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De onde os pais olham seu bebê? : um estudo acerca do olhar dos pais diante de um caso situado entre o autismo e a adoçãoCarvalho, Vívian Batista de 23 May 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-05-23 / During the first months of life, a baby shows an intense interest in looking and being looked at, but when it does not happen and the mother does not realize this fact, we can consider it as a sign of risk of autism (Laznik, 2004). Thus the clinic with babies proposes a treatment of children since the moment that the first elements that indicate psychological distress appear. This way, the gaze of the parents is crucial in early clinical intervention, which aims to mental health in early childhood and its implications for later life. This study was developed in this direction, starting from our clinical activities, with babies who have some psychological distress, realized in parents-babies groups at CAPSi Early Intervention Center of Campina Grande state of Paraiba. Our general goal was to analyze the place in which these parents put themselves face the adoption of a baby with indicative signs of autism. As specific goals, we proposed: to investigate how this baby is spoken by their parents, since the gaze may be an effect of the word, and we also intended to articulate the issues that led to the adoption and to the signs of autism. We took as basis for our work the psychoanalytic theoretical reference, having as the primary driver of our readings the literary work of Freud and Lacan. We also emphasized texts of other authors that talk about the constitution of the subject and the early clinical intervention for children at risk of autism or facing difficulties in establishing the parent-infant bond. A case study was conducted to illustrate the issue of the parents‟ gaze, emphasizing from which place the baby is seen, at which point of Lacan's optical scheme their parents are located. We also discussed issues related to adoption, motherhood and fatherhood. Related data were collected through interviews with the mother, the father and two professionals who provide care to the baby, besides consulting the patient records. / Durante os primeiros meses de vida, o bebê mostra um intenso interesse para olhar e ser olhado, porém quando isso não acontece e sua mãe não se dá conta desse fato, podemos considerar este como sendo um sinal de risco de autismo (Laznik, 2004). Assim, a clínica com bebês propõe um tratamento de crianças desde o momento em que aparecem os primeiros elementos indicativos de sofrimento psíquico. Dessa forma, o olhar dos pais é de fundamental importância na intervenção clínica precoce, que visa à saúde mental na primeira infância e suas repercussões para a vida posterior. Nesse sentido é que este estudo foi desenvolvido, a partir de nossas atividades clínicas, com bebês que apresentam algum sofrimento psíquico, realizadas nos grupos pais-bebês do CAPSi Centro Campinense de Intervenção Precoce, na cidade de Campina Grande PB, tendo como objetivo geral analisar o lugar no qual esses pais se colocam face a adoção de um bebê com sinais indicativos de autismo. Como objetivos específicos, ele se propõe: investigar como esse bebê é falado por seus pais, uma vez que o olhar pode ser um efeito da palavra, e também pretendemos articular os aspectos que levaram à adoção e aos sinais indicativos de autismo. Seu fundamento teórico consiste na psicanálise, tendo como eixo condutor de nossas leituras as obras de Freud e Lacan e de seus discípulos cujos trabalhos versam sobre constituição do sujeito e a clínica precoce de crianças com risco de autismo ou com dificuldades no estabelecimento do laço pais-bebês. Realizamos um estudo de caso para ilustrar a questão do olhar dos pais, enfatizando de que lugar o bebê é olhado, em que ponto do esquema óptico de Lacan os seus pais estão situados. Também discutimos questões relacionadas à adoção, maternidade e paternidade. Os dados relacionados foram coletados por meio de entrevistas realizadas com a mãe, o pai e duas profissionais que atendem o referido bebê, além da consulta ao prontuário.
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Da ausência do olhar do outro à ausência do limite corporal: sobre a fragmentação corpórea no autismoCorreia, Natália Laporte 25 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-25 / This paper aims to discuss, based on Lacanian psychoanalytic literature matrix, the absence of the gaze of the Other as one of the factors that hinder the construction of a unified body image in autistic. The look has a relational dimension, becoming an important object to the design of the entire body. Indeed, in the initial development stage, the infant perceives the body as fragmented. There is not, from him, the sense of organic integration and the perception of the distinction between the inside and the outside. Although it also depends on physiological maturity, it is from the relationship with the adult who does the mothering that can happen to the little being, acquiring the sense of bodily unity. However, in the case of autistic children, it is common to find an intricate communication between the caregiver and the baby, which appears represented, above all, the mismatch looks. To understand this phenomenon, the methodology adopted was a literature review in the psychoanalytic literature. In it, we take the Lacanian theory of the mirror Stadium and its development as a fundamental basis, linking them with the following contemporary metapsychological constructs: the psychoanalytic concepts of looking, the mother's relationship with the baby, autism and body. For this, textual productions of the authors will be used, which have as a matrix of Lacanian psychoanalysis inspiration, especially the psychoanalyst Marie-Christine Laznik (1991, 2004). / O presente trabalho tem como propósito problematizar, com base na literatura psicanalítica de matriz lacaniana, a ausência do olhar do Outro como um dos fatores que dificultam a construção de uma imagem corporal unificada nos autistas. O olhar tem uma dimensão relacional, constituindo-se como um importante objeto para a concepção da totalidade corporal. Com efeito, na etapa inicial do desenvolvimento, o recém-nascido percebe o corpo como fragmentado. Não há sequer, da parte dele, o sentimento de integração orgânica e a percepção da distinção entre o interior e o exterior. Embora dependa também da maturação fisiológica, é a partir da relação com o adulto, o qual faz a maternagem, que pode se dar, para o pequeno ser, a aquisição do sentimento de unidade corporal. No entanto, no caso de crianças autistas, é comum a existência de uma intricada comunicação entre o cuidador e o bebê, a qual aparece representada, sobretudo, no desencontro dos olhares. Para o entendimento desse fenômeno, a metodologia adotada foi uma revisão bibliográfica na literatura psicanalítica. Nela, tomamos a teoria lacaniana do Estádio do Espelho e seus desdobramentos como base fundamental, articulando-os com os seguintes construtos metapsicológicos contemporâneos: as concepções psicanalíticas de olhar, da relação da mãe com o bebê, do autismo e do corpo. Para isso, serão utilizadas as produções textuais dos autores, que possuem como matriz a psicanálise de inspiração lacaniana, especialmente as da psicanalista Marie-Christine Laznik (1991, 2004).
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