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Ação por improbidade administrativa: críticas e proposições / Judicial action against improbity conduct: critiques and propositionsCalixto, Rubens Alexandre Elias 07 June 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-06-07 / This academic paper intends to analyze and criticize the judicial action against
improbity conduct, ruled by Act 8.429/92, specially the low effectiveness in punishing acts of
corruption practiced by public officials in Brazil.
The author try to demonstrate that the action doesn t work as expected when its
approval by The Brazilian Congress, in 1992, because still remain a lot of political scandals
in Brazil, causing serious damages to the treasury, without the responsible people being
punished for it.
A historical tolerance on corruption, special courts for public officials and the own
formal and structural deficiencies of the legal text of Act 8.429/92 favour a state of impunity.
The paper begins with a short analysis about the corruption phenomenon, specially its
ideological substratum, theories, effects and means of combat in brazilian law. The author
thinks that this analysis is fundamental to situate correctly the question in brazilian
constitutional ordainment, due to the axiological tension in constitutional rules about
punishing corruption .
The author also discuss the important and polemic question of special courts for public
officials, having in mind decisions from Supreme Court in Brazil to demonstrate that this
prerogative is one of the most serious causes of impunity in Brazil.
Completing the dissertation, the author analyses procedures aspects of the action,
identifying defections like lacunas, obscurities and bad compositions in the legal text, that
contribute in order to difficult the punishing of bad conduct by public officials in their
functions.
After all, the author concludes that the judicial action on improbity will only workout
properly if judges and lawyers are ready to assume the compromise towards the fight against
corruption, including the elimination of the special courts for public officials. Still he
concludes that the legal procedure needs corrections, to make its interpretations easier for the
judges when applying it / O presente trabalho acadêmico tem como objetivo a análise crítica da ação por
improbidade administrativa, disciplinada pela Lei 8.429/92, especialmente sua pouca
efetividade na punição dos atos de improbidade praticados por agentes públicos.
Busca-se defender a tese de que a citada ação não atendeu satisfatoriamente às
expectativas geradas com o seu advento, pois ainda persistem muitas denúncias de escândalos
políticos no Brasil, dos quais resultam sérios prejuízos ao Erário.
Parte-se da premissa de que esta impunidade decorre de alguns fatores, como a
histórica tolerância com os atos de corrupção, o foro privilegiado de que gozam os agentes
políticos e a própria deficiência formal e estrutural da ação regulada pela Lei 8.429/92.
É feita breve análise do fenômeno da corrupção, do seu substrato ideológico, teorias,
conseqüências e formas de combate, no direito comparado e no direito brasileiro, como ponto
fundamental do problema, a partir da tensão axiológica verificada nas normas constitucionais
que tratam das formas e meios de punição da improbidade administrativa.
É também discutida a controvertida questão do foro privilegiado, tendo como
referência o julgamento da Reclamação 2.138 pelo Supremo Tribunal Federal, com a
finalidade de demonstrar que ele é um dos graves fatores da impunidade no Brasil.
Em complemento, procede-se a uma análise dos aspectos procedimentais da ação por
improbidade, identificando lacunas, obscuridades e má redação no texto legal, que também
contribuem sensivelmente para prejudicar a efetiva punição dos agentes públicos que
cometem atos de improbidade.
Ao final, conclui-se que a ação por improbidade surtirá os efeitos desejados quando
houver maior compromisso dos operadores do direito com o combate à corrupção, passando
pela eliminação do foro privilegiado para os agentes políticos e as necessárias correções
legislativas na Lei 8.429/92, de modo a facilitar sua interpretação e aplicação
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[pt] FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO EM AÇÕES PENAIS NO STF: ORIGENS, CONTROVÉRSIAS E PERSPECTIVAS / [en] PRIVILEGED JURISDICTION DUE TO PUBLIC FUNCTION PREROGATIVES FOR CRIMINAL CASES IN STF: ORIGINS, CONTROVERSIES, AND FUTURE PERSPECTIVES09 September 2021 (has links)
[pt] A presente dissertação buscou, por meio da análise de casos concretos e do estudo da evolução histórica das Constituições brasileiras, apresentar como as controvérsias sobre o instituto do foro por prerrogativa de função determinam e são determinadas pelas decisões do Supremo Tribunal Federal. Embora costumeiramente o debate público associe o foro distintivo à impunidade e ao incentivo à corrupção, o que pode ser muito bem resumido pelo frequente uso não técnico da expressão foro privilegiado, é possível enxergar esse instituto como importante ferramenta de essencial proteção dos mandatos eletivos. Elaborado para ser um obstáculo às perseguições contra autoridades políticas, também atua para evitar que a influência dessas mesmas autoridades seja revertida em indevida proteção pelo Poder Judiciário. A ausência de soluções fáceis para os dilemas processuais penais relativos ao tratamento jurisdicional em matéria criminal dispensado às autoridades políticas é um fato e, não por acaso, identificou-se a existência de soluções originais e particulares para a questão em diferentes países latino-americanos e potências globais. O recorte da dissertação se revela pela análise de ações penais julgadas ou em transcurso no Supremo Tribunal Federal e permite observar como a oscilação da interpretação da Corte sobre as regras desse instrumento legal reduz o grau de certeza e previsibilidade nas delicadas acusações criminais contra as autoridades políticas do país. Essa incerteza que, incentivada pelas decisões da própria Suprema Corte, acaba por configurar significativa insegurança ao regime democrático, poderia ser sanada com a edição de norma constitucional mais clara e com a cessação das reiteradas tentativas da Suprema Corte de reformar normas constitucionais e infraconstitucionais por meio de ampliações expansivas de sua interpretação. A mais importante e recente decisão da Suprema Corte para a matéria, oferecida nos autos da Questão de Ordem na Ação Penal 937, propiciou uma série de novidades nos seus regramentos. Na visão do autor, embora tais nuances tenham atingido a meta principal de reduzir os trabalhos do Supremo em sua competência criminal originária, não ofereceram esclarecimentos suficientes para que se considerem seguras as interpretações sobre o tema. / [en] This paper aims at presenting, by the analyzes of actual cases and the study of the historical evolution of Brazilian constitutions, the ways the controversial disputes around the legal instrument known as privileged jurisdiction due to public function prerogatives impact the Brazilian Supreme Court (STF) participation in the country s democratic political process. The public has usually related this constitutional safeguard to impunity and incentive to corruption, which has been summarized over the years by the popular usage of the non-technical, shortened term privileged jurisdiction (foro privilegiado). However, it is possible to acknowledge it as an important tool for the essential protection of elected mandates. Designed to be an obstacle to the persecution of political authorities, the instrument is also intended to avoid authorities misuse of their rights against Justice. The absence of easy solutions for criminal processual dilemmas related to the jurisdictional treatment of criminal matters concerning political authorities is a fact. It is no coincidence there are various examples of original and special solutions dealing with the matter throughout Latin America as well as in other global powers. The time frame of the study presents criminal procedures recently tried or in process at the Federal Supreme Court. These court actions allow us to notice the oscillation in the Court’s interpretation of the rules of the legal instrument which in turn allows less certainty and predictability concerning the delicate criminal accusations against political authorities in the country. This uncertainty, which is encouraged by the Court s decisions, ends up establishing a significant level of insecurity for the democratic regime in Brazil. That could be easily avoided by the setting of a more objective constitutional rule for the subject and by the ceasing of STF’s repetitive attempts to reform constitutional ruling or other legislation by means of expanded interpretations on the matter. The most recent decision on the subject by STF is found in the Question of Order in Criminal Procedure 937, which brought changes for the ruling of the matter. In the author s opinion, the changes reached their goal of lowering the number of cases reaching the Supreme Court, more accordingly with its original competence, however, they did not clarify important issues so as to guarantee consensus about their interpretation.
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