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Protestantismo e golpe militar de 1964 em Pernambuco: uma análise da cruzada de ação básica cristãJosé Ferreira de Lima Junior 23 July 2008 (has links)
O golpe militar de 1964 significou um verdadeiro retrocesso político no caminho rumo
a uma sociedade justa e fraterna, pois instaurou um regime ditatorial e antidemocrático. Setores protestantes passaram a apoiá-lo, caracterizando uma negação dos valores cristãos democráticos, pois as mesmas igrejas, que defendiam a tese de que a ideologia protestante se baseava na liberdade de comportamento e no livre arbítrio, tornaram-se autoritárias e repressoras, tratando os que se opunham ao novo regime de forma inquisitorial. A Marcha da Família com Deus pela Liberdade, no Recife, significou o apoio de grupos religiosos, tanto protestantes, quanto católicos, ao golpe militar de 1964, apoio dado em nome da preservação dos valores cristãos e democráticos que estariam sendo ameaçados. Pessoas colocadas na cúpula das igrejas protestante e católica se uniram contra um inimigo comum: o comunismo. Dentro de tal contexto estudamos a Cruzada de Ação Básica Cristã (Cruzada ABC), movimento protestante de educação de jovens e adultos, sustentado por um acordo entre a USAID, o Colégio Agnes Erskine, de Recife, e a SUDENE, que alegava ter um caráter filantrópico. Ressaltamos o conteúdo religioso da Cruzada ABC e seu proselitismo, inspirado nos valores da sociedade estadunidens / The military coup of 1964 indicated a genuine political retreat in the movement for a just and fraternal society, because it established a dictatorial and antidemocratic regime. Protestant groups began to support it. In doing so they were embracing a denial of democratic and christian values, since these very churches, by defending the theory of protestant ideology, based on liberty and free will, became themselves authoritarian and repressive, treating those opposed to the new regime as enemies without the due process of law. The March of the Family with God for Freedom, in Recife, meant that the support of protestant
and catholic religious groups for the military coup of 1964, were actually threatening the preservation of christian and democratic values. People in leadership of protestant and catholic churches joined against a common enemy: communism. In this context we study the Crusade of Christian Basic Action (Cruzada ABC), a protestant educational movement of youths and adults, sustained by an agreement among USAID, the Colégio Agnes Erskine of
Recife, and SUDENE, which alleged to be philanthropic. We emphasize the religious content and proselytism of the Cruzada ABC, inspired by the social values of the United States
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Protestantismo e golpe militar de 1964 em Pernambuco: uma análise da cruzada de ação básica cristãLima Junior, José Ferreira de 23 July 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-07-23 / The military coup of 1964 indicated a genuine political retreat in the movement for a just and fraternal society, because it established a dictatorial and antidemocratic regime. Protestant groups began to support it. In doing so they were embracing a denial of democratic and christian values, since these very churches, by defending the theory of protestant ideology, based on liberty and free will, became themselves authoritarian and repressive, treating those opposed to the new regime as enemies without the due process of law. The March of the Family with God for Freedom, in Recife, meant that the support of protestant
and catholic religious groups for the military coup of 1964, were actually threatening the preservation of christian and democratic values. People in leadership of protestant and catholic churches joined against a common enemy: communism. In this context we study the Crusade of Christian Basic Action (Cruzada ABC), a protestant educational movement of youths and adults, sustained by an agreement among USAID, the Colégio Agnes Erskine of
Recife, and SUDENE, which alleged to be philanthropic. We emphasize the religious content and proselytism of the Cruzada ABC, inspired by the social values of the United States / O golpe militar de 1964 significou um verdadeiro retrocesso político no caminho rumo
a uma sociedade justa e fraterna, pois instaurou um regime ditatorial e antidemocrático. Setores protestantes passaram a apoiá-lo, caracterizando uma negação dos valores cristãos democráticos, pois as mesmas igrejas, que defendiam a tese de que a ideologia protestante se baseava na liberdade de comportamento e no livre arbítrio, tornaram-se autoritárias e repressoras, tratando os que se opunham ao novo regime de forma inquisitorial. A Marcha da Família com Deus pela Liberdade, no Recife, significou o apoio de grupos religiosos, tanto protestantes, quanto católicos, ao golpe militar de 1964, apoio dado em nome da preservação dos valores cristãos e democráticos que estariam sendo ameaçados. Pessoas colocadas na cúpula das igrejas protestante e católica se uniram contra um inimigo comum: o comunismo. Dentro de tal contexto estudamos a Cruzada de Ação Básica Cristã (Cruzada ABC), movimento protestante de educação de jovens e adultos, sustentado por um acordo entre a USAID, o Colégio Agnes Erskine, de Recife, e a SUDENE, que alegava ter um caráter filantrópico. Ressaltamos o conteúdo religioso da Cruzada ABC e seu proselitismo, inspirado nos valores da sociedade estadunidens
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Os jesuítas e a política pombalina em Pernambuco no século VXIIIEva Maria da Silva 27 April 2007 (has links)
O fio norteador desta dissertação é o confronto entre a Companhia de Jesus e a política centralizadora da metrópole portuguesa no século XVIII, conduzida por Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal.Trabalhamos o caso de Pernambuco, mais especificamente Recife e Olinda, sem esquecer o contexto metropolitano e colonial brasileiro. Buscamos, ainda, compreender o tipo de ameaça que poderia representar o projeto da Companhia de Jesus aos interesses do Ministro de D.José I, bem como interpretar a interação entre os Jesuítas e a sociedade pernambucana, principalmente no momento da expulsão. A transferência da capital, a legislação politizadora de índios, as restrições econômicas, o fiscalismo exarcebado e o controle de certas indústrias num organismo jurídico português faziam parte do projeto administrativo de Pombal para o Brasil dos Setecentos e, por isso, integraram-se ao objeto de estudo. A tudo, incluímos também o papel evangelizador e sóciopolítico das Ordens Religiosas e as sanções a elas impostas. No decorrer do processo colonizador, os jesuítas foram assumindo posições diferenciadas. A Companhia de Jesus assimilou na colônia valores diferentes da metrópole. Os padres, além do sacerdócio, atuavam também como pais, irmãos e amigos dos colonos; estavam presentes no cotidiano, choravam e sorriam com os seus fiéis, colocando em prática a piedade jesuítica para acalentar as dificuldades e os lamentos da sociedade colonial. Em Pernambuco, os jesuítas atuaram junto à sociedade e receberam o respaldo popular. A expulsão e depois a supressão da Companhia de Jesus não foi suficiente para apagar do imaginário social o papel desempenhado pelos Soldados de Jesus na sociedade luso-pernambucana. A sociedade recifense e olindense reagiu em todos os sentidos à saída dos seus representantes religiosos. Fizeram greve de fome, denunciaram a má qualidade do ensino pós-jesuítico, pedindo a restituição dos antigos mestres. No Recife, populares foram às ruas reivindicar mudança ministerial, pois acreditavam que só assim seria possível inverter a situação a favor dos jesuítas / The objective of this dissertation is the confrontation between the Society of Jesus and the centralizing politics of the Portuguese metropolis as conducted by Sebastião José de Carvalho e Melo, the Marquis of Pombal in the eighteenth century. We focus on the situation in Pernambuco, especially Recife and Olinda, without forgetting the policies of Pombal and colonial Brazil. We also want to understand the nature of the threat that the project of the Society of Jesus could represent for the interests of the kings minister as well as how to interpret the relationship of the Jesuits and the pernambucan society, specially at the moment of the expulsion of the Society. Capital transference, conflictive indian legislation, restrictive economics, excessive fiscal control and the monitoring of certain industries in the Portuguese juridical system, all have a role in Pombals administrative project for Brazil in the eighteenth century. For this reason they all are subjects of our study. In addition, we include the evangelizing and socio-political role of Religious Orders and restrictions imposed on them. In the process of colonization, the Jesuits assumed nuanced positions. The Society of Jesus adopted values different than the those of the metropolis. The Priests acted also as fathers, brothers and friend or the colonialists. They were present in their daily lives, they cried and smiles with their coreligionists, practicing a jesuit piety to minimize the difficulties and the suffering of the colonial society. The expulsion, and later suppression of the Society of Jesus was not enough to dampen the civic memories nor the developmental role of these companions of Jesus in the luso-pernambucan community. The people of Recife and Olinda were deeply affected by the expulsion of their religious representatives. They went on hunger strikes, they denounced the poor quality of the subsequent education, and they wanted the return of their former teachers. In Recife, the people went out in the streets and shouted for the ministers removal. For them, this was the only was possible to correct the situation of the Jesuits
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Os jesuítas e a política pombalina em Pernambuco no século VXIIISilva, Eva Maria da 27 April 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-04-27 / The objective of this dissertation is the confrontation between the Society of Jesus and the centralizing politics of the Portuguese metropolis as conducted by Sebastião José de Carvalho e Melo, the Marquis of Pombal in the eighteenth century. We focus on the situation in Pernambuco, especially Recife and Olinda, without forgetting the policies of Pombal and colonial Brazil. We also want to understand the nature of the threat that the project of the Society of Jesus could represent for the interests of the king s minister as well as how to interpret the relationship of the Jesuits and the pernambucan society, specially at the moment of the expulsion of the Society. Capital transference, conflictive indian legislation, restrictive economics, excessive fiscal control and the monitoring of certain industries in the Portuguese juridical system, all have a role in Pombal s administrative project for Brazil in the eighteenth century. For this reason they all are subjects of our study. In addition, we include the evangelizing and socio-political role of Religious Orders and restrictions imposed on them. In the process of colonization, the Jesuits assumed nuanced positions. The Society of Jesus adopted values different than the those of the metropolis. The Priests acted also as fathers, brothers and friend or the colonialists. They were present in their daily lives, they cried and smiles with their coreligionists, practicing a jesuit piety to minimize the difficulties and the suffering of the colonial society. The expulsion, and later suppression of the Society of Jesus was not enough to dampen the civic memories nor the developmental role of these companions of Jesus in the luso-pernambucan community. The people of Recife and Olinda were deeply affected by the expulsion of their religious representatives. They went on hunger strikes, they denounced the poor quality of the subsequent education, and they wanted the return of their former teachers. In Recife, the people went out in the streets and shouted for the minister s removal. For them, this was the only was possible to correct the situation of the Jesuits / O fio norteador desta dissertação é o confronto entre a Companhia de Jesus e a política centralizadora da metrópole portuguesa no século XVIII, conduzida por Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal.Trabalhamos o caso de Pernambuco, mais especificamente Recife e Olinda, sem esquecer o contexto metropolitano e colonial brasileiro. Buscamos, ainda, compreender o tipo de ameaça que poderia representar o projeto da Companhia de Jesus aos interesses do Ministro de D.José I, bem como interpretar a interação entre os Jesuítas e a sociedade pernambucana, principalmente no momento da expulsão. A transferência da capital, a legislação politizadora de índios, as restrições econômicas, o fiscalismo exarcebado e o controle de certas indústrias num organismo jurídico português faziam parte do projeto administrativo de Pombal para o Brasil dos Setecentos e, por isso, integraram-se ao objeto de estudo. A tudo, incluímos também o papel evangelizador e sóciopolítico das Ordens Religiosas e as sanções a elas impostas. No decorrer do processo colonizador, os jesuítas foram assumindo posições diferenciadas. A Companhia de Jesus assimilou na colônia valores diferentes da metrópole. Os padres, além do sacerdócio, atuavam também como pais, irmãos e amigos dos colonos; estavam presentes no cotidiano, choravam e sorriam com os seus fiéis, colocando em prática a piedade jesuítica para acalentar as dificuldades e os lamentos da sociedade colonial. Em Pernambuco, os jesuítas atuaram junto à sociedade e receberam o respaldo popular. A expulsão e depois a supressão da Companhia de Jesus não foi suficiente para apagar do imaginário social o papel desempenhado pelos Soldados de Jesus na sociedade luso-pernambucana. A sociedade recifense e olindense reagiu em todos os sentidos à saída dos seus representantes religiosos. Fizeram greve de fome, denunciaram a má qualidade do ensino pós-jesuítico, pedindo a restituição dos antigos mestres. No Recife, populares foram às ruas reivindicar mudança ministerial, pois acreditavam que só assim seria possível inverter a situação a favor dos jesuítas
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