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Regras gerais e racionalidade em Hume / Rules and rationality in HumeCachel, Andrea 09 March 2010 (has links)
Hume, no Tratado da Natureza Humana, afirma haver duas formas de o hábito atuar na produção de inferências, a saber, conforme princípios regulares e irregulares da imaginação. Em decorrência, estipula determinadas regras gerais para marcar a atuação do hábito no primeiro modo, restringindo a ela o espaço da causa e efeito. A intenção desta tese é investigar o estatuto dessas regras, bem como as suas consequências quanto ao estabelecimento das fronteiras entre a razão e a imaginação. Trata-se de questionar, inicialmente, qual é o parâmetro que permite uma separação, nos juízos, entre operações regulares e irregulares da imaginação, considerando-se que Hume mostra não haver uma justificativa racional para a relação de causa e efeito. Em contrapartida, pretende-se indicar em que medida uma nova noção de racionalidade experimental é configurada a partir da interposição desse novo critério, bem como discutir como é também a estabilização do agir do entendimento sobre a imaginação que se encontra no horizonte da normatividade instaurada pela regulação, via regras gerais do juízo. / In \"A Treatise of Human Nature\", Hume claims that there are two manners through which custom influences the production of inferences, namely, according to regular and irregular principles of imagination. Consequently, he stipulates certain general rules in order to point out the influence of custom on the first manner, circumscribing the realm of cause and effect to it. This thesis investigates these rules as well as their consequences regarding the establishment of the boundaries between reason and imagination. Considering that, according to Hume, there is not any racional justification to the cause-effect relationship, first we must question which is the parameter that allow us to separare, in reasoning, regular and irregular operation of the imagination. On the other hand, we intent to point in what extend a new notion of experimental rationality is constituted from the intervention of this new criteria. We also intent to discuss how the estabilization of understanding act works over imagination, which is placed in the range of normativity established by regulation, through the general rules of judgment.
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Afetividade e reflexão no tratado de HumeAlmeida, Pedro Jonas de January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Ao deslocar a necessidade causal das coisas para o espírito, Hume dá uma nova definição de necessidade. Enquanto a tradição filosófica a definia como um liame objetivo e interno entre a causa e o efeito, Hume a define como um sentimento imediato de determinação na mente que nos leva a passar de uma idéia àquela que lhe é habitualmente associada. Este sentimento será transferido como uma força, como uma vivacidade que irá carregar a segunda idéia. Esta idéia assim avivada será chamada de crença no Tratado da Natureza Humana. A crença é uma maneira de conceber uma idéia, uma maneira mais vívida de concebê-la. Além disso, para que uma idéia ganhe vivacidade é preciso que haja uma relação de semelhança entre os casos observados ou associados na imaginação. Ora, em virtude da determinação imediata no espírito, a crença se dá mesmo quando não há uma semelhança completa entre os casos. Hume acrescenta, então, uma outra operação para regular esse mecanismo automático: a reflexão. Essa operação irá nos remeter à teoria das regras gerais, indispensável para uma compreensão adequada do projeto de Hume. No sistema moral do livro 3 será esta a operação responsável pela estabilização do juízo moral. A afetividade e a reflexão constituem, assim, a unidade do Tratado. Esses dois componentes da natureza humana se articulam ainda em uma teoria das paixões que, como diz Hume, é a pesquisa principal de sua filosofia desde o livro 1. A fantasia, por sua vez, irá aparecer no Tratado seja enquanto fator de desestabilização da crença, exigindo uma operação reflexiva ou corretiva do entendimento, seja enquanto fator criador de regras artificiais úteis à sociedade. Por isso, suas funções não possuem o mesmo valor e sentido. No livro1, ela ameaça de dentro a ciência, as inferências legítimas. Nos livros 2 e 3, ela possui uma positividade, subordinada apenas à utilidade de suas regras para a estabilidade social. Essa utilidade depende também de uma reflexão sobre as tendências dessas regras artificiais de promover a ordem e a estabilidade sociais. Hume se apresenta como o Newton das ciências morais. Seu empreendimento é científico nesse novo sentido de ciência experimental. Sua física do homem descreve este último como um animal governado por princípios gerais de associação de idéias e de paixões, assim como por instintos. / Salvador
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Regras gerais e racionalidade em Hume / Rules and rationality in HumeAndrea Cachel 09 March 2010 (has links)
Hume, no Tratado da Natureza Humana, afirma haver duas formas de o hábito atuar na produção de inferências, a saber, conforme princípios regulares e irregulares da imaginação. Em decorrência, estipula determinadas regras gerais para marcar a atuação do hábito no primeiro modo, restringindo a ela o espaço da causa e efeito. A intenção desta tese é investigar o estatuto dessas regras, bem como as suas consequências quanto ao estabelecimento das fronteiras entre a razão e a imaginação. Trata-se de questionar, inicialmente, qual é o parâmetro que permite uma separação, nos juízos, entre operações regulares e irregulares da imaginação, considerando-se que Hume mostra não haver uma justificativa racional para a relação de causa e efeito. Em contrapartida, pretende-se indicar em que medida uma nova noção de racionalidade experimental é configurada a partir da interposição desse novo critério, bem como discutir como é também a estabilização do agir do entendimento sobre a imaginação que se encontra no horizonte da normatividade instaurada pela regulação, via regras gerais do juízo. / In \"A Treatise of Human Nature\", Hume claims that there are two manners through which custom influences the production of inferences, namely, according to regular and irregular principles of imagination. Consequently, he stipulates certain general rules in order to point out the influence of custom on the first manner, circumscribing the realm of cause and effect to it. This thesis investigates these rules as well as their consequences regarding the establishment of the boundaries between reason and imagination. Considering that, according to Hume, there is not any racional justification to the cause-effect relationship, first we must question which is the parameter that allow us to separare, in reasoning, regular and irregular operation of the imagination. On the other hand, we intent to point in what extend a new notion of experimental rationality is constituted from the intervention of this new criteria. We also intent to discuss how the estabilization of understanding act works over imagination, which is placed in the range of normativity established by regulation, through the general rules of judgment.
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