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Burnout em psicólogos: prevalência e fatores associadosRodriguez, Sandra Yvonne Spiendler January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Burnout Syndrome (BS) is a psychosocial phenomenon that occurs as a response to chronic interpersonal stressors in a work situation. Psychologists are professionals at risk due to the particularities of their work, since they routinely deal with people with intense emotional demands. If affected by BS, these professionals compromise their health and the quality of the work they provide. Studies on Burnout among psychologists can subsidize ways to prevent and to promote quality of life at work for this occupational group. Thus, the general objective of this thesis was to investigate the prevalence and factors associated with BS among Psychologists. The study was organized in two parts: a theoretical section and an empirical section. The theoretical section presents a systematic literature review study made aiming to gather and analyze evidences available in the literature that contribute to the understanding of Burnout among psychologists. These results provided the theoretical basis of the thesis and enabled the establishment of the specific objectives. The second section, empirical, consists of two cross-sectional analytical studies with an observational design. The first study aimed to evaluate the prevalence of BS among psychologists and the association of socio-demographic and labor variables in a sample of 518 psychologists who worked in the state of Rio Grande do Sul (Brazil). Results showed a 7. 5% prevalence of psychologists with Profile 1 of Burnout and a 9. 8% prevalence with Profile 2. Men, professionals without a steady partner, people who have no children, professionals with smaller financial gains, lower weekly working hours, a greater number of counseling sessions, those engaged in activities that are not related to Psychology, those who work with only one area of Psychology, those who are employed, those who do not participate in study groups or psychological associations constitute the risk profile identified by the associated factors. The second study aimed to identify the individual variables and characteristics of the position that predict BS among psychologists. Results show a predictor model related to individual variables such as selfefficacy and the use of coping strategies focused on emotion and to the characteristics of the job, such as overload, autonomy and role conflict. These results indicate that Burnout is explained by the interaction of individual characteristics and the work context. It is possible to think of actions that prepare future psychologists, already during their training, for the development of vocational skills and coping strategies focused on the problem. In the work context, paying attention to the proper management of work demands, encouraging autonomy and managing conflicts that are provoked by the professional role of psychologists are alternatives that can reduce the risk of Burnout. / A Síndrome de Burnout (SB) é um fenômeno psicossocial que ocorre como uma resposta crônica aos estressores interpessoais ocorridos na situação de trabalho. Os psicólogos são profissionais de risco devido às especificidades de seu trabalho, uma vez que lidam cotidianamente com pessoas com demandas emocionais intensas. Esses profissionais, se acometidos pela SB, comprometem sua saúde e a qualidade do trabalho prestado. Estudos sobre Burnout em psicólogos podem subsidiar formas de prevenção e promoção de qualidade de vida no trabalho desse grupo ocupacional. Assim, o objetivo geral da tese foi o de investigar a prevalência e os fatores associados à SB em Psicólogos. O estudo realizado foi organizado em duas seções: uma teórica e uma empírica. Na seção teórica apresenta-se um estudo de revisão sistemática da literatura elaborada com o objetivo de reunir e analisar as evidências disponíveis na literatura que contribuíssem na compreensão do Burnout em psicólogos. Tais resultados permitiram proporcionar a base teórica da tese e a construção dos objetivos específicos.A segunda seção, empírica, constitui-se de dois estudos de delineamento observacional analítico transversal. O primeiro objetivou avaliar a prevalência da SB em psicólogos e a associação das variáveis sociodemográficas e laborais em uma amostra de 518 psicólogos que trabalhavam no Estado do Rio Grande do Sul. Os resultados evidenciaram uma prevalência de 7,5% de psicólogos que apresentaram o Perfil 1 de Burnout e 9,8% o Perfil 2. Os fatores associados identificaram um perfil de risco constituído de homens, profissionais sem companheiro(a) fixo(a), sem filhos, com menores ganhos financeiros, menor carga horária de trabalho semanal, maior número de atendimentos, que atuam em atividades não relacionadas à Psicologia, que atuam em apenas uma área da Psicologia, que mantém vínculo empregatício, não participam de grupos de estudo ou associações da Psicologia. O segundo estudo objetivou identificar as variáveis individuais e de características do cargo que predizem a SB em psicólogos. Os resultados apontam um modelo preditor relacionado com variáveis individuais como a autoeficácia e o uso de estratégias de enfrentamento focadas na emoção e às características do trabalho, como a sobrecarga, autonomia e conflito de papel. Tais resultados indicam que o Burnout é explicado pela interação entre características individuais e do contexto do trabalho. Pode-se pensar em ações que preparem os futuros psicólogos já na formação para o desenvolvimento de competências profissionais e estratégias de enfrentamento focadas no problema. No contexto do trabalho, a atenção para o gerenciamento adequado de demandas de trabalho, o estímulo a autonomia e a administração dos conflitos resultantes do papel profissional dos psicólogos, são alternativas que podem reduzir os riscos de Burnout.
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O trabalho das (os) psicólogas (os) no SUAS: materializando a assistência social enquanto política social públicaMotta, Roberta Fin January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / This thesis brings up the insertion of Psychology in the public social assistance politics, particularly in Social Work, and more specifically, in the process of building the processes of the job that affects directly on the daily routine of the psychologists who work at SUAS (Social Assistance Care System), especially those who work at the CRASs (Social Assistance Reference Centers) connected to the FASC (Social Assistance and Citizenship Foundation) of Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. This thesis is organized in three sections. The first section consists of a study about published academic production about Psychology in the Social Work in Brazil, with emphasis in its relationship with the CRASs. This draws a possibility to analyze the historical evolution of the researcher’s preoccupation regarding this issue, as well as observation of some basic characteristics of the productions. For this, a study took place inspired on a narrative review proposal with consultation of the electronic databases. In the second section, there is an attempt to characterize and discuss the work of the psychologists within the SUAS, more specifically of those working at the CRASs. This study parts from the premise that the psychologists are employed in the Social Assistance System, essential to the engineering and weaving of the politics, as well as being necessary to the users to warrant access to their social rights. The third and last section debates about the work processes and the practices of the psychologists. These last two studies are based on research analysys done with 27 professionals connected to CRASs, where data was collected through interviews and analysed with the help of Fundametal Theory (FT). The results obtained indicate that in the last years there has been an important involvement and investment in the Social Assistance area. Moreover, Social Assistance has been helping in the expansion and interiorization of the profession and in the development of practices different from the traditional. It is identified that the workers are working under adverse conditions that can be made explicit in the areas of formation and work relations, showing itself from the ways of hiring up to the development of routine activities in the SUAS. It is also highlighted, due to the field being new and in expansion, that its materialization as a source of reference of help to the social needs of the population still needs mediations for it to take place. The characterization of the psychologists workers of SUAS in Porto Alegre shows there are countless challenges in order to build a professional make that is commited with social rights. At last, even with the advances, implementation and regulation of SUAS is still not a complete reality in the daily work of professionals at CRASs. It is pointed out, especially, the challenge of the formation that, according to the interviewees, is still poor when it comes to prepare for working in the social sphere, lacking both references and techniques to complement the knowledge already instilled in the profession. / A presente Tese aborda a inserção da Psicologia nas Políticas Sociais Públicas, particularmente a Assistência Social, mais especificamente, o processo de construção dos processos de trabalho que repercutem diretamente no cotidiano das (os) psicólogas (os) que atuam no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e, especialmente, nos Centros de Referência da Assistência Social (CRASs), vinculados à Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC), da cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Esta Tese está organizada em três seções. A primeira seção consiste num estudo sobre a produção acadêmica publicada da Psicologia na Assistência Social brasileira, com especial ênfase na sua relação com os CRASs. Tal desenho possibilita a análise da evolução histórica da preocupação das (os) pesquisadoras (es) a respeito deste tema, assim como a observação de algumas das características fundamentais desta produção. Para tanto, foi realizado um estudo inspirado em uma proposta de revisão narrativa com consulta às bases de dados eletrônicas. Na segunda seção procura-se caracterizar e discutir o trabalho da (o) psicóloga (o) no âmbito do SUAS, especificamente das (os) trabalhadoras (es) que atuam nos CRASs. Tal estudo parte da premissa de que a (o) profissional da Psicologia é uma (um) trabalhadora (or) da Assistência Social, fundamental para a engrenagem e a tecelagem da política, assim como necessária (o) para a garantia do acesso das (os) usuárias (os) ao direito social. A terceira e última seção debate os processos de trabalho e as práticas das (os) psicólogas (os). Estes dois últimos estudos estão alicerçados em análise de pesquisa realizada com 27 profissionais vinculadas (os) aos CRASs, sendo que os dados foram obtidos por meio de entrevistas e analisados com o apoio na Teoria Fundamentada (TF). Os resultados alcançados indicaram que nos últimos anos há um envolvimento e um investimento importantes da área em relação à Assistência Social. Além disso, a Assistência Social tem colaborado para a expansão e interiorização da profissão e para o desenvolvimento de práticas diferentes das tradicionais. Identifica-se, que as (os) trabalhadoras (es) estão submetidas a condições adversas que podem ser explicitadas no campo da formação e das relações de trabalho, aparecendo desde o modo de contratação até o desenvolvimento das atividades rotineiras do trabalho no SUAS. Destaca-se ainda que, por ser este um campo novo e em expansão, sua materialização como atendimento às necessidades sociais da população ainda carece da construção de mediações para a sua realização. A caracterização das (os) trabalhadoras (es) psicólogas (os) do SUAS em Porto Alegre aponta inúmeros desafios para a construção de um fazer profissional comprometido com os direitos sociais. Por fim, apesar dos avanços, a regulação e a implementação do SUAS ainda não são uma completa realidade no cotidiano de trabalho das (os) profissionais nos CRASs. Ressalta-se, especialmente, o desafio da formação que, conforme apontam as (os) entrevistadas (os), ainda é precária no que tange ao preparo para a atuação no âmbito social, carecendo tanto de referenciais como de técnicas que complementem os fazeres e saberes já instituídos na profissão.
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