peraluminous to metaluminous, belonging to the high K calc-alkaline series, trending to the shoshonitic series, and they show similarity to those generated by syn- to post-orogenic magmatism in a mature continental volcanic arc, developed in active continental margins. Sm-Nd isotopic data of a representative set of samples from the region indicate negative \'\'épsilon\'IND.Nd\' values and low values of 87Sr / 86Sr, indicating the existence of important continental crust contamination. The TDM model ages indicate participation of Paleoproterozoic and Archaean crust in the formation of magmas. Both isotopic, magnetometric and gravimetric data indicate that deep structures in the region have roughly E-W orientation that appear to constitute extensions of the Archaean shear zones present in the Carajás Mineral Province up to the Tapajós River. Numerous occurrences of quartz-sericite hydrothermal alterations, sometimes with adularia and argillic type, predominantly in fissural style, have been identified in several evolved volcanic and volcanic lithotypes that could be associated with low-sulfidation epithermal mineralizations. Hydrothermalized rocks with pyrophyllite and alunite are also present, characterizing zones of advanced argillic alteration in pervasive and fissural styles, typical of high-sulfidation epithermal mineralizations. In all lithotypes, but predominantly in granitoids and porphyries, were identified potassic, sericitic, sericitic-chloritic, propylitic and chloritic alterations in pervasive and fissural styles, which are representative of typical porphyry-type systems. The sources of the fluids responsible for the hydrothermal alteration associated with high- and low-sulfidation epithermal systems were determined using oxygen and deuterium isotope analyses in minerals pairs (quartz-sericite and quartz-kaolinite) constituents from hydrothermal alteration zones. These results indicate fluids of magmatic origin with subordinate mixtures of low latitude meteoric fluids, without the influence of de-icing water. The values of ?34Ssulfide values of pyrite from hydrothermalized rock range from +0.8 and +9.4 ?, confirming also the hypothesis of a magmatic sulfur source. These characteristics are similar to those observed in Cenozoic porphyries from continental and island magmatic arcs. These results indicate an important potential for the occurrence of precious metals (Au and Ag) and base metals (Cu, Pb, Zn and Mo) of the epithermal and porphyry types in the region, which opens possibilities for large mineralizations in the Tapajônicos arcs, similar to those present in modern arcs, like the Andes, Mexico and western of the United States. And, if this is to be confirmed, there will be a significant positive impact for the region, both economic and social. The geotectonic evolution that gave origin to the continental magmatic events developed in the period between 2.1 to 1.86 Ga define the metallogenic evolution of the Tapajós Mineral Province. The geochronological data obtained in this study show the existence in the basement of rocks with ages of ca. 2.12 to 2.02, from 1.97 to 1.95 and 1.89 Ga, which can be correlated to rocks of the Cuiú-Cuiú, Creporizão and Parauari intrusive suites, as well as hypoabissal (porphyries) rocks of ca. 1.98 to 1.95 Ga and 1.87 Ga correlated with the Creporizão and Parauari intrusive suites. Calc-alkaline volcanic rocks traditionally recognized as belonging to the Iriri Group present in this study have shown ages range of ca. 2.0 Ga, from 1.97 to 1.95 Ga and from 1.90 to 1.88 Ga, while A-type alkaline volcanics yield ages from 1.87 to 1.85 Ga, indicating that there is more than one volcanic event besides the magmatism that gave rise to the Iriri Group. These results indicate a complex evolution of the paleoproterozoic magmatism of the units recognized as Cuiú-Cuiú, Creporizão and Parauari magmatic suites, within lato sensu Uatumã magmatic event. At least four potentially fertile metallogenic epochs were recognized for hydrothermal-magmatic mineralizations related with the Tapajônicos arcs generated in the lato sensu Uatumã event, associated with periods of increase of crustal thickness during the Peloproterozoic in the southern area of the Tapajós Mineral Province, which are: a) the period from 2.1 to 1.97 Ga with the evolution of Cuiú-Cuiú and Creporizão continental magmatic arcs, correlated with two periods of magmatic-hydrothermal mineralizations of ca. 2.0 Ga and 1.97 Ga; b) The period around 1.95 Ga; and c) the period from 1.90 to 1.88 Ga, related with the Parauari continental arc.
|
5 |
Gênese das mineralizações associadas ao magmatismo ácido na região do Garimpo do Papagaio, noroeste da Província Aurífera de Alta Floresta (MT) / Mineralizations genesis associated with acid magmatism in the Papagaio artisanal mining region, northwest of Alta Floresta Gold Province (MT)Galé, Marcelo Garcia 09 November 2018 (has links)
A Província Aurífera de Alta Floresta insere-se na porção sul do Cráton Amazônico e constitui uma região alongada na direção WNW-ESSE onde se situam depósitos auríferos associados ao magmatismo plutonovulcânico Paleoproterozoico. A área pesquisada abrange o garimpo de ouro do Papagaio, situado em Paranaíta, Mato Grosso. Durante o mapeamento geológico, foram identificados corpos de rochas plutônicas a subvulcânicas de composições granodiorítica e granítica, além de rochas vulcânicas e piroclásticas dacíticas e riolíticas. Estes litotipos são pertencentes à série calcioalcalina de médio a alto potássio, meta- a peraluminosas correspondentes a granitos do tipo I de arco vulcânico em margem continental ativa. As idades U-Pb mostraram que o magmatismo na região ocorreu aproximadamente entre 1.80 - 1.78 Ga. com zircões herdados de até 2,1 Ga, mostrando evidências da existência de uma crosta mais profunda e antiga durante a subducção. Os dados de \'épsilon\'Nd(t) mostraram a existência de contribuição crustal e mantélica na fonte de idade TDM entre 2.15-2.02 Ga. Estes dados revelaram que o vulcanismo na área é pertencente a Suíte Colíder, correspondente de um magmatismo que ficou ativo por aproximadamente 16 Ma e que evoluiu de composição dacítica a riolítica. A lavra garimpeira ocorre sobre uma mineralização aurífera com cobre, zinco e baixos teores de chumbo, preferencialmente confinada em veios que cortam os halos de alteração potássica, sericítica e propilítica. Os veios existentes na região evoluem de forma sistematica em seis tipos: (I) Veio de quartzo estéril associado ao halo da alteração potássica; (II) Veio de quartzo com minerais de minério, por vezes, associado ao halo sericítico; (III) Veio sulfetado com halo de alteração sericítica bem desenvolvido nas salbandas; (IV) e (V) Veios de quartzo e carbonato tardios; (VI) sistema de veios de quartzo mais novo e sem relação com a evolução do depósito. Os três primeiros tipos são semelhantes ao sistema A-B-D descrito em depósitos do tipo pórfiro, enquanto que os mais novos apresentam características de um ambiente mais raso e epitermal. O ouro ocorre principalmente na zona central dos veios do tipo II, em paragênese com a calcopirita + esfalerita + pirita ± galena ± magnetita. O quartzo dos veios sofreu diferentes intensidades de recristalização decorrente de subsequentes pulsos hidrotermais e as imagens de catodoluminescência mostraram que as inclusões fluidas aquocarbônicas representam fluidos primários com importante participação no transporte de conteúdo metalífero. Os resultados de isótopos estáveis de D, O e S em quartzo, sericita e pirita hidrotemais mostram que os fluidos são magmáticos com contribuições de fluidos meteóricos. Neste contexto, o Garimpo do Papagaio se desenvolveu sobre um arco magmático continental, a partir da intrusão de corpos graníticos hidratados e oxidados que marcam o evento magmático final da Suíte Colíder. Representa um depósito do tipo pórfiro que foi sobreposto por características epitermais intermediate-sulfidation, como resultado da telescopagem hidrotermal consequente do rebaixamento da câmara magmática. / The Alta Floresta Gold Province is situated on the southern portion of Amazonian Craton and forms an elongate region with WNW-ESSE direction where auriferous deposits are associated with Paleoproterozoic plutonovolcanic magmatism. The area of research covers the Papagaio artisanal gold mining, located in Paranaíta, Mato Grosso. During geological mapping, plutonic to subvolcanic rocks bodies of granodioritic and granitic compositions were identified, as well as dacitic and rhyolitic volcanic and pyroclastic rocks. These lithotypes belong to the calc-alkaline series of medium to high potassium, meta- to peraluminous corresponding to type I granites of volcanic arc in an active continental margin. U-Pb ages showed that magmatism in the region has crystallized in the range of 1.80-1.78 Ga with inherited zircons up to 2.1 Ga, showing evidence of a deeper and older crust during subduction. \'épsilon\'Nd (t) data showed the contribution of crustal and mantle material in the source with TDM age between 2.15- 2.02 Ga. These data revealed that volcanism in the area belongs to the Colíder Suite, corresponding to a magmatism that was active for approximately 16 Ma and evolved from dacitic to a rhyolitic composition. The mining prospect occurs on gold mineralization with copper, zinc and low levels of lead, preferably confined in veins that cut potassic, seritic and propylitic alteration halos. The existing veins in the region evolve systematically into six types: (I) Barren quartz vein associated with potassic alteration halo; (II) Quartz vein with ore minerals, sometimes associated with sericitic halo; (III) Sulphide vein with a well developed sericitic alteration halo in the salbands; (IV) and (V) Late quartz and carbonate veins; (VI) system of quartz veins newer and unrelated to deposit evolution. The first three types are similar to A-B-D system described in porphyry deposits, while the newer ones have characteristics of a shallower and epithermal environment. Gold occurs mainly in the central zone of the type II veins, in paragenesis with chalcopyrite + sphalerite + pyrite ± galena ± magnetite. The quartz of the veins underwent different intensities of recrystallization due to subsequent hydrothermal pulses and cathodoluminescence images showed that aquocarbonic fluid inclusions represent primary fluids with important participation in metalliferous content transportation. The results of D, O and S stable isotope in hydrothermal quartz, sericite and pyrite show that fluids are magmatic with meteoric contributions. In this context, the Papagaio artisanal mining developed on a continental magmatic arc, from the intrusion of hydrated and oxidized granite bodies that mark the final magmatic event of the Colíder Suite. It represents a porphyry deposit that was superimposed by epithermal intermediate-sulfidation characteristics as a result of hydrothermal telescoping, resulting from the lowering of the magma chamber.
|
6 |
Gênese das mineralizações associadas ao magmatismo ácido na região do Garimpo do Papagaio, noroeste da Província Aurífera de Alta Floresta (MT) / Mineralizations genesis associated with acid magmatism in the Papagaio artisanal mining region, northwest of Alta Floresta Gold Province (MT)Marcelo Garcia Galé 09 November 2018 (has links)
A Província Aurífera de Alta Floresta insere-se na porção sul do Cráton Amazônico e constitui uma região alongada na direção WNW-ESSE onde se situam depósitos auríferos associados ao magmatismo plutonovulcânico Paleoproterozoico. A área pesquisada abrange o garimpo de ouro do Papagaio, situado em Paranaíta, Mato Grosso. Durante o mapeamento geológico, foram identificados corpos de rochas plutônicas a subvulcânicas de composições granodiorítica e granítica, além de rochas vulcânicas e piroclásticas dacíticas e riolíticas. Estes litotipos são pertencentes à série calcioalcalina de médio a alto potássio, meta- a peraluminosas correspondentes a granitos do tipo I de arco vulcânico em margem continental ativa. As idades U-Pb mostraram que o magmatismo na região ocorreu aproximadamente entre 1.80 - 1.78 Ga. com zircões herdados de até 2,1 Ga, mostrando evidências da existência de uma crosta mais profunda e antiga durante a subducção. Os dados de \'épsilon\'Nd(t) mostraram a existência de contribuição crustal e mantélica na fonte de idade TDM entre 2.15-2.02 Ga. Estes dados revelaram que o vulcanismo na área é pertencente a Suíte Colíder, correspondente de um magmatismo que ficou ativo por aproximadamente 16 Ma e que evoluiu de composição dacítica a riolítica. A lavra garimpeira ocorre sobre uma mineralização aurífera com cobre, zinco e baixos teores de chumbo, preferencialmente confinada em veios que cortam os halos de alteração potássica, sericítica e propilítica. Os veios existentes na região evoluem de forma sistematica em seis tipos: (I) Veio de quartzo estéril associado ao halo da alteração potássica; (II) Veio de quartzo com minerais de minério, por vezes, associado ao halo sericítico; (III) Veio sulfetado com halo de alteração sericítica bem desenvolvido nas salbandas; (IV) e (V) Veios de quartzo e carbonato tardios; (VI) sistema de veios de quartzo mais novo e sem relação com a evolução do depósito. Os três primeiros tipos são semelhantes ao sistema A-B-D descrito em depósitos do tipo pórfiro, enquanto que os mais novos apresentam características de um ambiente mais raso e epitermal. O ouro ocorre principalmente na zona central dos veios do tipo II, em paragênese com a calcopirita + esfalerita + pirita ± galena ± magnetita. O quartzo dos veios sofreu diferentes intensidades de recristalização decorrente de subsequentes pulsos hidrotermais e as imagens de catodoluminescência mostraram que as inclusões fluidas aquocarbônicas representam fluidos primários com importante participação no transporte de conteúdo metalífero. Os resultados de isótopos estáveis de D, O e S em quartzo, sericita e pirita hidrotemais mostram que os fluidos são magmáticos com contribuições de fluidos meteóricos. Neste contexto, o Garimpo do Papagaio se desenvolveu sobre um arco magmático continental, a partir da intrusão de corpos graníticos hidratados e oxidados que marcam o evento magmático final da Suíte Colíder. Representa um depósito do tipo pórfiro que foi sobreposto por características epitermais intermediate-sulfidation, como resultado da telescopagem hidrotermal consequente do rebaixamento da câmara magmática. / The Alta Floresta Gold Province is situated on the southern portion of Amazonian Craton and forms an elongate region with WNW-ESSE direction where auriferous deposits are associated with Paleoproterozoic plutonovolcanic magmatism. The area of research covers the Papagaio artisanal gold mining, located in Paranaíta, Mato Grosso. During geological mapping, plutonic to subvolcanic rocks bodies of granodioritic and granitic compositions were identified, as well as dacitic and rhyolitic volcanic and pyroclastic rocks. These lithotypes belong to the calc-alkaline series of medium to high potassium, meta- to peraluminous corresponding to type I granites of volcanic arc in an active continental margin. U-Pb ages showed that magmatism in the region has crystallized in the range of 1.80-1.78 Ga with inherited zircons up to 2.1 Ga, showing evidence of a deeper and older crust during subduction. \'épsilon\'Nd (t) data showed the contribution of crustal and mantle material in the source with TDM age between 2.15- 2.02 Ga. These data revealed that volcanism in the area belongs to the Colíder Suite, corresponding to a magmatism that was active for approximately 16 Ma and evolved from dacitic to a rhyolitic composition. The mining prospect occurs on gold mineralization with copper, zinc and low levels of lead, preferably confined in veins that cut potassic, seritic and propylitic alteration halos. The existing veins in the region evolve systematically into six types: (I) Barren quartz vein associated with potassic alteration halo; (II) Quartz vein with ore minerals, sometimes associated with sericitic halo; (III) Sulphide vein with a well developed sericitic alteration halo in the salbands; (IV) and (V) Late quartz and carbonate veins; (VI) system of quartz veins newer and unrelated to deposit evolution. The first three types are similar to A-B-D system described in porphyry deposits, while the newer ones have characteristics of a shallower and epithermal environment. Gold occurs mainly in the central zone of the type II veins, in paragenesis with chalcopyrite + sphalerite + pyrite ± galena ± magnetite. The quartz of the veins underwent different intensities of recrystallization due to subsequent hydrothermal pulses and cathodoluminescence images showed that aquocarbonic fluid inclusions represent primary fluids with important participation in metalliferous content transportation. The results of D, O and S stable isotope in hydrothermal quartz, sericite and pyrite show that fluids are magmatic with meteoric contributions. In this context, the Papagaio artisanal mining developed on a continental magmatic arc, from the intrusion of hydrated and oxidized granite bodies that mark the final magmatic event of the Colíder Suite. It represents a porphyry deposit that was superimposed by epithermal intermediate-sulfidation characteristics as a result of hydrothermal telescoping, resulting from the lowering of the magma chamber.
|
Page generated in 0.075 seconds