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Saúde na educação física escolar : ambivalência e prática pedagógica

Oliveira, Victor José Machado de 25 April 2014 (has links)
Submitted by Elizabete Silva (elizabete.silva@ufes.br) on 2015-09-28T19:28:30Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) SAÚDE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR AMBIVALÊNCIA E PRÁTICA.pdf: 2877039 bytes, checksum: 2b9ba2e8cc4db80b29977a9833097d62 (MD5) / Approved for entry into archive by Morgana Andrade (morgana.andrade@ufes.br) on 2015-11-10T17:22:23Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) SAÚDE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR AMBIVALÊNCIA E PRÁTICA.pdf: 2877039 bytes, checksum: 2b9ba2e8cc4db80b29977a9833097d62 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-11-10T17:22:23Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) SAÚDE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR AMBIVALÊNCIA E PRÁTICA.pdf: 2877039 bytes, checksum: 2b9ba2e8cc4db80b29977a9833097d62 (MD5) Previous issue date: 2014 / Este estudo está vinculado a uma pesquisa interinstitucional envolvendo a UFES, USP e UFRGS que problematiza as políticas de formação voltadas à capacitação e sensibilização de estudantes de Educação Física (EF) para atuação no Sistema Único de Saúde (SUS). A partir dessa investigação, nosso foco foi a saúde na escola. O objetivo geral do estudo foi investigar como o tema da saúde tem sido abordado nas práticas pedagógicas de EF escolar, no município de Vitória/ES, tanto quanto nos documentos oficiais de governo e materiais teóricos da área, percebendo quais as possibilidades de ampliação e operacionalização desse tema e como se pode contribuir para pensar ações educacionais para a saúde nas aulas dessa disciplina. A proposta do trabalho intelectual seguiu os esforços de apropriação e reflexão do debate do tema da saúde no campo acadêmico da EF e da Saúde Coletiva. Ainda foi privilegiada a abordagem sociológica de Zygmunt Bauman para o esforço de reflexão sobre os conceitos de saúde e de educação, principalmente, a partir do conceito de ambivalência. Primeiramente, realizamos um mapeamento dos documentos referentes ao Programa Saúde na Escola (PSE), dos planos de ação das escolas de Vitória/ES e uma entrevista com a coordenadora do PSE da Secretaria de Educação desse município. Nesses documentos, a EF se relaciona com o PSE a partir do componente de promoção das práticas corporais/atividade física. Observamos nos planos de ação que essa disciplina pouco participa e, quando participa, está ligada majoritariamente aos projetos de desporto escolar. Mediante essa conjuntura, ofertamos à rede de educação pública de Vitória/ES uma formação continuada para professores de EF. Nessa etapa, nos valemos dos princípios da pesquisa-ação como ferramenta investigativa. Os dados foram produzidos por meio de diário do curso de formação, transcrição de áudio da formação, análise dos documentos produzidos pelos professores durante a formação (depoimentos e projetos), diário de acompanhamento in lócus das intervenções nas escolas, e-mails, entrevistas semiestruturadas e observação participante. Com relação à formação continuada, consideramos que essa se constituiu um espaço profícuo para o desenvolvimento de um grupo reflexivo, colaborativo e autogerenciável. A formação, de adesão voluntária, teve 18 inscrições, mas somente 6 professores permaneceram até a conclusão dos trabalhos. Estes construíram projetos relacionados à educação para a saúde. No âmbito da inovação pedagógica, é notável, a partir dos projetos elaborados, o deslocamento de uma perspectiva restrita (biológica) para uma concepção ampliada de saúde. Nesse sentido, os projetos tiveram uma ênfase nas relações sociais, ou seja, nos aspectos do cuidado de si e do outro, respeito, inclusão e promoção da cultura da paz. Outra ampliação de visão consubstancia-se na ideia de que a saúde é uma questão pedagógica. Sobre o desenvolvimento prático dos projetos, as análises apontaram que esses são influenciados pelos elementos referentes à cultura escolar, à violência, ao tempo e às lutas por reconhecimento. Foi percebido que os projetos tornaram-se produtores de ambivalência nos espaços escolares, uma vez que causaram uma série de estranhamentos por não estarem ligados ao imaginário social tradicional atribuído à educação física. As experiências desenvolvidas apontam que a saúde, enquanto um tema transversal, deve ser compreendida como responsabilidade de toda a escola e não somente dessa disciplina. Por fim, a educação para a saúde tem se revelado uma concepção profícua na promoção da saúde nos espaços escolares, o que corrobora a visão e proposta do PSE. / This study is part of inter-institutional research between UFES, USP and UFRGS that discusses training policies aimed to train and inform Physical Education (PE) students to act in the Sistema Único de Saúde (the Brazilian Unified Health System), also known as SUS. From this research our focus was on another aspect: school health. The general goal of the study was to investigate how the topic of health has been addressed in the pedagogical practices of PE in Vitória/ES, as well as in official government documents and theoretical materials of the area, realizing the possibilities of expansion and operationalization of this concept and how it might contribute to the thinking of educational initiatives for health classes in this discipline. The proposal of the intellectual work followed the efforts of appropriation and reflection in the health debate in the academic field of PE and Public Health. Still, the sociological approach of Zygmunt Bauman to the effort of reflection on the concepts of health and education was privileged, beginning with the concept of ambivalence. First, in the methodological course, we perform a mapping of documents referring to Programa Saúde na Escola (Brazilian School Health Program), known as the PSE, to the action plans of the schools in Vitoria/ES and to an interview with the coordinator of the PSE Education Secretariat of that municipality. In these documents, PE relates to the PSE from the promotion of bodily/physical activity practice component. We observe that comparing to the action plans, that discipline participates little – and when it does, is linked mostly to projects of school sports. Through this conjuncture we offered the network of public education of Vitoria/ES a continued formation for PE teachers. In this stage, we avail ourselves of the principles of action research as an investigative tool. The data was produced by diary of the continued formation, audio transcription of continued formation, analysis of documents produced by teachers in continued formation (testimonials and projects), diary accompanying in locus of the interventions in schools, emails, semi structured interviews, and participative observation. With regard to continuing education, we believe that it constituted a meaningful space for the development of a reflective, collaborative and self-managed group. The voluntary continued formation had 18 inscriptions, but only six teachers remained until the completion of work. These six built projects for health education. In the context of pedagogical innovation, it’s remarkable from the projects developed the displacement of a restricted perspective (biological) for an expanded concept of health. In this sense, the project has had an emphasis on social relationships, i.e. the aspects of care for oneself and for others, respect, inclusion and promoting the culture of peace. Another expansion of vision is embodied in the idea that health is a pedagogical issue. About the practical development of the projects, the analysis showed that these are influenced by elements relative to the school culture, violence, time and struggles for recognition. It was perceived that the projects become producers of ambivalence in school spaces, since these have caused by a series of estrangements due to not being linked to traditional social imaginary assigned to PE. The experiences developed show that health as a transversal theme must be understood as a responsibility of the whole school and not solely that discipline. Finally, education for health has proved to be a useful concept in health promotion in school spaces, which corroborates the vision and proposal of the PSE.

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