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A produçào midiática da maré do camarão no Ceará / La producción de los medios de comunicación de la marea en los camarónes del Ceará

Fernandes, Albaniza January 2007 (has links)
FERNANDES, A.R. A produçào midiática da maré do camarão no Ceará, 2007. 178 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2007. / Submitted by Aline Nascimento (vieiraaline@yahoo.com.br) on 2011-10-31T13:14:20Z No. of bitstreams: 1 2007_dis_arfernandes.pdf: 5235584 bytes, checksum: 5edc0f396f1a06e64e636914c906d247 (MD5) / Approved for entry into archive by Aline Nascimento(vieiraaline@yahoo.com.br) on 2011-10-31T13:14:50Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2007_dis_arfernandes.pdf: 5235584 bytes, checksum: 5edc0f396f1a06e64e636914c906d247 (MD5) / Made available in DSpace on 2011-10-31T13:14:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2007_dis_arfernandes.pdf: 5235584 bytes, checksum: 5edc0f396f1a06e64e636914c906d247 (MD5) Previous issue date: 2007 / Esta dissertação se propõe a mostrar um outro olhar ao estudo da Carcinicultura, ao realizar uma investigação geográfica, selecionando um jornal local, a partir de sua produção discursiva. O estudo investiga de que maneira o discurso jornalístico opera na construção de representações sobre essa atividade. Para isso, é necessário percebê-lo como um constituidor de significados, onde se exercem e travam lutas para produzir uma suposta verdade/realidade. Ao analisar as matérias jornalísticas, como discursos construídos culturalmente, percebe-se o modo como as representações estão sendo elaboradas. As ferramentas teóricas norteadoras desta pesquisa foram fornecidas pela Geografia Cultural, as quais possibilitaram uma nova leitura sobre o assunto. A pesquisa busca compreender as representações elaboradas pelo jornal O POVO, um dos mais importantes veículos da mídia impressa do Ceará, sobre a Carcinicultura em três períodos: de 1978-1984; 1990-1994 e de 2000-2004. A divisão desses períodos está alicerçada nos critérios estabelecidos pelo IBAMA e SEMACE em seus estudos sobre a questão. O cultivo de camarão começa a ser veiculado pelo jornal na década de 1970, mas somente na década de 1990 que conquista uma maior notoriedade na agenda pública. A metodologia utilizada consiste em um levantamento de reportagens que tratam, de alguma forma, a temática da Carcinicultura. Considero como campo da pesquisa as edições diárias do jornal O POVO desses períodos. O jornal, ao ser pensado como artefato cultural, está sendo visto como um local de produção de saberes sobre a atividade camaroneira, auxiliando na formação da opinião pública. O estudo, ao estar pautado na análise da construção discursiva, teve que se direcionar a examinar as estratégias acionadas para elaborar os ditos sobre a Carcinicultura. Neste sentido, descrevo e problematizo o funcionamento dos discursos jornalísticos. No primeiro período, 1978-1984, em Ao encontro do Eldorado, observo dizeres que apontam a Carcinicultura como algo benéfico, uma importante saída para a crise do sal, uma atividade para inserir o Ceará e o Nordeste no circuito nacional de produção. À medida que avança para os períodos seguintes, o discurso do referido jornal desloca-se para outros significados. Assim, a atividade camaroneira é, por um longo período, apontada pelo jornal como a única saída viável para o Nordeste. Isso passa a ser questionado. A expansão da Carcinicultura no Brasil é bastante expressiva nas últimas décadas. Esse progresso está relacionado à introdução e ao cultivo da espécie Litopenaeus vannamei, ao uso de técnicas de melhoramento, tanto voltadas para o aumento da produção como da reprodução do camarão, incentivos governamentais e à utilização indiscriminada de certas áreas litorâneas No segundo período, 1990-1994, A promessa da redenção econômica ainda permanece. O discurso da atividade, como uma coisa muito promissora, no início está presente, para, posteriormente, a atividade passar a ser vista não mais como algo tão benéfico. Para o terceiro período, dede 2000-2004, O sonho acabou, embora o cultivo do camarão, naquele momento, já fosse uma das mais importantes atividades do setor primário nordestino, ocupando lugar de destaque na pauta de exportação do estado do Ceará. Os enunciados dos discursos jornalísticos passam a registrar essa prática como uma atividade preocupante pela forma como é realizada, isto é, sendo a causa de inúmeros problemas socioambientais. A prática do cultivo de camarão, em áreas de mangues e suas adjacências, vêm provocando uma série de danos, tanto para o ambiente, como para inúmeras comunidades que dependem do ecossistema manguezal para sobreviverem. Nesse sentido, o discurso do jornal, ao deslocar esses dizeres sobre a Carcinicultura, mostra como atua estrategicamente para a naturalização dos significados. Com isso, deve ser entendido não apenas como um informador dos acontecimentos, dos fatos, mas como um instrumento que estabelece verdades, as suas. / Esta disertación proponese lanzar otra mirada al estudio del Carcinicultura, al realizar una investigación geográfica en el periódico que empieza del la producción discursiva. El estudio investiga como el discurso periodístico opera en la construcción de representaciones sobre esta actividad. Para esto, fue necesario notálo como constituido de significados, dónde se ejercen y travan las luchas para producir una supuesta realidad/verdad. Al analizar las materias periodísticas como el discurso construyó culturalmente, va notándo-se la manera como las representaciones estan elaborándose. Las herramientas teóricas que nortearam esta investigación fueron proporcionados por la Geografía Cultural, que hizo posible una nueva lectura en el tema. La investigación buscaba para entender las representaciones elaboradas por el periódico "O POVO", uno de los vehículos más importantes de los medios de comunicación impresa del Ceará respecto a Carcinicultura y tres períodos: 1978-1984; 1990-1994 y 2000-2004. La división de esos períodos se encuentra en criterios establecidos por IBAMA y SEMACE en sus estudios sobre la Carcinicultura. El cultivo del camarón empieza a ser transmitido por el periódico por la década de 1970, pero sólo en 1990 que conquista una fama más grande en su calendario público. La metodología usada consistió en una busca de los informes que ellos trataron de alguna manera el tema del Carcinicultura. Yo consideré como el campo de la investigación la edición diaria del "O POVO" en esos períodos. El periódico al ser considerado como una habilidad cultural está viéndose como un lugar de la producción de saberes sobre la actividad camaroneira y evalúe en la formación de la opinión pública. El estudio analiza la construcción discursiva, tenidos que dirigirse para examinar las estrategias trabajadas para elaborar las declaraciones en el Carcinicultura. En ese sentido, describe y problematiza el funcionamiento de los discursos periodísticos. En el primer período, 1978-1984, en Al encuentro de Eldorado yo observé refranes que apuntan el Carcinicultura como algo beneficioso, una salida importante para la crisis de la sal, una actividad para insertar Ceará y el Nordeste en el circuito nacional de producción. Cuando avanzo para el período siguiente, el discurso del mencionado periódico mueve para otro significado. Así, la actividad camaroneira fue por un período largo por el períodico como única salida viable para el Nordeste. Esto pasa a ser preguntado. La expansión de la Carcinicultura en Brasil es bastante expresiva en las últimas décadas. Ese progreso está relacionado a la introducción y cultivo de la especie Litopenaes vannamei, al uso de las técnicas de la mejora de tal manera se vuelva hacia el aumento de la producción de los camarones, incentivos gubernamentales y el uso indistinto de ciertas áreas. En el segundo período, 1990-1994, La promesa la redención economíca, permanece. El discurso de la actividad se queda inicialmente como una cosa muy prometedora, al principio esta presente para después, la actividad pasar para no ser visto más como algo tan beneficioso. Para el tercer período, 2000-2004, El sueño acabó, aunque el cultivo del camarón en aquele momento ya fuera una de las actividades más importantes de la sección primaria nororiental, ocupando la posición de la prominencia en la línea de exportación del estado de Ceará. Las declaraciones de los discursos periodísticos pasan a colocar esta práctica como una actividad preocupando com la manera cómo es ejercida, esto és siendo la causa de los problemas socioambientales innumerables. La práctica del cultivo del camarón, en las áreas del pantano y sus adjacencies, está provocando una serie de daños y perjuicios, tanto para el medio ambiente, cuanto a 9 comunidades innumerables que dependen del crecimiento del ecosistema de mangles para sobrevivir. En ese sentido, el discurso del periódico al mover esos refranes respecto a la Carcinicultura, muestra cómo actúa estratégicamente para la naturalización de los significados. Con etso, debe entenderse no solamente como informador de los eventos, de los hechos, pero como un instrumento que establece verdad, las suyas.
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A produÃÃo midiÃtica da marà do camarÃo no Cearà / La producciÃn de los medios de comunicaciÃn de la marea en los camarÃnes del CearÃ

Albaniza Rodrigues Fernandes 30 July 2007 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Esta dissertaÃÃo se propÃe a mostrar um outro olhar ao estudo da Carcinicultura, ao realizar uma investigaÃÃo geogrÃfica, selecionando um jornal local, a partir de sua produÃÃo discursiva. O estudo investiga de que maneira o discurso jornalÃstico opera na construÃÃo de representaÃÃes sobre essa atividade. Para isso, à necessÃrio percebÃ-lo como um constituidor de significados, onde se exercem e travam lutas para produzir uma suposta verdade/realidade. Ao analisar as matÃrias jornalÃsticas, como discursos construÃdos culturalmente, percebe-se o modo como as representaÃÃes estÃo sendo elaboradas. As ferramentas teÃricas norteadoras desta pesquisa foram fornecidas pela Geografia Cultural, as quais possibilitaram uma nova leitura sobre o assunto. A pesquisa busca compreender as representaÃÃes elaboradas pelo jornal O POVO, um dos mais importantes veÃculos da mÃdia impressa do CearÃ, sobre a Carcinicultura em trÃs perÃodos: de 1978-1984; 1990-1994 e de 2000-2004. A divisÃo desses perÃodos està alicerÃada nos critÃrios estabelecidos pelo IBAMA e SEMACE em seus estudos sobre a questÃo. O cultivo de camarÃo comeÃa a ser veiculado pelo jornal na dÃcada de 1970, mas somente na dÃcada de 1990 que conquista uma maior notoriedade na agenda pÃblica. A metodologia utilizada consiste em um levantamento de reportagens que tratam, de alguma forma, a temÃtica da Carcinicultura. Considero como campo da pesquisa as ediÃÃes diÃrias do jornal O POVO desses perÃodos. O jornal, ao ser pensado como artefato cultural, està sendo visto como um local de produÃÃo de saberes sobre a atividade camaroneira, auxiliando na formaÃÃo da opiniÃo pÃblica. O estudo, ao estar pautado na anÃlise da construÃÃo discursiva, teve que se direcionar a examinar as estratÃgias acionadas para elaborar os ditos sobre a Carcinicultura. Neste sentido, descrevo e problematizo o funcionamento dos discursos jornalÃsticos. No primeiro perÃodo, 1978-1984, em Ao encontro do Eldorado, observo dizeres que apontam a Carcinicultura como algo benÃfico, uma importante saÃda para a crise do sal, uma atividade para inserir o Cearà e o Nordeste no circuito nacional de produÃÃo. à medida que avanÃa para os perÃodos seguintes, o discurso do referido jornal desloca-se para outros significados. Assim, a atividade camaroneira Ã, por um longo perÃodo, apontada pelo jornal como a Ãnica saÃda viÃvel para o Nordeste. Isso passa a ser questionado. A expansÃo da Carcinicultura no Brasil à bastante expressiva nas Ãltimas dÃcadas. Esse progresso està relacionado à introduÃÃo e ao cultivo da espÃcie Litopenaeus vannamei, ao uso de tÃcnicas de melhoramento, tanto voltadas para o aumento da produÃÃo como da reproduÃÃo do camarÃo, incentivos governamentais e à utilizaÃÃo indiscriminada de certas Ãreas litorÃneas No segundo perÃodo, 1990-1994, A promessa da redenÃÃo econÃmica ainda permanece. O discurso da atividade, como uma coisa muito promissora, no inÃcio està presente, para, posteriormente, a atividade passar a ser vista nÃo mais como algo tÃo benÃfico. Para o terceiro perÃodo, dede 2000-2004, O sonho acabou, embora o cultivo do camarÃo, naquele momento, jà fosse uma das mais importantes atividades do setor primÃrio nordestino, ocupando lugar de destaque na pauta de exportaÃÃo do estado do CearÃ. Os enunciados dos discursos jornalÃsticos passam a registrar essa prÃtica como uma atividade preocupante pela forma como à realizada, isto Ã, sendo a causa de inÃmeros problemas socioambientais. A prÃtica do cultivo de camarÃo, em Ãreas de mangues e suas adjacÃncias, vÃm provocando uma sÃrie de danos, tanto para o ambiente, como para inÃmeras comunidades que dependem do ecossistema manguezal para sobreviverem. Nesse sentido, o discurso do jornal, ao deslocar esses dizeres sobre a Carcinicultura, mostra como atua estrategicamente para a naturalizaÃÃo dos significados. Com isso, deve ser entendido nÃo apenas como um informador dos acontecimentos, dos fatos, mas como um instrumento que estabelece verdades, as suas. / Esta disertaciÃn proponese lanzar otra mirada al estudio del Carcinicultura, al realizar una investigaciÃn geogrÃfica en el periÃdico que empieza del la producciÃn discursiva. El estudio investiga como el discurso periodÃstico opera en la construcciÃn de representaciones sobre esta actividad. Para esto, fue necesario notÃlo como constituido de significados, dÃnde se ejercen y travan las luchas para producir una supuesta realidad/verdad. Al analizar las materias periodÃsticas como el discurso construyà culturalmente, va notÃndo-se la manera como las representaciones estan elaborÃndose. Las herramientas teÃricas que nortearam esta investigaciÃn fueron proporcionados por la GeografÃa Cultural, que hizo posible una nueva lectura en el tema. La investigaciÃn buscaba para entender las representaciones elaboradas por el periÃdico "O POVO", uno de los vehÃculos mÃs importantes de los medios de comunicaciÃn impresa del Cearà respecto a Carcinicultura y tres perÃodos: 1978-1984; 1990-1994 y 2000-2004. La divisiÃn de esos perÃodos se encuentra en criterios establecidos por IBAMA y SEMACE en sus estudios sobre la Carcinicultura. El cultivo del camarÃn empieza a ser transmitido por el periÃdico por la dÃcada de 1970, pero sÃlo en 1990 que conquista una fama mÃs grande en su calendario pÃblico. La metodologÃa usada consistià en una busca de los informes que ellos trataron de alguna manera el tema del Carcinicultura. Yo considerà como el campo de la investigaciÃn la ediciÃn diaria del "O POVO" en esos perÃodos. El periÃdico al ser considerado como una habilidad cultural està viÃndose como un lugar de la producciÃn de saberes sobre la actividad camaroneira y evalÃe en la formaciÃn de la opiniÃn pÃblica. El estudio analiza la construcciÃn discursiva, tenidos que dirigirse para examinar las estrategias trabajadas para elaborar las declaraciones en el Carcinicultura. En ese sentido, describe y problematiza el funcionamiento de los discursos periodÃsticos. En el primer perÃodo, 1978-1984, en Al encuentro de Eldorado yo observà refranes que apuntan el Carcinicultura como algo beneficioso, una salida importante para la crisis de la sal, una actividad para insertar Cearà y el Nordeste en el circuito nacional de producciÃn. Cuando avanzo para el perÃodo siguiente, el discurso del mencionado periÃdico mueve para otro significado. AsÃ, la actividad camaroneira fue por un perÃodo largo por el perÃodico como Ãnica salida viable para el Nordeste. Esto pasa a ser preguntado. La expansiÃn de la Carcinicultura en Brasil es bastante expresiva en las Ãltimas dÃcadas. Ese progreso està relacionado a la introducciÃn y cultivo de la especie Litopenaes vannamei, al uso de las tÃcnicas de la mejora de tal manera se vuelva hacia el aumento de la producciÃn de los camarones, incentivos gubernamentales y el uso indistinto de ciertas Ãreas. En el segundo perÃodo, 1990-1994, La promesa la redenciÃn economÃca, permanece. El discurso de la actividad se queda inicialmente como una cosa muy prometedora, al principio esta presente para despuÃs, la actividad pasar para no ser visto mÃs como algo tan beneficioso. Para el tercer perÃodo, 2000-2004, El sueÃo acabÃ, aunque el cultivo del camarÃn en aquele momento ya fuera una de las actividades mÃs importantes de la secciÃn primaria nororiental, ocupando la posiciÃn de la prominencia en la lÃnea de exportaciÃn del estado de CearÃ. Las declaraciones de los discursos periodÃsticos pasan a colocar esta prÃctica como una actividad preocupando com la manera cÃmo es ejercida, esto Ãs siendo la causa de los problemas socioambientales innumerables. La prÃctica del cultivo del camarÃn, en las Ãreas del pantano y sus adjacencies, està provocando una serie de daÃos y perjuicios, tanto para el medio ambiente, cuanto a 9 comunidades innumerables que dependen del crecimiento del ecosistema de mangles para sobrevivir. En ese sentido, el discurso del periÃdico al mover esos refranes respecto a la Carcinicultura, muestra cÃmo actÃa estratÃgicamente para la naturalizaciÃn de los significados. Con etso, debe entenderse no solamente como informador de los eventos, de los hechos, pero como un instrumento que establece verdad, las suyas.

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