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Caracterização petrológica e química das rochas de rejeito da Mina Ipueira e seu potencial agromineral

Blaskowski, Alessandra Elisa 15 June 2018 (has links)
Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2018-08-20T22:52:16Z No. of bitstreams: 1 2018_MSc Blaskowski_PosGeologia.pdf: 21696219 bytes, checksum: 3240e06fa00679475e9e529bbce2370d (MD5) / Approved for entry into archive by NUBIA OLIVEIRA (nubia.marilia@ufba.br) on 2018-08-29T14:39:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2018_MSc Blaskowski_PosGeologia.pdf: 21696219 bytes, checksum: 3240e06fa00679475e9e529bbce2370d (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-29T14:39:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2018_MSc Blaskowski_PosGeologia.pdf: 21696219 bytes, checksum: 3240e06fa00679475e9e529bbce2370d (MD5) / As rochas da Mina Ipueira são exploradas desde a década de 70 para a produção de minério de cromo no Estado da Bahia, gerando grandes quantidades de rochas de descarte. Este material representa um passivo ambiental, mas no contexto do desenvolvimento sustentável configura uma fonte de pesquisas a possibilidade de aproveitamento destas rochas como remineralizadores de solo na agricultura. É importante ressaltar que pesquisas de agrominerais também podem favorecer à exploração mineral, uma vez que a utilização de materiais oriundos de descarte de mineração pode gerar mais uma fonte de renda e lucro para as mineradoras. A Mina de Ipueira, localizada no Município de Andorinha-BA, está inserida na região do Vale do Rio Jacurici. A explotação do minério ocorre em um conjunto de dezenas de corpos máficos-ultramáficos, que afloram em uma área de aproximadamente 70 km2, com direção preferencial N-S, a leste do Sienito de Itiúba. Esta faixa contém importantes reservas de cromo e é conhecida como Distrito Cromitífero do Vale do Jacurici. Considerando que as rochas silicáticas com potencial para remineralização e condicionamento de solos foram incluídas na lei dos fertilizantes (LEI Nº 12.890, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2013), e passaram a ter normatização específica (IN MAPA 05 e 06/2016) esse estudo teve como objetivo a caracterização petrológica e química das rochas de descarte da Mina Ipueira com a finalidade de verificar seu potencial agromineral. As análises químicas (ICP OES/MS e FRX/EDX) identificaram a presença de macro e micronutrientes, as análises petrográficas e difratogramas confirmaram a presença de minerais com capacidade para disponibilizar estes nutrientes, enquanto as análises de MEV/EDS permitiram caracterizar a mineralogia acessória. O aproveitamento de rochas disponíveis em pilhas de descartes da indústria extrativa mineral agrega sustentabilidade e contribui para diminuir o impacto ambiental da mineração. Apesar das restrições no uso agrícola de rochas ricas em Cr-Ni, esta pesquisa demonstra o potencial das rochas de descarte da mina de cromo Ipueira como corretor de acidez e remineralizador de solos – fonte dos macronutrientes Ca, Mg, K e micronutrientes Fe, Mn, Si, B e Co. Esta possível reutilização traria um destino mais nobre aos materiais de descarte de mineração, contribuindo para o desenvolvimento sustentável nesta região do semi-árido baiano. / ABSTRACT - The rocks of the Ipueira Mine have been exploited since the 1970s for the production of chromium ore in the State of Bahia, leaving behind large amounts of tailings rock. This material represents an environmental liability, but in the context of sustainable development it is a source of research to evaluate the possibility of using these rocks as soil remineralizers in agriculture. It is important to emphasize that agromineral research can also favor for mineral exploration, where the use of materials from mining discards can generate another source of income and profit for mining companies. The Ipueira Mine, located in the Municipality of Andorinha-BA, is inserted in the region of the Rio Jacurici Valley. Its exploitation is made in of dozens of mafic-ultramafic bodies that crop out in an area of approximately 70 km2, with N-S preferential direction, located at the east area of the Itiúba Syenite. This belt contains significant reserves of chromium and is known as the Jacurici Valley Chromium District. Considering that silicate rocks with potential for remineralization and soil conditioning were included in the fertilizer law (Law No. 12.890, of December 10, 2013), and they are subject of specific regulations (in MAPA, 05 and 06/2016), this study aims the petrographic and chemical characterization of the discarding rocks of the Ipueira Mine in order to verify its agromineral potential. The chemical analyses allowed to identify the presence of macro- and micronutrients; the petrographic and XRD analyses confirmed the presence of minerals with the capacity to provide these nutrients; and the MEV/EDS allowed the characterization of the accessory mineralogy. The use of available rocks in discard piles of the mining industry aggregates sustainability and contributes to diminish the environmental impact of mining. Despite the restrictions in the agricultural use of rocks rich in Cr-Ni, this research demonstrates the potential of the discards rocks from the Ipueira chromium mine as an acidity corrector and soil remineralizer – source of the macronutrients Ca, Mg, and K, and micronutrients Fe, Mn, Si, B and Co. This possible reuse would bring a nobler destination to the mining waste materials, contributing to the sustainable development of this region of Bahia´s semi-arid.
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Geologia, petrogênese e aspectos metalogenéticos dos grupos Serra do Itaberaba e São Roque na região das Serras do Itaberaba e da Pedra Branca, NE da Cidade de São Paulo, SP

Caetano Juliani 29 April 1993 (has links)
Os trabalhos desenvolvidos nesta tese tiveram, como principal objetivo, o estudo das rochas supracrustais dos grupos Serra do ltaberaba e São Roque, o relacionamento litoestratigráfico entre eles e a evolução geológica dos litotipos, visando caracterizar parte da evolução crustal do Pré-Cambriano Paulista. A área estudada situa-se a nordeste da cidade de São Paulo, entre as cidades de Guarulhos e Santa Isabel, e compreende cerca de 540 km2, mapeados na escala de 1:25.000, na qual foram mapeadas duas subáreas nas escalas 1:10.000 e 1:2.000 com, respectivamente, 41,5 e 2,6 km2. Diversos métodos de estudos foram adotados nesta pesquisa, incluindo, além dos mapeamentos geológicos, petrografia de rochas e minérios, através de secções delgadas e polidas, caracterização da composição das rochas graníticas, também através de análise modal em amostras com os feldspatos coloridos seletivamente, análise de minerais residuais, difratometria de raios X de minerais e rochas, petroquímica, análise estrutural macro- e microscópica e estudos metalogenéticos comparativos. Os estudos permitiram caracterizar as rochas supracrustais como polideformadas e polimetamorfisadas, subdivisíveis nos grupos Serra do ltaberaba, mais antigo e basal, formado por seqüências vulcano-sedimentar, clasto-química e clástica, denominadas, respectivamente de formações Morro da Pedra Preta, Nhanguçu e Pirucaia, e São Roque, superior, essencialmente clástico, representado na área exclusivamente pela sua Formação Piragibu, aqui redefinida. Durante o desenvolvimento da foliação \'S IND. 1\' do Grupo Serra do ltaberaba, foram geradas dobras isoclinais, em regime metamórfico do tipo Barrowiano, de grau predominantemente da fácies anfibolito médio, com variações locais para fácies dos xistos verdes superior e anfibolito superior, com condições máximas à P \'QUASE IGUAL A\' 5 - 6 kb e T \'QUASE IGUAL A\' 620°C. O evento associado ao desenvolvimento da \'S IND. 2\', com dobras isoclinais a similares fechadas, foi de intensidade próxima ao anterior, mas de pressão mais baixa, sem cristalização da cianita. Este evento pode ser correlacionado ao que aconteceu quando do desenvolvimento da \'S IND. 1\' do Grupo São Roque, da fácies dos xistos verdes. Eventos de crenulação e retrometamórficos da fácies dos xistos verdes superimpuseram-se a estes. Nota-se, de maneira geral, uma atenuação das deformações e do metamorfismo das unidades basais para as de topo do Grupo Serra do Itaberaba e há, para ambos os grupos, aumento de grau metamórfico no sentido nordeste. O metamorfismo de contato produzido pela intrusão das rochas graníticas foi verificado especialmente em áreas restritas, nas bordas dos Granitóides Serra da Pedra Branca, onde pode ter havido, inclusive, cristalização de granada e de estaurolita nos metapelitos da Formação Morro da Pedra Preta. Entretanto, de modo geral, as intrusões causaram poucas e restritas alterações nas rochas supracrustais, indicando colocação profunda dos corpos ígneos. Metamorfismo dinâmico em condições de P x T máximas compatíveis com a fácies dos xistos verdes inferior a superior ocorreram generalizadamente ao longo das zonas de cisalhamento, que têm também freqüentes rochas produzidas por reativação em temperaturas mais baixas. Os metabasitos do Grupo Serra do Itaberaba incluem tipos com pillow lavas, indicando efusões subaquáticas e neles puderam ser caracterizados processos de alterações magmáticas, tais como fracionamento de olivina, piroxênios, plagioclásio e cromita e hidrotermais-metassomáticas de fundo oceânico, de variável intensidade, incluindo desde espilitos até rochas muito transformadas geradas em zonas de descarga de fluidos hidrotermais no fundo oceânico, que modificaram suas composições químicas. Seus característicos químicos permitiram classificá-los como tholeiítos de fundo oceânico, gerados em segmentos normais (tipo N) de cadeia meso-oceânica, com prováveis gradações para zonas sob influência de plumas mantélicas (tipo E), possivelmente em ambiente geotectônico similar ao do tipo Golfo de Aden. As rochas metaintermediárias foram geradas pela fusão da crosta oceânica, na sua subducção ensimática distante do arco de ilhas e do continente. Rochas com cummingtonita, cordierita, granada, estaurolita, quartzo, biotita, clorita, plagioclásio e rutilo foram caracterizadas como produzidas a partir de vulcanitos e rochas vulcanoclásticas básicas por alterações hidrotermais-metassomáticas causadas pela descarga em fundo oceânico de soluções vulcanogênicas, às quais associam-se mineralizações de ouro. As formações ferríferas são do tipo Algoma e têm variável contribuição de rochas vulcanoclásticas e as rochas cálcio-silicáticas contaminaram, assim como os pelitos, parte das rochas metavulcanoclásticas. Os marunditos foram caracterizados como gerados pela sobreposição de vários processos, incluindo o retrabalhamento de rochas aluminosas geradas em zonas de atividade exalativa vulcanogênica, intemperismo e retrabalhamento mecânico subaquático e redeposição em bacias restritas ultra-salinas, geradas pelas soluções hidrotermais vulcanogênicas. Quanto aos metapelitos finos pôde-se sugerir origem a partir de um arco de ilhas e os mais grossos da Formação Pirucaia de áreas continentais, assim como os do Grupo São Roque. Influência de ambiente evaporítico pode ter ocorrido na Formação Nhanguçu, conforme indicam os metassedimentos (clásticos e vulcanoclásticos) ricos em alumínio, com argilas derivadas provavelmente de zonas de alterações hidrotermais vulcanogênicas. As rochas graníticas lato sensu foram separadas em duas suítes, uma de rochas porfiríticas e outra não-porfiríticas, com tipos petrográficos incluindo granitos (3a e 3b), granodioritos, tonalitos, quartzo-dioritos, quartzo sienitos e quartzo monzonitos. Parte delas pode ter sido introduzida nas seqüências supracrustais do Grupo Serra do Itaberaba em épocas mais antigas e alguns granodioritos e tonalitos muito alterados e deformados podem representar restos do embasamento siálico do Grupo Serra do Itaberaba. A quase totalidade das rochas é, entretanto, Brasiliana, dentre as quais se distinguem granodioritos um pouco mais velhos que os granitos e pequenas intrusões tardias de granitos com muscovita e/ou granada e turmalina. Zonas de cisalhamento e de falhas cortam as seqüências, tendo gerado blastomilonitos, milonitos e cataclasitos em períodos diversos, pré-cambrianos a, inclusive, cenozóicos. Estes estudos incluem, ainda, uma discussão preliminar dos tipos de mineralizações existentes nos grupos Serra do Itaberaba e São Roque, com comparações entre elas, bem como do potencial metalogenético do Grupo Serra do Itaberaba para mineralizações de metais básicos. Os trabalhos permitiram caracterizar a complexa evolução crustal da região, onde são bem individualizáveis os grupos São Roque e Serra do ltaberaba, mais provavelmente gerados em ciclos geotectônicos distintos, com idades mínimas, o primeiro, no Proterozóico Médio-Inferior e, o segundo, talvez, no Proterozóico Superior. / The main objective of this work is to characterize the crustal evolution of Precambrian terrains of a part of the State of São Paulo, particularly considering the lithostratigraphic relationships and the geological evolution of the supracrustal sequences of the Serra do Itaberaba and São Roque Groups. The studied area is located between Guarulhos and Santa Isabel, northeast of the capital São Paulo, and covers 540 km2 that have been mapped on the scale 1:25,000. Two smaller areas of 41.5 and 2.6 km2 were mapped on the scales of 1:10,000 and 1:2,000, respectively. Laboratory studies included rock and ore petrography (thin and polished sections), modal analysis of granitic rocks including selective staining of feldspars, analysis of residual minerals, X-ray diffraction methods applied to the identification of minerals, rock geochemistry, macro- and microstructural analysis and comparative metallogenesis of the Serra do Itaberaba and São Roque Groups. The supracrustal rocks may be characterized as polydeformed and polymetamorphosed. The Serra do Itaberaba Group is older and basal and comprises sequences of volcanosedimentary, clastic-contaminated chemical and clastic rocks, respectively named the Morro da Pedra Preta, Nhanguçu and Pirucaia Formations. The overlying, younger São Roque Group is made up essentially of clastic rocks and represented in the area only by the Piragibu Formation (as redefined). The \'S IND. 1\' foliation of the Serra do Itaberaba Group was accompanied by isoclinal folding and Barrow-type regional metamorphism of mainly medium amphibolite facies grade; local variations ranged from upper greenschist to upper amphibolite facies. The maximum P-T conditions were estimated as P \'QUASE IGUAL A\' 6 kb and T \'QUASE IGUAL A\' 620°C. The \'S IND. 2\' foliation with isoclinal folding similar to the \'S IND. 1\' folds developed under metamorphic conditions nearly as high as those of the previous event, however in a regime of lower pressure, without the crystallization of kyanite. This event caused the main metamorphism of the São Roque Group, of greenschist facies rank, and was accompanied by the development of the São Roque Grup\'s \'S IND. 1\' foliation. Final events included superimposed crenulations and greenschist facies, retrograde metamorphism. In the profiles of the Serra do Itaberaba Group, continuous deformational and metamorphic attenuations are evident from the bottom to the top of the unit. Both groups show increasing regional metamorphism towards the northeast. Restricted contact metamorphism was produced by granitic intrusions, specially in the border zones of the Serra da Pedra Branca Granitoids, possibly augmenting garnet and staurolite formation in Morro da Pedra Preta metapelites. In general, however, the intrusions caused only weak and limited alterations in the supracrustal rocks indicating deep-sited intrusion of the granitoids. Dynamic metamorphism under maximum P-T conditions of the greenschist facies was widespread in deeper parts of shear zones, and cataclastic rocks were produced under shallower crustal conditions. Serra do Itaberaba Group metabasic rocks include pillow lavas indicating subaquatic eruptions. All the basic magmatic rocks suffered olivine, pyroxene, plagioclase and chromite fractionation in the magmatic stage and ocean-floor hydrothermal and metasomatic alteration of varied intensity producing spilites and very strongly transformed rocks in hydrothermal discharge zones. The geochemical characteristics allowed the classification of the metabasic rocks as N-type ocean-floor tholeiites generated in normal segments of a mid-oceanic ridge with possible gradations to types formed under the influence of mantle plumes (E-type MORBs). Similarities exist with the geotectonic environment of the Gulf of Aden spreading center. Metaintermediate rocks were formed by the fusion of oceanic crust in ensimatic subduction zones distant from island arc and continental influences. Rocks with cummingtonite, cordierite, garnet, staurolite, quaftz, biotite, chlorite, plagioclase and rutile were identified as hydrothermal-metasomatic altered volcanics. They were produced by ocean-floor volcanogenic discharge solutions and are associated with gold mineralizations. Algoma-type iron formations show varied contributions of volcanoclastic materials and were partly contaminated by calc-silicate rocks and mudstones. Marundites (margarite-corundum schists) were generated by the superposition of various processes including re-worked aluminous rocks from of volcanogenic exhalative zones, weathering, subaquatic mechanical re-working and redeposition in restricted ultrasaline basins, originated by volcanogenic hydrothermal solutions. Island arc and continental origins are suggested, respectively, for the Pirucaia Formation and São Roque Group metapelites. Evaporitic influences may have occurred in the Nhanguçu Formation as indicated by aluminum-rich (clastic and volcaniclastic) sediments which contain clays derived most probably from zones of volcanogenic hydrothermal alteration. Granitic rocks sensu lato were separated into two suites, one porphyritic and the other non-porphyritic. Both include 3a and 3b granites, granodiorites, tonalites, quartz diorites, quartz syenites and quartz monzonites. Part of the bodies may have intruded the supracrustal sequences of the Serra do Itaberaba Group in earlier periods, and some strongly altered deformed granodiorites and tonalites may represent relics of a still older, pre-Serra do Itaberaba Group sialic basement. However, the overwhelming majority of the granitic rocks are of Brasiliano age, armong which slightly older granodiorites may be separated from small, later, muscovite- and/or garnet- and tourmaline-bearing granite intrusions. Shear and fold zones, in which blastomilonites, filonites, milonites and cataclasites were generated, cut all the Precambrian rocks and were reactivated in different events, from Precambrian through Cenozoic times. The preliminary metallogenic studies include a comparative discussion of the different types of gold mineralizations in the Serra do Itaberaba and São Roque groups and also a reappraisal of the Serra do Itaberaba Group base metal potential.
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Contribuição ao estudo metalogenético do depósito de ouro de Salamangone, Distrito Aurífero de Lourenço, Amapá

Sônia Aparecida Abissi Nogueira 24 June 2002 (has links)
O Distrito Aurífero de Lourenço, localizado na região centro-norte do Estado do Amapá, insere-se na Província Geocronológica Maroni-Itacaíunas, de idade Paleoproterozóica, onde ocorrem rochas supracrustais que foram afetadas por metamorfismo de alto grau e parcialmente migmatizadas, bem como complexos cálcio-alcalinos. O depósito de Salamangone hospeda-se em granitóides de composição tonalítica a granodiorítica, de caráter cálcio-alcalino, metaluminosos a levemente peraluminosos. Exibem concentrações relativamente elevadas de LILE e TR leves e baixas taxas de Nb, Ta, Ti e Zr, indicando que teriam sido gerados em ambiente de arco vulcânico. Análises U-Pb (zircão) em tonalito forneceram idade de cristalização de 2,16Ga, enquanto dados de Sm/Nd indicam idades modelo (\'T IND. DM\') da ordem de 2,34Ga (granodiorito) e 2,24Ga (tonalito), com valores positivos de \'\'épsilon\' IND. Nd\'(\'T IND. DM\'), +2,88 (granodiorito) e +3,02 (tonalito), permitindo interpretar que os protólitos desses granitóides foram diferenciados diretamente do manto, com pequena residência crustal, e estariam relacionados a arco juvenil Paleoproterozóico. A isócrona de referência Rb/Sr (rocha total) dos granitóides apontou uma razão inicial em torno de 0,702, indicando uma fonte mantélica (juvenil) para o magma gerador dessas rochas, corroborando os dados de geoquímica. A mineralização aurífera consiste em um sistema de veios de quartzo epigenéticos, enriquecidos em Au e As, controlado por uma zona de cisalhamento dúctil-rúptil. O sistema filoniano compreende três corpos principais, designados de Capa, Principal e Lapa, considerados como sendo veios de cisalhamento ou veios em falhas, tipificados por uma estrutura laminada ou em ribbon, a indicar episódios repetidos de fraturamentos e deposição mineral. A paragênese dos veios comporta 2 fases principais de mineralização: a Fase I, de maior deposição de quartzo, associada a processos de interação rocha-fluido, que provocou a sulfetação intensa na rocha tonalítica encaixante, e, predominantemente, em ribbons dentro dos veios, originando arsenopirita, lollingita, pirrotita e calcopirita, ressalvando-se que o ouro ocorre, principalmente, nos limites da arsenopirita e lollingita. Esta fase de mineralização se formou num intervalo de temperaturas, entre 400° e 565°C, estas calculadas por meio do geotermômetro arsenopirita. Datação Pb/Pb em cristais de arsenopirita desta Fase I forneceram uma isócrona Pb-Pb de referência de 2002 \'+ OU -\' 61 Ma e a composição isotópica sugere um reservatório crustal mais profundo para o Pb, entre as curvas, de evolução da crosta superior e de ambiente orogênico; a Fase II de mineralização constitui o episódio principal de deposição do ouro. Este ocorre sob a forma livre e associado à arsenopirita, pirita e galena e resultou de processos de remobilização, a partir de soluções aquosas de alta salinidade, atuantes ao longo da zona de cisalhamento. Os processos de alteração hidrotermal envolveram, principalmente, silicificação, sulfetação, saussuritização e cloritização da rocha tonalítica encaixante, desenvolvendo uma zona distal com pouca influência da mineralização, e uma zona proximal onde o balanço químico indica ganhos acentuados em As e Au, com pequena participação de MgO e CaO e perdas de \'Al IND. 2\'\'O IND. 3\', \'K IND. 2\'O e \'Na IND. 2\'O. Inclusões fluidas primárias, contendo soluções responsáveis pela Fase I de mineralização, não foram preservadas, tendo sido destruídas por vários episódios superpostos de deformação, responsáveis pela grande quantidade de planos de inclusões fluidas secundárias, observados nas amostras de quartzo. Uma solução aquosa complexa, contendo Ca \'+ OU -\' As(?), extremamente salina, aprisionada em inclusões fluidas, contidas em um conjunto de trilhas com direção entre N5° - 35°W, pode ter sido responsável pela remobilização e precipitação do ouro primário, durante a Fase II de mineralização. A recorrência de episódios de deformação com aporte e circulação de novos fluidos dentro da zona de cisalhamento, que hospeda o depósito de Salamangone, é demonstrada pela presença flagrante de soluções, essencialmente aquosas e com salinidades variadas, que indicam um amplo processo de mistura, envolvendo um fluido extremamente salino que evolui para termos com composições de salinas cada vez mais baixas. A origem dessas soluções pode, provavelmente, ser atribuída a uma mistura de salmouras profundas de natureza metamórfica, com fluidos hidatogênicos. Os dados isotópicos, disponíveis para a área de Lourenço e regiões vizinhas, na Guiana Francesa e Guiana, sugerem um modelo de evolução crustal geodinâmico, baseado no desenvolvimento de um arco magmático cálcio-alcalino, entre 2250 e 2000Ma. Este fato pode ser interpretado admitindo-se a subducção de uma litosfera oceânica, pré-colisão, entre massas continentais representadas, à época, pela Província Central Amazônica (Bloco Carajás-Iricoumé) e pelo Craton do Oeste Africano. Os períodos mais importantes de formação de depósitos de ouro orogênicos do Paleoproterozóico correlacionam-se, muito bem, com os episódios de crescimento da crosta continental juvenil, notando-se que os eventos de concentração de ouro se posicionam entre 2,1 e 1,8 Ga, incluindo a geração de importantes depósitos nos cratons do Oeste Africano e Amazônico e no Orógeno Trans-Hudsoniano (Goldfarb et al. 2001). Deste modo, Salamangone constituiria um depósito aurífero orogênico mesozonal, originado durante processos de deformações compressional a transpressional, em orógenos de acresção, associados à margem convergente Paleoproterozóica. / The Lourenço Au-District is located in the central portion of the State of Amapá, within the Maroni-Itacaiúnas Province, 2.2 - 1.95 Ga (Teixeira et al. 1989), of the Amazonian Craton. The Lourenço region is included within a Paleoproterozoic suite of high-grade partially migmatized metamorphic supracrustal rocks and calc-alkaline complexes. The Salamangone gold deposit lies within a calc-alkaline, metaluminous to slightly peraluminous tonalite to granodiorite pluton. It is characterized by high contents of incompatible trace elements and LREE, showing a geochemical signature of volcanic-arc granites. Zircons extracted from the tonalite were analyzed by the U-Pb method, and analytical points are plotted on a concordia diagram. The discordia calculated for 14 data points has an upper intersection at 2.16 \'+ OU -\' 0.13Ga, the inferred crystallization age of the tonalite, and a lower intercept 0.48 \'+ OU -\' 0.13Ga, respectively. The \'\'épsilon\' IND. Nd\' values were corrected using 2.16Ga age determined for the tonalite. The \'\'épsilon\' IND. Nd (2.16Ga)\' values vary from +2.88 to +3.02, which suggest that the magmatic source region was mainly a depleted mantle with little or no contamination from Archean crust. The low initial \'Sr ANTPOT. 87\'/\'Sr ANTPOT. 86\' ratios obtained for both contemporaneous granodiorite and tonalite vary from 0.702 to 0.703, in agreement with the Sm-Nd isotope data. The deposit, clearly related to the epigenetic style of mineralisation, mainly encompass tree ore bodies, named: Filão Principal, Filão Capa and Filão Lapa. A ductile-brittle shear zone striking N50°-60°W and dipping 55° to 70°NE controls all of these veins. The primary mineralisation consists of ribbon banded quartz veins enriched in Au and As, exhibiting relatively low enrichment of Ag, Pb, Cu, Bi. On the basis of the internal structure and texture, the veins can be classified as laminated. The alteration processes so far recognized are represented by silicification, sulphidation, saussuritization and chloritization of the host tonalite, producing a proximal alteration zone marked by enrichment in As and Au and a poorly mineralized distal zone. The textural and chronological relationships between the most common sulfide minerals, associated with the gold mineralisation, indicate a distinct paragenetic sequence, Stage I: arsenopyrite, pyrrotite, löllingite and chalcopyrite. Gold, located at grain boundaries between arsenopyrite and löllingite, is related to sulphidation hydrothermal processes. Temperatures yielded by the arsenopyrite thermometer are about 400 to 565°C. For directly date the ore minerals, age determinations were made on samples of arsenopyrite by stepwise leaching technique using Pb-Pb systematic. The analytical points define an isochron, which yield an age of 2002 \'+ OU -\' 61 Ma, consistent with the mineralisation stage I. The radiogenic Pb- Pb isotopic composition suggests a deep orogenic crustal source for the Pb. Stage II: arsenopyrite, pyrite and minor galena. It was the predominant period of gold deposition, which is related to remobilization processes. The primary stage I minerarization fluid inclusions are not at all preserved and recognized in the studied quartz samples, because they were destroyed by superposed episodes of deformation. However, abundant secondary aqueous healed fluid inclusions planes were observed. More complex N5°-35°W trending Ca \'+ OU -\' As (?) high salinity aqueous fluids, active during later stages of deformation within shear zone, are probably responsible for remobilization of gold from deeper levels, during stage II mineralization. The wide range of salinities recorded in the aqueous fluid inclusions might be referred to the mixture of high-salinity aqueous fluids with low-salinity fluids. These fluids were probably derived from a mixture of deep metamorphic brines with shallow meteoric waters of deep circulation. The isotopic data available for the Lourenço Au-District and neighboring regions in French Guiana and Guiana, strongly suggest a geodynamic crustal evolution model, based on the development of a calc-alkaline magmatic arc in the time interval (2.25-2.0 Ga). This can be explained by subduction of oceanic lithosphere in the beginning of the collision between two continental masses composed at that time by the Central Amazonian Province-Carajás-Iricoumé Block and the West African craton. The important periods of Archean and Paleoproterozoic orogenic gold-deposit formation correlate well with episodes of growth of juvenile continental crust, where the gold-forming events concentrated between 2.1 and 1.8 Ga, including deposition of the important ores, mainly, in the West Africa craton, Amazonian craton and Trans-Hudson orogen. In this way, the Salamangone gold deposit represents an orogenic mesozonal gold deposit, which was formed during compressional to transpressional deformation processes at Paleoproterozoic convergent plate margins in accretionary orogens.
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Geologia, petrologia e metalogenia da sequência vulcano-sedimentar de Alpinopolis, Minas Gerais / Not available.

Sebastião Gomes de Carvalho 23 August 1990 (has links)
A Sequência Vulcano-Sedimentar de Alpinópolis é uma, entre várias outras sequências correlatas no sudoeste do estado de Minas Gerais, que integram o Greenstone belt \"Morro de Ferro\". Essas sequências como um todo encontram-se embutidas tectonicamente, por falhas ou estruturas sinformais em um embasamento granítico-migmatítico gnáissico regionalmente denominado de Complexo Campos Gerais. Através de furos de sondagens na Sequência Vulcano Sedimentar Alpinópolis foram identificada a presença de vários corpos sulfetados (disseminados, semimaciços e maciços) em profundidade, hospedados em diferentes tipos litológicos (metavulcânicas e metassedimentos). O estudo desses corpos e de suas encaixantes mostrou que os eventos tectono metamórficos com caráter policíclico que atuaram regionalmente, resultou numa geologia local extremamente complexa, afetando a sua distribuição e configuração especial. Apesar disso, os estudos geológicos, petrológicos, petrográficos e petroquímicos realizados permitiram identificar nas hospedeiras e corpos sulfetados, diversas feições geológicas, destacando-se: 1º) a presença de uma suíte metaultrabásica/metaultramáfica, constituída por clorita-tremolita-xisto (com pseudomorfos de olivinas e textura spinefex), sepertinito, talco-xisto e hornblenda xisto, que originalmente corresponderiam a peridotitos e piroxenitos de composição komatiíca; 2º) uma suíte de rochas metabásicas/metamáficas com composição de basaltos, formada por plagioclásio-hornblenda-tremolita xisto, anfibolito e albitas-anfibolito; 3º) uma suíte metassedimentar encerrando granada-biotita-xisto, (contendo ou não sillimanita, estaurolita e antofilita) e clinozoisita-actinolita-fels, que originariamente corresponderiam respectivamente a possíveis sedimentos pelíticos, margosos e tufaceos. 4º) ocorreram dois eventos metamórficos na área. O primeiro teve como limite inferior temperaturas da ordem de 520 C marcada pela assembléia granada/sillimanita/estaurolita. O segundo evento e retrogressivo na fácies xisto verde, afeta esta mesma área causando nas rochas extensivas modificações mineralógicas. Os dados químicos obtidos através do estudo das fases mineralógicas metamórficas incluindo anfibólio, serpentina, olivina, feldspato, clorita, mica, granada e piroxênio, são compatíveis com aqueles obtidos através de estudos petrográficos e químicos. Os anfibólios, por exemplo são essencialmente magnesianos (na suíte metaultramáfica) apresentam forte variação ferro-magnesiana na suíte metabásica e ampla variação nos teores de cálcio na suíte metassedimentar. Os corpos de sulfetos apresentam-se tectonicamente controlado (zonas de cisalhamento), e estão alojados em diversos litotipos (metaultramáficos, metaultrabásicas, metassedimentos). Suas espessuras são variáveis e ostentam formato lenticular. Sua composição mineralógica é simples, predominando em termos de abundância pirrotita, pirita e secundariamente esfalerita, calcopirita, pentlandita e milerita. Essa mineralogia resulta nos baixos teores de Ni,Cu, Zn, presente nos corpos. Foram identificados quatro associações mineralógicas sulfetadas nesses corpos, registrando os sucessivos eventos geológicos, incluindo: 1º) uma assembléia original atualmente representada por pirita, pirrotita, pentlandita e millerita, 2%) uma assembléia dominada por pirrotita,pirita, gerada durante o evento metamórfico de alto grau, 3º) uma associação mineralógica caracterizada por pirita e pirrotita recristalizadas, com exsoluções de calcopirita e pentlandita; 4º) uma associação com pirita e pirrotita com formas édricas e secundariamente esfaleritas e calcopiritas em fraturas. O tectonismo intenso que afetou toda a área, obliterou e modificou a assembléia sulfetada original, dificultando o estabelecimento de uma hipótese genética para a mineralização sulfetada, optando-se tentativamente pelo modelo vulcânico-exalativo. / The Alpinopolis Volcano Sedimentary Sequence is, among several others correlated sequences in the southeastern part of Minas Gerais, State, an integrated portion of the \"Morro do Ferro\" Greenstone Belt. The sequences show, as a general feature, ubiquitons tectonically disturbed zones, where faulting and folding are pervasive processes. The local basement can be characterized as an ancient granite-migmatite complex, regionally recognized and defined as \"Campos Gerais\" Complex. Diamond drlling surveys were carried out in the regard of defining the stratigraphic pile, and with this approach, several kinds of sulphide bodies were identified (disseminated, semimassive and massive), closely associated with different lithotypes (metavolcanic, and metasedimentary rocks). The study of these bodies, and of their host rocks displayed that these tectonic metamorphic events, with polycyclic regional character, resulted in a inextricable local geology, affecting its distribution and special configuration. Moreover the geological, petrological, petrographic and petrochemical studies carried out permit us to identify, in the host rocks and ores, several geological features; namely: 1º) the existence of an, metaultrabasic/metaultramafic suit, constituted of clorite-tremolite-schists with pseudomorphsed olivine, and spinifex textures, serpentinite, talc-schists and hornblende-schist, which originally could correspond to komatiitic periodotites and piroxenites; 2º) a metabasic/metamafic suit, composed of plagiclase-hornoblende-tremolite schists, anfibolites and albite-anfibolitic; 3º) a metassedimentary suit embracing garnet-biotite schists and clinozoisite-actinolite-fels, which originally could correspond respectivelly to, pelitic marly (margosos) and tuffaceous sediments; 4º) two main metamorphic events occurred in the área: The former showed lower temperatures at 520°C assigned by garnet-sillimanite-staurolite parageneses. The latter, with conspicous retrogressive character, conducted to a reequilibrated mineralogical assemblage. The chemical data obtained by the study of mineralogical phases, including anfibolis, supentine, olivine, feldspar, clorite, mica, garnet and piroxene are compatible with that obtained by chemical and petrographic approchs. The anfibolis, as a good example are essentially magnesian when in the metaultramafic suit; show strong iron-magnesian grade variations when in the metabasic suit and show very, strong variations, in the calcic grade when in the metassedimentary suit. The sulphide bodies make themselves tectonically controlled and define true shear zones. They are locatted in the core several lithotypes, namely: metaultramafic, metaultrabasic and metassedimentary rocks. Their thickness are very variable and exhibit lenticular shapes. Their mineralogical compositions show marrow variations and can include predominantely, pirrotite and pyrite and secondarily, esphalerite, chalocopyrite, pentlandite and millerite decreasing in abundannce. These mineralogical groups explain the lower Ni, Cu, Zn grades. Four mineralogical assemblages were identified recording the successive geological events, that is to say: 1º) a primeval assemblage comprised by pyrite, pirrotite, pentlandite e millerite; 2º) an assemblage dominated by pirrrotite, pyrite spring up during. The hight grade metamorfic event. 3º) an mineralogical association characterized by recrystallized pyrite and pirrotite, showing chalcopyrite and pentlandite exsolutions; 4º) an association making up pyrite and pirrotite with euhedrical shapes and accessorily esphalerites and chalcopyrites filling fractures. The high tectonic disturbing events affected the whole area, masqueraded and modified the primeval sulfide (sulfidic) assemblage preventing us propose a clear genetic hypotheses to sulphide mineralizations and, alternatively, allow us only suppose an volcano-exhalative model .
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Evolução termocronológica e metalogenética da mineralização aurífera do depósito turmalina, Quadrilátero Ferrífero-MG / Not available.

Marta Edith Velásquez David 07 July 2011 (has links)
Em margens ativas, processos orogênicos como acreção e colisão podem gerar cinturões metamórficos. Mediante esses mecanismos se adiciona e/ou se produz espessamento da crosta continental. Durante a evolução de um orógeno é possível formar depósitos auríferos de diversas origens, paragêneses minerais particulares e associações metalíferas. Desse modo, depósitos hospedados em cinturões metamórficos apresentam características condizentes com o ambiente tectônico formador, as quais permitem inferir sua gênese. Na região do Quadrilátero Ferrífero a maioria dos principais depósitos auríferos hospedados nas rochas metavulcanossedimentares do greenstone belt Rio das Velhas consideram-se do tipo stratabound associados a formações ferríferas bandadas (Ribeiro-Rodrigues et al.1997), no entanto os relacionados com zonas de cisalhamento são restritos, pouco estudados e de baixo interesse para a exploração mineral, mas de relevante importância para a pesquisa geológica, pois podem ser marcadores de fases orogênicas. Ao oeste do Quadrilátero Ferrífero na região de Pitangui, o depósito de ouro Turmalina está conformado por dois corpos tabulares dispostos em atitude NW-SE com caimento para Norte e a rocha encaixante evidencia principalmente alteração silícea e clorítica. Neste depósito o ouro está acompanhado de pirita, pirrotita, arsenopirita, quartzo como ganga e turmalina. Muscovita e apatita como minerais de alteração hidrotermal. Ele se encaixa na zona de cisalhamento Pará de Minas pertencente ao sistema Pitangui e se hospeda em rochas metavulcanossedimentares do grupo Nova Lima (greenstone belt Rio das Velhas). Estas rochas exibem deformação milonítica e minerais metamórficos indicativos de fácies anfibolito. A paragênese metamórfica característica das rochas do depósito Turmalina que consiste de granada, estaurolita, cummingtonita, biotita, clorita, plagioclásio e quartzo, formou-se a temperaturas que se estima chegaram a 600 °C e pressões de até 6.6 Kb. Idades isocrônicas no intervalo 2076 \'+ OU -\'60 a 2184 \'+ OU -\'39 Ma, para esse metamorfismo Riaciano foram determinadas mediante Sm-Nd rocha total granada. Uma isócrona rocha total - sericita de 1928 \'+ OU -\'2.6 Ma representa a idade da alteração hidrotermal induzida pela passagem dos fluidos geradores do minério. Esta idade foi comprovada por uma idade 1951 \'+ OU -\' 330 Ma de cinco pontos Pb-Pb em material lixiviado de arsenopirita, sulfeto que acompanha o ouro, e pela idade isocrônica Rb-Sr de 2023 \'+ OU -\'110 Ma., obtida também em arsenopirita. O estudo microtermométrico de inclusões fluidas aquosas, aquocarbônicas e carbônicas retidas em cristais de quartzo associados ao ouro do depósito Turmalina, evidenciaram que os fluidos a partir dos quais precipitaram o ouro, o quartzo e os sulfetos de ferro foram aprisionados em temperaturas elevadas (~600 °C). Depois da cristalização do quartzo houve misturas dos fluidos originais com outros mais frios e menos salinos, que causaram boiling contínuo e particionamento de componentes salinos. Esses fluidos foram retidos em inclusões fluidas liquidas que co-existiram com outras ricas em vapor em temperaturas semelhantes. Também foi comprovado aprisionamento de fluidos aquocarbônicos originalmente imiscíveis (efervescência) cujo início teria ocorrido em condições próximas de 340 °C e pressões de 1.3 kbar o qual se estendeu até temperaturas mais baixas com imiscibilidade contínua. Uma etapa mais antiga de aprisionamento e formação do quartzo em temperaturas ao redor de 600 °C foi registrada em umas poucas inclusões ainda preservadas. Os fluidos a partir dos quais precipitou o ouro no depósito aurífero Turmalina tiveram temperaturas superiores a 400 °C. O transporte de ouro teria ocorrido sob a forma de complexos clorados, cuja deposição esteve relacionada com a diminuição da temperatura, e modificações na química dos fluidos decorrentes de processos de mistura e imiscibilidade de fluidos hidrotermais. A origem da energia cinética que movimentou esses fluidos seria relacionada com a ativação e reativação das zonas de cisalhamento pertencentes ao sistema Pitangui que hospedam o depósito Turmalina. A deposição do ouro teve continuidade durante todo o processo de cristalização do quartzo sempre promovida por mecanismos e processos resultantes da atividade dinamotérmica no Riaciano. / In an active margin, orogenic processes such as accretion and collision can generate metamorphic belts and those mechanisms are responsible for the addition and/or thickening of the continental crust. Gold deposits of several origins could occur during orogen evolution in particular mineral paragenesis and metalliferous associations. Hence deposits in metamorphic belts exhibit characteristics compatible with the tectonic environment where these were formed, which enables knowing their genesis. In the Quadrilátero Ferrífero region, most of the main gold deposits in the meta-vulcanosedimentary rocks of the Rio das Velhas greenstone belt are considered as stratabound type associated to banded iron formations (Ribeiro-Rodrigues et al.1997). However, those related with shear zones are restricted, poorly studied and of insignificant interest in mineral exploration, although with relevance in geological research because they could be markers of orogenic phases. Western Quadrilátero Ferrífero region of Pitangui, the Turmalina gold deposit is shaped by two tabular NW-trending and N-dipping bodies where the basement shows silica and chlorite as the main alteration products. In this deposit, gold is associated with pyrite, pyrrothite, and arsenopyrite, with associated quartz as gangue, and tourmaline, muscovite and apatite as hydrothermal alteration products. It is located at the Pará de Minas shear zone belonging to the Pitangui system and embedded in the meta-vulcanosedimentary rocks of the Nova Lima Group (Rio das Velhas greenstone belt). These rocks exhibit mylonitic fabrics and metamorphic minerals belonging to amphibolite facies. A metamorphic association with garnet, staurolite, cummingtonite, biotite, chlorite, plagioclase and quartz was formed in approximate temperature of 600 ºC and pressure of 6.6 kbar. whole rock and garnet Sm-Nd isochron ages of 2076 \'+ OU -\'60 to 2184 \'+ OU -\'39 Ma were determined for the Riaciano metamorphic event. An isochron of whole rock - sericite of 1928 \'+ OU -\'2.6 Ma represents the age of the hydrothermal alteration induced by the infiltration of the mineral-forming fluid. This age was confirmed by an age of 1951 \'+ OU -\'330 Ma of five points on Pb-Pb in leaching from arsenopyrite, sulphide associated with the gold and by the Rb-Sr isochron age of 2023 \'+ OU -\'110 Ma, also obtained in arsenopyrite. Microthermometric studies on carbonic aqueous fluid inclusions retained in quartz crystals associated to the gold at the Turmalina deposit, show that the fluids from which the gold was precipitated, quartz and iron pyrite were trapped at high temperatures (~600 ºC). After the crystallization of quartz, there was a mixing of the original fluids with cooler and less saline ones which caused continuous boiling and partitioning of the saline components. These fluids were retained as liquid fluid inclusions co-existing with other vapour-rich at similar temperatures. The trapping of carbonic fluids originally immiscible (effervescent) was proved that began at about 340 ºC and at pressure of 1.3 kbar until very low temperatures with continuous immiscibility. An older step of trapping and formation of quartz at temperatures around 600 ºC was recorded in some preserved inclusions. The fluids from which the gold precipitated in the Turmalina gold deposits had temperatures above 400 ºC. The transportation of the gold might occurred as chloride complexes whose deposition was related with the reduction of the temperature and modifications in the chemistry of the fluids from the processes of mixing and immiscibility of hydrothermal fluids. The origin of kinetic energy which carried these fluids should be related to the activation and reactivation of the shear zones belonging to the Pitangui system that encloses this Turmaline deposit. The deposition of the gold continued during all the processes of quartz crystallization always catalyzed by mechanisms and processes from dynamothermal activities in the Riaciano period.
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Múltiplos estágios de alteração hidrotermal do depósito de óxido de ferro-cobre-ouro Furnas, Província Carajás: evolução paragenética e química mineral. / not available

Silvandira dos Santos Góes Pereira de Jesus 18 November 2016 (has links)
A Província Mineral de Carajás, situada a sudeste do Cráton Amazônico, concentra a maior parte dos depósitos de óxido de ferro-cobre-ouro (IOCG) de alta tonelagem do mundo. Apesar da grande quantidade de estudos geocronológicos, os atributos geológicos, assinaturas isotópicas e fatores responsáveis pela formação dessas grandes reservas minerais ainda são pouco compreendidos. O depósito Furnas (500 Mt @ 0,7% Cu) constitui um trend mineralizado de direção WNW-ESSE, com 9 km de extensão, situado na Falha Transcorrente do Cinzento. Apresenta expressiva relação espacial com dois corpos graníticos: o granito Cigano, paleoproterozoico, aflorante a leste, e o granito Furnas, de idade incerta e mais preservado da alteração hidrotermal apenas a oeste do depósito. As rochas hospedeiras são representadas por andalusita-muscovita-biotita xisto com estaurolita na zona de lapa e por anfibólio-granadabiotita xisto na zona de capa. A paragênese metamórfica do anfibólio-granada-biotita xisto é representada por núcleos de Fe-edenita com bordas hidrotermais de Fe-tschermakita, K-hastingsita, Fe-actinolita e K-Fesadaganaíta. Resquícios do granito Furnas, intensamente hidrotermalizados, são reconhecidos, com dificuldade, nos testemunhos de sondagem. Distintos estágios de alteração hidrotermal estão impressos nas rochas. O granito Furnas foi o único submetido à alteração sódica pervasiva inicial (albitização), sucedida por intensa silicificação, concomitante à milonitização e posterior alteração potássica (biotita), registradas, também, nas demais hospedeiras do depósito. Turmalinização posterior a concomitante à alteração potásica, foi sucedida pela cristalização de cristais milimétricos de almandina, comumente coalescentes, associados a frentes de alteração hidrotermal. O metassomatismo de ferro é representado pela formação de grunerita, seguida por cristalização de magnetita ao longo da xistosidade das rochas hospedeiras. Estágio hidrotermal tardio originou rochas grossas e isótropas a localmente foliadas, constituídas principalmente por K-hastingsita associada a halos externos de alteração clorítica e veios de quartzo, comumente mineralizados. Chamosita formada nesse estágio substituiu parcial a totalmente biotita, granada e anfibólios formados em estágios prévios. A mineralização, representada por calcopirita e bornita, ocorre em fronts de substituição nas rochas ricas em granada-grunerita-magnetita, em veios e vênulas interconectadas, configurando stockworks. Além disso, brechas com infill de sulfetos que contornam clastos constituídos por quartzo, possivelmente associado à eventos de silicificação prévios, são identificadas. Mineralização de cobre, subordinada e tardia, se associa a veios de quartzo-hastingsita-clorita-albita-carbonato, com texturas de preenchimento de espaços abertos, relacionados espacialmente às zonas de cloritização. As paragêneses reconhecidas nos distintos estágios, principalmente àquelas relacionadas à zona mineralizada, constituem uma assembleia de alta a moderada temperatura para o sistema hidrotermal relacionado à evolução do depósito Furnas. Os estilos de alteração relacionam-se a diferentes regimes deformacionais e níveis crustais, demonstrando sobreposição de eventos mineralizantes e de alteração em sistemas hidrotermais intermediários, tal qual o Furnas. / The Carajás Mineral Province, located at the southern portion of the Amazonian Craton, hosts great part of the high-grade iron-oxide-copper-gold deposits known in the world. Despite the significance of geochronological studies, the geologic features, isotopic signatures and processes responsible for the formation of these outstanding mineral resources is still poorly understood. The Furnas deposit (500 Mt @ 0.7% Cu) comprises a mineralized WNW-ESSE trend, with 9 km of extension, within the Cinzento Transcurrent Fault Zone. The deposit has notable spatial relationship with two granitic bodies: the Paleoproterozic Cigano granite, which outcrops at the east; and the Furnas granite, of uncertain age, that is well-preserved from the hydrothermal alteration only outcrops towards the west. The host rocks are represented by andalusite-muscovite-biotite schist with staurolite at the footwall and amphibole-garnet-biotite schist at the hanginwall zone. The metamorphic paragenesis of the amphibolegarnet-biotite schist is represented by Fe-edenite cores, which are rimmed by hydrothermal Fe-tschermakite, K-hastingsite, Fe-actinolite and K-Fe-sadaganaite. Relicts of the Furnas granite, highly hidrothermalized, can be barely recognized at the drillholes. Different stages of hydrothermal alteration are recognized in the Furnas Deposit. The Furnas granite underwent an early pervasive sodic alteration with albite. This was succeeded by intense silicification synchronous to milonitization, which was followed by potassic alteration with biotite, also recorded on the other host rocks. Turmalinization, later to coeval to potassic alteration, was followed by the crystallization of milimetric almandine crystals, generally coalescing, associated with hydrothermal alteration fronts. Iron metassomatism is represented by grunerite crystallization, followed by magnetite formation along the host rock foliation. A later hydrothermal stage originated coarse-grained rocks, isotropic to locally foliated, composed mainly of K-hastingsite associated with external haloes of clorite alteration and quartz veins, generally with copper mineralization. Chamosite, formed at this stage, replaced partial to totally biotite, garnet and amphiboles formed in previous hydrothermal alteration stages. Copper-gold mineralization is represented by chalcopyrite and bornite, which occur in replacement alteration fronts in the garnet-grunerite-magnetite-rich rocks, in veins, interconnected veinlets and stockworks. Besides that, breccias with sulfide infills that surround quartz clasts, probably associated with early silicification events, are also recognized. Late and subordinated copper mineralization is associated with quartz-hastingsite-chlorite-albite-carbonate veins with open-space filling textures that are spatially related to chlorite zones. The paragenesis of the distinct hydrothermal alteration stages, especially those related to the mineralized zone, constitute high to moderate temperature mineral assemblage formed in the Furnas hydrothermal system. Alteration styles are related with different deformation regimes and crustal levels, demonstrating overprinting of mineralizing and hydrothermal alteration events in intermediate hydrothermal systems, as the Furnas.
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Múltiplos estágios de alteração hidrotermal do depósito de óxido de ferro-cobre-ouro Furnas, Província Carajás: evolução paragenética e química mineral. / not available

Jesus, Silvandira dos Santos Góes Pereira de 18 November 2016 (has links)
A Província Mineral de Carajás, situada a sudeste do Cráton Amazônico, concentra a maior parte dos depósitos de óxido de ferro-cobre-ouro (IOCG) de alta tonelagem do mundo. Apesar da grande quantidade de estudos geocronológicos, os atributos geológicos, assinaturas isotópicas e fatores responsáveis pela formação dessas grandes reservas minerais ainda são pouco compreendidos. O depósito Furnas (500 Mt @ 0,7% Cu) constitui um trend mineralizado de direção WNW-ESSE, com 9 km de extensão, situado na Falha Transcorrente do Cinzento. Apresenta expressiva relação espacial com dois corpos graníticos: o granito Cigano, paleoproterozoico, aflorante a leste, e o granito Furnas, de idade incerta e mais preservado da alteração hidrotermal apenas a oeste do depósito. As rochas hospedeiras são representadas por andalusita-muscovita-biotita xisto com estaurolita na zona de lapa e por anfibólio-granadabiotita xisto na zona de capa. A paragênese metamórfica do anfibólio-granada-biotita xisto é representada por núcleos de Fe-edenita com bordas hidrotermais de Fe-tschermakita, K-hastingsita, Fe-actinolita e K-Fesadaganaíta. Resquícios do granito Furnas, intensamente hidrotermalizados, são reconhecidos, com dificuldade, nos testemunhos de sondagem. Distintos estágios de alteração hidrotermal estão impressos nas rochas. O granito Furnas foi o único submetido à alteração sódica pervasiva inicial (albitização), sucedida por intensa silicificação, concomitante à milonitização e posterior alteração potássica (biotita), registradas, também, nas demais hospedeiras do depósito. Turmalinização posterior a concomitante à alteração potásica, foi sucedida pela cristalização de cristais milimétricos de almandina, comumente coalescentes, associados a frentes de alteração hidrotermal. O metassomatismo de ferro é representado pela formação de grunerita, seguida por cristalização de magnetita ao longo da xistosidade das rochas hospedeiras. Estágio hidrotermal tardio originou rochas grossas e isótropas a localmente foliadas, constituídas principalmente por K-hastingsita associada a halos externos de alteração clorítica e veios de quartzo, comumente mineralizados. Chamosita formada nesse estágio substituiu parcial a totalmente biotita, granada e anfibólios formados em estágios prévios. A mineralização, representada por calcopirita e bornita, ocorre em fronts de substituição nas rochas ricas em granada-grunerita-magnetita, em veios e vênulas interconectadas, configurando stockworks. Além disso, brechas com infill de sulfetos que contornam clastos constituídos por quartzo, possivelmente associado à eventos de silicificação prévios, são identificadas. Mineralização de cobre, subordinada e tardia, se associa a veios de quartzo-hastingsita-clorita-albita-carbonato, com texturas de preenchimento de espaços abertos, relacionados espacialmente às zonas de cloritização. As paragêneses reconhecidas nos distintos estágios, principalmente àquelas relacionadas à zona mineralizada, constituem uma assembleia de alta a moderada temperatura para o sistema hidrotermal relacionado à evolução do depósito Furnas. Os estilos de alteração relacionam-se a diferentes regimes deformacionais e níveis crustais, demonstrando sobreposição de eventos mineralizantes e de alteração em sistemas hidrotermais intermediários, tal qual o Furnas. / The Carajás Mineral Province, located at the southern portion of the Amazonian Craton, hosts great part of the high-grade iron-oxide-copper-gold deposits known in the world. Despite the significance of geochronological studies, the geologic features, isotopic signatures and processes responsible for the formation of these outstanding mineral resources is still poorly understood. The Furnas deposit (500 Mt @ 0.7% Cu) comprises a mineralized WNW-ESSE trend, with 9 km of extension, within the Cinzento Transcurrent Fault Zone. The deposit has notable spatial relationship with two granitic bodies: the Paleoproterozic Cigano granite, which outcrops at the east; and the Furnas granite, of uncertain age, that is well-preserved from the hydrothermal alteration only outcrops towards the west. The host rocks are represented by andalusite-muscovite-biotite schist with staurolite at the footwall and amphibole-garnet-biotite schist at the hanginwall zone. The metamorphic paragenesis of the amphibolegarnet-biotite schist is represented by Fe-edenite cores, which are rimmed by hydrothermal Fe-tschermakite, K-hastingsite, Fe-actinolite and K-Fe-sadaganaite. Relicts of the Furnas granite, highly hidrothermalized, can be barely recognized at the drillholes. Different stages of hydrothermal alteration are recognized in the Furnas Deposit. The Furnas granite underwent an early pervasive sodic alteration with albite. This was succeeded by intense silicification synchronous to milonitization, which was followed by potassic alteration with biotite, also recorded on the other host rocks. Turmalinization, later to coeval to potassic alteration, was followed by the crystallization of milimetric almandine crystals, generally coalescing, associated with hydrothermal alteration fronts. Iron metassomatism is represented by grunerite crystallization, followed by magnetite formation along the host rock foliation. A later hydrothermal stage originated coarse-grained rocks, isotropic to locally foliated, composed mainly of K-hastingsite associated with external haloes of clorite alteration and quartz veins, generally with copper mineralization. Chamosite, formed at this stage, replaced partial to totally biotite, garnet and amphiboles formed in previous hydrothermal alteration stages. Copper-gold mineralization is represented by chalcopyrite and bornite, which occur in replacement alteration fronts in the garnet-grunerite-magnetite-rich rocks, in veins, interconnected veinlets and stockworks. Besides that, breccias with sulfide infills that surround quartz clasts, probably associated with early silicification events, are also recognized. Late and subordinated copper mineralization is associated with quartz-hastingsite-chlorite-albite-carbonate veins with open-space filling textures that are spatially related to chlorite zones. The paragenesis of the distinct hydrothermal alteration stages, especially those related to the mineralized zone, constitute high to moderate temperature mineral assemblage formed in the Furnas hydrothermal system. Alteration styles are related with different deformation regimes and crustal levels, demonstrating overprinting of mineralizing and hydrothermal alteration events in intermediate hydrothermal systems, as the Furnas.
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A PROVÍNCIA CUPRÍFERA DO NORDESTE MERIDIONAL: EVOLUÇÃO DOS PROCESSOS E MODELOS METALOGENÉTICOS

GARCIA, PEDRO MACIEL DE PAULA 09 1900 (has links)
Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2018-04-26T18:30:38Z No. of bitstreams: 1 PGarcia - Tese (FINAL).pdf: 31601468 bytes, checksum: 1a17deff311c1ecdb7260693f1d0b0d0 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-26T18:30:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PGarcia - Tese (FINAL).pdf: 31601468 bytes, checksum: 1a17deff311c1ecdb7260693f1d0b0d0 (MD5) / Depósitos cupríferos que abrigam importantes reservas são encontrados nos estados da Bahia e Alagoas, nordeste da Brasil. Estas jazidas, hospedadas por rochas máfico-ultramáficas em terrenos de alto grau, foram submetidas a deformações e processos hidrotermais entre o Neoarqueano e o Neoproterozoico. O Distrito Cuprífero do Vale do Curaçá (DVC) e o depósito de cobre de Riacho Seco (DRS), ambos na região nordeste da Bahia, juntamente com o depósito de Serrote da Laje (SLJE – Arapiraca, Alagoas) compõem a Província Cuprífera do Nordeste Meridional (PCNEM). A presente tese apresenta um modelo tectônico-metalogenético integrado da região nordeste do Cráton do São Francisco (CSF) e suas faixas marginais, à luz de novos dados geoquímicos, geocronológicos e isotópicos dos depósitos da PCNEM e das ocorrências de cobre do nordeste baiano. Foram visitadas mais de uma centena de ocorrências cadastradas à época, além de novos registros adicionados à esta relação. As áreas visitadas no Bloco Serrinha foram consideradas as mais promissoras para a descoberta de novas mineralizações de cobre, especialmente na região de Uauá (Rio Capim), devido à associação hidrotermalismo-rochas máficas observada em um depósito de malaquita de pequeno porte. As áreas estudadas no Bloco Gavião Norte, Rio Salitre e Serra de Jacobina, apresentam menor favorabilidade para mineralizações de cobre. Idades U-Pb inéditas e isótopos Lu-Hf, integrados a dados litogeoquímicos, indicam um riftemanto riaciano no Rio Salitre (U-Pb em metarriolito: 2161,1±4 Ma) e confirmam uma colocação orosiriana do Granito de Campo Formoso (2073±10 Ma). As mineralizações de calcopirita e bornita do DVC são hospedadas por corpos piroxeníticos e noríticos colocados em zonas de cisalhamento N-S e NNW-SSE, que cortam ortognaisses. Esses litotipos, neoarqueanos, são intrudidos por intrusões ultramáficas e granitoides de composição diversas, de idade orosiriana. Esta tese registrou a presença de magmatismo piroxenítico (2056±9,2 Ma) e granítico (2044,4±2,5 Ma) pós orogênicos no Vale do Curaçá. Zonas de alteração ricas em plagioclásio, microclina e biotita-flogopita foram descritas, estas últimas, restritas aos corpos máfico-ultramáficos, estão associadas a relevantes concentrações de sulfetos de Cu e magnetita hidrotermais. Análises litogeoquímicas e isotópicas Sm-Nd indicam mobilidade nos ETRL, associada às alterações com plagioclásio e biotita-flogopita. Isótopos estáveis – 18O, D, 34S, 56Fe e 65Cu – confirmam a natureza magmático-metamórfica dos fluidos que reconcentraram e foram responsáveis por novas mineralizações no DVC. Dados U-Pb e Lu-Hf indicam uma história polifásica, desenvolvida no Neoarqueano (2634±48 Ma), Paleoproterozoico (2037±14 Ma) e Neoproterozoico (600±18 Ma) para os depósitos de Riacho Seco. As mineralizações no DRS ocorrem como disseminações de calcopirita e bornita em anfibolitos, localmente alterados à biotita. Mineralizações de Fe-V e Cu ortomagmáticos, com remobilizações hidrotermais de Cu-Au em dois estágios, são descritos na intrusão estratiforme de SLJE. Com uma paragênese metamórfica de alto grau, as remobilizações de calcopirita, bornita e calcocita estão associadas a zonas de alteração hidrotermal com hornblenda, biotita ou veios de quartzo. O modelo tectônicometalogenético proposto, integrando todas as áreas estudados, salienta a importância dos eventos metalogenéticos neoarqueanos e paleoproterozoicos, e da deformação Brasiliana na gênese e configuração atual dos depósitos e ocorrências estudados. / ABSTRACT Copper deposits found in the Bahia and Alagoas states, northeastern Brazil, hold significant reserves. They are hosted by mafic-ultramafic rocks in high grade terranes, which underwent hydrothermal and deformational processes between the Neoarchean and the Neoproterozoic. The Curaçá Valley Copper District (CVD) and the Riacho Seco Deposit (RSD), both located in the northeast Bahia, together with the Serrote da Laje deposit (SLJE – Arapiraca, Alagoas), define the Southern Northeast Copper Province (SNECP). This thesis presents an integrated tectonic-metallogenetic model for the northeastern São Francisco Craton (SFC) and its marginal mobile belts, based on new geochemical, geochronogical, and isotopic data of the SNECP deposits and the copper occurrences of the northeastern region of Bahia. More than one hundred occurrences, known at the time, have been visited, and new locals were reported with copper minerals. Regarding the discover of unreported copper mineralizations, Serrinha Block areas are considered the promising ones. Specially the Rio Capim malachite deposit, at the Uauá region, where the hydrothermalism-mafic rocks relation was observed. The northern Gavião Block studied areas – Rio Salitre and Serra de Jacobina – show less favourability for copper mineralizations. New U-Pb geochronology and Lu-Hf data, integrated to lithogeochemical, indicate a Rhyacian rifting at the Rio Salitre region (U-Pb metarhyolite: 2161.1±4 Ma), and confirm an Orosirian emplacement of the Campo Formoso Granite (2073±10 Ma). The chalcopyrite-bornite ore of the CVD is hosted by pyroxenitic and noritic bodies, emplaced in N-S and NNW-SSE shear zones, cross-cutting orthogneisses. Orosirian ultramafic and granitoid intrusions cut these Neoarchean lithotypes. This thesis has registered post-orogenic pyroxenitic (2056±9.2 Ma) and granitic (2044.4±2.5 Ma) magmatism at the Curaçá Valley. Plagioclase-, microcline-, and biotite-phlogopite-rich hydrothermal alteration zones were described, the last one is restricted to the mafic-ultramafic bodies, as well as related to important hydrothermal copper sulfide and magnetite concentrations. Lithogeochemical and Sm-Nd isotopic analyses point to LREE mobility, associated to plagioclase and biotite-phlogopite-rich alterations. The magmatic-metamorphic feature of the hydrothermal fluids was confirmed by stable isotopes data – 18O, D, 34S, 56Fe, and 65Cu. These fluids were responsible for remobilizing and building new copper mineralizations at the CVD. The Riacho Seco deposit display a polyphasic history, developed from the Neoarchean (2634±48 Ma) and Paleoproterozoic (2037±14 Ma) to the Neoproterozoic (600±18 Ma). Chacopyrite and bornite disseminated mineralization is hosted by, in places biotite-altered, amphibolite bodies at the RSD. Orthomagmatic Fe-V and Cu ore, with two-stage hydrothermally remobilized Cu-Au mineralizations occur in the stratiform ultramafic intrusion of SLJE. Chalcopyrite, bornite, and chalcocite remobilizations are related to hornblende, biotite, and quartz-rich alteration zones, which cross-cut high-grade metamorphic parageneses. The tectonic-metallogenetic model, including the all the studied areas, emphasizes the importance of Neoarchean and Paleoproterozoic metallogenetic events, superposed by the Brasiliano deformation on the genesis and final configuration of the studied deposits and occurences. Keywords: Copper Province. Regional Metallogeny. São Francisco Craton. Geochronology. Stable Isotope Geochemistry.
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Metodologia para caracterização geoquímica de meteoritos de ferro utilizando a fluorescência de raios x portátil

Araújo, Acácio José Silva 30 January 2018 (has links)
Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2018-04-26T14:25:15Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Acacio_Araujo.pdf: 3392016 bytes, checksum: c3e21d59c3f2aa32504479544538468d (MD5) / Approved for entry into archive by NUBIA OLIVEIRA (nubia.marilia@ufba.br) on 2018-05-02T20:15:30Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação Acacio_Araujo.pdf: 3392016 bytes, checksum: c3e21d59c3f2aa32504479544538468d (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-02T20:15:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação Acacio_Araujo.pdf: 3392016 bytes, checksum: c3e21d59c3f2aa32504479544538468d (MD5) / Meteoritos são amostras provenientes do espaço que chegam à superfície da Terra após vagarem pelo espaço. Trazem consigo preciosas informações sobre a formação do Sistema Solar e os primeiros momentos na formação e evolução do Planeta. Por sua raridade e importância, o estudo de meteoritos requer técnicas analíticas não destrutivas que permitam conhecer o material sem destruí-lo. Neste sentido, o avanço nos equipamentos e metodologias relacionadas à Fluorescência de Raios-X tem sido bastante promissor. O presente estudo traz uma avaliação das possibilidades de utilização da técnica de Fluorescência de Raios X portátil (PFRX) e seus impactos nas análises litogeoquímicas para determinações qualitativas e quantitativas de elementos maiores e traços em vários tipos de meteoritos férreos. O instrumento utilizado foi o S1 TITAN da BRUKER, com peso total de 1,5 kg, cujo sistema é composto por um tubo de Raios X, com anodo de Ródio (Rh) de 4W, 15-50kV, 5-100μA e um detector FAST SDD (Silicon Drift Detector) refrigerado a ar, onde sua operação é baseada no “Efeito Peltier”. Foi utilizada uma base de sustentação para estabilização do equipamento durante as leituras e o software utilizado foi o de análises em metais. Propomos aqui uma metodologia analítica baseada em leituras sequenciais e sistemáticas de superfícies polidas destas amostras e um tratamento estatístico para reduzir os erros e aumentar a confiabilidade e precisão das análises. O procedimento de verificação da calibração do equipamento utilizou amostras de referência contendo FeS (sulfeto férrico) e Cu (ânodo de cobre), cedidos pelo Grupo Paranapanema, e com laudo analítico por ICP-OES e WFRX de Bancada. Meteoritos de ferro - Bendegó, Vitória da Conquista, Palmas de Monte Alto e Patos de Minas – da coleção Wilton Carvalho atualmente sob a responsabilidade do Museu Geológico da Bahia foram selecionados para o estudo por serem espécimes com maior disponibilidade de massa e por já terem sido analisados previamente por métodos de analise geoquímica já consagrados no estudo de meteoritos. O objetivo deste critério de seleção foi permitir a comparação entre análises por diferentes técnicas e a fluorescência portátil. Os resultados obtidos através das análises utilizando a PFRX foram plotados em planilha eletrônica (EXCEL) e processados estatisticamente tornando possível testar hipóteses e desenvolver um protocolo analítico que permite contribuir para os avanços na meteorítica e viabilizar o uso da técnica de Fluorescência de Raios X portátil na caracterização de meteoritos férreos. / ABSTRACT - Meteorites are samples of space that reach the Earth's surface after wandering through space. They bring precious information about the formation of the Solar System and the first moments in the formation and evolution of the Planet. For its rarity and importance, the study of meteorites required non-destructive analytical that allow to know the material without destroying it. In this sense, the advance in equipment and methodologies related to X-ray Fluorescence has been very promising. The present study provides an assessment of the possibilities of using the portable X - ray fluorescence technique (PFRX) and its impacts on the litogeochemical analyzes for qualitative and quantitative determinations of larger documents and traces in various types of ferrous meteorites. The instrument used for BRUKER S1 TITAN, with a total weight of 1,5 kg, which system is composed of an X-ray tube, with Rhodium (Rh) anode of 4W, 15-50kV, 5-100μA and a detector FAST SDD (Silicon Traction Detector) air-cooled, where its operation and not "Peltier Effect". A support base was used to stabilize the equipment during the development and use of software used in metal analysis. We propose here a real-time analytical methodology in sequential and systematic readings of polished surfaces and samples for a statistical treatment to reduce errors and increase the reliability and precision of the analyzes. The procedure to verify the calibration of the equipment used in reference samples, containing FeS (ferric sulphide) and Cu (copper anode), provided by the Paranapanema Group, and analytical analyzer by ICPOES and WFRX de Bancada. Iron meteorites - Bendegó, Vitória da Conquista, Palmas de Monte Alto and Patos de Minas - from the collection Wilton Carvalho in singleton under the responsibility of the Geological Museum of Bahia were selected for the study par excellence of greater availability of mass and for having already been analyzed Previously by methods of geographic analysis already consecrated without meteorite study. The objective of this selection criterion is to allow comparison between analyzes by different techniques and portable fluorescence. The results obtained through the analyzes using PFRX were plotted in a spreadsheet (EXCEL) and processed statistically making it possible to test hypotheses and the development of an analytical protocol that allows to contribute to the advances in the meteorology and to make possible the use of the technique of portable X-ray fluorescence in the characterization of ferrous meteorites. Keywords: Handheld X-Ray Fluorescence; litogeochemical; iron meteorites.
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O complexo anorogênico plutono-vulcânico salto da divisa (nordeste de Minas Gerais e sul da Bahia): implicações para a abertura do rifte toniano no paleocontinente São Francisco-Congo

Victoria, Anderson Magalhães 24 March 2017 (has links)
Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2018-04-26T17:31:53Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_Anderson_2017_FINAL.pdf: 18151510 bytes, checksum: 8faff3ed270b1cf5af99e84c984137f5 (MD5) / Approved for entry into archive by NUBIA OLIVEIRA (nubia.marilia@ufba.br) on 2018-05-02T21:07:23Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_Anderson_2017_FINAL.pdf: 18151510 bytes, checksum: 8faff3ed270b1cf5af99e84c984137f5 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-02T21:07:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_Anderson_2017_FINAL.pdf: 18151510 bytes, checksum: 8faff3ed270b1cf5af99e84c984137f5 (MD5) / No período Toniano (ca. 957-867 Ma), o paleocontinente São Francisco-Congo experimentou um expressivo evento de abertura intracontinental na região onde atualmente estão inseridos o Orógeno Araçuaí (sudeste do Brasil), o cinturão Oeste-Congo (sudoeste da África) e regiões cratônicas adjacentes. Na África, os principais produtos magmáticos desse rifte estão representados pelo complexo gabroico-granítico (ca. 904-867 Ma) da região de Mayumba (Gabão), assim como pela província anorogênica plutono-vulcânica Congolesa, composta pelos grupos Zadiniano (basaltos) e Mayumbiano (riolitos e granitos; ca. 920-912 Ma). No lado brasileiro do rifte existem registros de um considerável volume de diques e sills máficos, tonianos, distribuídos tanto dentro Orógeno Araçuaí quanto no Cráton do São Francisco. No entanto, a única manifestação de magma félsico até então documentada está representada pela suíte Salto da Divisa (ca. 914-875 Ma), um conjunto de granitos anorogênicos localizados na região sul do estado da Bahia, divisa com Minas Gerais. Tais rochas são entendidas como intrusivas no embasamento Riaciano (conhecido como Complexo Itapetinga), cuja idade é atribuída a um ortognaisse tonalítico. Neste trabalho apresenta-se uma sucessão vulcânica encontrada nos domínios da Suíte Salto da Divisa, composta, dentre outros litotipos, por traquitos e riolitos metamorfizados. Dados químicos revelaram que essas rochas são anorogênicas, sendo enriquecidas em K2O, Na2O, FeOt/MgO, Nb, Y, Zr e ETR, e deficientes em Sr, P, Ti e Eu. Datou-se um metariolito (U-Pb, zircão, LA-ICP-MS) e obteve-se a idade de cristalização magmática em 913 ± 4 Ma. Sendo assim, tais rochas representam o primeiro registro de vulcânicas félsicas, associadas com o rifte Toniano, encontradas até então no Brasil. Além da unidade vulcânica, também foi estudado os componentes plutônicos do magmatismo anorogênico, os quais foram subdivididos nas unidades: i) núcleos graníticos; e ii) bimodal. Os núcleos graníticos correspondem aos corpos de granitos Tipo-A tradicionalmente descritos como os representantes da suíte Salto da Divisa. São sienogranitos a álcali-feldspato granitos rosados, de granulação fina, ou média a grossa, pouco deformados e majoritariamente metaluminosos. Ao redor de alguns desses corpos também foi registrada uma outra fácies composta por leucogranitos esbranquiçadosesverdeados, predominantemente peraluminosos, ricos em quartzo, muscovita, albita, fluorita e amazonita. Ambas as fácies são ferroan, com assinatura química típica de granitos Tipo-A. A fácies com amazonita representa uma novidade na região e pode ser interpretada como indicativa de um sistema greisen formado em nível crustal raso (subvulcânico). A unidade bimodal é composta, predominantemente, por ortognaisses sienograníticos associados com rochas máficas (metagabros, metadioritos, anfibolitos e biotititos), ambos comumente submetidos à intensa deformação. Tais rochas eram anteriormente entendidas como parte do Complexo Itapetinga, mas não foram encontrados ortognaisses tonalíticos-granodioríticos. Ao contrário, os ortognaisses possuem composição semelhante com os granitos Tipo-A, sendo ferroan, ricos em K2O, e com assinatura química típica de magmas intraplaca. Da mesma forma, a assinatura química das rochas máficas também sugere proveniência em rifte continental. Em raros domínios indeformados dessa unidade, também foram encontradas feições ígneas preservadas que sugerem co-existência e interação (mixing e mingling) entre os termos félsicos e máficos. Tais constatações indicam que, ao invés de ser parte do embasamento Riaciano, a unidade bimodal possa ser produto do magmatismo bimodal (félsico-máfico) do rifte toniano, o que implica em aumento da extensão e complexidade do registro magmático anorogênico na região. Sendo assim, propõe-se a evolução da suíte Salto da Divisa para o Complexo Anorogênico, plutono-vulcânico, Salto da Divisa. Por comparação química e cronológica, verificou-se que os componentes plutônicos e vulcânicos desse complexo são similares com os seus correspondentes africanos, o que sugere uma origem comum para ambos os magmas. Isso implica na existência de um expressivo evento extensivo no paleocontinente São FranciscoCongo durante o período Toniano. No entanto, a ausência de crosta oceânica dessa idade, no Brasil ou na África, indica que o rifte foi abortado e não evoluiu para uma margem passiva, fato esse que só veio a ocorrer no Criogeniano, após novo pulso extensivo. / ABSTRACT - During the Tonian period, the São Francisco–Congo paleocontinent experienced an extensional event responsible for the generation of an intraplate rift in the region now located the Araçuaí Orogen (SE Brazil), the West Congo orogenic belt (SW Africa) and their adjacent cratonic regions. In Africa, the main magmatic product of this rift is represented by the bimodal (felsic-mafic), plutonic-volcanic Zadinian-Mayumbian province, located in west Congo. The Zadinian sequence comprises mainly metamorphosed basalts, and the Mayumbian sequence it is formed mainly by rhyolites (ca. 920-912 Ma), with presence of some A-Type granitic intrusions (ca. 920 Ma). In Gabon, the grabroic-granitic anorogenic intrusions of Mayumba Complex (ca. 904-867 Ma) is also interpreted as another representative of this anorogenic tonian manifestation. On the Brazilian side, there is several records of theis magmatism spreaded in the Araçuaí orogen or in the São Francisco craton. However, they are mainly less evolved rocks that occur as mafic sills or as mafic dykes swarm. The Salto da Divisa suite, located at northeastern region of the Araçuaí orogen, represents the only felsic magmatic record found so far in Brazil. This suite is composed by less deformed granites (ca. 914-875 Ma) traditionally interpreted as intrusions in the tonalitic-granodioritic Rhyacian basement (previous named as Itapetinga Complex). In this study we present the recently discovered volcanics felsic rocks related to Salto da Divisa suite, as well the petrographic and geochemical description of their plutonic components. The volcanic discovered rocks are metamorphosed rhyolites and trachytes enriched in alkalis, FeOt/MgO, Nb, Y, Zr, ETR, and depleted in Sr, P, and Ti. A meta-rhyolite sample was dated according U-Pb zircon method (LA-ICP-MS) and it was obtained a crystallization age in 913 ± 4 Ma. In relation to the plutonic members, it was described two main units: i) the granitic cores; and ii) the bimodal unit. The granitic cores are the A-type granites traditionally described as the Salto da Divisa suite. They are pinkish, fine, or medium to coarse-grained, syenogranites or alkali-feldspar granites, mainly metaluminous, with few or no one deformation effect. Around of some bodies it also was founded a leucogranitic whitish-greenish facies enriched in quartz, muscovite, albite, fluorite, amazonite. These rocks are mainly peraluminous and the obtained chemical signatures, together with the mineral assembly, allows the interpretation that these leucogranites may be associated with a greisen system formed in subvolcanic crustal level. The geochemical data also revealed that both facies are ferroan granites, with typical signatures related with mantle-plume intraplate rift. The bimodal unit surrounds the granitic cores and it is mainly composed by syenogranitic orthogneisses in assotiation with mafic rocks (meta-gabbros, meta-diorites, amphibolites and biotitites), both intensely deformed. These rocks were previous interpreted as part of the Itapetinga Complex, but no register of tonalitic-granodioritic calk-alkaline-rocks was found. Differently, the chemical data obtained for both felsic or mafic rocks, revealed typical signatures compatible with anorogenic intraplate magmas. In rare underformed domains in this unit it was also found some preserved ingenous structures that indicates the co-existence and interaction (mingling and mixing) between the mafic and felsic magmas. These findings suggest that, instead of being part of the Rhyacian basement, the bimodal unit may be a product of the bimodal (felsic-mafic) magmatism, which is expected to be found on intraplate rifts. Later, during the Araçuaí-West Congo development, these rocks were subjected to intense deformation and metamorphism. The discovery of the volcanic rocks, the granitic cores division in two main facies and the inclusion of the bimodal unit in the Tonian magmatism, increased considerably the extension and the complexity of the Tonian anorogenic magmatism in northeastern Araçuaí region. In that case, this study proposes the evolution of the Salto da Divisa suite to the Salto da Divisa Anorogenic Complex (SADICO). The chemical signatures of the volcanic and plutonic components from SADICO was also compared to their correlatives in Africa and it was verified a great similarity between them. This suggests the existence of a huge anorogenic magmatism in São Francisco-Congo paleocontinent during the Tonian period. However, this rift system seems to be aborted since there is no record of ocean crust of these age in Africa or in Brazil. Keywords: São Francisco-Congo paleocontinent; Tonian rift; Bimodal magmatism; Volcanic rocks. Plutonic-volcanic anorogenic complex.

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