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Relações ecológicas entre Euryades corethrus BOISDUVAL e Euryades. duponchelii LUCAS (LEPDOPTERA: TROIDINI) avaliadas através de modelagem preditiva de distribuição de espécies e interações com suas plantas hospedeiras e biogeografiaAtencio, Guilherme Wagner Gutierrez January 2014 (has links)
Euryades corethrus e Euryades duponchelii são duas espécies de borboletas classificadas na família Papilionidae, que se distribuem nas províncias biogeográficas do Chaco e Pampa ao longo da Argentina, Uruguai, Paraguai e sul do Brasil. Os registros de ocorrência, obtidos através de levantamento em coleções entomológicas e inventariamentos de fauna presentes na literatura, sugerem que não há grande sobreposição ecológica entre estas espécies, apesar delas utilizarem as mesmas plantas como hospedeiras (Aristolochia sessilifolia, Aristolochia fimbriata, Aristolochia lingua, Aristolochia angustifolia e Aristolochia labiata). De acordo com os registros obtidos, as populações de ambas as espécies apresentam distribuições que sugerem uma especiação por alopatria. Contudo, como não existem barreiras geográficas à dispersão das espécies, os motivos de tal separação espacial entre as populações não são conhecidos. O objetivo deste trabalho é estudar os fatores ecológicos que possam estar relacionados às distribuições geográficas das duas espécies de Euryades. Inicialmente foi feita uma modelagem preditiva de distribuição (MPD) para as duas espécies de borboletas, utilizando para tanto as ocorrências registradas em coleções e publicações científicas. A seguir, o mesmo procedimento foi aplicado às plantas hospedeiras, a fim de relacionar a área de distribuição das borboletas com o recurso alimentar dos imaturos. A análise da sobreposição entre estas MPDs não demonstrou relação entre a ocorrência da borboleta com uma espécie particular de Aristolochia. Entre as espécies de Euryades foi verificada sobreposição de ocorrência, o que sugere requerimentos ecológicos similares, hipótese corroborada pela análise de NMDS (Nonmetric Multidimensional Scaling). A análise Panbiogeográfica suporta a hipótese de que um processo biogeográfico histórico possa ter causado a separação de uma espécie ancestral nas duas atuais. Possivelmente tenha ocorrido uma especiação por alopatria, o que levou as duas populações separadas a evoluírem adaptações específicas às condições microecológicas as quais foram submetidas.
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Relações ecológicas entre Euryades corethrus BOISDUVAL e Euryades. duponchelii LUCAS (LEPDOPTERA: TROIDINI) avaliadas através de modelagem preditiva de distribuição de espécies e interações com suas plantas hospedeiras e biogeografiaAtencio, Guilherme Wagner Gutierrez January 2014 (has links)
Euryades corethrus e Euryades duponchelii são duas espécies de borboletas classificadas na família Papilionidae, que se distribuem nas províncias biogeográficas do Chaco e Pampa ao longo da Argentina, Uruguai, Paraguai e sul do Brasil. Os registros de ocorrência, obtidos através de levantamento em coleções entomológicas e inventariamentos de fauna presentes na literatura, sugerem que não há grande sobreposição ecológica entre estas espécies, apesar delas utilizarem as mesmas plantas como hospedeiras (Aristolochia sessilifolia, Aristolochia fimbriata, Aristolochia lingua, Aristolochia angustifolia e Aristolochia labiata). De acordo com os registros obtidos, as populações de ambas as espécies apresentam distribuições que sugerem uma especiação por alopatria. Contudo, como não existem barreiras geográficas à dispersão das espécies, os motivos de tal separação espacial entre as populações não são conhecidos. O objetivo deste trabalho é estudar os fatores ecológicos que possam estar relacionados às distribuições geográficas das duas espécies de Euryades. Inicialmente foi feita uma modelagem preditiva de distribuição (MPD) para as duas espécies de borboletas, utilizando para tanto as ocorrências registradas em coleções e publicações científicas. A seguir, o mesmo procedimento foi aplicado às plantas hospedeiras, a fim de relacionar a área de distribuição das borboletas com o recurso alimentar dos imaturos. A análise da sobreposição entre estas MPDs não demonstrou relação entre a ocorrência da borboleta com uma espécie particular de Aristolochia. Entre as espécies de Euryades foi verificada sobreposição de ocorrência, o que sugere requerimentos ecológicos similares, hipótese corroborada pela análise de NMDS (Nonmetric Multidimensional Scaling). A análise Panbiogeográfica suporta a hipótese de que um processo biogeográfico histórico possa ter causado a separação de uma espécie ancestral nas duas atuais. Possivelmente tenha ocorrido uma especiação por alopatria, o que levou as duas populações separadas a evoluírem adaptações específicas às condições microecológicas as quais foram submetidas.
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Relações ecológicas entre Euryades corethrus BOISDUVAL e Euryades. duponchelii LUCAS (LEPDOPTERA: TROIDINI) avaliadas através de modelagem preditiva de distribuição de espécies e interações com suas plantas hospedeiras e biogeografiaAtencio, Guilherme Wagner Gutierrez January 2014 (has links)
Euryades corethrus e Euryades duponchelii são duas espécies de borboletas classificadas na família Papilionidae, que se distribuem nas províncias biogeográficas do Chaco e Pampa ao longo da Argentina, Uruguai, Paraguai e sul do Brasil. Os registros de ocorrência, obtidos através de levantamento em coleções entomológicas e inventariamentos de fauna presentes na literatura, sugerem que não há grande sobreposição ecológica entre estas espécies, apesar delas utilizarem as mesmas plantas como hospedeiras (Aristolochia sessilifolia, Aristolochia fimbriata, Aristolochia lingua, Aristolochia angustifolia e Aristolochia labiata). De acordo com os registros obtidos, as populações de ambas as espécies apresentam distribuições que sugerem uma especiação por alopatria. Contudo, como não existem barreiras geográficas à dispersão das espécies, os motivos de tal separação espacial entre as populações não são conhecidos. O objetivo deste trabalho é estudar os fatores ecológicos que possam estar relacionados às distribuições geográficas das duas espécies de Euryades. Inicialmente foi feita uma modelagem preditiva de distribuição (MPD) para as duas espécies de borboletas, utilizando para tanto as ocorrências registradas em coleções e publicações científicas. A seguir, o mesmo procedimento foi aplicado às plantas hospedeiras, a fim de relacionar a área de distribuição das borboletas com o recurso alimentar dos imaturos. A análise da sobreposição entre estas MPDs não demonstrou relação entre a ocorrência da borboleta com uma espécie particular de Aristolochia. Entre as espécies de Euryades foi verificada sobreposição de ocorrência, o que sugere requerimentos ecológicos similares, hipótese corroborada pela análise de NMDS (Nonmetric Multidimensional Scaling). A análise Panbiogeográfica suporta a hipótese de que um processo biogeográfico histórico possa ter causado a separação de uma espécie ancestral nas duas atuais. Possivelmente tenha ocorrido uma especiação por alopatria, o que levou as duas populações separadas a evoluírem adaptações específicas às condições microecológicas as quais foram submetidas.
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Alpine melanism in the butterfly Parnassius phoebus F. (Lepidoptera : Papilionidae)Guppy, Crispin Spencer January 1984 (has links)
Alpine melanism, a tendency to become darker with increased elevation and latitude, occurs in many species of butterflies. In Parnassius phoebus
(Papilionidae) it has been assumed that alpine melanism is the result of adaptation to colder environments at higher elevations and latitudes, owing to the ability of darker wings to transfer more solar energy to the body as heat. I examined five independently variable components of wing melanism for agreement with this hypothesis, as well as the subsidiary hypothesis that size is inversely correlated to melanism because it also affects thermoregulation. Basal patch blackness (proportion of scales which are black) in both sexes is well correlated with elevation, latitude, and air temperature during the flight season. In males, increased basal patch blackness is advantageous because it increases the proportion of total time spent in flight looking for mates, but is locally disadvantageous because it increases the probability of dispersal. Basal patch width is only poorly correlated with elevation, latitude, and air temperature during the flight season in males, and not correlated in females. Increased patch width also results in increased flight activity, but does not affect dispersal. Basal wing transparency has little correlation with elevation, and no effect on activity, although it does slightly affect body temperature. Within individual mountains, distal wing blackness and transparency are correlated with elevation, but show no correlation when many mountains are considered together. Distal wing characters have no effect on flight activity or dispersal. Size is well correlated with elevation and latitude, but is less well correlated with air temperature. Smaller males disappear from the population more rapidly than large males, apparently through increased mortality because small males do not disperse more rapidly. Females disperse more than males, with larger females dispersing more than smaller females. Variation in basal patch blackness may have a similar adaptive significance in both sexes, but all the other melanism characters appear to have a different significance for each sex. I develop a new hypothesis for the mechanism of the effect of wing color on thermoregulation in dorsal basking butterflies. I suggest that most transfer of solar radiation to the body by the wings occurs while in flight, rather than while dorsal basking on a substrate. This hypothesis is used to explain the observation that the minimum levels of air temperature and solar radiation at which flight can occur does not depend on wing color in Parnassius phoebus, in contrast to phenotype dependent flight thresholds in lateral basking Colias. / Science, Faculty of / Zoology, Department of / Graduate
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Biologia populacional e uso de planta hospedeira em Battus polydamas polydamas e Battus polystictus polystictus (Troidini, Papilionidae)Scalco, Vanessa Willems January 2014 (has links)
Estudos sobre a diversidade e estrutura de populações em ambientes naturais, tanto preservados e como impactados, são importantes ferramentas para programas de conservação ambiental. Nesse sentido, pesquisas com foco em estudos populacionais de borboletas têm sido amplamente utilizadas para o aperfeiçoamento do conhecimento sobre a biologia e ecologia das espécies. Duas espécies do gênero Battus são encontradas no sul do Brasil: Battus polystictus e Battus polydamas. Apesar destas borboletas utilizarem como hospedeiras somente plantas do gênero Aristolochia, e de serem filogeneticamente muito próximas, ambas espécies apresentam hábitos ecológicos bastante distintos. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar a dinâmica das populações de B. polydamas e B. polystictus ao longo de um ciclo anual, relacionando os padrões observados com a variação nos requerimentos ecológicos das espécies em função das condições climáticas, disponibilidade de recursos alimentares e de desempenho larval em diferentes plantas hospedeiras. As populações foram analisadas através de marcação-recaptura para estimar os padrões populacionais. As borboletas foram capturadas com rede entomológica, marcadas, analisadas e soltas no mesmo local de captura. Em laboratório, os testes de preferência alimentar e desempenho foram realizados em condições controladas de temperatura (25°C) e fotoperíodo (16L:8E), nos seguintes tratamentos: Battus polydamas x A.triangularis (n=60); Battus polydamas x A.sessilifolia (n=60); Battus polystictus x A.triangularis (n=15); Battus polystictus x A.sessilifolia (n=15). Os resultados deste trabalho mostraram que B. polydamas e B. polystictus têm requerimentos ecológicos diferentes, sendo a primeira mais tolerante a alterações ambientais. As populações das duas espécies de Battus não foram constantes no tempo, havendo variações estruturais e de densidade ao longo do ano. Os experimentos em laboratório mostraram que ambas as espécies de borboletas aceitam e podem se desenvolver nas plantas testadas, porém com desempenhos diferentes. Enquanto B. polydamas utiliza as hospedeiras de maneira equivalente, B. polystictus tem melhor desempenho em A. triangularis. De modo geral, os resultados obtidos sugerem que as dinâmicas das populações para ambas as espécies são influenciados principalmente pela estruturação ambiental dos habitats e pela disponibilidade de plantas hospedeiras. Os dados também sugerem que, quando em sintopia, ambas as espécies utilizem de maneira diferencial os recursos larvais disponíveis.
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Biologia populacional e uso de planta hospedeira em Battus polydamas polydamas e Battus polystictus polystictus (Troidini, Papilionidae)Scalco, Vanessa Willems January 2014 (has links)
Estudos sobre a diversidade e estrutura de populações em ambientes naturais, tanto preservados e como impactados, são importantes ferramentas para programas de conservação ambiental. Nesse sentido, pesquisas com foco em estudos populacionais de borboletas têm sido amplamente utilizadas para o aperfeiçoamento do conhecimento sobre a biologia e ecologia das espécies. Duas espécies do gênero Battus são encontradas no sul do Brasil: Battus polystictus e Battus polydamas. Apesar destas borboletas utilizarem como hospedeiras somente plantas do gênero Aristolochia, e de serem filogeneticamente muito próximas, ambas espécies apresentam hábitos ecológicos bastante distintos. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar a dinâmica das populações de B. polydamas e B. polystictus ao longo de um ciclo anual, relacionando os padrões observados com a variação nos requerimentos ecológicos das espécies em função das condições climáticas, disponibilidade de recursos alimentares e de desempenho larval em diferentes plantas hospedeiras. As populações foram analisadas através de marcação-recaptura para estimar os padrões populacionais. As borboletas foram capturadas com rede entomológica, marcadas, analisadas e soltas no mesmo local de captura. Em laboratório, os testes de preferência alimentar e desempenho foram realizados em condições controladas de temperatura (25°C) e fotoperíodo (16L:8E), nos seguintes tratamentos: Battus polydamas x A.triangularis (n=60); Battus polydamas x A.sessilifolia (n=60); Battus polystictus x A.triangularis (n=15); Battus polystictus x A.sessilifolia (n=15). Os resultados deste trabalho mostraram que B. polydamas e B. polystictus têm requerimentos ecológicos diferentes, sendo a primeira mais tolerante a alterações ambientais. As populações das duas espécies de Battus não foram constantes no tempo, havendo variações estruturais e de densidade ao longo do ano. Os experimentos em laboratório mostraram que ambas as espécies de borboletas aceitam e podem se desenvolver nas plantas testadas, porém com desempenhos diferentes. Enquanto B. polydamas utiliza as hospedeiras de maneira equivalente, B. polystictus tem melhor desempenho em A. triangularis. De modo geral, os resultados obtidos sugerem que as dinâmicas das populações para ambas as espécies são influenciados principalmente pela estruturação ambiental dos habitats e pela disponibilidade de plantas hospedeiras. Os dados também sugerem que, quando em sintopia, ambas as espécies utilizem de maneira diferencial os recursos larvais disponíveis.
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Biologia populacional e uso de planta hospedeira em Battus polydamas polydamas e Battus polystictus polystictus (Troidini, Papilionidae)Scalco, Vanessa Willems January 2014 (has links)
Estudos sobre a diversidade e estrutura de populações em ambientes naturais, tanto preservados e como impactados, são importantes ferramentas para programas de conservação ambiental. Nesse sentido, pesquisas com foco em estudos populacionais de borboletas têm sido amplamente utilizadas para o aperfeiçoamento do conhecimento sobre a biologia e ecologia das espécies. Duas espécies do gênero Battus são encontradas no sul do Brasil: Battus polystictus e Battus polydamas. Apesar destas borboletas utilizarem como hospedeiras somente plantas do gênero Aristolochia, e de serem filogeneticamente muito próximas, ambas espécies apresentam hábitos ecológicos bastante distintos. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar a dinâmica das populações de B. polydamas e B. polystictus ao longo de um ciclo anual, relacionando os padrões observados com a variação nos requerimentos ecológicos das espécies em função das condições climáticas, disponibilidade de recursos alimentares e de desempenho larval em diferentes plantas hospedeiras. As populações foram analisadas através de marcação-recaptura para estimar os padrões populacionais. As borboletas foram capturadas com rede entomológica, marcadas, analisadas e soltas no mesmo local de captura. Em laboratório, os testes de preferência alimentar e desempenho foram realizados em condições controladas de temperatura (25°C) e fotoperíodo (16L:8E), nos seguintes tratamentos: Battus polydamas x A.triangularis (n=60); Battus polydamas x A.sessilifolia (n=60); Battus polystictus x A.triangularis (n=15); Battus polystictus x A.sessilifolia (n=15). Os resultados deste trabalho mostraram que B. polydamas e B. polystictus têm requerimentos ecológicos diferentes, sendo a primeira mais tolerante a alterações ambientais. As populações das duas espécies de Battus não foram constantes no tempo, havendo variações estruturais e de densidade ao longo do ano. Os experimentos em laboratório mostraram que ambas as espécies de borboletas aceitam e podem se desenvolver nas plantas testadas, porém com desempenhos diferentes. Enquanto B. polydamas utiliza as hospedeiras de maneira equivalente, B. polystictus tem melhor desempenho em A. triangularis. De modo geral, os resultados obtidos sugerem que as dinâmicas das populações para ambas as espécies são influenciados principalmente pela estruturação ambiental dos habitats e pela disponibilidade de plantas hospedeiras. Os dados também sugerem que, quando em sintopia, ambas as espécies utilizem de maneira diferencial os recursos larvais disponíveis.
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Evolution of sex-limited mimicry in swallowtail butterfliesKunte, Krushnamegh Jagannath, January 1900 (has links)
Thesis (Ph. D.)--University of Texas at Austin, 2008. / Vita. Includes bibliographical references.
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Mecanismo de indução e quebra de diapausa em Euryades corethrus (LEPDOPTERA: PAPILIONIDAE: TROIDINI)Castro, Andressa Caporale de January 2016 (has links)
A diapausa é um tipo de dormência encontrada em insetos, que é causada por uma alteração na programação genética, em resposta a estímulos ambientais, que pausa ou retarda o desenvolvimento. Os mecanismos ambientais que podem estimular esse processo são o fotoperíodo, a temperatura e a umidade, sendo o primeiro mais comum. Ainda existem dois tipos de básicos de diapausa: a obrigatória e a facultativa. Espécies de insetos que habitam zonas de campo são particularmente expostas a condições extremas de sazonalidade, e para superar essas condições a maioria das borboletas entra em dipausa pupal. Euryades corethrus é uma das espécies que se utiliza desse processo para evitar condições climáticas adversas. O presente estudo se propõe a avaliar os efeitos de variáveis abióticas na indução e na quebra da diapausa pupal em E. corethrus. Para isso, imaturos dessa espécie foram submetidos a três diferentes experimentos, cada qual controlando uma das possíveis variáveis envolvidas na ativação da diapausa. No experimento de fotoperíodo, os indivíduos foram expostos a quarto tratamentos com diferentes durações de luz e escuro (LD): 10:14, 12:12, 14:10 e 16:08. No experimento de temperatura, foram desenhados cinco tratamentos com médias de temperaturas distintas: 15ºC, 20°C, 25°C, 30°C e 35ºC., No experimento de umidade, foram estabelecidos três tratamentos com diferentes umidades relativas (RH): <20%, 40-80% e >90%. Para avaliar se a supressão de algum fator abiótico particular poderia desencadear o término da diapausa, metade das pupas em diapausa oriundas de cada um dos três experimentos foi submetida a condições que removessem o fator que desencadeou o processo, expondo as pupas dormentes a condições mais amenas. Os resultados sugerem que a diapausa é principamente induzida por fotoperíodo, mais precisamente por fotofases curtas. Em relação aos experimentos de temperatura, os tratamentos de 15°C e 35°C causaram 100% de mortalidade, isso provavelmente porque eles utrapassam o limiar fisiológico da espécie, enquanto 30% dos indivíduos expostos a 30°C entraram em dipausa. Todos os outros tratamentos, dos três fatores, mostraram baixas taxas de indução ((LD): 12:12, 14:10, 16:8; (RH): <20%, 40-80% , >90%; 20°C, 25°C). Considerando o término da diapausa, os resultados demonstram que o fotoperíodo não foi suficiente para acelerar esse proceso. O fotoperíodo teve o efeito mais significativo na indução da diapausa, com fotofases curtas ditando a expressão da diapausa. Esse resultado corrobora o comportamento de muitos insetos de regiões temperadas, que entram em diapausa obrigatória em função das fotofases curtas do outono. Cerca de 30% dos imaturos criados em 30°C entraram em diapausa, sugerindo que as temperaturas de verão podem estimular dormência, esta sendo, provavelmente, uma diapausa facultativa. Em relação à quebra de diapausa, os resultados sugerem que este processo é bastante complexo, provavelmente envolvendo outros processsos que não só a supressão da condição que induziu a diapausa.
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História natural e biologica populacional em Euryades corethrus (Boisduval, 1836) (LEPDOPTERA: PAPILIONIDAE: TROIDINI), uma espécie brasileira ameaçada de extinçãoCosta, Marcelo Carvalho January 2016 (has links)
Euryades corethrus (Boisduval, 1836) é uma borboleta da tribo Troidini que tem distribuição meridional na América do Sul. É uma espécie que usa como hospedeira plantas do gênero Aristolochia.A borboleta é categorizada como Vulnerável (VU) no Sul do Brasil, sendo que as maiores ameaças que sofre estão relacionadas à perda e fragmentação de seu habitat, que gera diminuição na oferta de sua planta hospedeira. Os principais motivos de conversão dessas áreas de campo são o uso na agricultura, principalmente monoculturas de eucalipto e soja, e a pecuária intensiva com pastos cultivados. Durante um ano nós conduzimos um estudo de captura-marcação-liberação-recaptura (CMLR) em uma área de campo nativo presente na Estação Experimental Agronômica da UFRGS, localizada no município de Eldorado do Sul, Rio Grande do Sul, com o intuito de investigar a dinâmica populacional, história natural e características ligadas ao uso de habitat da espécie. Durante esse período capturamos 955 indivíduos, sendo 367 fêmeas e 588 machos, dos quais 7.6% das fêmeas e 14.12% dos machos foram recapturados pelo menos uma vez. A maior abundância de indivíduos foi observada uma semana antes do Equinócio de Primavera. O comprimento de asa não diferiu entre machos e fêmeas, mas o tamanho de asas em geral variou durante o ano, com as maiores medias de comprimento sendo observadas em Dezembro. A estrutura etária variou em uma sucessão de picos de indivíduos jovens seguidas por um aumento no envelhecimento da população. Nenhum adulto foi observado de Junho a Agosto de 2014, e de Abril a Maio de 2015, o que sugere diapausa nesses períodos. Indivíduos geralmente preferiam áreas abertas e as fêmeas foram significativamente mais capturadas próximas a manchas da planta hospedeira. Os resultados encontrados sugerem que os esforços de conservação da espécie deveriam ser voltados para o aumento da conectividade da matriz ambiental, com a promoção da criação de gado de uma maneira extensiva, com o uso sustentável de pastagens naturais e rotatividade, mas com atenção à época em que isso é feito, e para o aumento de extensão de habitat, com a implementação de Unidades de Conservação para as formações de campo.
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