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Destino da ilha sob a mira do Éden : Fernando de Noronha no percurso do tempo. / Island destiny, at the focus : Fernando de Noronha towards the time.

Dantas, Pedrianne Barbosa de Souza 10 December 2009 (has links)
The archipelago of Fernando de Noronha was listed by UNESCO as a mankind patrimony in 2001. Nowadays it is a famous touristic destination for travellers from all over the world in searching for wild landscapes. However, Fernando de Noronha has a long history. It was occupied by Europeans since the 16th century and, in these first moments, described as a sort of paradise. Since that, it has been cumulated different memories. In the 17th century, it was invaded by the Dutch that used the main island as an acclimation garden. In the 18th century it was occupied by the Portuguese. This is the time of the foundation of its most important urban settlement, the Vila dos Remˆdios, surrounded by fortifications. It was kept as a prison until the 20th century. Only in the last decades, it started to be, again, admired for its nature. Remains of the fortresses and a significant part of the old Vila dos Remˆdios reached the present days. However, listed for its natural beauty, the architectonical and urban patrimony of the archipelago has been kept in silence. This dissertation intends on the comprehension of the interference of the edenic mytography in the process of the exploration of America, in a way that the sailors, missionaries, colonists and in the present time the tourists, they did and they ve been doing the recognition of a landscape which has glimpsed from many medieval descriptions that attended the scenario of the Garden of Eden in a hopeful search for the lost paradise after the sin and the expulsion of Adam and Eve and the difficulties and the requirements to have access to it. / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas / O arquipˆlago de Fernando de Noronha listado pela UNESCO como patrimŒnio Natural da humanidade em 2001 ˆ hoje em dia um dos famosos destinos turŠsticos para viajantes de todo o mundo em busca de paisagens selvagens . No entanto, Noronha acumula uma longa histƒria. Situado no rol das primeiras paisagens visitadas pelos europeus no contexto do sˆculo das Descobertas , pertence a um momento da histƒria no qual as terras americanas recˆm encontradas eram acolhidas pelo viajante como um territƒrio desconhecido, cuja interpreta€‚o muitas vezes era creditada ao discurso bŠblico, aventando-se inclusive a possibilidade de nele se situar o ParaŠso Terreal. No sˆculo XVII, foi invadido pelos Holandeses, os primeiros a efetivamente ocupar e povoar o arquipˆlago. No sˆculo XVIII, tendo retomado seu domŠnio, os portugueses definitivamente fortificaram e povoaram Fernando de Noronha, mantido como pris‚o atˆ o sˆculo XX. Nas ltimas dˆcadas, passou a ser, novamente, admirado por sua natureza. Restos de fortalezas e uma parte significativa da antiga Vila dos Remˆdios alcan€aram os dias atuais. No entanto, listado pela sua beleza natural, seu patrimŒnio arquitetŒnico e urbano foram mantidos em sil…ncio. Esta disserta€‚o busca compreender a interfer…ncia da mitografia ed…nica no processo de explora€‚o da Amˆrica e de que maneira, os nautas, missionŽrios, colonos e hoje, os turistas, fizeram e fazem em Fernando de Noronha o reconhecimento de uma paisagem, jŽ vislumbrada a partir das in meras descri€ es medievais, que tratavam dos cenŽrios do sonhado Jardim das DelŠcias, da esperan€osa busca pelo ParaŠso Terreal perdido apƒs o pecado e expuls‚o de Ad‚o e Eva e das dificuldades e exig…ncias para acessŽ-lo.
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De Pero Vaz de Caminha a Menotti Del Picchia: alguns motivos edênicos na literatura de viagens dos séculos XVI e XVII e no modernismo / From Pero Vaz de Caminha to Menotti del Picchia: some of the edenic motives in the 16th and 17th centuries´acounts of travel and in the Modernism

Sturari, Marlene 12 December 2006 (has links)
Este trabalho relaciona alguns dos motivos edênicos que, a partir do mito da Idade de Ouro da humanidade apresentado por dois poetas da Antigüidade Clássica, Virgílio e Ovídio, que vai-se mesclar, na Idade Média, à descrição católica do Jardim do Éden e serão retomados com o descobrimento da América, repercutindo na colonização do Brasil, onde sua chama, ainda que débil, se mantém. Eles ressurgem no século XX, nomeadamente nos romances de Menotti Del Picchia: A filha do Inca e Kalum, o mistério do sertão. Obras de ficção científica, produzidas num período de efervescência do gênero, entremeadas de elementos fantásticos presentes no imaginário do sertão amazônico brasileiro, tais romances de Menotti Del Picchia afirmam a permanência entre nós dos ditos mitos. O Paraíso Terreal existe e está no Novo Mundo, particularmente em terras brasileiras, com suas águas rejuvenecedoras da provável fonte da juventude e com seus tesouros incalculáveis localizados no Eldorado. Tudo isso guardado e defendido por seres fabulosos, ente os quais as Amazonas guerreiras. Como conseqüência, vemos a alusão insistente à fertilidade, abundância e exuberância das terras brasileiras, com a diversidade de sua fauna e flora, à longevidade saudável de seus habitantes, à inocência da nudez dos primitivos moradores deste paraíso, à busca sôfrega pelas riquezas da Lagoa das Esmeraldas, do ouro e da prata no interior do continente e às índias guerreiras que pelejam ao longo de um rio, imediatamente associadas às Amazonas gregas, cuja força de comparação batizou tal rio e a região onde teriam sido vistas pelos primeiros conquistadores. Com os espanhóis, numa coloração mais viva, e mais esmaecida com os portugueses, essas peculiaridades não deixam de ser constantemente mencionadas ao longo dos primeiros séculos da exploração e colonização do novo continente, muitas delas ora alimentadas, ora acrescidas pelo testemunho - que lhes dá maior credibilidade - dos donos e conhecedores das novas terras: os índios americanos. Esses mitos redivivos estarão presentes ainda em nossa cultura no século XX, como comprovam os dois romances de Menotti Del Picchia aqui estudados. / This paper points out some of the edenic motives, which as of the myth of humanity\'s Golden Age described by two poets of the Ancient Classic, Virgill and Ovide, will blend, in the Middle Age, with the catholic description of the Garden of Eden and will be resumed with the discovery of America, echoing on the colonization of Brazil, where its flame, albeit weak, still remains. They reappear in the 20th century, namely in the romances of Menotti Del Picchia: A filha do Inca and Kalum, o mistério do sertão. Scientific fiction works, produced in a bubbling period of the sort, filled with fantastic elements present in the imaginary of the Brazilian Amazonian hinterland, those romances of Menotti Del Picchia affirm the permanence among us of the mentioned myths. The \"Terreal\" Paradise exists and it is in the new World, particularly in Brazilian lands, with its rejuvenating waters of the likely fountain of youth and with its invaluable treasures located in the \"Eldorado\". All of this kept and guarded by fabulous beings, among which the Amazon warriors. As consequence, we see the insistent allusion to the fertility, abundance and exuberance of Brazilian lands, with the diversity of its fauna and flora, to the healthy longevity of its inhabitants, to the innocence of the nudity of the primitive dwellers of this paradise, to the impatient search of the riches of the Lagoon of the Emeralds, of gold and silver in the heartland and the warrior Indians that fight along the river, immediately associated to the Greek Amazons, whose strength of comparison christened that river and the regions where they were allegedly seen by the first conquerors. With the Spanish, in a livelier color, and paler with the Portuguese, these peculiarities are constantly mentioned along the first centuries of exploration and colonization of the new continent, many of them at times nurtured, at times increased by word of mouth - which give them more credibility - of the owners and knowers of the new land: the American Indians. These ressurected myths will still be presented in our 20th century culture, as proven on these two romances of Menotti Del Picchia here studied.
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De Pero Vaz de Caminha a Menotti Del Picchia: alguns motivos edênicos na literatura de viagens dos séculos XVI e XVII e no modernismo / From Pero Vaz de Caminha to Menotti del Picchia: some of the edenic motives in the 16th and 17th centuries´acounts of travel and in the Modernism

Marlene Sturari 12 December 2006 (has links)
Este trabalho relaciona alguns dos motivos edênicos que, a partir do mito da Idade de Ouro da humanidade apresentado por dois poetas da Antigüidade Clássica, Virgílio e Ovídio, que vai-se mesclar, na Idade Média, à descrição católica do Jardim do Éden e serão retomados com o descobrimento da América, repercutindo na colonização do Brasil, onde sua chama, ainda que débil, se mantém. Eles ressurgem no século XX, nomeadamente nos romances de Menotti Del Picchia: A filha do Inca e Kalum, o mistério do sertão. Obras de ficção científica, produzidas num período de efervescência do gênero, entremeadas de elementos fantásticos presentes no imaginário do sertão amazônico brasileiro, tais romances de Menotti Del Picchia afirmam a permanência entre nós dos ditos mitos. O Paraíso Terreal existe e está no Novo Mundo, particularmente em terras brasileiras, com suas águas rejuvenecedoras da provável fonte da juventude e com seus tesouros incalculáveis localizados no Eldorado. Tudo isso guardado e defendido por seres fabulosos, ente os quais as Amazonas guerreiras. Como conseqüência, vemos a alusão insistente à fertilidade, abundância e exuberância das terras brasileiras, com a diversidade de sua fauna e flora, à longevidade saudável de seus habitantes, à inocência da nudez dos primitivos moradores deste paraíso, à busca sôfrega pelas riquezas da Lagoa das Esmeraldas, do ouro e da prata no interior do continente e às índias guerreiras que pelejam ao longo de um rio, imediatamente associadas às Amazonas gregas, cuja força de comparação batizou tal rio e a região onde teriam sido vistas pelos primeiros conquistadores. Com os espanhóis, numa coloração mais viva, e mais esmaecida com os portugueses, essas peculiaridades não deixam de ser constantemente mencionadas ao longo dos primeiros séculos da exploração e colonização do novo continente, muitas delas ora alimentadas, ora acrescidas pelo testemunho - que lhes dá maior credibilidade - dos donos e conhecedores das novas terras: os índios americanos. Esses mitos redivivos estarão presentes ainda em nossa cultura no século XX, como comprovam os dois romances de Menotti Del Picchia aqui estudados. / This paper points out some of the edenic motives, which as of the myth of humanity\'s Golden Age described by two poets of the Ancient Classic, Virgill and Ovide, will blend, in the Middle Age, with the catholic description of the Garden of Eden and will be resumed with the discovery of America, echoing on the colonization of Brazil, where its flame, albeit weak, still remains. They reappear in the 20th century, namely in the romances of Menotti Del Picchia: A filha do Inca and Kalum, o mistério do sertão. Scientific fiction works, produced in a bubbling period of the sort, filled with fantastic elements present in the imaginary of the Brazilian Amazonian hinterland, those romances of Menotti Del Picchia affirm the permanence among us of the mentioned myths. The \"Terreal\" Paradise exists and it is in the new World, particularly in Brazilian lands, with its rejuvenating waters of the likely fountain of youth and with its invaluable treasures located in the \"Eldorado\". All of this kept and guarded by fabulous beings, among which the Amazon warriors. As consequence, we see the insistent allusion to the fertility, abundance and exuberance of Brazilian lands, with the diversity of its fauna and flora, to the healthy longevity of its inhabitants, to the innocence of the nudity of the primitive dwellers of this paradise, to the impatient search of the riches of the Lagoon of the Emeralds, of gold and silver in the heartland and the warrior Indians that fight along the river, immediately associated to the Greek Amazons, whose strength of comparison christened that river and the regions where they were allegedly seen by the first conquerors. With the Spanish, in a livelier color, and paler with the Portuguese, these peculiarities are constantly mentioned along the first centuries of exploration and colonization of the new continent, many of them at times nurtured, at times increased by word of mouth - which give them more credibility - of the owners and knowers of the new land: the American Indians. These ressurected myths will still be presented in our 20th century culture, as proven on these two romances of Menotti Del Picchia here studied.

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