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Dinâmica sedimentar, tafonomia e paleoambientes da fáceis de Offshore da Formação Serra Alta, Permiano, Bacia do Paraná: um estudo de caso no Estado de São Paulo, Brasil / not available

Bondioli, João Guedes 29 May 2014 (has links)
Fácies sedimentares deficientes em oxigênio, registradas em vários mares epeiricos (bacias intracratônicas) são comuns nos tratos de sistemas transgressivo e de mar alto, em sucessões sedimentares paleozoicas, mesozoicas e mais jovens. Elas são mate rializadas por sucessões monótonas de folhelhos negros e/ou argilitos maciços ou bem laminados, pobres em fósseis, as quais são pensadas terem sido depositadas em condições ambientais estáveis, de anoxia ou baixíssimas concentrações de oxigênio, na interface água sedimento. Durante o Paleozoico tardio, a bacia intracratônica do Paraná, Brasil, no centro do supercontinente Gondwana foi recoberta por um mar epeirico, extenso (>1.600.000 km 2 ), raso e isolado. Na sucessão permiana da Bacia do Paraná, fácies representativas de condições de anoxia são comumente registradas nas formações Irati (Artinskiano) e Serra Alta (Kunguriano), sobrejacente. Argilitos e siltitos cinza-escuros, maciços ou bem laminados, muito pobres em fósseis, constituem os principais litótipos preservados nesta última unidade litoestratigráfica, o que tradicionalmente desencorajou estudos paleontológicos e estratigráficos de detalhe. Entretanto, investigações sedimentológicas, icnológicas e tafonômicas de detalhe (centímetro por centímetro) n estes depósitos indicam um cenário paleoambiental muito mais dinâmico e complexo, do que o previamente pensado. Fundamentado nas feições texturais dos sedimentos (e.g., fábrica, presença/ausência de laminação primária, bioturbação), ocorrências autoctónes ou parautóctones de invertebrados bentônicos providos de conchas carbonáticas (moluscos bivalves) e a presença/ausência de horizontes dominados por concreções carbonáticas e camadas ricas em nódulos fosfáticos, reporta-se aqui, pela primeira vez, drásticas variações no conteúdo de oxigênio, batimetria, taxas de sedimentação e mudanças na colonização do substrato bentônico, dentro das fácies de offshore da Formação Serra Alta. Os dados obtidos indicam que estes depósitos distais, gerados abaixo do nível de b ase de ondas de bom tempo, foram governados por uma conjunção de fatores paleoambientais complexos (e.g., taxa de sedimentação, pulsos de oxigenação), relacionados a mudanças do nível do mar. Três populações ou paleocomunidades distintas foram registradas, incluindo formas residentes adaptadas à: (a) condições normais de dia-a-dia, representadas por fundos pouco oxigenados (disaeróbios), colonizados por minúsculos (mm) bivalves de infauna, suspensívoros e Planolites, (b) táxons quimissimbiontes que habitavam substratos quimicamente tóxicos (anóxicos/extremamente disaeróbios=exaeróbios) (e.g., bivalves suspensívoros gigantes) e (c) populações eventuais que habitaram substratos aeróbios/disaeróbios, gerados durante eventos energéticos episódicos (e.g., Planolites e Thalassionoides). Estes achados têm importantes conotações no nosso entendimento das condições paleoambientais e dinâmica paleoecológica das faunas bentônicas, durante episódios transgressivos em mares epicontinentais rasos, isolados, onde fácies de offshore, com deficiência de oxigênio são abundantes. / Oxygen-deficient facies dominate the sedimentary record of various epeiric seas (intracratonic basins) and are common in the transgressive and highstand systems tract of several Paleozoic, Mesozoic and younger age successions. They are materialize d by monotonous, fossil-poor (barren) successions of black shales and/or massive or well-laminated mudstones thought to be generated under stable conditions of oxygen depletion. During the late Paleozoic, the intracratonic Paraná Basin, Brazil, in the central Gondwanaland, was covered by a huge (>1.600.000 km 2 ), shallow and isolated epeiric sea. Within the Permian succession oxygen-deficient facies are commonly recorded in the Mesosaurus-bearing Irati Formation (Artinskian) and the overlain Serra Alta Formation (Kungurian). Barren, dark-grey mudstones (massive or well-laminated) are the main facies preserved in this last unit, which has usually discouraged extensive and detailed stratigraphical and paleontological investigations. However, a detailed sedimentological (sub-cm scale), ichnological, and taphonomical survey in those deposits indicate a much more dynamic and complex paleonvironmental scenario than previously thought. Based on textural features (presence/absence of primary lamination, bioturbation), autochthonous to parautochthonous occurrences of shelly benthic invertebrates (bivalves) and the presence/absence of concretion-dominated horizons and phosphate-rich layers, we report variations in the oxygen content, bathymetry, sedimentation rates, and changes in benthic substrate colonization. Our data indicate that the deposition of this \"barren\" mudstone-dominated succession was governed by a complex interplay of paleoenvironmental factors (sedimentation rate, and oxygen pulses) related to relative sea level changes. Three distinct populations or paleocommunities were recorded, including residents adapted to: (a) background normal low-oxygen (dysaerobic) conditions (minute infaunal suspension-feeding bivalves and Planolites), (b) co-existing chemosymbiontic taxa inhabiting chemically toxic (anoxic/extreme dysaerobic=exaerobic) substrates (e.g., gigantic bivalves), and (c) event populations inhabiting (aerobic/dysaerobic) substrates following short-term bottom disruptions (e.g., Planolites and Thalassionoides). These findings have significant connotations for our understandings of the paleoenvironmental conditions and paleoecologic dynamics of the shelly benthic faunas during the transgressive events in extremely isolated and shallow epeiric seas where oxygen-deficient facies are abundant.
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A proveniência dos sedimentos e cinzas vulcânicas dos sedimentos permianos da bacia do Paraná : implicações para a história geológica do sul-sudoeste de Gondwana

Costa, Lindaray Sousa da 28 January 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-06-06T17:47:20Z No. of bitstreams: 1 2016_LindaraySousadaCosta.pdf: 12012688 bytes, checksum: 4dfe0c1b3c79739beef07a7349f885be (MD5) / Approved for entry into archive by Marília Freitas(marilia@bce.unb.br) on 2016-07-26T11:20:15Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_LindaraySousadaCosta.pdf: 12012688 bytes, checksum: 4dfe0c1b3c79739beef07a7349f885be (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-26T11:20:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_LindaraySousadaCosta.pdf: 12012688 bytes, checksum: 4dfe0c1b3c79739beef07a7349f885be (MD5) / O período geológico Permiano marca grandes mudanças climáticas e tectônicas na superfície da Terra. Duas áreas na porção sudeste da Bacia do Paraná registram relação entre os eventos climáticos e tectônicos, bem como variação na proveniência de sedimentos durante a evolução da bacia. A primeira área refere-se ao pacote de rochas sedimentares que ocorre na Serra do Rio do Rastro, Santa Catarina, Brasil, também conhecido como Coluna White. Este conjunto de rochas está associado à Permo-Carbonífera Supersequencia Gondwana I. Os resultados U-Pb em zircão detrítico e dados isotópicos Sm-Nd em rocha total dos sedimentos da Coluna White demonstram que na base (Formação Rio Bonito-Grupo Guatá) existe a predominância de uma população Paleoprotorezóica (2.5 a 1.7 Ga), seguida por populações com idades Mesoproterozóica (1.5 a 1.0 Ga) e Neoproterozóica-Cambriana (992-490 Ma). Em contraste, as rochas da Formação Rio do Rasto (Grupo Passa Dois) apresentaram zircões detríticos com idade dominantemente Neoproterozoica (935 a 543 Ma) e subordinadamente Permo-Triássica (297-216 Ma). Os resultados Lu-Hf apontaram para fontes dominantemente crustal com valores negativos de ɛHf (-42 e -1) e idades modelo Hf (TDM) Paleoproterozoicas na base e Meosoproterozóicas e Neopreoterozóicas no topo. Os resultados Sm-Nd em rocha total mostraram valores negativos de εNd(T) variando entre -15 e -6, corroborando os resultados ɛHf em zircão. As idades modelo Nd (TDM) entre 1.9 e 1.0 Ga confirmaram a contribuição das fontes Paleo a Mesoproterozóica envolvidas na sedimentação da bacia. A variação de fontes mais antigas para fontes mais jovens sugere que no Permiano médio a Bacia do Paraná passou de um comportamento intracratônico para um contexto com influência tectônica, induzido pela orogenia na porção sul e sudoeste de Gondwana. A segunda área refere-se a camadas de cinzas vulcânicas que ocorrem ao longo da Formação Irati (Base do Grupo Passa Dois), localizada no Município de São Mateus do Sul, Estado do Paraná (PR). Os resultados U-Pb em zircão ígneo revelaram a predominância de uma população permiana, com idades que variam entre 287 e 267 Ma. Os dados Lu-Hf sugerem que essa população de idade permiana deriva de uma fonte com assinatura crustal, com valores negativos de εHf variando entre -7 e -3. As idades modelo Hf (TDM) sugerem que essa fonte teria se diferenciado no final do Mesoproterozóico (1.2 Ga) e inicio do Neoproterozóico (0.8 Ga). Os dados Sm-Nd em rocha total registraram valores negativos de εNd (-11.6 a -3.3) para uma fonte que teria se diferenciado a 1.6 Ga (Mesoproterozóico). Os resultados indicam um intervalo de mais de 15 Ma de anos durante o qual o vulcanismo esteve ativo, sendo que o pico principal deste evento ocorreu em 278 Ma. Demonstrou ainda a forte compatibilidade em idade e geoquímica com as rochas vulcânicas Choiyoi. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Permian geological period imprinted major climatic and tectonic changes on Earth’s surface. We have studied two areas in the southeastern portion of the Paraná basin that shed light on relationship between the climatic and tectonics events and the variation of sediment provenance during the basin evolution. The first area refers to a package of sedimentary rocks across the Serra do Rio do Rastro, Santa Catarina, Brazil, that is also known as Coluna White. It includes a succession of the Gondwana I Supersequence, in which outcrop a set of rocks permo-carboniferou from the base to the top.. We present U-Pb and Lu-Hf detrital zircon data and whole rock Sm-Nd isotope data for samples across the profile. Zircon U-Pb data of the lower to middle part of the Permian (Rio Bonito Formation - Grupo Guatá Group) indicate a dominance of Paleoproterozoic (2.5 to 1.7 Ga) grains, followed by Mesoproterozoic (1.5 to 1.0 Ga) and Neoproterozoic-Cambrian (992-490 Ma) zircon grains. In contrast, sediments from the Rio Rasto Formation (Passa Dois Group) present a dominance of Neoproterozoic (935 to 543 Ma) followed by Paleozoic zircon grains, including Permo-Triassic ones (297-216 Ma). The Hf (TDM) model ages indicate a Paleoproterozoic age for zircons at the base of the succession and Meso- to Neoproterozoic ages for zircon at the upper part of the succession. The Sm-Nd data reinforces the results of the other isotope systems, indicating a major change in sedimentary provenance between the lower and upper portion of the profile. This change suggests that in the middle Permian the Paraná basin evolved from a cratonic to orogenic influenced basin related to an orogeny in the south- and southwestern portion of Gondwana. In the second area we have studies volcanic ash interlayered with sedimentary rocks of the Permian Irati Formation. Zircon U-Pb data from these ash layers indicate ages ranging between 287 and 267 Ma, with a main peak at 278 Ma. Lu-Hf data of these zircons indicate crustal signature (εHf ranging between -7 and -3) and Mesoproterozoic (1.2 Ga) and Neoproterozoic (0.8 Ga) Hf (TDM) model ages. The Nd isotope data reinforce the zircon data, indicating a main crustal component in the source area of these rocks (εNd = -11.6 to -3.3). The data further indicate the close relationship of the Irati ash layers and the Choiyoi volcanism, which was the main source of the ash beds.
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Dinâmica sedimentar, tafonomia e paleoambientes da fáceis de Offshore da Formação Serra Alta, Permiano, Bacia do Paraná: um estudo de caso no Estado de São Paulo, Brasil / not available

João Guedes Bondioli 29 May 2014 (has links)
Fácies sedimentares deficientes em oxigênio, registradas em vários mares epeiricos (bacias intracratônicas) são comuns nos tratos de sistemas transgressivo e de mar alto, em sucessões sedimentares paleozoicas, mesozoicas e mais jovens. Elas são mate rializadas por sucessões monótonas de folhelhos negros e/ou argilitos maciços ou bem laminados, pobres em fósseis, as quais são pensadas terem sido depositadas em condições ambientais estáveis, de anoxia ou baixíssimas concentrações de oxigênio, na interface água sedimento. Durante o Paleozoico tardio, a bacia intracratônica do Paraná, Brasil, no centro do supercontinente Gondwana foi recoberta por um mar epeirico, extenso (>1.600.000 km 2 ), raso e isolado. Na sucessão permiana da Bacia do Paraná, fácies representativas de condições de anoxia são comumente registradas nas formações Irati (Artinskiano) e Serra Alta (Kunguriano), sobrejacente. Argilitos e siltitos cinza-escuros, maciços ou bem laminados, muito pobres em fósseis, constituem os principais litótipos preservados nesta última unidade litoestratigráfica, o que tradicionalmente desencorajou estudos paleontológicos e estratigráficos de detalhe. Entretanto, investigações sedimentológicas, icnológicas e tafonômicas de detalhe (centímetro por centímetro) n estes depósitos indicam um cenário paleoambiental muito mais dinâmico e complexo, do que o previamente pensado. Fundamentado nas feições texturais dos sedimentos (e.g., fábrica, presença/ausência de laminação primária, bioturbação), ocorrências autoctónes ou parautóctones de invertebrados bentônicos providos de conchas carbonáticas (moluscos bivalves) e a presença/ausência de horizontes dominados por concreções carbonáticas e camadas ricas em nódulos fosfáticos, reporta-se aqui, pela primeira vez, drásticas variações no conteúdo de oxigênio, batimetria, taxas de sedimentação e mudanças na colonização do substrato bentônico, dentro das fácies de offshore da Formação Serra Alta. Os dados obtidos indicam que estes depósitos distais, gerados abaixo do nível de b ase de ondas de bom tempo, foram governados por uma conjunção de fatores paleoambientais complexos (e.g., taxa de sedimentação, pulsos de oxigenação), relacionados a mudanças do nível do mar. Três populações ou paleocomunidades distintas foram registradas, incluindo formas residentes adaptadas à: (a) condições normais de dia-a-dia, representadas por fundos pouco oxigenados (disaeróbios), colonizados por minúsculos (mm) bivalves de infauna, suspensívoros e Planolites, (b) táxons quimissimbiontes que habitavam substratos quimicamente tóxicos (anóxicos/extremamente disaeróbios=exaeróbios) (e.g., bivalves suspensívoros gigantes) e (c) populações eventuais que habitaram substratos aeróbios/disaeróbios, gerados durante eventos energéticos episódicos (e.g., Planolites e Thalassionoides). Estes achados têm importantes conotações no nosso entendimento das condições paleoambientais e dinâmica paleoecológica das faunas bentônicas, durante episódios transgressivos em mares epicontinentais rasos, isolados, onde fácies de offshore, com deficiência de oxigênio são abundantes. / Oxygen-deficient facies dominate the sedimentary record of various epeiric seas (intracratonic basins) and are common in the transgressive and highstand systems tract of several Paleozoic, Mesozoic and younger age successions. They are materialize d by monotonous, fossil-poor (barren) successions of black shales and/or massive or well-laminated mudstones thought to be generated under stable conditions of oxygen depletion. During the late Paleozoic, the intracratonic Paraná Basin, Brazil, in the central Gondwanaland, was covered by a huge (>1.600.000 km 2 ), shallow and isolated epeiric sea. Within the Permian succession oxygen-deficient facies are commonly recorded in the Mesosaurus-bearing Irati Formation (Artinskian) and the overlain Serra Alta Formation (Kungurian). Barren, dark-grey mudstones (massive or well-laminated) are the main facies preserved in this last unit, which has usually discouraged extensive and detailed stratigraphical and paleontological investigations. However, a detailed sedimentological (sub-cm scale), ichnological, and taphonomical survey in those deposits indicate a much more dynamic and complex paleonvironmental scenario than previously thought. Based on textural features (presence/absence of primary lamination, bioturbation), autochthonous to parautochthonous occurrences of shelly benthic invertebrates (bivalves) and the presence/absence of concretion-dominated horizons and phosphate-rich layers, we report variations in the oxygen content, bathymetry, sedimentation rates, and changes in benthic substrate colonization. Our data indicate that the deposition of this \"barren\" mudstone-dominated succession was governed by a complex interplay of paleoenvironmental factors (sedimentation rate, and oxygen pulses) related to relative sea level changes. Three distinct populations or paleocommunities were recorded, including residents adapted to: (a) background normal low-oxygen (dysaerobic) conditions (minute infaunal suspension-feeding bivalves and Planolites), (b) co-existing chemosymbiontic taxa inhabiting chemically toxic (anoxic/extreme dysaerobic=exaerobic) substrates (e.g., gigantic bivalves), and (c) event populations inhabiting (aerobic/dysaerobic) substrates following short-term bottom disruptions (e.g., Planolites and Thalassionoides). These findings have significant connotations for our understandings of the paleoenvironmental conditions and paleoecologic dynamics of the shelly benthic faunas during the transgressive events in extremely isolated and shallow epeiric seas where oxygen-deficient facies are abundant.
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Investigação paleontológica do evento hidrotermal de Anhembí (SP) na Formação Teresina (Grupo Passa Dois, Permiano, Bacia do Paraná) / Not available.

Roberto, Paulo Fernandes 27 May 2014 (has links)
No município de Anhembi, ocorrem cones silicosos de dentro da Formação Teresina (Permiano) que, atualmente, são interpretados como acumulações geradas a partir de um evento hidrotermal em águas rasas. A ocorrência de depósitos hidrotermais é bastante rara no registro geológico, tornando o depósito de Anhembi único, ainda mais por apresentar mais de 4.500 dessas estruturas em pouco menos de 1,5 km2. As características marcantes desta localidade tornam-se um importante objeto de investigação científica, além de sugerirem a comparação com as supostamente mais antigas formas de vida encontradas de aproximadamente 3,5 Ga, em contexto similar. Este trabalho consiste numa análise dos fósseis encontrados em intervalos abaixo, lateralmente contínuos e acima da ocorrência desses cones, de uma avaliação de possíveis alterações da biota decorrentes desse evento hidrotermal e também de avaliar a controvérsia acerca dos supostamente mais antigos microfósseis da Terra. Foram analisados macroscopicamente e petrograficamente três intervalos distintos (A, B e C) em que foram coletadas amostras de três níveis diferentes (1, 2 e 3). No intervalo A (Nível 1) foram observados conchas de bivalves, valvas de ostracodes, oncoides e fragmentos de dentes de peixes, inclusive com um fragmento grande de dente de peixe dipnoico. No intervalo B (Nível 2) foram observados apenas valvas de ostracodes e oncoides. No intervalo C (Nível 3) foram encontrados valvas de ostracodes, oncoides e conchas de bivalves. A silicificação dos intervalos A e B difere bastante da do Intervalo C, o que sugere um evento diferente para a silicificação nesses pontos. A aparente diferença encontrada nas biotas dos três intervalos sugere fortemente uma ligação da biota com o evento hidrotermal que ocorreu na região. A presença de microfósseis há 3,5 Ga não é descartada por esse trabalho, entretanto há de se ficar atento com as ressalvas feitas à biogenicidade desses microfósseis. / In the Anhembi County, siliceous cones occur in the Teresina Formation (Permian) which are now interpreted as accumulations generated from a hydrothermal event that took place in shallow waters. The occurrence of such hydrothermal deposits is very rare in the geological record, making this deposit unique, especially when considering that more than 4,500 of these siliceous cones outcrop in less than 1,5 km2. The remarkable characteristics of this locality have made it an important object of scientific investigation, aside from suggest the comparison with the supposedly most ancient life forms ever found, from 3.5 Ga, deposited in similar context. This work consists of an analysis of the fossils found in intervals below, laterally continuous and above the place where such cones outcrop, an evaluation whether possible changes in the biota in this area are due to this hydrothermal event, and also to perform an analysis of the state of the controversy around Earth\'s most ancient microfossils. Three different intervals (A, B and C) in which samples from three distinct levels (1,2 and 3) were collected were analyzed both macroscopically and petrographically. In the Interval A (Level 1) we have observed bivalve shells, ostracod valves, oncoids and fragments of fish teeth including a big fragmented tooth of a dipnoi fish. In Interval B (Level 2) were observed only ostracod valves and oncoids. In Interval C (Level 3) were found ostracod valves, oncoids and bivalve shells. The silicification that took place in these 2 initial intervals differ from the third one, which suggests a different event for the silicification of the lower strata. The apparent difference found in the biota from the three intervals strongly suggests a connection of the biota with the hydrothermal event that took place in that locality. The presence of 3.5 Ga microfossils is not entirely discarded by this work, though one must be caution about the reservations about the biogenicity of such microfossils.
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Inferências paleoclimáticas baseadas em análises de crescimento lenhoso de gimnospermas da floresta petrificada do Tocantins setentrional, permiano da bacia do Parnaíba

Benício, José Rafael Wanderley 01 1900 (has links)
Submitted by FERNANDA DA SILVA VON PORSTER (fdsvporster@univates.br) on 2015-08-19T18:22:35Z No. of bitstreams: 3 license_text: 21328 bytes, checksum: 683d9883b2ad62ac3b8bafc566b2e600 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) 2015JoseRafaelWanderleyBenicio.pdf: 5836958 bytes, checksum: b3bcbf294b6607acbd3982cf1b906dc8 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Paula Lisboa Monteiro (monteiro@univates.br) on 2015-08-19T18:35:42Z (GMT) No. of bitstreams: 3 license_text: 21328 bytes, checksum: 683d9883b2ad62ac3b8bafc566b2e600 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) 2015JoseRafaelWanderleyBenicio.pdf: 5836958 bytes, checksum: b3bcbf294b6607acbd3982cf1b906dc8 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-08-19T18:35:42Z (GMT). No. of bitstreams: 3 license_text: 21328 bytes, checksum: 683d9883b2ad62ac3b8bafc566b2e600 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) 2015JoseRafaelWanderleyBenicio.pdf: 5836958 bytes, checksum: b3bcbf294b6607acbd3982cf1b906dc8 (MD5) / A Floresta Petrificada de Tocantins Setentrional (FPTS) é citada na literatura científica como uma das mais importantes associações lignoflorísticas de paleobioma temperado quente do Permiano no hemisfério sul. Parte desta floresta encontra-se situada no Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (MNAFTO), uma unidade de preservação integral localizada a nordeste do Estado do Tocantins. Geologicamente, o MNAFTO encontra-se inserido na Bacia do Parnaíba, sendo que os lenhos aqui estudados são associados à Formação Motuca, Permiano Superior. O presente trabalho possui como objetivo estabelecer a influência dos processos climáticos ocorridos durante o Permiano Superior com a utilização de dados proxy obtidos através da análise de elementos vegetais preservados na FPTS. O material analisado corresponde a 32 fragmentos de lenhos gimnospérmicos provenientes de nove pontos de coleta localizados dentro e no entorno da área do parque. A fim de determinar padrões climáticos com base em crescimento lenhoso, foram feitas seções planas e lâminas petrográficas. Um total de 682 incrementos de crescimento em sessões planas foram verificados por meio de análises de sensibilidade média e anual. Em relação aos dados dendrológicos obtidos, os espécimes demostraram valores considerados sensitivos que indicam a vigência de um clima semiárido com precipitações aperiódicas. / The Northern Tocantins Petrified Forest (NTPF) is mentioned in the scientific literature as one of the most important Permian lignofloristic assemblage of warm temperate paleobiome in the South Hemisphere. Part of this forest is situated in the Tocantins Fossil Trees Natural Monument (TFTNM), which is an integral protection unit located in the northeast of the Tocantins state. Geologically, the TFTNM is inserted in the Parnaiba Basin, and the stems studied are associated to the Late Permian Motuca Formation. The aim of the present work is to establish the influence of the climatic process that occurred during the Late Permian with the use of proxy data obtained by the analysis of the floristics elements preserved in the (NTPF). The analyzed material corresponds to 32 gymnospermic fossil wood fragments derived from nine sampling points located inside and in the surroundings of the park area. In order to determine climatic patterns based on woody growth, plane sections cuts and petrographic plates were made. A total number of 682 growth increments in plane sections cuts were verified using average sensibility and annual sensibility analyses. With regard to the dendrological data obtained, the specimens show considerable sensitive values that indicate a semi arid clima with aperiodic rainfall.
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Inferências paleoclimáticas baseadas em análises de crescimento lenhoso de gimnospermas da Floresta Petrificada do Tocantins Setentrional, Permiano da Bacia do Parnaíba

Benício, José Rafael Wanderley 03 1900 (has links)
Submitted by FERNANDA DA SILVA VON PORSTER (fdsvporster@univates.br) on 2017-02-14T17:18:49Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) 2014JoseRafaelWanderleyBenicio.pdf: 5744814 bytes, checksum: 8805bea7ea7e84f774ea97bfe359cdcc (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Paula Lisboa Monteiro (monteiro@univates.br) on 2017-03-29T19:28:54Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) 2014JoseRafaelWanderleyBenicio.pdf: 5744814 bytes, checksum: 8805bea7ea7e84f774ea97bfe359cdcc (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-29T19:28:54Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) 2014JoseRafaelWanderleyBenicio.pdf: 5744814 bytes, checksum: 8805bea7ea7e84f774ea97bfe359cdcc (MD5) Previous issue date: 2017-02 / A Floresta Petrificada de Tocantins Setentrional (FPTS) é citada na literatura científica como uma das mais importantes associações lignoflorísticas de paleobioma temperado quente do Permiano no hemisfério sul. Parte desta floresta encontra-se situada no Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (MNAFTO), uma unidade de preservação integral localizada a nordeste do Estado do Tocantins. Geologicamente, o MNAFTO encontra-se inserido na Bacia do Parnaíba, sendo que os lenhos aqui estudados são associados à Formação Motuca, Permiano Superior. O presente trabalho possui como objetivo estabelecer a influência dos processos climáticos ocorridos durante o Permiano Superior com a utilização de dados proxy obtidos através da análise de elementos vegetais preservados na FPTS. O material analisado corresponde a 32 fragmentos de lenhos gimnospérmicos provenientes de nove pontos de coleta localizados dentro e no entorno da área do parque. A fim de determinar padrões climáticos com base em crescimento lenhoso, foram feitas seções planas e lâminas petrográficas. Um total de 682 incrementos de crescimento em sessões planas foram verificados por meio de análises de sensibilidade média e anual. Em relação aos dados dendrológicos obtidos, os espécimes demostraram valores considerados sensitivos que indicam a vigência de um clima semiárido com precipitações aperiódicas. / The Northern Tocantins Petrified Forest (NTPF) is mentioned in the scientific literature as one of the most important Permian lignofloristic assemblage of warm temperate paleobiome in the South Hemisphere. Part of this forest is situated in the Tocantins Fossil Trees Natural Monument (TFTNM), which is an integral protection unit located in the northeast of the Tocantins state. Geologically, the TFTNM is inserted in the Parnaiba Basin, and the stems studied are associated to the Late Permian Motuca Formation. The aim of the present work is to establish the influence of the climatic process that occurred during the Late Permian with the use of proxy data obtained by the analysis of the floristics elements preserved in the (NTPF). The analyzed material corresponds to 32 gymnospermic fossil wood fragments derived from nine sampling points located inside and in the surroundings of the park area. In order to determine climatic patterns based on woody growth, plane sections cuts and petrographic plates were made. A total number of 682 growth increments in plane sections cuts were verified using average sensibility and annual sensibility analyses. With regard to the dendrological data obtained, the specimens show considerable sensitive values that indicate a semi arid clima with aperiodic rainfall.
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Análise estratigráfica da formação Pirambóia, permiano superior da Bacia do Paraná, leste do Rio Grande do Sul

Dias, Kayo Delorenzo Nardi January 2008 (has links)
O objetivo principal desta dissertação é estabelecer um modelo estratigráfico de alta resolução visando o entendimento dos processos que controlam a espessura dos sets em sistemas eólicos úmidos, tendo como estudo de caso os depósitos eólicos da Formação Pirambóia, Permiano Superior da Bacia do Paraná, Leste do Rio Grande do Sul. A Formação Pirambóia apresenta um contato basal discordante, onde os arenitos grossos de lençóis de areia eólicos da Formação Pirambóia estão recobrindo abruptamente os estratos areno-pelíticos lacustres da Formação Rio do Rasto. O contato superior também é marcado por uma discordância com os depósitos de dunas eólicas da Formação Botucatu. A Formação Pirambóia é constituída por depósitos de lençóis de areia eólicos sucedidos por depósitos de dunas e interdunas, que podem ser subdivididos em dois intervalos distintos de valores médios das espessuras dos sets. O intervalo 1 apresenta, um conjunto de sets de estratos cruzados com espessura mínima 1,04 m, máxima de 6,82 m e média de 2,90 m. O intervalo 2 é composto por sets de estratos cruzados com espessura mínima de 0,92 m, máxima de 14 m e média em torno de 6,19 m. As variações nas espessuras médias dos sets entre os intervalos refletem mudanças significativas no tamanho original das dunas ou no ângulo de cavalgamento. Se considerarmos o tamanho das dunas constante, a baixa espessura dos sets no intervalo 1 indica um ângulo de climbing baixo, enquanto as maiores espessuras encontradas para o intervalo 2 refletem um aumento no ângulo de cavalgamento, associado a um aumento na taxa de subida do lençol freático ou uma diminuição na taxa de migração das dunas eólicas. Se admitirmos a hipótese do ângulo de cavalgamento constante ao longo do tempo, a baixa espessura dos sets no intervalo 1 estaria relacionada a dunas originalmente menores que aquelas do intervalo 2, refletindo um aumento na disponibilidade de areia seca ou uma diminuição na taxa de transporte de areia da base para o topo da Formação Pirambóia. O reconhecimento de intervalos com espessuras distintas dos sets pode ser muito útil para o estabelecimento de um arcabouço estratigráfico de alta resolução de sucessões eólicas, principalmente quando se trabalha especificamente com dados de testemunhos de sondagem. A identificação destes intervalos permite a definição de horizontes de correlação dentro de sucessões eminentemente eólicas. / The main aim of this paper is to present a high-resolution stratigraphic framework for wet aeolian systems from subsurface data based on the recognition of intervals with distinct mean set thicknesses. The case herein presented focuses on aeolian strata of the Pirambóia Formation (Upper Permian of the Paraná Basin – Southernmost Brazil). The Pirambóia Formation comprises an unconformity-bounded aeolian succession. At its base, it comprises a thick package of aeolian sand sheet facies that is overlain by aeolian dune and lenticular, damp interdune deposits. These considerations suggest a wet aeolian system for the Pirambóia Formation. The aeolian dune and interdune package can be subdivided into two different intervals in terms of mean set thickness (about 2.90 and 6.19 m for interval 1 and 2, respectively). The increase in mean set thickness is interpreted as a result of changes in either the climbing angle or the aeolian dune primary size. Dune climbing angle is associated with the rates of phreatic level rise and dunes migration, whereas the dune primary size is directly related to dry sand availability and the rate of sand transport by wind. The distinction of intervals with different set thicknesses can be very useful for high-resolution stratigraphy of aeolian successions, especially when dealing only with core data. Their recognition allows for the definition of correlation horizons within the aeolian successions, where it is usually very hard to determine dune and interdune facies relationships and geometry, to perform palaeocurrent analysis and to understand sedimentary body architecture exclusively from 1D data.
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Análise estratigráfica da formação Pirambóia, permiano superior da Bacia do Paraná, leste do Rio Grande do Sul

Dias, Kayo Delorenzo Nardi January 2008 (has links)
O objetivo principal desta dissertação é estabelecer um modelo estratigráfico de alta resolução visando o entendimento dos processos que controlam a espessura dos sets em sistemas eólicos úmidos, tendo como estudo de caso os depósitos eólicos da Formação Pirambóia, Permiano Superior da Bacia do Paraná, Leste do Rio Grande do Sul. A Formação Pirambóia apresenta um contato basal discordante, onde os arenitos grossos de lençóis de areia eólicos da Formação Pirambóia estão recobrindo abruptamente os estratos areno-pelíticos lacustres da Formação Rio do Rasto. O contato superior também é marcado por uma discordância com os depósitos de dunas eólicas da Formação Botucatu. A Formação Pirambóia é constituída por depósitos de lençóis de areia eólicos sucedidos por depósitos de dunas e interdunas, que podem ser subdivididos em dois intervalos distintos de valores médios das espessuras dos sets. O intervalo 1 apresenta, um conjunto de sets de estratos cruzados com espessura mínima 1,04 m, máxima de 6,82 m e média de 2,90 m. O intervalo 2 é composto por sets de estratos cruzados com espessura mínima de 0,92 m, máxima de 14 m e média em torno de 6,19 m. As variações nas espessuras médias dos sets entre os intervalos refletem mudanças significativas no tamanho original das dunas ou no ângulo de cavalgamento. Se considerarmos o tamanho das dunas constante, a baixa espessura dos sets no intervalo 1 indica um ângulo de climbing baixo, enquanto as maiores espessuras encontradas para o intervalo 2 refletem um aumento no ângulo de cavalgamento, associado a um aumento na taxa de subida do lençol freático ou uma diminuição na taxa de migração das dunas eólicas. Se admitirmos a hipótese do ângulo de cavalgamento constante ao longo do tempo, a baixa espessura dos sets no intervalo 1 estaria relacionada a dunas originalmente menores que aquelas do intervalo 2, refletindo um aumento na disponibilidade de areia seca ou uma diminuição na taxa de transporte de areia da base para o topo da Formação Pirambóia. O reconhecimento de intervalos com espessuras distintas dos sets pode ser muito útil para o estabelecimento de um arcabouço estratigráfico de alta resolução de sucessões eólicas, principalmente quando se trabalha especificamente com dados de testemunhos de sondagem. A identificação destes intervalos permite a definição de horizontes de correlação dentro de sucessões eminentemente eólicas. / The main aim of this paper is to present a high-resolution stratigraphic framework for wet aeolian systems from subsurface data based on the recognition of intervals with distinct mean set thicknesses. The case herein presented focuses on aeolian strata of the Pirambóia Formation (Upper Permian of the Paraná Basin – Southernmost Brazil). The Pirambóia Formation comprises an unconformity-bounded aeolian succession. At its base, it comprises a thick package of aeolian sand sheet facies that is overlain by aeolian dune and lenticular, damp interdune deposits. These considerations suggest a wet aeolian system for the Pirambóia Formation. The aeolian dune and interdune package can be subdivided into two different intervals in terms of mean set thickness (about 2.90 and 6.19 m for interval 1 and 2, respectively). The increase in mean set thickness is interpreted as a result of changes in either the climbing angle or the aeolian dune primary size. Dune climbing angle is associated with the rates of phreatic level rise and dunes migration, whereas the dune primary size is directly related to dry sand availability and the rate of sand transport by wind. The distinction of intervals with different set thicknesses can be very useful for high-resolution stratigraphy of aeolian successions, especially when dealing only with core data. Their recognition allows for the definition of correlation horizons within the aeolian successions, where it is usually very hard to determine dune and interdune facies relationships and geometry, to perform palaeocurrent analysis and to understand sedimentary body architecture exclusively from 1D data.
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Análise estratigráfica da formação Pirambóia, permiano superior da Bacia do Paraná, leste do Rio Grande do Sul

Dias, Kayo Delorenzo Nardi January 2008 (has links)
O objetivo principal desta dissertação é estabelecer um modelo estratigráfico de alta resolução visando o entendimento dos processos que controlam a espessura dos sets em sistemas eólicos úmidos, tendo como estudo de caso os depósitos eólicos da Formação Pirambóia, Permiano Superior da Bacia do Paraná, Leste do Rio Grande do Sul. A Formação Pirambóia apresenta um contato basal discordante, onde os arenitos grossos de lençóis de areia eólicos da Formação Pirambóia estão recobrindo abruptamente os estratos areno-pelíticos lacustres da Formação Rio do Rasto. O contato superior também é marcado por uma discordância com os depósitos de dunas eólicas da Formação Botucatu. A Formação Pirambóia é constituída por depósitos de lençóis de areia eólicos sucedidos por depósitos de dunas e interdunas, que podem ser subdivididos em dois intervalos distintos de valores médios das espessuras dos sets. O intervalo 1 apresenta, um conjunto de sets de estratos cruzados com espessura mínima 1,04 m, máxima de 6,82 m e média de 2,90 m. O intervalo 2 é composto por sets de estratos cruzados com espessura mínima de 0,92 m, máxima de 14 m e média em torno de 6,19 m. As variações nas espessuras médias dos sets entre os intervalos refletem mudanças significativas no tamanho original das dunas ou no ângulo de cavalgamento. Se considerarmos o tamanho das dunas constante, a baixa espessura dos sets no intervalo 1 indica um ângulo de climbing baixo, enquanto as maiores espessuras encontradas para o intervalo 2 refletem um aumento no ângulo de cavalgamento, associado a um aumento na taxa de subida do lençol freático ou uma diminuição na taxa de migração das dunas eólicas. Se admitirmos a hipótese do ângulo de cavalgamento constante ao longo do tempo, a baixa espessura dos sets no intervalo 1 estaria relacionada a dunas originalmente menores que aquelas do intervalo 2, refletindo um aumento na disponibilidade de areia seca ou uma diminuição na taxa de transporte de areia da base para o topo da Formação Pirambóia. O reconhecimento de intervalos com espessuras distintas dos sets pode ser muito útil para o estabelecimento de um arcabouço estratigráfico de alta resolução de sucessões eólicas, principalmente quando se trabalha especificamente com dados de testemunhos de sondagem. A identificação destes intervalos permite a definição de horizontes de correlação dentro de sucessões eminentemente eólicas. / The main aim of this paper is to present a high-resolution stratigraphic framework for wet aeolian systems from subsurface data based on the recognition of intervals with distinct mean set thicknesses. The case herein presented focuses on aeolian strata of the Pirambóia Formation (Upper Permian of the Paraná Basin – Southernmost Brazil). The Pirambóia Formation comprises an unconformity-bounded aeolian succession. At its base, it comprises a thick package of aeolian sand sheet facies that is overlain by aeolian dune and lenticular, damp interdune deposits. These considerations suggest a wet aeolian system for the Pirambóia Formation. The aeolian dune and interdune package can be subdivided into two different intervals in terms of mean set thickness (about 2.90 and 6.19 m for interval 1 and 2, respectively). The increase in mean set thickness is interpreted as a result of changes in either the climbing angle or the aeolian dune primary size. Dune climbing angle is associated with the rates of phreatic level rise and dunes migration, whereas the dune primary size is directly related to dry sand availability and the rate of sand transport by wind. The distinction of intervals with different set thicknesses can be very useful for high-resolution stratigraphy of aeolian successions, especially when dealing only with core data. Their recognition allows for the definition of correlation horizons within the aeolian successions, where it is usually very hard to determine dune and interdune facies relationships and geometry, to perform palaeocurrent analysis and to understand sedimentary body architecture exclusively from 1D data.
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Investigação paleontológica do evento hidrotermal de Anhembí (SP) na Formação Teresina (Grupo Passa Dois, Permiano, Bacia do Paraná) / Not available.

Paulo Fernandes Roberto 27 May 2014 (has links)
No município de Anhembi, ocorrem cones silicosos de dentro da Formação Teresina (Permiano) que, atualmente, são interpretados como acumulações geradas a partir de um evento hidrotermal em águas rasas. A ocorrência de depósitos hidrotermais é bastante rara no registro geológico, tornando o depósito de Anhembi único, ainda mais por apresentar mais de 4.500 dessas estruturas em pouco menos de 1,5 km2. As características marcantes desta localidade tornam-se um importante objeto de investigação científica, além de sugerirem a comparação com as supostamente mais antigas formas de vida encontradas de aproximadamente 3,5 Ga, em contexto similar. Este trabalho consiste numa análise dos fósseis encontrados em intervalos abaixo, lateralmente contínuos e acima da ocorrência desses cones, de uma avaliação de possíveis alterações da biota decorrentes desse evento hidrotermal e também de avaliar a controvérsia acerca dos supostamente mais antigos microfósseis da Terra. Foram analisados macroscopicamente e petrograficamente três intervalos distintos (A, B e C) em que foram coletadas amostras de três níveis diferentes (1, 2 e 3). No intervalo A (Nível 1) foram observados conchas de bivalves, valvas de ostracodes, oncoides e fragmentos de dentes de peixes, inclusive com um fragmento grande de dente de peixe dipnoico. No intervalo B (Nível 2) foram observados apenas valvas de ostracodes e oncoides. No intervalo C (Nível 3) foram encontrados valvas de ostracodes, oncoides e conchas de bivalves. A silicificação dos intervalos A e B difere bastante da do Intervalo C, o que sugere um evento diferente para a silicificação nesses pontos. A aparente diferença encontrada nas biotas dos três intervalos sugere fortemente uma ligação da biota com o evento hidrotermal que ocorreu na região. A presença de microfósseis há 3,5 Ga não é descartada por esse trabalho, entretanto há de se ficar atento com as ressalvas feitas à biogenicidade desses microfósseis. / In the Anhembi County, siliceous cones occur in the Teresina Formation (Permian) which are now interpreted as accumulations generated from a hydrothermal event that took place in shallow waters. The occurrence of such hydrothermal deposits is very rare in the geological record, making this deposit unique, especially when considering that more than 4,500 of these siliceous cones outcrop in less than 1,5 km2. The remarkable characteristics of this locality have made it an important object of scientific investigation, aside from suggest the comparison with the supposedly most ancient life forms ever found, from 3.5 Ga, deposited in similar context. This work consists of an analysis of the fossils found in intervals below, laterally continuous and above the place where such cones outcrop, an evaluation whether possible changes in the biota in this area are due to this hydrothermal event, and also to perform an analysis of the state of the controversy around Earth\'s most ancient microfossils. Three different intervals (A, B and C) in which samples from three distinct levels (1,2 and 3) were collected were analyzed both macroscopically and petrographically. In the Interval A (Level 1) we have observed bivalve shells, ostracod valves, oncoids and fragments of fish teeth including a big fragmented tooth of a dipnoi fish. In Interval B (Level 2) were observed only ostracod valves and oncoids. In Interval C (Level 3) were found ostracod valves, oncoids and bivalve shells. The silicification that took place in these 2 initial intervals differ from the third one, which suggests a different event for the silicification of the lower strata. The apparent difference found in the biota from the three intervals strongly suggests a connection of the biota with the hydrothermal event that took place in that locality. The presence of 3.5 Ga microfossils is not entirely discarded by this work, though one must be caution about the reservations about the biogenicity of such microfossils.

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