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Aleksandr Nikolaevitch Sokúrov: do filme à poesia / Aleksandr Nikolaevitch Sokúrov: from cinema to poetrySobrinho, Alexandre Lúcio 22 April 2019 (has links)
Para compreender o Fausto de Sokúrov, o crítico deve levar em conta que percebemos nele, a priori, um diálogo com a pintura e com o teatro, evidentemente. Não se trata apenas de referências, ou intertextos, pois o filme está impregnado de elementos iconográficos e de metáforas, de modo que, ao analisar a obra, é necessário atentar para as sutilezas dos símbolos que são apresentados ao longo do filme. E, mais, a tessitura da narrativa oferece características próprias da poesia. Sendo assim, dir-se-ia que há uma construção próxima à prosa poética, que encontramos na literatura de muitos autores. O objetivo, portanto, desta pesquisa será evidenciar que, a partir de uma interpretação livre, Sokúrov pôs em relevo não só os aspectos poético-literários, mas também incluiu e destacou impressionantes imagens pictóricas, que são mais que meras indicações intertextuais com a pintura de grandes mestres, a saber: Hieronymus Bosch (1450-1516), Lucas Cranach (1472-1553), Herri met de Bles (1510-1555 ou 1560), Albrecht Altdorfer (1480-1538), Pieter Bruegel (1525-1569), Rembrandt Harmenszoon van Rijn (1606-1669), David Teniers, o Jovem (1610-1690), Johannes Vermeer (1632-1675) e Caspar David Friedrich (1774-1840). Com o recurso da imagem e do discurso cinematográfico, salientou as antíteses dos estados de alma, que oscilam, no filme, entre o grotesco e o sublime, o belo e o bizarro, o iluminado e o sombrio, o prazer e a dor, a fé e a ciência, a ordem e o caos, a humildade e a arrogância, apenas para citar alguns aspectos presentes no poema trágico de Goethe. / In order to comprehend Sokurov´s cinematographic version of Goethe´s Faust we must remember that a dialogue with painting is evident besides that with theatre, of course. This is not due only to references or clear \"intertexts\", but also to the appropriation of painters´styles. This is a help for the construction of a poetic narrative, instead of a plain one. Our search aims to put in evidence that Sokurov is bent to the poetic aspects of Goethe´s Faust, much more than the narrative ones, and is helped by the manners and the paintings of Hieronymus Bosch (1450-1516), Lucas Cranach (1472-1553), Herri met de Bles (1510-1555 ou 1560), Albrecht Altdorfer (1480-1538), Pieter Bruegel (1525-1569), Rembrandt van Rijn (1606-1669), David Teniers, the Young (1610-1690), Vermeer (1632-1675) and Caspar David Friedrich (1774-1840). With such a help, Sokurov uses his cinematographic resources to put in evidence antithesis of human soul that he sees in Goethe´s Faust, such as lust and saintity, the grotesque and the sublime, the beauty and the bizarre, the enlightened and the darkened, the pleasant and the painful, the faithful and the unfaithful, the ordered and the chaotic. Deciding to tread the way of poetry, Sokurov marks the cinematographic art with a narrative that is a poetic hommage to painting and a dreadful vision of the world.
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Rastros e vozes de Sylvia Plath: reminiscências e memória. / Traces and voices of Sylvia Plath: reminiscences and memoriesCarvalho, Taísa 11 December 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-12-11 / The purpose of this paper is to analyze, in a comparative way, the theme of melancholy, suicide, and death in eight Ariel poems the work of Sylvia Plath - "Lady Lazarus", "Daddy", "The moon and the yew tree "," Death & Co ", "Ariel," Tulips "," The detective "and" Purdah "- in five poems from other works of the same writer -" Pursuit "," the tree of life "," Mirror "," Edge "and" Words "- in four paintings entitled Vita e Morte , Allegoria la vita unama , La morte del peccatore and Melancolia I and the movie Sylvia , passion beyond words by Christine Jeffs. Based on the established thematic intertextuality between artistic forms - film, painting and poem - which constitute the corpus of this research and the conception of poetry as a place of culture, studies the poetry of Sylvia Plath, which is constructed by the plots of the imaginary, process and reminiscent of forgetfulness, so that art and suffering may converge and the shadow of suicide author protrudes over the text. It is, above all, a poetic which refers to the human condition of transience and permanence: the permanence of writing and transience of life. Therefore, this study is based mainly on the theoretical principles of Paz (1982, 1991 and 1993), Gagnebin (2005, 2006, 2009), Schopenhauer (2001), Yates (2007), Almeida (1999), Weinrich (2001), Bosi (2000), Adorno (1975), Benjamin (2000), Seligmann-Silva (2010) and Chevalier (2003). / A proposta deste trabalho é analisar, de modo comparativo, a temática da melancolia, do suicídio e da morte em oito poemas da obra Ariel, de Sylvia Plath Lady Lazarus , Daddy , The moon and the yew tree , Death & Co , Arie l, Tulips , The detective e Purdah , em cinco poemas de outras obras da mesma escritora Pursuit , The tree of life , Mirror , Edge e Words , em quatro pinturas intituladas Vita e Morte, Allegoria de la vita unama, La morte del peccatore e Melancolia I e na obra fílmica Sylvia, paixão além das palavras, de Christine Jeffs. Partindo da intertextualidade temática estabelecida entre as linguagens artísticas cinema, pintura e poema que constituem o corpus desta pesquisa e da concepção de poesia enquanto local de cultura, estuda-se a poética de Sylvia Plath, que se constrói pelas tramas do imaginário, do processo rememorativo e do esquecimento, de modo que arte e sofrimento se confluem e a sombra do suicídio da autora se projeta sobre o texto. Trata-se, sobretudo, de um fazer poético que remete à condição humana de transitoriedade e permanência: a permanência da escrita e a transitoriedade da vida. Para tanto, este estudo baseia-se, sobretudo, nos pressupostos teóricos de Paz (1982, 1991 e 1993), Gagnebin (2005, 2006, 2009), Schopenhauer (2001), Yates (2007), de Almeida (1999), Weinrich (2001), Bosi (2000), Adorno (1975), Benjamin (2000), Seligmann-Silva (2010) e Chevalier (2003).
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Rastros e vozes de Sylvia Plath: reminiscências e memória / Traces and voices of Sylvia Plath: reminiscences and memoriesCarvalho, Taísa 11 December 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-12-11 / The purpose of this paper is to analyze, in a comparative way, the theme of melancholy, suicide, and death in eight Ariel poems the work of Sylvia Plath - "Lady Lazarus", "Daddy", "The moon and the yew tree "," Death & Co ", "Ariel," Tulips "," The detective "and" Purdah "- in five poems from other works of the same writer -" Pursuit "," the tree of life "," Mirror "," Edge "and" Words "- in four paintings entitled Vita e Morte , Allegoria la vita unama , La morte del peccatore and Melancolia I and the movie Sylvia , passion beyond words by Christine Jeffs. Based on the established thematic intertextuality between artistic forms - film, painting and poem - which constitute the corpus of this research and the conception of poetry as a place of culture, studies the poetry of Sylvia Plath, which is constructed by the plots of the imaginary, process and reminiscent of forgetfulness, so that art and suffering may converge and the shadow of suicide author protrudes over the text. It is, above all, a poetic which refers to the human condition of transience and permanence: the permanence of writing and transience of life. Therefore, this study is based mainly on the theoretical principles of Paz (1982, 1991 and 1993), Gagnebin (2005, 2006, 2009), Schopenhauer (2001), Yates (2007), Almeida (1999), Weinrich (2001), Bosi (2000), Adorno (1975), Benjamin (2000), Seligmann-Silva (2010) and Chevalier (2003) / A proposta deste trabalho é analisar, de modo comparativo, a temática da melancolia, do suicídio e da morte em oito poemas da obra Ariel, de Sylvia Plath Lady Lazarus , Daddy , The moon and the yew tree , Death & Co , Arie l, Tulips , The detective e Purdah , em cinco poemas de outras obras da mesma escritora Pursuit , The tree of life , Mirror , Edge e Words , em quatro pinturas intituladas Vita e Morte, Allegoria de la vita unama, La morte del peccatore e Melancolia I e na obra fílmica Sylvia, paixão além das palavras, de Christine Jeffs. Partindo da intertextualidade temática estabelecida entre as linguagens artísticas cinema, pintura e poema que constituem o corpus desta pesquisa e da concepção de poesia enquanto local de cultura, estuda-se a poética de Sylvia Plath, que se constrói pelas tramas do imaginário, do processo rememorativo e do esquecimento, de modo que arte e sofrimento se confluem e a sombra do suicídio da autora se projeta sobre o texto. Trata-se, sobretudo, de um fazer poético que remete à condição humana de transitoriedade e permanência: a permanência da escrita e a transitoriedade da vida. Para tanto, este estudo baseia-se, sobretudo, nos pressupostos teóricos de Paz (1982, 1991 e 1993), Gagnebin (2005, 2006, 2009), Schopenhauer (2001), Yates (2007), de Almeida (1999), Weinrich (2001), Bosi (2000), Adorno (1975), Benjamin (2000), Seligmann-Silva (2010) e Chevalier (2003)
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