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Estudo comparado da morfologia da região do ozóporo de opiliões Laniatores (Arachnida, Opiliones) / Study of the morfology of the ozopore region among Laniatorean harvestmen (Arachnida, Opiliones)Rodrigues, Gisele Cova dos Santos 14 September 2007 (has links)
Uma peculiaridade bem conhecida da Ordem Opiliones é seu modo de defesa através do uso de substâncias químicas, sintetizadas em um par de glândulas exócrinas, cujas aberturas se localizam na lateral do prossoma e reconhecidas como ozóporo. Na sub-Ordem dos Laniatores, objeto deste estudo, alguns padrões anatômicos foram identificados a partir de imagens obtidas por meio de microscopia eletrônica de varredura. O material biológico estudado faz parte do acervo do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo e do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Ozóporos posicionados na margem lateral do escudo dorsal foram encontrados nas famílias Triaenonychidae, Agoristenidae, Biantidae, Cosmetidae, Epedanidae, Escadabiidae, Fissiphalidae, Minuidae, Phalangodidae, Samoidae, Stygnidae, Stygnommatidae, Zalmoxidae, e em Podoctidae, sendo neste último quase ventral. Apenas em Cranaidae e em Manaosbiidae foram encontrados ozóporos posicionados na porção mais dorsal do prossoma. Muitos são os que apresentam apófise na coxa que de fato representam uma barreira ou apenas têm o potencial de obstrução da saída da secreção de defesa, dependendo da mobilidade da perna. Em Triaenonychidae, observou-se uma grande apófise obliterando o ozóporo em Larifugela, sendo que em Biacumontia nota-se uma apófise similar, mas de tamanho consideravelmente reduzido. Cosmetidae também apresenta uma apófise na coxa II, próxima ao ozóporo que se apresenta circular e posicionado sobre um domo. Escadabiidae, Epedanidae e Fissiphalidae apresentam a abertura do ozóporo sobre um discreto domo e canais laterais bem delimitados por uma série de tubérculos, sendo o canal vertical desta última família melhor definido. Na espécie estudada de Phalangodidae, vale ressaltar a presença de um canal transversal ligando, pela região dorsal, os canais laterais. Minuidae e Zalmoxidae apresentam uma abertura discreta voltada à porção posterior do corpo / One of the most conspicuous characteristics of the individuals of the order Opiliones is their chemical defensive mechanisms. The chemicals are produced by a pair of exocrine glands, which open at the lateral anterior area of the body above the coxae of legs 2-3 in Laniatores. These glands openings at the carapace are named ozopore. Previous studies of different species of the laniatorean family Gonyleptidae have shown that there are different morphologies of the ozopore area, which are directly related to different types of defensive behavior performed by the animals. This led us to study representatives of different families (the most as possible) in order to obtain an evolution overview of the ozopore area morphology within Laniatores. We used scanning electronic microscopy techniques. The ozopore is located in a dorsal position only in Manaosbiidae and Cranaidae; and at the lateral margin of the scutum in Triaenonychidae, Agoristenidae, Biantidae, Cosmetidae, Epedanidae, Escadabiidae, Fissiphalidae, Minuidae, Phalangodidae, Samoidae, Stygnidae, Stygnommatidae, Zalmoxidae and Podoctidae (in this family, it is nearly ventral). Commonly, there is a large apophysis of coxa 2 projecting above the ozopore and probably with the function of helping to define the direction of the flow of the defensive chemicals. In Triaenonychidae, a huge apophysis was observed in Larifugella (rendering difficult to observe the exact location of the ozopore), whereas in Biacumontia a remarkably smaller one was noticed. The ozopore is round in Cosmetidae, Agoristenidae (Agoristeninae) and Stygnidae (some Stygninae), it is ovoid in Biantidae (Biantinae), Epedanidae, Minuidae, Phalangodidae, Podoctidae, Stygnidae (some Stygninae), Stygnommatidae and Zalmoxidae; and a slit in the others. Regularly it is located on an integumentary dome. From each ozopore there is a lateral channel (or lateral row of tubercles) running posteriad. In Phalangodidae, the lateral channels present some transversal channels, which probably enhance the spreading of the defensive liquid.
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Estudo comparado da morfologia da região do ozóporo de opiliões Laniatores (Arachnida, Opiliones) / Study of the morfology of the ozopore region among Laniatorean harvestmen (Arachnida, Opiliones)Gisele Cova dos Santos Rodrigues 14 September 2007 (has links)
Uma peculiaridade bem conhecida da Ordem Opiliones é seu modo de defesa através do uso de substâncias químicas, sintetizadas em um par de glândulas exócrinas, cujas aberturas se localizam na lateral do prossoma e reconhecidas como ozóporo. Na sub-Ordem dos Laniatores, objeto deste estudo, alguns padrões anatômicos foram identificados a partir de imagens obtidas por meio de microscopia eletrônica de varredura. O material biológico estudado faz parte do acervo do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo e do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Ozóporos posicionados na margem lateral do escudo dorsal foram encontrados nas famílias Triaenonychidae, Agoristenidae, Biantidae, Cosmetidae, Epedanidae, Escadabiidae, Fissiphalidae, Minuidae, Phalangodidae, Samoidae, Stygnidae, Stygnommatidae, Zalmoxidae, e em Podoctidae, sendo neste último quase ventral. Apenas em Cranaidae e em Manaosbiidae foram encontrados ozóporos posicionados na porção mais dorsal do prossoma. Muitos são os que apresentam apófise na coxa que de fato representam uma barreira ou apenas têm o potencial de obstrução da saída da secreção de defesa, dependendo da mobilidade da perna. Em Triaenonychidae, observou-se uma grande apófise obliterando o ozóporo em Larifugela, sendo que em Biacumontia nota-se uma apófise similar, mas de tamanho consideravelmente reduzido. Cosmetidae também apresenta uma apófise na coxa II, próxima ao ozóporo que se apresenta circular e posicionado sobre um domo. Escadabiidae, Epedanidae e Fissiphalidae apresentam a abertura do ozóporo sobre um discreto domo e canais laterais bem delimitados por uma série de tubérculos, sendo o canal vertical desta última família melhor definido. Na espécie estudada de Phalangodidae, vale ressaltar a presença de um canal transversal ligando, pela região dorsal, os canais laterais. Minuidae e Zalmoxidae apresentam uma abertura discreta voltada à porção posterior do corpo / One of the most conspicuous characteristics of the individuals of the order Opiliones is their chemical defensive mechanisms. The chemicals are produced by a pair of exocrine glands, which open at the lateral anterior area of the body above the coxae of legs 2-3 in Laniatores. These glands openings at the carapace are named ozopore. Previous studies of different species of the laniatorean family Gonyleptidae have shown that there are different morphologies of the ozopore area, which are directly related to different types of defensive behavior performed by the animals. This led us to study representatives of different families (the most as possible) in order to obtain an evolution overview of the ozopore area morphology within Laniatores. We used scanning electronic microscopy techniques. The ozopore is located in a dorsal position only in Manaosbiidae and Cranaidae; and at the lateral margin of the scutum in Triaenonychidae, Agoristenidae, Biantidae, Cosmetidae, Epedanidae, Escadabiidae, Fissiphalidae, Minuidae, Phalangodidae, Samoidae, Stygnidae, Stygnommatidae, Zalmoxidae and Podoctidae (in this family, it is nearly ventral). Commonly, there is a large apophysis of coxa 2 projecting above the ozopore and probably with the function of helping to define the direction of the flow of the defensive chemicals. In Triaenonychidae, a huge apophysis was observed in Larifugella (rendering difficult to observe the exact location of the ozopore), whereas in Biacumontia a remarkably smaller one was noticed. The ozopore is round in Cosmetidae, Agoristenidae (Agoristeninae) and Stygnidae (some Stygninae), it is ovoid in Biantidae (Biantinae), Epedanidae, Minuidae, Phalangodidae, Podoctidae, Stygnidae (some Stygninae), Stygnommatidae and Zalmoxidae; and a slit in the others. Regularly it is located on an integumentary dome. From each ozopore there is a lateral channel (or lateral row of tubercles) running posteriad. In Phalangodidae, the lateral channels present some transversal channels, which probably enhance the spreading of the defensive liquid.
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