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Nem boa, nem ruim: a qualidade de vida camponesa em terras de reserva ecológica: etnografia do caso de Porteira Preta, Gurjaú - PERosemberg Rocha Cantarelli, Jonnhy January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / Baseado em pesquisa etnográfica, o presente trabalho busca a interpretação da qualidade de
vida e os seus liames de vulnerabilidade em um grupo social que habita terras estatais, a
Reserva Ecológica de Gurjaú, a maior da Região Metropolitana do Recife. Tomando este
grupo como componente de um campesinato marginal ao sistema de plantation , a
qualidade de vida é interpretada a partir de uma abordagem ao cotidiano, no qual se
constroem os ideais, e se apresentam as condições reais da qualidade de vida. Tomando
como ponto de partida elementos teóricos definidores da categoria de análise
campesinato , observa-se que a qualidade de vida é algo que se relaciona à família, à
terra, ao trabalho, às relações vicinais, bem como a partir de elementos subjetivos e
universais como a honra, a hierarquia e a reciprocidade. As particularidades naturais,
históricas e sociais do espaço também são consideradas, bem como a relação com a
sociedade envolvente a este campesinato. A qualidade de vida se correlaciona às condições
objetivas e subjetivas correlacionadas à totalidade de existência humana. O contexto local
tanto participa positiva, quanto negativamente na vivência da qualidade de vida, num
espaço que pode ser subdivido em três distintos ambientes: o mundo da cana , a natureza
selvagem e o mundo dos sítios como unidade familiar individual ou no sentido de
comunidade. Nesses três mundos se apresenta um tanto da ambigüidade da vida
camponesa, pois embora cada um tenha sua importância para a definição da qualidade de
vida, também participam de forma negativa. Em se tratando do que dificulta a vivência da
qualidade de vida camponesa, pode-se dizer que as principais forças são provenientes da
sociedade envolvente, principalmente do Estado. Estado que atualmente instalou um
conflito com a população na tentativa de reintegração de posse das terras, algo que vem
corroborando para o questionamento sobre a própria vida da comunidade
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