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O uso de Dexmedetomidina pode diminuir a dor pós-operatória em pacientes submetidos a prostatectomia radical robótica? / Can the usage of Dexmedetomidine decrease post-operative pain in patients undergoing robotic-assisted radical prostatectomy?Denise Quinto 24 October 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: A utilização das técnicas minimamente invasivas vem se difundindo principalmente após o desenvolvimento da técnica robótica, principalmente em patologias com alta incidência como a neoplasia da próstata. Apesar da cirurgia minimamente invasiva aparentemente proporcionar menor dor no pós-operatório, ainda assim alguns pacientes necessitam opióides que possuem efeitos colaterais indesejáveis. O uso de medicações adjuvantes durante o intraoperatório, como a Dexmedetomidina (DEX) pode diminuir o seu uso pelo efeito poupador de opióides e analgésico. OBJETIVOS: Avaliar o impacto do uso da DEX em pacientes submetidos a prostatectomia radical robótica. MÉTODO: Estudo retrospectivo em cem pacientes submetidos a prostatectomia radical robótica. Quarenta e oito pacientes não utilizaram DEX, e 52 pacientes receberam dexmedetomidina na dose de 0,3 a 0,7mcg/kg/h no intraoperatório e desligado meia hora antes do final do procedimento. Durante o procedimento e no pós-operatório receberam analgésico opióide e não opióide sob prescrição ou a critério do anestesiologista. O consumo de medicação opióide e não opióide e escores de dor através do consumo de analgésicos foram avaliados durante a RPA, POI e 1PO, dividindo os pacientes em quatro grupos (sem DEX, nem Morfina; somente DEX; DEX com morfina; Morfina apenas). RESULTADOS: Nossos resultados demonstraram que a utilização de DEX no intra-operatório levou a um aumento da utilização de morfina na RPA, comparado aos grupos (28,1%, 38,5%, 25% e 15,4%, necessitaram de mais do que 5 mg de morfina na RPA) (p=0,135). Os pacientes que tomaram apenas DEX também demonstraram mais dor forte (84,6%) e menos pacientes sem dor (15,4%) (p=0,001). A DEX foi responsável pela diminuição da utilização de analgésico não opioide na RPA do grupo onde somente a DEX foi utilizada e nenhum paciente necessitou de analgésico não opioide e do grupo onde houve associação de DEX e morfina (2,8%), sendo que nos outros 2 grupos 12,5% necessitaram (p=0,083) O grupo que recebeu DEX e morfina foi o que menos recebeu morfina na RPA (59% não recebeu nenhuma morfina) (p=0,135). No POI e no 1PO, 100% dos pacientes não receberam nenhuma morfina (p=0,555). Este último grupo de pacientes também apresentou menor dor, sendo que 48,7% não apresentou dor na RPA e 51,3% na avaliação durante o POI (p=0,001). A combinação das duas drogas levou a uma impressionante redução da dor no POI (10,3%), de aproximadamente 8 vezes menos dor forte do que no grupo sem utilização de nenhuma droga (81,3%) (p=0,000). CONCLUSÃO: Portanto a utilização da DEX durante o intra-operatório não mostrou resultado favorável na diminuição do consumo de morfina, na diminuição da dor dos pacientes submetidos a prostatectomia radical robótica, mas, quando usamos morfina associado a morfina houve uma melhora nos resultados da dor e diminuição significativa de consumo de morfina no período pós-operatório / Introduction: Minimally invasive techniques are spreading in high incidence diseases like prostate cancer. Patients undergoing minimally invasive procedures seem to have a better pain control but many still require opioid analgesia that can induce undesirable side effects. The use of adjuvant agents as DEX intraoperatively can be desirable for their analgesic and opioid sparing effect. Purpose: Evaluate the impact of DEX use in patients undergoing robotic radical prostatectomy. Methods: The present retrospective study included 100 patients who underwent robotic-assisted laparoscopic prostatectomy. Forty-eight patients did not receive DEX was the control group and fifty-two received DEX infusion at a rate of 0,3-0,7mcg/kg/h and discontinued 30 minutes before the end of the procedure. Patients received opioid and non-opioid analgesia under prescription and anesthesiologist discretion. Opioid and non-opioid analgesia consumption and pain scores (measured by opioid and non-opioid analgesia consumption) were collected on postoperative period, immediate postoperative period and first postoperative period. Results: Our results demonstrated that compared with the groups(28,1%, 38,5%,25% e 15,4% had more than 5mg of morphine on postoperative care unit), patients that received DEX intraoperatively, required higher doses of morphine on postoperative care unit.The DEX group presented more patients with severe pain (84,6%) and fewer without pain(15,4%).The use of DEX intraoperatively lead to a reduction of non-opioid use in postanesthesia care unit and neither patients had non opioid analgesia , when morphine is associated to DEX 2,8% received, and with the other two groups 12,5% (p=0,083). The DEX and morphine received less morphine than the other groups on postanesthesia care unit (59% received any morphine)(p=0,135).On immediate postoperative period and first postoperative period , 100% received any morphine(p=0,555), this group had more patients with lesser pain, 48,7% had no pain on postanesthesia care unit e 51,3% on immediate postoperative period. The combination of DEX and morphine lead to an impressive reduction of pain on immediate postoperative period(10,3%),patients had about 8 times less severe pain than the group that did not receive neither morphine or DEX(81,3%)(p=0,000).Conclusion: The use of DEX infusion was not suitable regarding morphine spare and reduction of pain of the patients undergoing robotic-assisted radical prostatectomy. An association between DEX and Morphine seems to be the best option to relieve post-op pain and decrease morphine usage
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"Estudo comparativo entre ressonância magnética e ultra-sonografia com power-Doppler no estadiamento local do câncer prostático: correlação com resultados anátomo-patológicos" / Local staging of prostate cancer with magnetic resonance imaging versus power-Doppler ultrasound : comparison with hystopathological findingsRonaldo Hueb Baroni 29 September 2004 (has links)
O adenocarcinoma prostático (ACP) é um tumor freqüente, que ocupa a segunda posição tanto em mortalidade quanto em incidência dentre as neoplasias malignas masculinas. O estadiamento local do ACP, que consiste na avaliação de extensão extracapsular (EEC) e invasão das vesículas seminais, tem importância fundamental na escolha do tratamento adequado e no prognóstico da doença, destacando-se que a prostatectomia radical é geralmente considerada o tratamento de escolha em tumores confinados à próstata. Os exames clínico-laboratoriais, e a graduação histológica de Gleason pré-operatória, não apresentam eficácia adequada no estadiamento local destes tumores, com elevadas taxas de subestadiamento. O objetivo deste trabalho foi comparar as eficácias da ultra-sonografia endorretal com power-Doppler (USD) e da ressonância magnética com bobina endorretal (RM) no estadiamento local do ACP. Quarenta e dois pacientes com diagnóstico de ACP confirmado por biópsia prostática foram prospectivamente estudados por RM, e 36 destes foram estudados também por USD, sendo os achados obtidos por estes métodos comparados com aqueles observados no estudo anátomo-patológico (AP) pós-prostatectomia radical. Na avaliação de extensão extracapsular por sextantes contíguos, os resultados de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acurácia para EEC foram persistentemente superiores para a RM em relação ao USD, devendo-se salientar que tanto a RM quanto o USD apresentaram altos valores de especificidade ( > 85%), considerado o critério mais importante no sentido de se evitar diagnósticos falso-positivos. Tanto o USD quanto a RM apresentaram acurácia adequada na avaliação de invasão das vesículas seminais. No USD, foi observada associação estatisticamente significante entre abaulamento irregular do contorno prostático e presença de EEC, enquanto na RM, os critérios de abaulamento irregular do contorno prostático e principalmente presença de tecido sólido na gordura periprostática apresentaram associação estatisticamente significante com EEC. Os resultados obtidos mostraram que o emprego dos métodos de imagem no estadiamento local pode reduzir as taxas de subestadiamento clínico. Observou-se também que ambos os métodos apresentam baixa especificidade na localização tumoral, e que não houve diferença significativa na avaliação do volume prostático pelo USD, RM e AP. / Prostatic adenocarcinoma is a common tumor, corresponding to the second most common type of cancer and the second most common cause of cancer deaths among men. Local staging of prostatic cancer, which consists in the evaluation of extracapsular extension and seminal vesicle invasion, is an important factor for the prognosis and treatment of the disease, being radical prostatectomy one of the gold-standard treatment modalities for localized cancers. Rectal exam, PSA levels and pre-surgical Gleason stage are not reliable exams for local staging, with high understaging scores. The purpose of this study was the evaluation of endorectal power-Doppler ultrasound (US) and endorectal magnetic resonance imaging (MRI) for local staging of prostate cancer. Forty-two patients with biopsy-proven prostatic cancer were prospectively studied with endorectal MRI, and 36 of them were also studied with endorectal Doppler US, with the imaging results compared to the post-surgical hystopathological results.Sensitivity, specificity, positive predictive value, negative predictive value and accuracy results for extracapsular spread of disease were better for MRI than for US, however both methods obtained high ( > 85%) specificity results, which is considered the most important criteria for local staging. Accuracy for seminal vesicle invasion was adequate for both USD and MRI. At US, statistically significant correlation was observed between extracapsular extension of tumor and irregular bulging of the prostatic contour, while at MRI, statistically significant correlation was observed for irregular bulging and extraprostatic solid tissue. Our results showed that the use of imaging methods for local staging of prostatic tumors could reduce the rates of clinical understaging. Additional findings were the low specificity of both imaging methods for tumor localization, and the absence of differences between US, MRI and pathology for prostatic volume measurement.
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"Estudo comparativo entre ressonância magnética e ultra-sonografia com power-Doppler no estadiamento local do câncer prostático: correlação com resultados anátomo-patológicos" / Local staging of prostate cancer with magnetic resonance imaging versus power-Doppler ultrasound : comparison with hystopathological findingsBaroni, Ronaldo Hueb 29 September 2004 (has links)
O adenocarcinoma prostático (ACP) é um tumor freqüente, que ocupa a segunda posição tanto em mortalidade quanto em incidência dentre as neoplasias malignas masculinas. O estadiamento local do ACP, que consiste na avaliação de extensão extracapsular (EEC) e invasão das vesículas seminais, tem importância fundamental na escolha do tratamento adequado e no prognóstico da doença, destacando-se que a prostatectomia radical é geralmente considerada o tratamento de escolha em tumores confinados à próstata. Os exames clínico-laboratoriais, e a graduação histológica de Gleason pré-operatória, não apresentam eficácia adequada no estadiamento local destes tumores, com elevadas taxas de subestadiamento. O objetivo deste trabalho foi comparar as eficácias da ultra-sonografia endorretal com power-Doppler (USD) e da ressonância magnética com bobina endorretal (RM) no estadiamento local do ACP. Quarenta e dois pacientes com diagnóstico de ACP confirmado por biópsia prostática foram prospectivamente estudados por RM, e 36 destes foram estudados também por USD, sendo os achados obtidos por estes métodos comparados com aqueles observados no estudo anátomo-patológico (AP) pós-prostatectomia radical. Na avaliação de extensão extracapsular por sextantes contíguos, os resultados de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acurácia para EEC foram persistentemente superiores para a RM em relação ao USD, devendo-se salientar que tanto a RM quanto o USD apresentaram altos valores de especificidade ( > 85%), considerado o critério mais importante no sentido de se evitar diagnósticos falso-positivos. Tanto o USD quanto a RM apresentaram acurácia adequada na avaliação de invasão das vesículas seminais. No USD, foi observada associação estatisticamente significante entre abaulamento irregular do contorno prostático e presença de EEC, enquanto na RM, os critérios de abaulamento irregular do contorno prostático e principalmente presença de tecido sólido na gordura periprostática apresentaram associação estatisticamente significante com EEC. Os resultados obtidos mostraram que o emprego dos métodos de imagem no estadiamento local pode reduzir as taxas de subestadiamento clínico. Observou-se também que ambos os métodos apresentam baixa especificidade na localização tumoral, e que não houve diferença significativa na avaliação do volume prostático pelo USD, RM e AP. / Prostatic adenocarcinoma is a common tumor, corresponding to the second most common type of cancer and the second most common cause of cancer deaths among men. Local staging of prostatic cancer, which consists in the evaluation of extracapsular extension and seminal vesicle invasion, is an important factor for the prognosis and treatment of the disease, being radical prostatectomy one of the gold-standard treatment modalities for localized cancers. Rectal exam, PSA levels and pre-surgical Gleason stage are not reliable exams for local staging, with high understaging scores. The purpose of this study was the evaluation of endorectal power-Doppler ultrasound (US) and endorectal magnetic resonance imaging (MRI) for local staging of prostate cancer. Forty-two patients with biopsy-proven prostatic cancer were prospectively studied with endorectal MRI, and 36 of them were also studied with endorectal Doppler US, with the imaging results compared to the post-surgical hystopathological results.Sensitivity, specificity, positive predictive value, negative predictive value and accuracy results for extracapsular spread of disease were better for MRI than for US, however both methods obtained high ( > 85%) specificity results, which is considered the most important criteria for local staging. Accuracy for seminal vesicle invasion was adequate for both USD and MRI. At US, statistically significant correlation was observed between extracapsular extension of tumor and irregular bulging of the prostatic contour, while at MRI, statistically significant correlation was observed for irregular bulging and extraprostatic solid tissue. Our results showed that the use of imaging methods for local staging of prostatic tumors could reduce the rates of clinical understaging. Additional findings were the low specificity of both imaging methods for tumor localization, and the absence of differences between US, MRI and pathology for prostatic volume measurement.
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