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Práticas educativas parentais de famílias nucleares intactas e o comportamento de crianças que convivem com a depressão materna / Parenting practices of intact nuclear families and the behavior of children living with maternal depression

Sebastião, Aline Sanches Politi 09 June 2017 (has links)
Conviver em família nuclear intacta tem sido considerado uma condição de proteção ao desenvolvimento infantil, sendo a convivência com a depressão materna e com práticas educativas parentais negativas reconhecidas como adversidades. Objetivou-se comparar e verificar as possíveis associações das práticas educativas parentais de mães e de pais de famílias nucleares intactas, diferenciadas em dois grupos, um com mães com indicadores de depressão e outro com mães sem indicadores de depressão, tendo como foco os aspectos comportamentais das crianças, em idade escolar. Avaliou-se 42 famílias nucleares intactas, compostas por pai, mãe e filho (a), distribuídas em: G1 17 famílias, cujas mães apresentaram indicadores atuais de depressão e G2 25 famílias, cujas mães não apresentaram indicadores atuais de depressão. As crianças, de ambos os sexos tinham idades entre oito e 10 anos, frequentavam o ensino fundamental em ano compatível com a idade, e por meio delas, nas escolas, identificou-se as famílias. Procedeu-se à coleta de dados em um único encontro com cada família, em sessões individuais, face a face, primeiro com o pai, seguida da mãe e criança. Com pais e mães aplicou-se o Inventário de Estilos Parentais e o Questionário de Capacidades e Dificuldades; com as mães, aplicou-se ainda o Questionário sobre a saúde do paciente e um Questionário Geral; e com as crianças aplicou-se o teste Matrizes Coloridas Progressivas de Raven. Os dados foram tratados por procedimentos estatísticos, adotando-se p0,05. Verificou-se com significância estatística que: 1. nas comparações mães e pais , as mães apresentaram mais práticas positivas que os pais ( mães = 21,60 e pais = 20,31) e mais monitoria positiva ( mães = 11,24 e pais = 10,10 ) ; 2. nas comparações de G1 em relação a G2, as mães de G1 avaliaram mais dificuldades comportamentais em suas crianças ( G1 = 15,35 e G2 = 10,20) , e apresentaram mais monitoria negativa ( G1 = 8,71 e G2 = 7,52) ; 3. nas comparações crianças com problemas de comportamento (CP) em relação as sem problemas (SP), as mães e pais apresentaram mais práticas negativas para as crianças com problema comportamentais (Mães- CP = 26,22 e SP =17,09; Pais- CP = 21,78 e SP = 17,18). Foram verificadas correlações significativas:1.nas avaliações das mães- entre problemas de comportamento das crianças e mais práticas educativas negativas (r=0,562) e menos prática educativa positiva (r=0,431), e ainda, a depressão materna apresentou correlação com Problema de Conduta (r=0,341); 2. nas avaliações dos pais- problemas de comportamento das crianças e mais disciplina relaxada (r=0,414) . Os dados evidenciaram que mesmo na condição de convivência em famílias nucleares intactas as crianças que convivem com a depressão materna estão expostas a mais práticas negativas, assim como as crianças com dificuldades comportamentais. Considera-se que tais dados podem contribuir para o planejamento de estratégias de prevenção e intervenção em saúde mental. / Living in an intact nuclear family has been regarded as a protective factor for child development, while living with maternal depression and negative parenting practices are considered adversities. The objective was to compare and verify potential associations of the parenting practices of mothers and fathers of intact nuclear families, assigned to two groups, one with mothers presenting depression and another with mothers with no indication of depression, focusing on the behavior of school-aged children. A total of 42 intact nuclear families composed of a father, mother and child were assessed according to: G1 17, families whose mothers presented current indicators of depression and G2 25, families whose mothers did not present current indicators of depression. Children, of both sexes were aged between eight and 10 years old and attended primary school in grades compatible to their ages. These families were recruited through their children at their schools. Data were collected in a single meeting with each family in individual sessions. A face-to-face interview was held, first with the father, followed by the mother and then, the child. The Parenting Style Inventory and Strengths and Difficulties Questionnaire were applied to both fathers and mothers; the Patient Health Questionnaire and a general questionnaire were also applied to the mothers, while the Ravens Coloured Progressive Matrices was applied to the children. Data were statistically analyzed, adopting p0.05. Differences with statistical significance were found in regard to: 1. Comparison between mothers and fathers, in which mothers more frequently than fathers presented positive practices ( mothers = 21.60 and fathers = 20.31) and positive monitoring ( mothers = 11.24 and fathers = 10.10); 2. Comparison between G1 and G2: G1 mothers more frequently reported their children presenting behavior problems ( G1 = 15.35 and G2 = 10.20), and also more frequently presented negative monitoring ( G1 = 8.71 and G2 = 7.52); 3. Comparison between the children with behavior problems (BP) and children without behavior problems (No BP) showed that mothers and fathers more frequently presented negative practices toward children with behavior problems (Mothers- BP = 26.22 and No BP =17.09; Fathers- BP=21.78 and No BP=17.18). Significant correlations were found in regard to: 1. Mothers assessment, between childrens behavior problems and more frequent negative parenting practices (r=0.562) and less frequent positive parenting practices (r=0.431), while maternal depression was correlated with Conduct Disorder (r=0.341); 2. Fathers assessment, between childrens behavior problems and more permissive parenting (r=0.414). Data show that even when living in intact nuclear families, children facing maternal depression are more frequently exposed to negative practices, as well as children with behavior problems. These findings can contribute to the planning of preventive and interventional strategies in mental health.
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Práticas educativas parentais de famílias nucleares intactas e o comportamento de crianças que convivem com a depressão materna / Parenting practices of intact nuclear families and the behavior of children living with maternal depression

Aline Sanches Politi Sebastião 09 June 2017 (has links)
Conviver em família nuclear intacta tem sido considerado uma condição de proteção ao desenvolvimento infantil, sendo a convivência com a depressão materna e com práticas educativas parentais negativas reconhecidas como adversidades. Objetivou-se comparar e verificar as possíveis associações das práticas educativas parentais de mães e de pais de famílias nucleares intactas, diferenciadas em dois grupos, um com mães com indicadores de depressão e outro com mães sem indicadores de depressão, tendo como foco os aspectos comportamentais das crianças, em idade escolar. Avaliou-se 42 famílias nucleares intactas, compostas por pai, mãe e filho (a), distribuídas em: G1 17 famílias, cujas mães apresentaram indicadores atuais de depressão e G2 25 famílias, cujas mães não apresentaram indicadores atuais de depressão. As crianças, de ambos os sexos tinham idades entre oito e 10 anos, frequentavam o ensino fundamental em ano compatível com a idade, e por meio delas, nas escolas, identificou-se as famílias. Procedeu-se à coleta de dados em um único encontro com cada família, em sessões individuais, face a face, primeiro com o pai, seguida da mãe e criança. Com pais e mães aplicou-se o Inventário de Estilos Parentais e o Questionário de Capacidades e Dificuldades; com as mães, aplicou-se ainda o Questionário sobre a saúde do paciente e um Questionário Geral; e com as crianças aplicou-se o teste Matrizes Coloridas Progressivas de Raven. Os dados foram tratados por procedimentos estatísticos, adotando-se p0,05. Verificou-se com significância estatística que: 1. nas comparações mães e pais , as mães apresentaram mais práticas positivas que os pais ( mães = 21,60 e pais = 20,31) e mais monitoria positiva ( mães = 11,24 e pais = 10,10 ) ; 2. nas comparações de G1 em relação a G2, as mães de G1 avaliaram mais dificuldades comportamentais em suas crianças ( G1 = 15,35 e G2 = 10,20) , e apresentaram mais monitoria negativa ( G1 = 8,71 e G2 = 7,52) ; 3. nas comparações crianças com problemas de comportamento (CP) em relação as sem problemas (SP), as mães e pais apresentaram mais práticas negativas para as crianças com problema comportamentais (Mães- CP = 26,22 e SP =17,09; Pais- CP = 21,78 e SP = 17,18). Foram verificadas correlações significativas:1.nas avaliações das mães- entre problemas de comportamento das crianças e mais práticas educativas negativas (r=0,562) e menos prática educativa positiva (r=0,431), e ainda, a depressão materna apresentou correlação com Problema de Conduta (r=0,341); 2. nas avaliações dos pais- problemas de comportamento das crianças e mais disciplina relaxada (r=0,414) . Os dados evidenciaram que mesmo na condição de convivência em famílias nucleares intactas as crianças que convivem com a depressão materna estão expostas a mais práticas negativas, assim como as crianças com dificuldades comportamentais. Considera-se que tais dados podem contribuir para o planejamento de estratégias de prevenção e intervenção em saúde mental. / Living in an intact nuclear family has been regarded as a protective factor for child development, while living with maternal depression and negative parenting practices are considered adversities. The objective was to compare and verify potential associations of the parenting practices of mothers and fathers of intact nuclear families, assigned to two groups, one with mothers presenting depression and another with mothers with no indication of depression, focusing on the behavior of school-aged children. A total of 42 intact nuclear families composed of a father, mother and child were assessed according to: G1 17, families whose mothers presented current indicators of depression and G2 25, families whose mothers did not present current indicators of depression. Children, of both sexes were aged between eight and 10 years old and attended primary school in grades compatible to their ages. These families were recruited through their children at their schools. Data were collected in a single meeting with each family in individual sessions. A face-to-face interview was held, first with the father, followed by the mother and then, the child. The Parenting Style Inventory and Strengths and Difficulties Questionnaire were applied to both fathers and mothers; the Patient Health Questionnaire and a general questionnaire were also applied to the mothers, while the Ravens Coloured Progressive Matrices was applied to the children. Data were statistically analyzed, adopting p0.05. Differences with statistical significance were found in regard to: 1. Comparison between mothers and fathers, in which mothers more frequently than fathers presented positive practices ( mothers = 21.60 and fathers = 20.31) and positive monitoring ( mothers = 11.24 and fathers = 10.10); 2. Comparison between G1 and G2: G1 mothers more frequently reported their children presenting behavior problems ( G1 = 15.35 and G2 = 10.20), and also more frequently presented negative monitoring ( G1 = 8.71 and G2 = 7.52); 3. Comparison between the children with behavior problems (BP) and children without behavior problems (No BP) showed that mothers and fathers more frequently presented negative practices toward children with behavior problems (Mothers- BP = 26.22 and No BP =17.09; Fathers- BP=21.78 and No BP=17.18). Significant correlations were found in regard to: 1. Mothers assessment, between childrens behavior problems and more frequent negative parenting practices (r=0.562) and less frequent positive parenting practices (r=0.431), while maternal depression was correlated with Conduct Disorder (r=0.341); 2. Fathers assessment, between childrens behavior problems and more permissive parenting (r=0.414). Data show that even when living in intact nuclear families, children facing maternal depression are more frequently exposed to negative practices, as well as children with behavior problems. These findings can contribute to the planning of preventive and interventional strategies in mental health.

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