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Etnobotânica de plantas medicinais comercializadas em mercados públicos do nordeste brasileiro / Ethnobotany of medicinal plants sold in public markets of the brazilian northeastVieira, Vanessa Maria de Souza Fernandes January 2012 (has links)
VIEIRA,Vanessa Maria de Souza Fernandes. Etnobotânica de plantas medicinais comercializadas em mercados públicos do nordeste brasileiro. 2012. 118 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2012. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-01-08T12:16:26Z
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Previous issue date: 2012 / According to the World Health Organization, traditional medicine is the sum of personal experiences of a culture resorted to prevent, treat and cure physical and mental diseases. In northeastern Brazil, the use of medicinal plants as a therapeutic practice is diffusely present. In this context, public markets shelter herbalists, guiding the use and preparation plant, conserving the oral transmission. The Ethnobotany arises as a mediator between scientific and traditional discourses involving the cultural factor and its interpretation. The aim was to investigate the popular and traditional practices of medicinal plants using commercialized in three public markets in Northeast Brazil. It was characterized as observational, descriptive and exploratory, held in São Sebastião (CE), Central (PB) and São José (PE) markets in the period from February to August 2011. It was applied a questionnaire addressing socioeconomic issues on the trade of plants and information about each species sold. 33 participants registered herbalists, of whom 57.6% were female (n = 19), 24.2% were older than 60 years old and 96.9% were born in the Northeast (n = 32). Regarding education, 42.4% completed high school (n = 14). They sold an average of 40 units per day, and getting less than the minimum monthly wage by 28.5% of cases (n = 6), among those who answered this question. The average working time in this job was 16 years. Used as a source of knowledge the interpersonal relationships 37% (n = 29) and 9.63% have attended some training on the management of medicinal plants (n = 3). Of the species mentioned (n = 311), came to the number of 43 matching the three markets. We calculated the relative importance (RI), and the most outstanding plants: rosemary (RI = 1.87); jatobá (RI = 1.72) and eucalyptus (RI = 1.44). After botanical identification of the material-witness, it was confirmed the nomination popular to rosemary (Rosmarinus officinalis L.). The samples provided by middlemen jatobá Central Market, PB, were infertile, precluding accurate identification (Hymenaea courbaril aff.). The samples from Ceara and Pernambuco were identified as Hymenea stignocarpa Hayde. The Eucalyptus was sold, which, according to scientific literature should be used as a household disinfectant. It was also observed, the Informant Consensus Factor (ICF), and treatment for disorders of the respiratory system the most prevalent (ICF = 0.65), with 64 species listed and 17 different types of uses reported. The absence of group activities affect the quality of that office, putting at risk the health of the population that uses the herbalists hoping the cure for their ills. The educational workshops on the proper use of medicinal plants could qualify these professionals, stimulate the entry of more people in this activity and (re)gain the recognition of Brazilian society practices of popular and traditional use of medicinal plants. / Segundo a Organização Mundial de Saúde, medicina tradicional é a soma das experiências próprias de uma cultura, utilizada para prevenir, tratar e curar doenças físicas e mentais. No Nordeste brasileiro, o uso de plantas medicinais como prática terapêutica está constantemente presente. Nesse contexto, os mercados públicos abrigam os herbanários, orientadores do uso e preparo de plantas, conservando a transmissão oral. A etnobotânica surge como mediadora entre os discursos científico e tradicional, envolvendo o fator cultural e sua interpretação. O objetivo deste trabalho foi investigar as práticas populares e tradicionais de uso de plantas medicinais comercializadas em três mercados públicos do Nordeste brasileiro. Caracterizou-se como observacional, descritivo e exploratório, realizado nos mercados São Sebastião, Ceará, Central de João Pessoa, Paraíba e São José, Pernambuco, no período de fevereiro a agosto de 2011. Aplicou-se um questionário abordando questões socioeconômicas, sobre o comércio de plantas e informações sobre cada espécie vegetal vendida. Participaram 33 herbanários cadastrados nesses mercados, destes, 57,6% do sexo feminino (n=19), 24,2% possuíam mais de 60 anos de idade e 96,9% eram naturais do Nordeste (n=32). Em relação à escolaridade, 42,4% concluíram o ensino médio (n=14). Vendiam em média 40 unidades de espécies vegetais por dia, sendo a remuneração inferior a um salário mínimo mensal em 28,5% dos casos (n=6), dentre os que responderam essa questão. O tempo médio de trabalho nesse ofício foi de 16 anos. Utilizavam como fonte de conhecimento as relações interpessoais 37% (n=29), e 9,63% já participaram de algum treinamento sobre o manejo de plantas medicinais (n=3). Do total de espécies citadas (n=311), chegou-se ao número de 43 coincidentes nos três mercados. Calculou-se a importância relativa (IR) , sendo as plantas de maior destaque: alecrim (IR=1,87); jatobá (IR=1,72) e eucalipto (IR=1,44). Após identificação botânica do material-testemunho, confirmou-se a indicação popular para o alecrim (Rosmarinus officinalis L.). As amostras de jatobá fornecidas por fornecedores do Mercado Central de João Pessoa estavam inférteis, impossibilitando a identificação precisa (Hymenaea aff courbaril.). Já as do Ceará e Pernambuco, foram identificadas como Hymenea stignocarpa Hayde O eucalipto comercializado era o Eucalyptus citriodora, o qual, segundo à literatura científica, deveria ser utilizado como desinfetante doméstico. Foi observado, também, o Fator do Consenso do Informante (FCI), sendo o tratamento para transtornos do sistema respiratório o mais prevalente (FCI=0,65), apresentando 64 espécies citadas e 17 tipos de usos distintos reportados. A ausência de atividades em grupo prejudica a qualidade desse ofício, colocando em risco a saúde da população que recorre aos herbanários na esperança de cura para seus males. A realização de oficinas educativas sobre o uso adequado de plantas medicinais poderia qualificar essa profissão, estimular a entrada de mais pessoas nessa atividade e (re)conquistar da sociedade brasileira o reconhecimento das práticas populares e tradicionais do uso de plantas medicinais.
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Ação ansiolítica e anticonvulsivante da 6-Esteril-2-Pirona de Aniba panurensis em camundongos : possível mecanismo de ação / Anxiolytic and anticonvulsant effects of 6-[(E)-styryl-pyran-2-one] of Aniba panurensis in mice : possible mechanism of actionChaves, Edna Maria Camelo January 2012 (has links)
CHAVES, Edna Maria Camelo. Ação ansiolítica e anticonvulsivante da 6-[(E)-esteril-piran-2-ona] de Aniba panurensis em camundongos : possível mecanismo de ação. 2012. 182 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2012. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-03-08T12:44:06Z
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Previous issue date: 2012 / The genus Aniba stands out for its pharmacological properties, such as anxiolytic, antidepressant and vasorelaxant. Of the Aniba panurensis fruits popularly known as ―louro amarelo‖ a natural pyrone, 6-[(E)-styryl-pyran-2-one], was identified. The objective of this study was to verify the neuropharmacological effects of 6-[(E)-styryl-pyran-2-one] (STY), obtained from Aniba panurensis, in mice through behavioral tests (spontaneous locomotor activity (SLA), rearing and grooming), tests of chemically induced seizures and neurochemical dosages of amino acids (glutamate (GLU), aspartate (ASP), γ-aminobutyric acid (GABA), glycine (GLY), taurine (Tau), histidine (HIS) in the prefrontal cortex (PFC), hippocampus (HC) and striatum (ST). We used Swiss mice, male, with an average weight of 28 grams. The animals were treated with a single dose of STY (1, 5, 10 or 20 mg) by intraperitoneal injection. Thirty minutes after administration, the animals were subjected to behavioral tests of chemically induced seizures by pentylenetetrazol (PTZ), strychnine, bicuculline and pilocarpine. Immediately after the tests, the animals were sacrificed and the brain areas of interest were dissected to estimate the amino acid concentration via HPLC (High Performance Liquid Chromatography). In the SLA test the STY at 10 or 20 mg/kg dose increased locomotor activity when compared to the control group. In the elevated plus-maze and hole-board tests, the STY in all doses proved its anxiolytic effect, because it increased all parameters analyzed. In the dosage of amino acid neurotransmitters after behavioral test there was an increase in inhibitory amino acid concentrations (GABA, GLY, TAU, HIS) and excitatory (ASP, GLU) in PFC, HC and ST. After pretreatment with STY, the animals were tested for seizures induced by PTZ (85 mg/kg) or Bicuculline (12 mg/kg), we observed an increase in the latency of seizures and death in surviving animals at the highest dose. During the strychnine-induced seizures test (20 mg/kg) there was an increase in seizure latency (STY-10: 50.42 ± 7.20; STY-20: 65.99 ± 3.22) and latency to death (STY-1: 20 ± 1.72; STY-10: 19.17 ± 1.87; STY-20: 23.83 ± 1.55) in all animals pretreated with STY. In the pilocarpine-induced seizures there was a decrease in the latency to death. After testing the animals, we conducted the dosage of amino acid concentrations (ASP, GLU, GLY, TAU and GABA). PFC increased ASP, TAU and GABA. HC increased GLU, ASP, GLY and GABA. In the strychnine-induced seizure in PFC there was an increase in ASP, TAU and GABA, while the HC increased ASP, GLY, TAU and GABA. In the bicuculline-induced seizure in PFC there was an increase in ASP, GLU, GLY, TAU and GABA, while the HC increased ASP, GLU, GLY, TAU and GABA. In the pilocarpine-induced seizure in PFC there was an increase in ASP, GABA, GLY, while the HC increased only ASP. We concluded that STY presents an anxiolytic effect in behavioral tests and a protective effect in tests of induced seizures by PTZ, strychnine and bicuculline. After the dosage of the amino acids we can demonstrate the involvement of glutamatergic, GABAergic and glycinergic systems. / O gênero Aniba destaca-se por suas propriedades farmacológicas, tais como ansiolítica, antidepressiva e vasorelaxante. Dos frutos de Aniba panurensis conhecida popularmente por “louro amarelo” foi identificada uma pirona natural, a 6-[(E)-esteril-piran-2-ona]. O objetivo do presente trabalho foi verificar os efeitos neurofarmacológicos da 6-[(E)-esteril-piran-2-ona (STY) obtida da Aniba parusinensi em camundongos através de testes comportamentais (atividade locomotora espontânea (ALE), rearing e grooming), testes de indução de convulsão química e dosagens neuroquímicas de aminoácidos (glutamato (GLU), aspartato (ASP), ácido γ-aminobutírico (GABA), glicina (GLI), taurina (TAU), histidina (HIS) em córtex pré-frontal (CPF), hipocampo (HC) e corpo estriado (CE). Foram utilizados camundongos Swiss, machos, com peso médio de 28 gramas. Os animais foram tratados com dose única de STY (1, 5, 10 ou 20 mg) por via intraperitoneal. Trinta minutos após administração os animais foram submetidos aos testes comportamentais e teste de convulsão induzidas por pentilenotetrazol (PTZ), estricnina, bicuculina e pilocarpina. Imediatamente após os testes os animais foram sacrificados e as áreas cerebrais de interesse dissecadas para a dosagem da concentração de aminoácidos através de HPLC (High Perfomance Liquid Chromatography). No teste de ALE a STY na dose de 10 ou 20 mg/kg aumentou atividade locomotora quando comparada ao grupo controle. No Labirinto em cruz elevada e o teste da placa perfurada, a STY em todas as doses comprovou seu efeito ansiolítico, pois aumentou todos os parâmetros analisados. Na dosagem de aminoácidos neurotransmissores após o teste de comportamento houve aumento nas concentrações dos aminoácidos inibitórios (GABA, GLI, TAU, HIS) e excitatórios (ASP, GLU) no CPF, HC e CE. Após o pré-tratamento com STY os animais foram submetidos ao teste de indução de convulsão por PTZ (85 mg/kg) ou Bicuculina (12 mg/kg) foram observados aumentos na latência de convulsão e morte, com animais sobreviventes na maior dose. No teste com a indução de convulsão por estricnina (20 mg/kg/ ocorreu o aumento na latência de convulsão (STY-10: 50,42 ± 7,20; STY-20: 65,99 ± 3,22) e latência de morte (STY-1: 20 ± 1,72; STY-10: 19,17 ± 1,87; STY-20: 23,83 ± 1,55) em todos os animais pré-tratados com STY. Na indução de convulsão por pilocarpina ocorreu uma diminuição da latência de morte. Após os testes os animais realizou-se a dosagem da concentração dos aminoácidos (ASP, GLU, GLI, TAU e GABA). No CPF aumentaram ASP, TAU, GABA. Já no HC o aumentou GLU, ASP, GLI e GABA. Na indução de convulsão com estricnina no CPF ocorreu o aumento no ASP, TAU, GABA, enquanto no HC aumentou ASP, GLI, TAU, GABA. No modelo de indução com bicuculina no CPF aumentou o ASP, GLU, GLI, TAU, GABA, enquanto no HC aumentou ASP, GLU, GLI, TAU, GABA. No modelo de indução com pilocarpina no CPF aumentou ASP, GABA, GLI, enquanto no HC aumentou apenas o ASP. Conclui-se que a STY apresenta um efeito ansiolítico nos testes de comportamento, efeito protetor nos teste de indução de convulsão por PTZ, estricnina e bicuculina. Após o doseamento dos aminoácidos pode-se demonstrar a participação dos sistemas glutamatérgico, GABAérgico e glinérgico.
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Efeito anti-inflamatório e antinociceptivo de alcaloides imidazólicos de Pilocarpus microphyllus: estudo in vitro, in vivo e in silico / Anti-inflammatory and antinociceptive effect of imidazole alkaloids of Pilocarpus microphyllus: in vitro, in vivo and in silico studyRocha, Talita Magalhães 07 February 2017 (has links)
ROCHA, T. M. Efeito anti-inflamatório e antinociceptivo de alcaloides imidazólicos de Pilocarpus microphyllus: estudo in vitro, in vivo e in silico. 2017. 96 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Caerá, Fortaleza, 2017. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2017-02-14T14:02:28Z
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Previous issue date: 2017-02-07 / Medicinal plants have been shown to be promising as a source of alternative therapies to modulate the inflammatory response, including inflammatory pain. Pilocarpus microphyllus, popularly known as jaborandi, is a species native to the Northeast and widely exploited by the pharmochemical industry for the extraction of pilocarpine, a cholinergic imidazole alkaloid. Its leaves also have other alkaloids, such as epiisopilosine (EPIL) and epiisopiloturine (EPIT), obtained from industrial waste. Preliminary studies determined the anti-inflammatory and antinociceptive action of epiisopiloturine in mice. On the above, the aim of the present study was to investigate the anti-inflammatory and antinociceptive potential of the alkaloids EPIT and EPIL. For this, experimental models of inflammation in human neutrophils, mechanical hyperalgesia induced by carrageenan in mice (Von Frey electronic) and in silico study were used. In assessing the anti-inflammatory potential, both EPIT as EPIL (1 - 100 μg/mL) inhibited neutrophils degranulation (5 x 106 cells/mL) measured by myeloperoxidase activity in activated neutrophils by 1 μM fMLP (CI40 = 45.2 and 62.3 μg / mL, respectively) or 0.1 μM PMA (CI40 = 14.3 and 29.5 μg / mL, respectively). This effect was related to the modulation of the oxidative metabolism, in which EPIT and EPIL inhibited up to 44 and 74%, respectively, the production of reactive oxygen species (ROS) determined by chemiluminescence - luminol probe. In addition, it was observed that EPIT and EPIL also reduced the Ca2+ influx in the cell by 46 and 55%, respectively, and inhibited the phosphorylation of the cytosolic NF-κB, thus preventing its translocation to the nucleus. It is noteworthy that the anti-inflammatory and antioxidant actions of EPIT and EPIL occurred without affecting cel viability (MTT test and lactate dehydrogenase enzyme activity). In the study of antinociceptive activity, EPIT and EPIL (0.3 and 1 mg / kg, i.p.) inhibited carrageenan-induced inflammatory hypernociception (300 μg / paw) in mice and significantly reduced MPO levels by up to 87 and 74%, respectively, an indirect measure of neutrophil migration. Pretreatment of mice with EPIT (1 mg / kg, i.p.) and EPIL (0.3 mg / kg, i.p.) reduced the expression of COX-2 in subplantar carrageenan-induced tissue in mice. EPIT and EPIL were able to establish strong interactions with amino acid residues considered essential for binding to the COX-1 and COX-2 isoforms. The results obtained suggest that the anti-inflammatory and antinociceptive activity of imidazole alkaloids, EPIT and EPIL, are related, at least in part, to a modulation in the activation and accumulation of the innate immune system cells (neutrophils) in inflammatory focus, possibly by reducing intracellular calcium influx, activation of NF-кB and COX-2 expression. / As plantas medicinais têm se mostrado promissoras como fonte de novos fármacos para modular a resposta inflamatória, incluindo a dor inflamatória. Pilocarpus microphyllus, conhecida popularmente como jaborandi, é uma espécie nativa do Nordeste e amplamente explorada pela indústria farmoquímica para a extração da pilocarpina, um alcaloide imidazólico colinérgico. Suas folhas também possuem outros alcaloides, como epiisopilosina (EPIL) e epiisopiloturina (EPIT), obtidos de resíduo industrial. Estudos preliminares determinaram a ação anti-inflamatória e antinociceptiva da epiisopiloturina em camundongos. Diante do exposto, o objetivo do presente estudo foi investigar o potencial anti-inflamatório e antinociceptivo dos alcaloides EPIT e EPIL com determinação do possível mecanismo de ação. Para tanto, foram empregados modelos experimentais de inflamação em neutrófilos humanos, hiperalgesia mecânica induzida por carragenina em camundongos (Von Frey eletrônico) e estudo in silico. Na avaliação do potencial anti-inflamatório, foi observado que tanto EPIT quanto EPIL (1–100 μg/mL) inibiram a degranulação de neutrófilos (5x106 células/mL) determinada pela liberação de mieloperoxidase (MPO) induzida por PMA 0,1μM (CI40 = 14,3 e 29,5 μg/mL, respectivamente) ou fMLP 1μM (CI40 = 45,2 e 62,3 μg/mL, respectivamente). Esse efeito mostrou-se relacionado com a modulação do metabolismo oxidativo, no qual EPIT e EPIL inibiram em até 44 e 74%, respectivamente, a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) determinada por quimioluminescência – sonda luminol. Ademais foi observado que EPIT e EPIL também reduziram o influxo de Ca2+ na célula em 46 e 55%, respectivamente e inibiram a fosforilação do NF-κB citosólico, impedindo assim sua translocação para o núcleo. Destaca-se que as ações anti-inflamatória e antioxidante de EPIT e EPIL ocorreram sem afetar a viabilidade celular (teste do MTT e atividade da enzima lactato desidrogenase). No estudo da atividade antinociceptiva, EPIT e EPIL (0,3 e 1 mg/kg, i.p.) inibiram a hipernocicepção inflamatória induzida por carragenina (300 µg/pata) em camundongos e reduziram significativamente os níveis de MPO em até 87 e 74%, respectivamente, uma medida indireta da migração neutrofílica. O pré-tratamento dos camundongos com EPIT (1 mg/kg, i.p.) e EPIL (0,3 mg/kg, i.p.) reduziu a expressão de COX-2 em tecido subplantar induzida por carragenina em camundongos. EPIT e EPIL estabeleceram fortes interações com resíduos de aminoácidos considerados essenciais para a ligação com as isoformas COX-1 e COX-2. Os resultados obtidos sugerem que a atividade anti-inflamatória e antinociceptiva dos alcaloides imidazólicos, EPIT e EPIL, está relacionada, pelo menos em parte, a uma modulação na ativação e no acúmulo de células do sistema imune inato (neutrófilos) no foco inflamatório, possivelmente por redução do influxo de cálcio intracelular, ativação do NF-кB e expressão de COX-2.
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Efeito neuroprotetor do ácido cafeico em camundongos submetidos á isquemia cerebral focal permanente / Study of the neuroprotective effect of caffeic acid in mice after permanent focal cerebral ischemiasFernandes, Francisco Diego Pinheiro January 2014 (has links)
FERNANDES, Francisco Diego Pinheiro. Efeito neuroprotetor do ácido cafeico em camundongos submetidos á isquemia cerebral focal permanente. 2014. 86 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2014. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2014-07-21T12:04:50Z
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Previous issue date: 2014 / Brain ischemia results from the acute interruption of blood flow to the brain tissue vascular accident resulting in the decrease of glucose and oxygen to the tissues and consequently to a rapid loss of neurological function. It is the second leading cause of death worldwide and a major cause of disability according to the World Health Organization. Brain stroke pathophysiology involves a complex cascade of events such as inflammation and oxidative stress that lead to neuronal loss and cognitive deficits. Caffeic acid is a natural phenolic compound with antioxidant and anti-inflammatory properties. To evaluate the neuroprotective efficacy of this compound in mice subjected to a permanent middle cerebral artery occlusion (pMCAO), animals were pre-and post-treated with caffeic acid 2, 20 and 60mg/kg, i.p. during 24, 48, 72, 96 or 120h after ischemia. Animals were evaluated at 24 h after the pMCAO for brain infarction and neurological deficit score. At 72 h after the occlusion, animals were evaluated for locomotor activity, working memory and short aversive memory; late aversive memory was evaluated 24 h after the evaluation of short aversive memory. Finally, at 120 h after the event, spatial memory and the expression levels of synaptophysin, SNAP 25 and caspase 3 were evaluated. The treatment with caffeic acid reduced the infarcted area and improved neurological deficit scores. There was no difference in locomotor activity between groups. The working, spatial and late aversive memory deficits were improved by caffeic acid. Furthermore, western blotting data showed that the expression of synaptophysin which correlates with synaptic formation and function, decreased after ischemic insult, caffeic acid inhibited the reduction of synaptophysin expression. The treatment also decreased caspase 3 expression. These results suggest that caffeic acid possesses neuroprotective and anti-dementia properties, at least in part, by preventing the loss of neural cells and synapses in ischemic brain injury. / EFEITO NEUROPROTETOR DO ÁCIDO CAFEICO EM CAMUNDONGOS SUBMETIDOS À ISQUEMIA CEREBRAL FOCAL PERMANENTE. O acidente vascular cerebral (AVC) resulta da interrupção aguda do fluxo sanguíneo aos tecidos cerebrais, resultando no decréscimo de oxigênio e glicose para os tecidos e consequentemente em perda rápida da função neurológica. É a segunda principal causa de morte no mundo e uma das principais causas de incapacidade física segundo dados da Organização mundial de Saúde. A fisiopatologia do AVC isquêmico envolve uma complexa cascata de eventos como a inflamação e o estresse oxidativo que levarão à morte neuronal e déficits cognitivos. O ácido cafeico é um composto fenólico natural com propriedades anti-oxidantes e antiinflamatórias. Para avaliar o efeito neuroprotetor deste composto em camundongos submetidos à oclusão permanente da artéria cerebral media, os animais foram pré e pos tratados com ácido cafeico nas doses de 2, 20 e 60 mg/kg, i.p., durante 24, 48, 72, 96 ou 120 horas após a isquemia. Os animais foram avaliados 24h após a isquemia para verificar a área de lesão isquêmica e avaliação neurológica. Setenta e duas horas após a oclusão, os testes de atividade locomotora, memória de trabalho e memória aversiva recente foram realizados e a memória aversiva tardia realizou-se 24h depois da memória recente. Finalmente, 120h após a isquemia, avaliou-se a memória espacial e as expressões de sinaptofisina, SNAP25 e caspase 3. O tratamento com o ácido cafeico reduziu a lesão isquemica e melhorou os escores na avaliação neurologica. Não houve diferença na atividade locomotora entre os grupos. O ácido cafeico mostrou proteção nas memórias de trabalho, espacial e aversiva tardia. Além disso, as análises de western blotting mostraram que expressão de sinaptofisina, que está relacionada com a função e formação sináptica, diminiu após o insulto isquêmico e que o acido cafeico inibiu a redução da expressão de sinaptofisina. Observou-se um aumento na expressão de caspase 3 nos animais isquemiados e essa expressão foi diminuida pelo tratamento com o ácido cafeico. Esses resultados sugerem que as propriedades neuroprotetoras e anti-demencia do ácido cafeico possui estão relacionadas na prevenção da perda de celulas neurais e das sinapses no cérebro após a lesão isquêmica.
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Investigação de possíveis mecanismos de ação ansiolítico, antidepressivo e analgésico do carvacrol em camundongos : estudos comportamentais, neuroquímicos e participação do estresse oxidativoMelo, Francisca Helvira Cavalcante January 2014 (has links)
MELO, Francisca Helvira Cavalcante. Investigação de possíveis mecanismos de ação ansiolítico, antidepressivo e analgésico do carvacrol em camundongos : estudos comportamentais, neuroquímicos e participação do estresse oxidativo. 2014. 183 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2014. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2015-01-27T15:47:24Z
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Previous issue date: 2014 / Carvacrol (5-Isopropyl-2-methylphenol) is a monoterpenic phenol present in the essencial oil of many plants. It is the major component of the essential oil fraction of oregano and thyme. Knowing the antidepressant and anxiolytic actions of carvacrol, this work presents an analysis of monoamines and amino acids concentrations in mice striatum after oral treatment with carvacrol at doses of 25 and 50 mg / Kg. The results showed increased expression of dopamine in both doses of carvacrol and increased levels of GABA, aspartate, glycine and taurine at the dose of 25 mg / kg. Knowing the important role of oxidative stress in the pathophysiology of depression, the present work studied the effects of carvacrol at doses of 25 and 50 mg/Kg in animals submitted to previous injection of pilocarpine. The brain areas of hippocampus, striatum and prefrontal cortex were removed for analysis of MDA, nitrite-nitrate, catalase, SOD and GSH concentrations. The results showed that there was a decrease in MDA levels in both doses in all the studied brain areas. Nitrite and nitrate levels decreased in the striatum and hippocampus of animals treated with the dose of 50 mg/Kg and the animals treated with 25 mg/Kg showed a decrease in nitrite and nitrate levels in the hippocampus. The concentration of catalase at both doses decreased in the hippocampus and the levels of GSH increased in the dose of 50 mg/Kg in mice striatum and hippocampus. The SOD levels did not change. Since many antidepressant substances also have analgesic action, this work presented a study of the behavioral actions of carvacrol in animal models of nociception such as the formalin test, hot plate and acetic acid-induced abdominal constriction test. For these tests we used carvacrol at doses of 50 and 100 mg/Kg. In acetic acid induced-abdominal constriction test, carvacrol at both doses reduced the number of writhes. In the hot plate test, carvacrol at both doses showed an increase in pain latency at the time of 60 min. In the formalin test, animals treated with carvacrol at a dose of 50 mg/Kg showed a decrease in paw licking time in the first phase of the test. The animals treated with carvacrol at a dose of 100 mg/Kg showed a reduction in paw licking time in both first and second phases of the test. Pretreatment with naloxone or L-arginine was unable to reverse the antinociceptive effect of carvacrol at a dose of 100 mg/Kg in acetic acid induced-abdominal constriction test. In the formalin test, pretreatment of mice with naloxone or L-arginine was also unable to reverse carvacrol antinociceptive effect at a dose of 100 mg/Kg in the first and second phases of the test. The open field and rota rod tests were performed at dose of 100 mg/Kg and showed no significant changes, demonstrating that the substance did not changed locomotor activity in mice. Acute toxicological evaluation was performed in mice pretreated with carvacrol at doses of 300 and 2000 mg/Kg. Histological analysis of liver, kidney and brain showed no change in these organs after treatment with carvacro. / Carvacrol (5-Isopropil-2-metilfenol) é um monoterpeno fenólico presente nos óleos essenciais de diversas plantas. É o principal constituinte dos óleos essenciais de orégano e thyme. Conhecendo previamente a ação antidepressiva e ansiolítica do carvacrol, este trabalho apresenta uma análise das concentrações de monoaminas e aminoácidos em corpo estriado de camundongos após o tratamento oral com carvacrol nas doses de 25 e 50 mg/Kg. Os resultados mostraram um aumento dos níveis de dopamina em ambas as doses e de GABA, aspartato, taurina e glicina na dose de 25 mg/Kg. Sabendo do importante papel do estresse oxidativo na fisiopatologia da depressão, foi estudado o efeito do carvacrol nas doses de 25 e 50 mg/Kg em animais previamente submetidos a injeções de pilocarpina. As áreas cerebrais do hipocampo, corpo estriado e córtex pré-frontal foram retiradas para análise das concentrações de MDA, nitrito-nitrato, catalase, GSH e SOD. Os resultados mostraram que houve diminuição dos níveis de MDA em ambas as doses em todas as áreas cerebrais. Os níveis de nitrito-nitrato diminuíram em corpo estriado e hipocampo de animais tratados com a dose de 50 mg/Kg e nos animais tratados com a dose de 25 mg/Kg, houve diminuição dos níveis de nitrito-nitrato no hipocampo. A concentração de catalase diminuiu em ambas as doses na área cerebral do hipocampo e os níveis de GSH aumentaram na dose de 50 mg/Kg nas áreas do corpo estriado e hipocampo. Os níveis de SOD não foram alterados. Visto que muitas substâncias antidepressivas apresentam também ação analgésica, o presente trabalho apresentou um estudo das ações comportamentais do carvacrol em modelos animais de nocicepção, tais como teste da formalina, placa quente e contorções induzidas por ácido acético. Para estes testes, foram utilizadas doses de 50 e 100 mg/Kg. No teste das contorções induzidas por ácido acético, carvacrol em ambas as doses diminuiu o número de contorções. No teste da placa quente, carvacrol em ambas as doses apresentou um aumento no tempo de latência de dor no tempo de 60 min. No modelo de nocicepção induzida pela formalina, os animais tratados com carvacrol na dose de 50 mg/Kg apresentaram uma diminuição do tempo de lambedura da pata na primeira fase do teste. Já os animais tratados com carvacrol na dose de 100 mg/Kg apresentaram uma diminuição do tempo de lambedura tanto na primeira quanto na segunda fase do teste. O pré-tratamento dos animais com naloxona ou L-arginina não foi capaz de reverter o efeito antinociceptivo do carvacrol na dose de 100 mg/Kg no teste das contorções induzidas por ácido acético. No modelo da nocicepção induzida pela formalina, o pré-tratamento dos camundongos com naloxona ou L-arginina também não foi capaz de reverter o efeito antinociceptivo do carvacrol na dose de 100 mg/Kg na primeira e segunda fase do teste. O teste do campo aberto e rota rod não demonstrou alteração na dose de 100 mg/Kg, demonstrando que essa substância não alterou a atividade locomotora dos animais. Foi realizada uma avaliação toxicológica aguda em camundongos previamente tratados com carvacrol nas doses de 300 e 2000 mg/Kg. A análise histológica do fígado, rins e cérebro não mostrou nenhuma alteração desses órgãos após o tratamento com carvacrol.
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Avaliação dos efeitos farmacológicos de (O-Metil)-N-2-Hidroxi-Benzoil Tiramina (Riparina Ii) de Aniba riparia (Nees) Mez (Lauraceae) em modelos comportamentais de ansiedade e depressão em camundongos / Evaluation of Pharmacological Effects of (O-Methyl)-N-2-hydroxy-benzoyl-tyramine (riparin II) from Aniba riparia (Nees) Mez (Lauraceae) on behavioral models of anxiety and depression in miceLeite, Caroline Porto January 2008 (has links)
LEITE, Caroline Porto. Avaliação dos efeitos farmacológicos de (O-metil)-n-2-hidroxi-benzoil tiramina(riparina II) de aniba riparia (NEES) mez (Lauraceae) em modelos comportamentais de ansiedade e depressão em camundongos. 2008. 134 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2008. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-03-08T13:32:08Z
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Previous issue date: 2008 / Riparin II, an alkamide isolated from unripe fruit of Aniba riparia, was evaluated in animal classical models for screening of new drugs in anxiety, depression, sedation and convulsion, such as, open field, rota rod, plus maze, hole board, forced swimming, tail suspension, pentobarbital-induced sleeping time and pentilenotetrazole-induced seizures tests. Riparin II was administered acutely in all tests, at doses of 25 e 50 mg/kg, and at dose 75 mg/kg in open field, rota rod, plus maze and tail suspension tests, through oral and intraperitoneal routes. The results showed that this alkamide did not alter the locomotor activity and grooming, but decreased the number of rearing in the open field test, suggesting a possible anxiolytic effect. In the plus maze and hole board tests, riparin II presented anxiolytic effect due to an increase in all parameters analyzed, such as, NEOA, PEOA, TPOA and PTOA, in the plus maze, and an increase in the number of head dips in the hole board test. This effect is possible related with GABAergic system, since flumazenil, an antagonist of GABAA/Benzodiazepinic receptors, reversed the anxiolytic effect of riparin II, in the plus maze test. The sedative/hypnotic evaluation of riparin II, in pentobarbital-induced sleeping time, showed a sleeping potentiation that seems to be involved with pharmacokinetic processes or sleeping regulation mechanisms, since the sedative effect of riparin II was not corroborated in the open field test. In the pentilenotetrazole-induced seizures test, riparin II partially protected the animals from seizures, increased the death time, and in some cases, even protected the animals from death. This result may suggest an anticonvulsant effect of riparin II, possible related to GABAergic system, since there is an involvement of this substance with GABAA/Benzodiazepinic receptor, seen in plus maze test. Riparin II also presents an antidepressant effect, since in the forced swimming and tail suspension tests, this substance decreased the immobility time of the animals. The antidepressant effect of riparin II seems to be related with dopaminergic and noradrenergic systems. The antagonists of D1 and D2 dopaminergic receptor, SCH23390 and sulpiride, reverted riparin II effect in the forced swimming test. The antagonist of α1 adrenergic receptor, prazosin, reverted riparin II effect in the forced swimming test. However, the antagonist of α2 adrenergic receptor, yohimbine, did not revert this effect. This result suggests that the antidepressant effect of this alkamide is involved with dopaminergic system, with D1 and D2 dopaminergic receptor, and noradrenergic systems, specifically with α1 adrenergic receptor. In conclusion, these efects showed that riparin II presents anxiolytic and anticonvulsant effects, probably related with GABAergic system, and presents antidepressant effect, probably related with dopaminergic and noradrenergic systems. / A riparina II, alcamida isolada do fruto verde de Aniba riparia, foi avaliada em modelos animais clássicos para screening de drogas com atividade em ansiedade, depressão, sedação e convulsão, tais como, campo aberto, rota rod, labirinto em cruz elevado (LCE), placa perfurada, nado forçado, suspensão da cauda, tempo de sono induzido por pentobarbital e convulsão induzida por pentilenotetrazol. A riparina II foi administrada de forma aguda em todos os testes, nas doses de 25 e 50 mg/kg, e na dose de 75mg/kg nos testes do campo aberto, rota rod, pluz maze e suspensão da cauda, através das vias oral e intraperitoneal. Os resultados mostraram que esta alcamida não alterou a atividade locomotora e o grooming, mas diminuiu o número de rearing, no teste do campo aberto, sugerindo um possível efeito ansiolítico. No LCE e no teste da placa perfurada, a riparina II comprovou seu efeito ansiolítico, pois aumentou todos os parâmetros analisados no LCE, como NEBA, PEBA, TPBA e PTBA, assim como o número de head dips na placa perfurada. Este efeito está possivelmente relacionado com o sistema gabaérgico já que o flumazenil, antagonista dos receptores GABAA/Benzodiazepínico, reverteu o efeito ansiolítico da riparina II no LCE. A avaliação sedativa/hipnótica da riparina II, no teste do tempo de sono induzido por pentobarbital, mostrou uma potencialização do sono, que parece estar envolvido com processos farmacocinéticos ou com mecanismos de regulação do sono, já que o efeito sedativo não foi corroborado no campo aberto. No teste da convulsão induzida por pentilenotetrazol, a riparina II protegeu parcialmente os animais da convulsão, assim como prolongou o tempo de vida, e, em alguns casos, até impediu a morte dos animais. Esse resultado sugere um efeito anticonvulsivante da riparina II, possivelmente relacionado com o sistema gabaérgico, visto que há um envolvimento desta substância com os receptores GABAA/Benzodiazepínico mostrado no LCE. A riparina II também parece apresentar um efeito antidepressivo, pois no teste do nado forçado e suspensão da cauda, esta substância diminuiu o tempo de imobilidade dos animais. O efeito antidepressivo da riparina II parece estar envolvido com o sistema dopaminérgico e noradrenérgico. Os antagonistas dos receptores dopaminérgicos do tipo D1 e D2, SCH23390 e sulpirida, reverteram o efeito da riparina II no nado forçado. O antagonista dos receptores adrenérgicos do tipo α1, prazosina, reverteu o efeito da riparina II no nado forçado. Por outro lado, o antagonista adrenérgico do tipo α2, ioimbina, não reverteu esse efeito. Esses resultados sugerem, então, que o efeito antidepressivo desta alcamida, se dá pelo envolvimento com os sistemas dopaminérgico, receptores D1 e D2, e noradrenérgico, especificamente com os receptores do tipo α1. Em conclusão, esses efeitos mostraram que a riparina II apresenta efeito ansiolítico e anticonvulsivante, provavelmente relacionado com o sistema gabaérgico e efeito antidepressivo, provavelmente relacionado com os sistemas dopaminérgico e noradrenérgico.
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Estudo farmacológico da ternatina, um flavonóide isolado de Egletes viscosa, LESS / Farmacológico study of the ternatina, an isolated flavonóide of Egletes viscose, LESSMelo, Célio Lima de January 1991 (has links)
MELO, Célio Lima de. Estudo farmacológico da ternatina, um flavonóide isolado de Egletes viscosa, LESS. 1991. 106 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 1991. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-03-09T11:56:47Z
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Previous issue date: 1991 / Ternatin (5, 4’-dihydroxy-3, 7, 8, 3’-tetrametoxy-flavone), a flavonoid which was extracted and purified from Egletes viscosa, Less. (Compositae), was screened for various pharmacological effects in experimental animals. The compound (15 and 30 mg/kg, i.p.) demonstrated a dose-related significant anti- inflammatory effect in the carrageenan-induced rat hind paw test. In this model, indomethacin (5 mg/kg, p.o.), a known nonsteroidal anti-inflammatory drug (NASID), evidenced a much greater potency than to Ternatin. At similar doses, Ternatin effectively reduced the increase in vascular permeability induced by acetic acid in mice, a property common to many of the flavonoids. In mice, Ternatin (15 and 30 mg/kg, i.p.) failed to modify the reaction time in Eddy’s hot plate (55±1°C) test, but in writhing test induced by acetic acid, it significantly reduced the number of abdominal contractions (writhes) in a dose-dependent manner indicating a possible peripheral analgesic property. Ternatin also showed antipyretic activity in the rat model of pyrexia induced by Brewer’s Yeast. Its activity at 30 mg/kg, i.p., was almost equivalent to that produced by paracetamol (250 mg/kg, p.o.). The gastroprotective effect of Ternatin was evident in the model of acute gastric hyperemia provoked by ethanol 99% in mice. Ternatin at doses of 30 and 60 mg/kg, i.p., significantly reduced the development of ethanol induced hyperemic changes in the stomach. Besides, Ternatin (30 mg/kg, i.p.) demonstrated hepatoprotective property by causing significant inhibition of carbon tetrachloride (CCl4) – induced increases in serum alanina-aminotransferase (ALT) in rats. In rats treated with Ternatin (30 mg/kg, i.p.) for eight consecutive days, the pentobarbital-induced sleeping times was found to be significantly higher than vehicle treated controls what means signifies the possible depressant effect of the compound on drug metabolizable enzymes in liver and/or other organ systems. Ternatin (15 and 30 mg/kg, i.p.) inhibited, in a dose-dependent manner the gastrointestinal propulsion in mice. In addition, Ternatin (10 to 40 µg/mL in bath fluid) produced an effective reversible inhibition of contractile responses evoked by various agonists (acetylcholine, histamine, serotonin and barium chloride) in isolated guinea pig ileum. The inhibition was observed to be inespecific and could be overcome by an increase in the Ca++ concentration of bathing fluid implying that Ternatin affects cellular calcium dependent processes. In KB-cell lines, Ternatin evidenced low cytotoxicity. The effective drug concentration required to inhibit the growth of KB-cells (CyED50) was found to be 100 µg/mL. Ternatin and the crude extrats of Egletes viscosa evidenced low order of general toxicity. The present findings on Ternatin, together with the reported antiviral activity against polioviruses and adenoviruses suggest that it might be the unique active compound present in Egletes viscose and this may be the scientific basis for the extensive use of plant crude extracts in popular medicine for treating gastrointestinal disturbances. / Ternatina (5,4’-dihidroxi-3, 7, 8, 3’-tetrametoxi-flavona), um bioflavonóide isolado de Egletes viscosa, Less (Compositae), foi estudado frente a vários efeitos farmacológicos em animais experimentais. O composto (15 e 30 mg/kg, i.p.) demonstrou de forma dose-dependente um efeito antiinflamatório significante no edema de pata induzido por carragenina. Neste modelo, a indometacina (5 mg/kg, v.o.), uma conhecida droga antiinflamatória não esteróide, demonstrou maior potência que a Ternatina. Com doses semelhantes às anteriores, o bioflavonóide reduziu efetivamente o aumento da permeabilidade capilar provocada por ácido acético em camundongos, propriedade comum para muitos flavonóides. Nesses mesmos animais, a Ternatina (15 e 30 mg/kg, i.p.) não demonstrou atividade sobre o tempo de reação no modelo da placa quente de Eddy (55±1ºC). Porém, no teste de “WRITHING” induzido por ácido acético, o composto reduziu significativamente o número de contorções abdominais de maneira dose-dependente, indicando ter uma possível propriedade analgésica periférica. A substância em estudo também mostrou atividade antipirética em ratos no modelo de pirexia provocada por leveduras de cerveja. Este efeito, com dose de 30 mg/kg, via intraperitoneal, foi quase equivalente ao produzido por paracetamol (250 mg/kg, v.o.). A propriedade gastroprotetora da Ternatina foi evidenciada no modelo experimental de hipertermia gástrica aguda provocada por etanol 99% em camundongos. A Ternatina, nas doses de 30 e 60 mg/kg, via intraperitoneal, reduziu significativamente o desenvolvimento das mudanças hiperêmicas induzidas por etanol no estômago. Essa droga (30 mg/kg, i.p.) também demonstrou um possível efeito hepatoprotetor ao diminuir de forma significativa a atividade da alanina-aminotransferase (ALT) sérica nas lesões do fígado provocadas por tetracloreto de carbono (CCl4) em ratos. Nos animais tratados com Ternatina (30 mg/kg, i.p.) durante 8 dias consecutivos, o tempo de sono induzido por pentobarbital sódico foi significativamente maior que o do grupo controle, mostrando um provável efeito depressor do flavonóide sobre o metabolismo enzimático de drogas no fígado e/ou em outros sistemas orgânicos. A Ternatina (15 e 30 mg/kg, i.p.) inibiu de forma dose-dependente o trânsito gastrointestinal em camundongos. Além disso, o composto (10 e 40 µg/mL no banho) produziu uma eficaz e reversível inibição das respostas contráteis causadas por diversos agonistas (acetilcolina, histamina, serotonina e cloreto de bário) em íleo isolado de cobaio. A inibição mostrou-se inespecífica e foi revertida por um aumento da concentração de cálcio no banho, implicando que a Ternatina afeta os processos celulares dependentes desse íon. Em células KBr, a substância estudada evidenciou baixa citotoxicidade. A concentração efetiva da droga necessária para inibir o crescimento celular (CyED50) foi de 100 µg/mL. A Ternatina e o extrato bruto de Egletes viscosa, também exibiram baixa toxicidade geral. Os resultados obtidos no presente estudo como os compostos, juntamente com a atividade antiviral descrita contra poliovírus e adenovírus, sugerem que ela deve ser um dos principais componentes ativos de Egletes viscosa e, portanto, a base científica para comprovar o intensivo uso do extrato bruto da planta em medicina popular no tratamento dos distúrbios gastrointestinais.
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Efeito dos terpenos ácidos centipédico e lactona do ácido hawtriwaico em modelos de dermatite de contato induzida por TPA e oxazolona em camundongos / The effects of terpens centipedic acid and lactone of hawtriwaic acid on tpa and oxazolone induced contact dermatitis in miceCalou, Iana Bantim Felicio January 2008 (has links)
CALOU, Iana Bantim Felício. Efeito dos terpenos ácidos centipédico e lactona do ácido hawtriwaico em modelos de dermatite de contato induzida por TPA e oxazolona em camundongos. 2008. 133 f. Dissertação (Mestrado em Farmácia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza,2008. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-04-04T12:38:59Z
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Previous issue date: 2008 / The terpens centipedic acid (CA) and lactone of hawtriwaic acid (LAH) isolated from the flowers chapters of Egletes viscosa Less, popularly known as macela or macela da terra, were evaluated on 13-acetate-12-o-tetradecanoil-forbol (TPA) induced irritative contact dermatitis model and on oxazolone induced allergic contact dermatitis in mice. The centipedic acid and LAH on the following dosage of 0,125; 0,25 and 0,5 mg/ear using the skin surface as a via reduced in a significative way the ear oedema induced by application of TPA (2,5 μg/ear). The values of reduction are the following respectively: 45,5; 55,1; 61,1% and 33,3; 42,2 and 63,3%. When the oral administration was used the doses of 12,5; 25 and 50 mg/kg had showed a significative oedema reduction of 46,6; 59,3; 67,9% and 58,7; 59,7; 71%, respectively. Dexametasone through skin surface administration on dosage of 0,05 mg/ear and oral dosage of 1mg/kg have reduced in a significative way the ear oedema in 90 and 73,1%, respectively. The centipedic acid and LAH using the dosage of 0,05 mg/ear through the skin surface had reduced the mieloperoxydase activity in 90,1 and 94,6%, respectively, while dexametasone (0,05 mg/ear) had reduced in 96,2% when compared to the group treated only with the vehicle. The terpens on the topic dosage of 0,05 mg/ear were capable to reduce the tecidual levels of TNF-α as well as dexametasone. The antiinflamatory action of the terpens on TPA induced dermatitis model was confirmed through histological analysis of the tissue. The oxazolone induced contact dermatitis model (OXA 1%/ear) had promoted an epidermic hyperplasia in which INF-γ have a central role. The products under evaluation centipedic acid (0,25 and 0,5 mg/ear) and LAH (0,5 mg/ear) through skin surface reduced in a significative way the epidermic hyperplasia Throughout the observation period (4°- 19° day). Centipedic acid and LAH on the following dosage 0,5/mg reduced in a significative way the tecidual levels of INF-γ (92,2 and 99,4%, respectively) after 19 days of treatment. When using oral administration the centipedic acid (12,5; 25 e 50 mg/kg) reduced the epidermic hyperplasia from seventh through tenth ninth day. Dexametasone through skin surface administration on dosage of 0,05 mg/ear and oral dosage of 1mg/kg have reduced the epidermic hyperplasia in 100 and 75%, respectively The data that were found plus the histological analysis have showed the antiinflammatory effect, mainly through topic administration, of these terpens on allergic contact dermatitis models in which epidermic hyperplasia and increased tecidual levels of INF-γ are important features, such as psoriasis. / Os terpenos ácido centipédico e lactona do ácido hawtiwaico (LAH), isolados dos capítulos florais de Egletes viscosa Less, popularmente conhecida como macela ou macela da terra, foram avaliados em modelos de dermatite de contato irritativa induzida pelo 13-acetato-12-o-tetradecanoil-forbol (TPA) e de dermatite de contato alérgica induzida por oxazolona (OXA) em camundongos. O ácido centipédico e a LAH, por via tópica (0,125; 0,25 e 0,5mg/orelha), reduziram significativamente o edema de orelha induzido por TPA (2,5µg/orelha) em 45,5; 55,5; 61,1% e 33,3; 42,2 e 63,3%, respectivamente. Quando administrados por via oral, (12,5; 25 e 50mg/kg), reduziram o edema em 46,6; 59,3; 67,9% e 58,7; 59,7; 71%, respectivamente quando comparado ao controle veículo. A dexametasona na dose tópica de 0,05mg/orelha e na dose oral de 1mg/kg reduziu o edema de orelha em 90 e 73,1%, respectivamente. O ácido centipédico e a LAH, na dose de 0,5mg/orelha, via tópica reduziu de a atividade da mieloperoxidase (MPO) em 90,1 e 94,6%, respectivamente, enquanto a dexametasona (0,05mg/orelha) reduziu em 96,2% a atividade da MPO quando comparado ao controle veículo. Os terpenos na dose tópica de 0,5mg/orelha foram capazes de reduzir os níveis teciduais de TNF-α, o mesmo sendo observado com a dexametasona. A ação antiinflamatória dos terpenos no modelo da dermatite pelo TPA foram confirmados pelos achados histológicos. O modelo de dermatite de contato induzida por oxazolona (OXA, 1%/orelha), provocou uma hiperplasia epidérmica onde o INF-γ teve papel crucial. Os terpenos ácido centipédico (0,25 e 0,5) e a LAH (0,5mg/orelha), por via tópica, diminuíram, a hiperplasia epidérmica induzida por oxazolona (1%/orelha)em todos os períodos de observação (4° - 19° dia). O ácido centipédico e a LAH na dose de 0,5mg/orelha diminuíram significativamente os níveis teciduais de INF-γ (92,2 e 99,4%, respectivamente) quando comparados ao controle veículo. Quando administrado por via oral, o ácido centipédico (12,5; 25 e 50mg/kg) reduziu de forma significativa a hiperplasia epidérmica do 7° ao 19° dia de observação. A dexamentasona na dose tópica (0,05/mg) e na dose oral (1mg/kg) reduziu a hiperplasia epidérmica em 100 e 75%, respectivamente. Os resultados encontrados, comprovados pelo estudo histológico, demonstram o efeito antiinflamatório desses terpenos em modelo de dermatite de contato alérgica crônica onde a hiperplasia epidérmica e o aumento nos níveis teciduais de INF-γ são características importantes, como no caso da psoríase.
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Estudo das propriedades antiespasmódicas e miorrelaxantes do óleo essencial de Ocimum Micranthum em traquéias isoladas de ratos wistar / Antispasmodic and myorelaxants proprieties of essential oil of ocimum micranthum in isolated trachea of wistar ratsPinho, Joao Paulo Melo de January 2010 (has links)
PINHO, João Paulo Melo de. Estudo das propriedades antiespasmódicas e miorrelaxantes do óleo essencial de ocimum micranthum em traquéias isoladas de ratos wistar. 2010. 83 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2010. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-04-10T11:59:27Z
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Previous issue date: 2010 / The Ocimum. micranthum Willd. is a plant popularly known as “alfavaca-de-folha-miúda” or “estoraque” and is used in folk medicine to treat flu, colds, fever, cough, bronchitis, stomach and intestinal infections, ear infections and as stimulant and carminative. This study aimed to show the activity of its essential oil (EOOM) and of its main constituent, methyl cinnamate, in rat isolated trachea. It was shown that both the OEOM and methyl cinnamate (1-1000 µg/mL) did not change the basal tone, but they were able to reverse the contractile response induced by potassium chloride or carbachol with IC50 of 112 and 128.2 µg/mL (for EOOM) and 308 and 100 μg/mL (for methyl cinnamate), respectively. At 100 µg/mL, added before the contractile agent, EOOM attenuated maximal response to KCl in trachea from naïve rats. This effect did not occur when contraction was induced by carbachol in the presence of nitrendipine. Additionally, in animals subjected to an ovalbumin-sensitized model of asthma, EOOM was more active in challenged than in sensitized animals. In conclusion,th e myorelaxant and antispasmodic effects of the EOOM are due to its preferential action on voltage-operated calcium channels. Its major constituent, methyl cinnamte, appears to be involved in the pharmacological effects of the EOOM. / Ocimum. micranthum Willd. é uma planta popularmente conhecida como alfavaca de folha miúda ou estoraque sendo utilizada na medicina popular no tratamento de gripe, resfriados, febre, tosse, bronquites, nas infecções intestinais e estomacais, nas otites e como estimulante e carminativa. O presente estudo teve como objetivo mostrar a atividade do óleo essencial de Ocimum micranthum e seu principal constituinte, o cinamato de metila, em traquéias isoladas de ratos Wistar. Foi evidenciado que tanto o OEOM quanto o cinamato de metila, nas concentrações de 1-1000 µg/mL, não interferem no tônus basal, no entanto são capazes de reverter a resposta contrátil induzida por cloreto de potássio e carbacol com CI50 de 112 e 128,2 µg/mL (para o OEOM) e 308 e 100 µg/mL (para o cinamato de metila) respectivamente. . A concentração de 100 µg/mL OEOM, quando adicionada antes do agente contrátil, é capaz de atenuar a resposta máxima do KCl em traquéias de ratos naïve, fato que não ocorreu quando a contração foi induzida por carbacol na presença de nitrendipina. Adicionalmente, em animais submetidos a modelos de asma pela OVA, o OEOM se mostrou mais ativo em animais desafiados do que apenas sensibilizados. Portanto, o mecanismo envolvido nos efeitos miorrelaxante e antiespasmódico do OEOM é, pelo menos em parte, devido à sua ação preferencial nos canais de cálcio operados por voltagem (VOCC). Seu principal constituinte, o cinamato de metila, parece estar envolvido nos efeitos miorrelaxantes do OEOM.
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Avaliação dos efeitos centrais e antinociceptivos das frações isoladas da raiz de Petiveria alliacea L. (TIPI) em camundongos / Evaluation of the central and antinociceptive effects of isolated fractions from the root of Petiveria alliacea L. (tipi) in miceGomes, Patrícia Bezerra January 2006 (has links)
GOMES, Patrícia Bezerra. Avaliação dos efeitos centrais e antinociceptivos das frações isoladas da raiz de Petiveria alliacea L. (TIPI) em camundongos. 2006. 175 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2006. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-05-08T15:44:30Z
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Previous issue date: 2006 / Evaluation of the central and antinociceptive effects of isolated fractions from the root of Petiveria alliacea L. (tipi) in mice. PATRÍCIA BEZERRA GOMES. Supervisor: Profa. Dra. Francisca Cléa Florenço de Sousa. Master Dissertation. Course of Post-graduation in Pharmacology. Department of Physiology and Pharmacology, UFC, 2006. Petiveria alliacea L. a shrub from Phytolaccaceae family, is popularly used in folk medicine for treating a wide variety of disorders in South and Central America. The acetate (FA), hexanic (FH), hydroalcoholic (FHA) and precipitated hydroalcoholic (FHAppt) fractions from the root of tipi were studied to investigate its pharmacological properties in animals nocicepcion models (abdominal contractions induced by acetic acid, formalin 1% and hot plate tests) and in the classical behavioral models (open-field, elevated plus maze- EPM, rota rod, barbiturate-induced sleeping time, forced swimming and pentylenetetrazole (PTZ)-induced convulsions tests). Were analyzed the phytoconstituents presents in it, the general pharmacological effects and acute toxicity. The fractions were administered orally (p.o.) and/or intraperitoneally (i.p.), at single doses of 100 and 200 mg/kg, in female mice. The phytochemical approach of the fractions from Petiveria alliacea demonstrated the presence of alkaloids in FA, coumarins in FA, FHA and FHAppt, saponins and triterpenes in FA, FH, FHA and FHAppt. The hidroalcoholic extract (500, 1000, 1500 and 2000 mg/kg, i.p.; 1000, 2000, 3000 and 4000 mg/kg, p.o.) of the tipi presented a low toxicity and the parameters more visualized were analgesic, decrease in locomotor activity and passive behavior. All the fractions inhibited the abdominal contractions induced by acetic acid. FA (200 mg/kg, i.p.), FH and FHAppt (100 and 200 mg/kg, i.p.), reduced the nocicepcion produced by formalin in the 1st and 2nd phases. FHA (100 and 200 mg/kg, i.p.) presented a significant inhibition on the 1st phase, of this test, indicating a possible antinociceptive effect. The antinociceptive effect produced by FHAppt (200 mg/kg, i.p.) was reversed by naloxone (2 mg/kg, s.c.), showing the participation of the opioid system in this process. No significant effect was observed in the hot plate test. All the fractions of tipi induced a significant decrease in the locomotor activity, rearing and grooming in the open field test, suggesting a possible central depressant action. No significant effect was evident on motor coordination of the animals in the rota rod test. On LCE, FA (100 and 200 mg/kg, p.o.) decreased the NEOA (nº of entries in the open arms) and the TPOA (time of permanence in the open arms). FA, FH and FHA (100 and 200 mg/kg, i.p.), FHAppt (200mg/kg, i.p.) presented a significant reduction of the TPOA, indicating an absence of anxiolytic effect. The fractions from the root of Petiveria alliacea promoted a significant increase in the immobility time of the mice in the forced swimming test. Moreover, corroborating these results, as caused a prolongation of the pentobarbital-induced sleeping time, confirmed a probable sedative and central depressant effect. The neuropharmacological effects of the FHA (200 mg/kg, i.p.), observed in the open field and barbiturate-induced sleeping time tests, weren’t reverted with the administration of the flumazenil (2.5 mg/kg, i.p.), indicating that the mechanism of action of the FHA, probably didn’t related with the participation of the GABAergic receptors. All the fractions of Petiveria alliacea increased the latency to the first convulsion and the lethal time of the PTZ-induced convulsions test in the animals, confirmed its popular use as anticonvulsant. Results showed that the different fractions of Petiveria alliacea L. have significant antinociceptive, sedative, depressant and anticonvulsant potentials, due to presence in this constituents, supporting folk medicine use of this plant. / Avaliação dos efeitos centrais e antinociceptivos das frações isoladas da raiz de Petiveria alliacea L. (tipi) em camundongos. PATRÍCIA BEZERRA GOMES. Orientador: Profa. Dra. Francisca Cléa Florenço de Sousa. Dissertação de Mestrado. Curso de Pós-graduação em Farmacologia. Departamento de Fisiologia e Farmacologia, UFC, 2006. Petiveria alliacea L. é um arbusto da família Phytolaccaceae, usada popularmente na medicina folclórica para o tratamento de uma ampla variedade de doenças nas Américas do Sul e Central. As frações acetato (FA), hexânica (FH), hidroalcoólica (FHA) e hidroalcoólica precipitada (FHAppt) da raiz do tipi foram estudadas para investigar suas propriedades farmacológicas, nos modelos de nocicepção (contorções abdominais induzidas por ácido acético, formalina a 1% e placa quente) e nos modelos comportamentais clássicos (campo aberto, labirinto em cruz elevado- LCE, rota rod, tempo de sono induzido por pentobarbital, nado forçado e convulsões induzidas por pentilenotetrazol- PTZ). Foram analisados também os fitoconstituintes presentes no tipi, os efeitos farmacológicos gerais e sua toxicidade aguda. As frações foram administradas, via oral (v.o.) e/ou intraperitoneal (i.p.), nas doses de 100 e 200 mg/kg, em camundongos fêmeas. A abordagem fitoquímica das frações de Petiveria alliacea revelou a presença de alcalóides em FA, cumarinas em FA, FHA e FHAppt, saponinas e triterpenos em FA, FH, FHA e FHAppt. O extrato hidroalcoólico (500, 1000, 1500 e 2000 mg/kg, i.p.; 1000, 2000, 3000 e 4000 mg/kg, v.o.) do tipi apresentou uma baixa toxicidade e os parâmetros mais visualizados foram analgesia, diminuição da motilidade e passividade. Todas as frações inibiram as contorções abdominais induzidas por ácido acético. FA (200 mg/kg, i.p.), FH e FHAppt (100 e 200 mg/kg, i.p.), reduziram a nocicepção produzida pela formalina na 1ª e 2ª fases. FHA (100 e 200 mg/kg, i.p.) apresentou uma inibição significativa na 1ª fase deste teste, indicando um possível efeito antinociceptivo. O efeito antinociceptivo produzido por FHAppt (200 mg/kg, i.p.) foi revertido pela naloxona (2mg/kg, s.c.), mostrando uma possível participação do sistema opióide neste processo. Nenhum efeito significativo foi observado no teste da placa quente. Todas as frações do tipi induziram uma diminuição significativa na atividade locomotora, rearing e grooming no teste do campo aberto, sugerindo uma possível ação depressora central. Nenhum efeito significativo foi evidenciado na coordenação motora dos animais no teste do rota rod. No LCE, FA (100 e 200 mg/kg, v.o.) reduziu o NEBA (nº de entradas nos braços abertos) e o TPBA (tempo de permanência nos braços abertos). FA, FH e FHA (100 e 200 mg/kg, i.p.), FHAppt (200mg/kg, i.p.) apresentaram uma significativa redução do TPBA, indicando uma ausência do efeito ansiolítico. As frações da raiz de Petiveria alliacea promoveram um aumento significativo do tempo de imobilidade dos camundongos no teste do nado forçado. Além disso, corroborando estes resultados, as frações causaram um prolongamento do tempo de sono induzido por pentobarbital, confirmando um provável efeito sedativo e depressor central. Os efeitos neurofarmacológicos de FHA (200 mg/kg, i.p.), observados nos testes do campo aberto e tempo de sono, não foram revertidos com a administração de flumazenil (2,5 mg/kg, i.p.), indicando que o mecanismo de ação de FHA, provavelmente, não está relacionado com a participação dos receptores GABAérgicos. Todas as frações da raiz de Petiveria alliacea aumentaram a latência da 1ª convulsão e o tempo de morte das convulsões induzidas por PTZ nos animais, confirmando seu uso popular como anticonvulsivante. Os resultados mostraram que as diferentes frações de Petiveria alliacea L. possuem significativo potencial antinociceptivo, sedativo, depressor e anticonvulsivante, devido à presença destes constituintes, dando suporte ao uso da medicina folclórica desta planta.
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