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Avaliação de oleuropeína e de sanitizantes químicos, isolados ou associados, para eliminação de biofilmes de Staphylococcus aureus, Listeria monocytogenes e Escherichia coli em superfícies inertes / Evaluation of oleuropein and chemical sanitizers, alone or in combination, to eliminate biofilms of Staphylococcus aureus, Listeria monocytogenes and Escherichia coli on inert surfacesDominciano, Laura Cristina da Cruz 01 December 2015 (has links)
Este estudo avaliou a eficiência da oleuropeína (OLE) (composto fenólico extraído das folhas de Oliveira) isolada e associada aos sanitizantes comerciais ácido peracético 2% (APA), hipoclorito de sódio 2% (HS), peróxido de hidrogênio 3% (PH), digluconato de clorexidina 2% (DC), cloreto de benzalcônio 1% (CB) e iodofor 2% (IO), para inativação de células em suspensão e biofilmes monoespécie e multiespécie formados em superfícies de aço inoxidável ou microplaca de poliestireno por Listeria monocytogenes (ATCC 7644), Staphylococcus aureus (ATCC 25923) e Escherichia coli (ATCC 25922), todas classificadas como fortes produtores de biofilmes. Os isolados foram semeados em caldo TSB (caldo tripticase soja), incubados (37°C/24h) e corrigidos a ~108células/mL (escala 0,5 McFarland). Para bactérias em suspensão, a resistência a sanitizantes foi determinada pela Concentração Inibitória Mínima (CIM) em tubos e pelo método de Disco Difusão em Ágar (DDA), no qual as bactérias foram plaqueadas em ágar TSA contendo discos de 6mm de papel filtro embebidos nos sanitizantes. Após a incubação, a medição dos halos de inibição foi feita com paquímetro. Para os ensaios de resistência dos biofilmes aos compostos sanitizantes, foram utilizadas microplacas de poliestireno 96 poços, as quais foram preparadas para incubação-fixação dos biofilmes e submetidas à leitura em espectrofotômetro de ELISA (600 nm). Em seguida, as placas foram lavadas com solução salina tamponada (PBS, pH 7.4) e os sanitizantes inseridos por 1 minuto. Após neutralização com tiossulfato de sódio (5 minutos), as placas foram lavadas com PBS e metanol, coradas com cristal violeta 1% e coradas com ácido acético glacial (33%) para nova leitura a 570nm. A eficácia da remoção do biofilme pelos sanitizantes foi comparada pelo índice de formação de biofilme (IFB). As imagens do aço inoxidável após tratamento com sanitizante foram feitas através de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Microscopia Confocal, para visualizar a persistência dos biofilmes. Os valores de CIM (diluição 1:2) mostraram que OLE não teve atividade bactericida. No método DDA, L. monocytogenes, foi resistente à OLE, enquanto E. coli e S. aureus apresentaram resistência intermediária. Os sanitizantes comerciais apresentaram boa atividade bactericida nos ensaios de CIM e DDA, sendo que as associações de OLE aos sanitizantes comerciais aumentaram o efeito germicida. Nos ensaios com biofilmes em monoespécie, somente os sanitizantes comerciais, isolados ou associados com OLE, foram eficazes de reduzir o valor de BFI em microplaca de poliestireno. Em biofilmes multiespécie, OLE apresentou efeito antimicrobiano, sobretudo sobre a associação de L. monocytogenes + E. coli + S. aureus (redução: 91,49%). Nenhum dos compostos avaliados foi capaz de inativar completamente os biofilmes nas superfícies de aço inoxidável, uma vez que células viáveis foram observadas após os tratamentos com os sanitizantes, indicando persistência dos biofilmes. Os resultados indicam que a oleuropeína apresentou potencial para incrementar o efeito bactericida de sanitizantes comerciais para eliminação de biofilmes em superfícies inertes, sendo necessários estudos para compreender os mecanismos de ação dessas combinações. / This study evaluated the efficiency of oleuropein (OLE) (a phenolic compound extracted from Oliveira leaves) alone or in association with commercial sanitizers peracetic acid 2% (PPA), sodium hypochlorite 2% (SH), hydrogen peroxide 3% (HP), chlorhexidine digluconate 2% (CD), benzalkonium chloride 1% (BC) and iodophor 2% (IO), for inactivation of suspended cells and monospecies or multispecies biofilms formed on stainless steel surfaces or microplate polystyrene by Listeria monocytogenes (ATCC 7644), Staphylococcus aureus (ATCC 25923) and Escherichia coli (ATCC 25922), all classified as strong producers of biofilms. The isolates were grown in TSB (trypticase soy broth), incubated (37°C/24 h) and adjusted to ~108 cells/mL (0.5 McFarland scale). For the bacterial suspensions, resistance to sanitizers was determined by Minimum Inhibitory Concentration (MIC) in tubes and by Agar Disk Diffusion (ADD), in which the bacteria were plated on TSA agar containing 6mm disks of filter paper soaked in sanitizers. After incubation, measurement of the inhibition halos was done using a caliper rule. For the sanitizer resistance assays with biofilms, polystyrene 96-well microplates were prepared for incubation-fixing of biofilms and read in an ELISA spectrophotometer (600 nm). After, the plates were washed with phosphate buffered saline (PBS, pH 7.4) and the sanitizers were placed for 1 minute. After neutralization with sodium thiosulfate (5 minutes), the plates were washed with PBS and methanol, stained with 1% crystal violet and stained with glacial acetic acid (33%) for a new reading at 570 nm. The effectiveness of biofilm removal by each sanitizer was compared using a Biofilm Formation Index (IFB). The images from stainless steel coupons after treatments with sanitizers were obtained by Scanning Electron Microscopy (SEM) and Confocal Microscopy, to view the persistence of biofilms. MIC values (dilution 1: 2) showed that OLE had no bactericidal activity. In the ADD assays, L. monocytogenes was resistant to OLE, while E. coli and S. aureus showed intermediate resistance. Commercial sanitizers showed good bactericidal activity in both CIM and DDA assays, and the associations of OLE with commercial sanitizers increased their germicidal effect. In the monospecies biofilm assays, only commercial sanitizers, isolated or associated with OLE, were effective for reducing the BFI values in polystyrene microplates. In multispecies biofilms, OLE had an antimicrobial effect, especially on the association of L. monocytogenes + E. coli and S. aureus (reduction: 91.49%). None of the compounds evaluated was able to completely inactivate the biofilms on the stainless steel surfaces, since viable cells of bacteria were observed after treatment with sanitizers, indicating persistence of biofilms. The results indicate that oleuropein has the potential to enhance the bactericidal effect of commercial sanitizers to eliminate biofilms on inert surfaces. Further studies are needed to understand the mechanisms of action of these combinations.
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Avaliação de oleuropeína e de sanitizantes químicos, isolados ou associados, para eliminação de biofilmes de Staphylococcus aureus, Listeria monocytogenes e Escherichia coli em superfícies inertes / Evaluation of oleuropein and chemical sanitizers, alone or in combination, to eliminate biofilms of Staphylococcus aureus, Listeria monocytogenes and Escherichia coli on inert surfacesLaura Cristina da Cruz Dominciano 01 December 2015 (has links)
Este estudo avaliou a eficiência da oleuropeína (OLE) (composto fenólico extraído das folhas de Oliveira) isolada e associada aos sanitizantes comerciais ácido peracético 2% (APA), hipoclorito de sódio 2% (HS), peróxido de hidrogênio 3% (PH), digluconato de clorexidina 2% (DC), cloreto de benzalcônio 1% (CB) e iodofor 2% (IO), para inativação de células em suspensão e biofilmes monoespécie e multiespécie formados em superfícies de aço inoxidável ou microplaca de poliestireno por Listeria monocytogenes (ATCC 7644), Staphylococcus aureus (ATCC 25923) e Escherichia coli (ATCC 25922), todas classificadas como fortes produtores de biofilmes. Os isolados foram semeados em caldo TSB (caldo tripticase soja), incubados (37°C/24h) e corrigidos a ~108células/mL (escala 0,5 McFarland). Para bactérias em suspensão, a resistência a sanitizantes foi determinada pela Concentração Inibitória Mínima (CIM) em tubos e pelo método de Disco Difusão em Ágar (DDA), no qual as bactérias foram plaqueadas em ágar TSA contendo discos de 6mm de papel filtro embebidos nos sanitizantes. Após a incubação, a medição dos halos de inibição foi feita com paquímetro. Para os ensaios de resistência dos biofilmes aos compostos sanitizantes, foram utilizadas microplacas de poliestireno 96 poços, as quais foram preparadas para incubação-fixação dos biofilmes e submetidas à leitura em espectrofotômetro de ELISA (600 nm). Em seguida, as placas foram lavadas com solução salina tamponada (PBS, pH 7.4) e os sanitizantes inseridos por 1 minuto. Após neutralização com tiossulfato de sódio (5 minutos), as placas foram lavadas com PBS e metanol, coradas com cristal violeta 1% e coradas com ácido acético glacial (33%) para nova leitura a 570nm. A eficácia da remoção do biofilme pelos sanitizantes foi comparada pelo índice de formação de biofilme (IFB). As imagens do aço inoxidável após tratamento com sanitizante foram feitas através de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Microscopia Confocal, para visualizar a persistência dos biofilmes. Os valores de CIM (diluição 1:2) mostraram que OLE não teve atividade bactericida. No método DDA, L. monocytogenes, foi resistente à OLE, enquanto E. coli e S. aureus apresentaram resistência intermediária. Os sanitizantes comerciais apresentaram boa atividade bactericida nos ensaios de CIM e DDA, sendo que as associações de OLE aos sanitizantes comerciais aumentaram o efeito germicida. Nos ensaios com biofilmes em monoespécie, somente os sanitizantes comerciais, isolados ou associados com OLE, foram eficazes de reduzir o valor de BFI em microplaca de poliestireno. Em biofilmes multiespécie, OLE apresentou efeito antimicrobiano, sobretudo sobre a associação de L. monocytogenes + E. coli + S. aureus (redução: 91,49%). Nenhum dos compostos avaliados foi capaz de inativar completamente os biofilmes nas superfícies de aço inoxidável, uma vez que células viáveis foram observadas após os tratamentos com os sanitizantes, indicando persistência dos biofilmes. Os resultados indicam que a oleuropeína apresentou potencial para incrementar o efeito bactericida de sanitizantes comerciais para eliminação de biofilmes em superfícies inertes, sendo necessários estudos para compreender os mecanismos de ação dessas combinações. / This study evaluated the efficiency of oleuropein (OLE) (a phenolic compound extracted from Oliveira leaves) alone or in association with commercial sanitizers peracetic acid 2% (PPA), sodium hypochlorite 2% (SH), hydrogen peroxide 3% (HP), chlorhexidine digluconate 2% (CD), benzalkonium chloride 1% (BC) and iodophor 2% (IO), for inactivation of suspended cells and monospecies or multispecies biofilms formed on stainless steel surfaces or microplate polystyrene by Listeria monocytogenes (ATCC 7644), Staphylococcus aureus (ATCC 25923) and Escherichia coli (ATCC 25922), all classified as strong producers of biofilms. The isolates were grown in TSB (trypticase soy broth), incubated (37°C/24 h) and adjusted to ~108 cells/mL (0.5 McFarland scale). For the bacterial suspensions, resistance to sanitizers was determined by Minimum Inhibitory Concentration (MIC) in tubes and by Agar Disk Diffusion (ADD), in which the bacteria were plated on TSA agar containing 6mm disks of filter paper soaked in sanitizers. After incubation, measurement of the inhibition halos was done using a caliper rule. For the sanitizer resistance assays with biofilms, polystyrene 96-well microplates were prepared for incubation-fixing of biofilms and read in an ELISA spectrophotometer (600 nm). After, the plates were washed with phosphate buffered saline (PBS, pH 7.4) and the sanitizers were placed for 1 minute. After neutralization with sodium thiosulfate (5 minutes), the plates were washed with PBS and methanol, stained with 1% crystal violet and stained with glacial acetic acid (33%) for a new reading at 570 nm. The effectiveness of biofilm removal by each sanitizer was compared using a Biofilm Formation Index (IFB). The images from stainless steel coupons after treatments with sanitizers were obtained by Scanning Electron Microscopy (SEM) and Confocal Microscopy, to view the persistence of biofilms. MIC values (dilution 1: 2) showed that OLE had no bactericidal activity. In the ADD assays, L. monocytogenes was resistant to OLE, while E. coli and S. aureus showed intermediate resistance. Commercial sanitizers showed good bactericidal activity in both CIM and DDA assays, and the associations of OLE with commercial sanitizers increased their germicidal effect. In the monospecies biofilm assays, only commercial sanitizers, isolated or associated with OLE, were effective for reducing the BFI values in polystyrene microplates. In multispecies biofilms, OLE had an antimicrobial effect, especially on the association of L. monocytogenes + E. coli and S. aureus (reduction: 91.49%). None of the compounds evaluated was able to completely inactivate the biofilms on the stainless steel surfaces, since viable cells of bacteria were observed after treatment with sanitizers, indicating persistence of biofilms. The results indicate that oleuropein has the potential to enhance the bactericidal effect of commercial sanitizers to eliminate biofilms on inert surfaces. Further studies are needed to understand the mechanisms of action of these combinations.
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Inoculação de salmonella enterica subespecie enterica sorovar enteritidis fagotipo 4 em ovos embrionados de duas linhagens de frango de corte / Effects of experimentally inoculated salmonella enteritidis subspecie enterica sorovar enteritidis phagotipe 4 in incubation of embryonated eggs of in two broiler linesAndradae, Maria Auxiliadora 16 September 2005 (has links)
Submitted by Marlene Santos (marlene.bc.ufg@gmail.com) on 2014-10-03T20:19:52Z
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Previous issue date: 2005-09-16 / Two experiments were carried out to evaluate the use of
quaternary ammonia on Salmonella Enteritidis inoculated in eggshell and its
penetration capacities, verify the ability to infect the egg inoculated in eggshell,
determine embryo mortality, infect hatched chicks and affect incubation
parameters of two broiler lines. A total of 302 and 290 fertile eggs of Ross and
ISA Label, respectively, were distributed in six treatments: eggs sanitized with
placebo (Treatment 1- PC) quaternary ammonia inoculated with Salmonella
Enteritidis (Treatment 2-PI); eggs non-sanitized and inoculated placebo
(Treatment 3- NPC) with Salmonella Enteritidis (Treatment 4- NPI); eggs
inoculated in allantoidal cavity with placebo (Treatment 5-CAC) or Salmonella
Enteritidis (Treatment 6- CAI). Immediately after inoculation, the eggs were
hatched and embryo mortality was evaluated after 96, 432 and 528 hours. The
qualitative results were analyzed by non-parametric tests of chi-square and
Kruskall-Wallis. The incubation parameters were not affected when the
pathogen was inoculated in eggshell. It was observed that Salmonella
Enteritidis inoculated in allantoidal cavity determined late embryo mortality in
fast 17,02% and slow growing 13,04% lines, and eggs inoculated in allantoidal
cavity originated chicks with high frequency of intestinal colonization by
Salmonella Enteritidis of 76,67% and 26,67% Ross and ISA Label, respective. / Foram conduzidos dois experimentos para avaliar os efeitos de
quaternários de amônia sobre Salmonella Enteritidis inoculados na casca e a
capacidade de penetração deste patógeno na casca e para verificar sua
habilidade em infectar os ovos inoculados pela casca e cavidade alantóide,
determinar mortalidade embrionária, infectar os pintos eclodidos e afetar os
parâmetros de incubação em duas linhagens de frango de corte. Utilizaram-se,
respectivamente, 302 e 290 ovos férteis das linhagens Ross e ISA Label,
distribuídos em seis tratamentos: ovos sanitizados e inoculados com o placebo
(tratamento 1- PC) ou com quaternários de amônio inoculados na casca com
Salmonella Enteritidis fagotipo 4 (tratamento 2-PI); ovos não sanitizados e
inoculados na casca com placebo (tratamento 3-NPC) ou com Salmonella
Enteritidis (tratamento 4-NPI); ovos inoculados na cavidade alantóide com
placebo (tratamento 5-CAC) ou com Salmonella Enteritidis (tratamento 6-CAI).
Imediatamente após a inoculação, os ovos foram incubados e a mortalidade
embrionária avaliada após 96, 432 e 528 horas. As respostas qualitativas foram
analisadas pelos testes não paramétricos de qui-quadrado e de Kruskal-Wallis.
Constatou-se que a sanitização dos ovos não eliminou a Salmonella Enteritidis
inoculada na casca sendo que o agente manteve-se viável na casca durante
todo o período de incubação e migrou para o interior dos ovos em três das 20
amostras analisadas. Os parâmetros de incubação não foram afetados quando
o patógeno foi inoculado na casca. Constatou-se também que a Salmonella
Enteritidis inoculada na cavidade alantóide determinou mortalidade embrionária
tardia nas linhagens Ross de 17,02% e ISA Label de 13,04%, assim como os
ovos inoculados nesta cavidade originaram pintos com maior freqüência de
colonização intestinal pela Salmonella Enteritidis de 76,67% e 26,67% para
Ross e ISA Label, respectivamente.
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Inoculação de Salmonella enterica subespécie enterica sorovar enteritidis fagotipo 4 em ovos embrionados de duas linhagens de frango de corte / Inoculation of Salmonella enterica, enterica serovar enteritidis phage type 4 in embryonated eggs from two broiler strainAndrade, Maria Auxiliadora 16 September 2006 (has links)
Submitted by Cláudia Bueno (claudiamoura18@gmail.com) on 2016-04-05T17:29:19Z
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Previous issue date: 2006-09-16 / Two experiments were carried out to evaluate the use of
quaternary ammonia on Salmonella Enteritidis inoculated in eggshell and its
penetration capacities, verify the ability to infect the egg inoculated in eggshell,
determine embryo mortality, infect hatched chicks and affect incubation
parameters of two broiler lines. A total of 302 and 290 fertile eggs of Ross and ISA Label, respectively, were distributed in six treatments: eggs sanitized with
placebo (Treatment 1- PC) quaternary ammonia inoculated with Salmonella
Enteritidis (Treatment 2-PI); eggs non-sanitized and inoculated placebo
(Treatment 3- NPC) with Salmonella Enteritidis (Treatment 4- NPI); eggs
inoculated in allantoidal cavity with placebo (Treatment 5-CAC) or Salmonella
Enteritidis (Treatment 6- CAI). Immediately after inoculation, the eggs were
hatched and embryo mortality was evaluated after 96, 432 and 528 hours. The
qualitative results were analyzed by non-parametric tests of chi-square and
Kruskall-Wallis. The incubation parameters were not affected when the
pathogen was inoculated in eggshell. It was observed that Salmonella
Enteritidis inoculated in allantoidal cavity determined late embryo mortality in
fast 17,02% and slow growing 13,04% lines, and eggs inoculated in allantoidal
cavity originated chicks with high frequency of intestinal colonization by
Salmonella Enteritidis of 76,67% and 26,67% Ross and ISA Label, respective. / Foram conduzidos dois experimentos para avaliar os efeitos de
quaternários de amônia sobre Salmonella Enteritidis inoculados na casca e a
capacidade de penetração deste patógeno na casca e para verificar sua
habilidade em infectar os ovos inoculados pela casca e cavidade alantóide,
determinar mortalidade embrionária, infectar os pintos eclodidos e afetar os
parâmetros de incubação em duas linhagens de frango de corte. Utilizaram-se,
respectivamente, 302 e 290 ovos férteis das linhagens Ross e ISA Label,
distribuídos em seis tratamentos: ovos sanitizados e inoculados com o placebo
(tratamento 1- PC) ou com quaternários de amônio inoculados na casca com
Salmonella Enteritidis fagotipo 4 (tratamento 2-PI); ovos não sanitizados e
inoculados na casca com placebo (tratamento 3-NPC) ou com Salmonella
Enteritidis (tratamento 4-NPI); ovos inoculados na cavidade alantóide com
placebo (tratamento 5-CAC) ou com Salmonella Enteritidis (tratamento 6-CAI).
Imediatamente após a inoculação, os ovos foram incubados e a mortalidade
embrionária avaliada após 96, 432 e 528 horas. As respostas qualitativas foram
analisadas pelos testes não paramétricos de qui-quadrado e de Kruskal-Wallis.
Constatou-se que a sanitização dos ovos não eliminou a Salmonella Enteritidis
inoculada na casca sendo que o agente manteve-se viável na casca durante
todo o período de incubação e migrou para o interior dos ovos em três das 20
amostras analisadas. Os parâmetros de incubação não foram afetados quando
o patógeno foi inoculado na casca. Constatou-se também que a Salmonella
Enteritidis inoculada na cavidade alantóide determinou mortalidade embrionária
tardia nas linhagens Ross de 17,02% e ISA Label de 13,04%, assim como os
ovos inoculados nesta cavidade originaram pintos com maior freqüência de
colonização intestinal pela Salmonella Enteritidis de 76,67% e 26,67% para
Ross e ISA Label, respectivamente.
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Contaminação cruzada durante o fatiamento de produto cárneo pronto para o consumo: foco em Listeria monocytogenes / Cross contamination during slicing of a ready-to-eat meat product: focus on Listeria monocytogenesFaria, Daniele Bezerra 01 December 2016 (has links)
Surtos e casos de listeriose reportados mundialmente e associados a produtos cárneos processados prontos para consumo podem ter sido causados pela contaminação cruzada com Listeria monocytogenes ocorrida durante a etapa de fatiamento destes produtos no varejo. Considerando o impacto da contaminação cruzada para a saúde pública, este trabalho teve por objetivo estudar a transferência de L. monocytogenes durante a etapa de fatiamento de rosbife do tipo \"caseiro\", simulando, em laboratório, cenários observados em estabelecimentos comerciais em relação às práticas adotadas durante o fatiamento. Objetivou-se também avaliar o papel do nível da contaminação do produto (baixo e alto) causador da contaminação experimental do fatiador na contaminação cruzada resultante, bem como avaliar se a exposição da cepa de L. monocytogenes a um sanitizante em concentração insuficiente para a sua eliminação influencia a contaminação cruzada observada. A contaminação do fatiador foi obtida por meio do fatiamento de peças de rosbife experimentalmente contaminadas com o patógeno por imersão em uma suspensão de L. monocytogenes contendo 8 log UFC/mL (alto nível de contaminação) e 4 log UFC/mL (baixo nível de contaminação). Os experimentos foram realizados até a obtenção de 200 fatias. As enumerações de L. monocytogenes nas fatias obtidas foram feitas empregando-se um método cultura-dependente (ISO 11290-2:1998) e um método qPCR, calculando-se também as taxas de transferência. Os resultados mostraram que a contaminação dos fatiadores resultou na transferência do patógeno até pelo menos a 120ª fatia de uma nova peça de rosbife fatiada posteriormente. Nos experimentos realizados com L. monocytogenes exposta ao sanitizante Oasis Compac 22 Quat em concentração insuficiente para sua eliminação, foi possível enumerar o patógeno até a 200ª fatia de rosbife obtida após a contaminação experimental do fatiador, independentemente do nível de contaminação da peça de rosbife usada para a contaminação do fatiador. Equações matemáticas resultantes, que descrevem os dados experimentais obtidos, apresentaram R2>0,7 e p<0,05, mostrando bom ajuste. Esses resultados ressaltam a importância de medidas para evitar a ocorrência de contaminação cruzada durante a etapa de fatiamento de produtos cárneos prontos para o consumo, bem como da higienização adequada dos equipamentos utilizados, de forma a fornecer produtos seguros para o consumidor. / Outbreaks and cases of listeriosis reported worldwide and associated to ready-to-eat meat products may have been caused by cross contamination with Listeria monocytogenes occurred during the slicing step of these products at retail. Considering the impact of cross-contamination to public health, this study aimed to study the transfer of L. monocytogenes during the slicing step of homemade type roast-beef simulating in the laboratory scenarios seen in commercial establishments. The study also aimed to evaluate the role of product contamination level (low and high) causing the experimental contamination of the slicer in the resulting cross-contamination and to evaluate if the exposure of the L. monocytogenes strain to a sanitizer in insufficient concentration for the elimination influences the observed cross-contamination. Contamination of the slicer was obtained through the slicing of roast-beef pieces experimentally contaminated with the pathogen by immersion in a suspension of L. monocytogenes containing 8 log CFU/ml (high contamination) and 4 log CFU/mL (low contamination). The experiments were carried out to obtain 200 slices. Enumerations of L. monocytogenes in the slices employed a culture-dependent method (ISO 11290-2: 1998) and qPCR method, also calculating transfer rates. The results showed that contamination of slicers resulted in the transfer of the pathogen to at least the 120th slice of a new piece of roast-beef sliced subsequently. In experiments conducted with L. monocytogenes exposed to the sanitizer Oasis Compac 22 Quat in insufficient concentration for its elimination, the pathogen could be enumerated until the 200th slice obtained after the slicer contamination, regardless of the contamination level of the roast beef used for contamination of the slicer. Mathematical equations describing the experimental data presented R2>0.7 and p<0.05, showing good fit. These results underscore the importance of measures to prevent the occurrence of cross contamination during the slicing step of ready-to-eat meat products, as well as the proper cleaning of the equipment used in order to provide safe products to the consumer.
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Eficácia de sanitizantes e susceptibilidade antimicrobiana de Salmonella Heidelberg isoladas de fontes avícolas em 2006 e 2016Bassani, Juliana January 2017 (has links)
O Brasil é hoje o segundo maior produtor de carne de frango do mundo e o primeiro país exportador, o que faz com que as criações avícolas necessitem de um criterioso programa de biosseguridade a fim de impedir o surgimento de patógenos que possam causar danos aos plantéis e ao produto final. Neste cenário, tem fundamental importância a Salmonella e, mais recentemente, a Salmonella Heidelberg por sua alta prevalência e importância frente a casos de saúde pública, principalmente no que diz respeito à resistência a sanitizantes e antimicrobianos. A dificuldade no combate e eliminação desse patógeno em toda a cadeia avícola, seu potencial zoonótico e aumento de resistência a antimicrobianos motivou a realização deste trabalho. Portanto, os objetivos foram comparar 20 isolados de S. Heidelberg do ano de 2006 e 20 isolados do ano de 2016, testando-os quanto à eficácia de dois sanitizantes, hipoclorito de sódio (concentrações 0,5% e 1,0%) e cloreto de benzalcônio (concentrações 100 ppm e 200 ppm), em temperatura de 25°C e 12°C e tempos de contato de 5 e 15 minutos. Ainda, foi determinada a Concentração Inibitória Mínima (MIC) dos antimicrobianos ácido nalidíxico, ciprofloxacina, cloranfenicol, enrofloxacina, gentamicina e tetraciclina, além de verificar a presença de isolados multirresistentes. O teste de suspensão por diluição dos sanitizantes revelou que, nas duas concentrações utilizadas, independentemente do ano de isolamento, o hipoclorito de sódio se mostrou mais eficiente do que o cloreto de benzalcônio, eliminando 100% dos isolados com tempo de contato de 15 minutos. Por outro lado, o cloreto de benzalcônio, mesmo na maior concentração e tempo de contato, não foi totalmente eficiente para os isolados de 2006 e 2016. O cloreto de benzalcônio foi mais eficiente a 25°C do que a 12°C, em ambos os períodos e, quando comparados os anos, os isolados de 2016 foram mais resistentes ao cloreto de benzalcônio a 200 ppm, 25°C e tempo de contato de 5 minutos. Nos teste de MIC, quando comparados os dois períodos, 2006 e 2016, houve aumento significativo de isolados categorizados como nWT à tetraciclina, passando de 5% em 2006 para 75% em 2016. Nos dois períodos foi observada uma alta taxa de isolados nWT para ácido nalidíxico (50% e 65%), porém, todos os isolados foram categorizados como WT ao cloranfenicol e à enrofloxacina. Dentre os isolados de 2016, 5 (25%) apresentaram fenótipo de multirresistência. Os isolados sensíveis a todos os antimicrobianos totalizaram 40% para 2006 e 20% para 2016. Os resultados encontrados demonstram que há progressão da resistência de S. Heidelberg aos antimicrobianos com o passar do tempo, o que implica no aparecimento de isolados multirresistentes. Ações devem ser tomadas com o intuito de incentivar o uso prudente desses fármacos na medicina humana e, principalmente, em qualquer que seja a área de produção animal. / Brazil is now the second largest producer of chicken meat in the world and the first exporting country, which means that poultry farms need a careful biosecurity program to prevent the emergence of pathogens that can cause damage to the farms and to the final product. In this scenario, Salmonella Heidelberg plays a fundamental role because of its high prevalence and significance in public health cases, especially with regard to resistance to sanitizers and antimicrobials. Motivated by the difficulty in eliminating this pathogen throughout the poultry chain, its zoonotic potential and increased antimicrobial resistance, this study aimed to compare 20 isolates of S. Heidelberg from the year 2006 and 20 isolates from the year 2016. The isolates were tested against the efficacy of two sanitizers, sodium hypochlorite (0.5% and 1.0% concentrations) and benzalkonium chloride (concentrations of 100 ppm and 200 ppm), at 25°C and 12°C, and contact times of 5 and 15 minutes. In addition, the Minimal Inhibitory Concentration (MIC) of the antimicrobials nalidixic acid, ciprofloxacin, chloramphenicol, enrofloxacin, gentamicin and tetracycline were determined, as well as the presence of multiresistant isolates. The dilution suspension test of the sanitizers revealed that in the two concentrations used, sodium hypochlorite was more efficient than benzalkonium chloride, eliminating 100% of the isolates with a contact time of 15 minutes, regardless of the year of isolation. On the other hand, benzalkonium chloride, even at the highest concentration and contact time, was not fully efficient for the isolates of 2006 and 2016. Benzalkonium chloride was more efficient at 25°C than at 12°C in both periods. When the years were compared, the isolates from 2016 were more resistant to benzalkonium chloride at 200 ppm, 25°C and contact time of 5 minutes. In the MIC tests, when comparing the two periods of 2006 and 2016, there was a significant increase of isolates categorized as nWT to tetracycline, from 5% to 75%. In both periods, a high rate of nWT isolates for nalidixic acid (50% and 65%) was observed. All isolates were categorized as WT to chloramphenicol and 5nrofloxacina. Among the isolates from 2016, five (25%) had a multidrug resistance phenotype. Forty percent of isolates from 2006 and 20% from 2016 were sensitive to all antimicrobials tested. The results show that there is progression of resistance of S. Heidelberg to antimicrobials over time, which implies the appearance of multiresistant isolates. Actions should be taken in order to encourage the prudent use of these drugs in human medicine and veterinary.
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Eficácia de sanitizantes e susceptibilidade antimicrobiana de Salmonella Heidelberg isoladas de fontes avícolas em 2006 e 2016Bassani, Juliana January 2017 (has links)
O Brasil é hoje o segundo maior produtor de carne de frango do mundo e o primeiro país exportador, o que faz com que as criações avícolas necessitem de um criterioso programa de biosseguridade a fim de impedir o surgimento de patógenos que possam causar danos aos plantéis e ao produto final. Neste cenário, tem fundamental importância a Salmonella e, mais recentemente, a Salmonella Heidelberg por sua alta prevalência e importância frente a casos de saúde pública, principalmente no que diz respeito à resistência a sanitizantes e antimicrobianos. A dificuldade no combate e eliminação desse patógeno em toda a cadeia avícola, seu potencial zoonótico e aumento de resistência a antimicrobianos motivou a realização deste trabalho. Portanto, os objetivos foram comparar 20 isolados de S. Heidelberg do ano de 2006 e 20 isolados do ano de 2016, testando-os quanto à eficácia de dois sanitizantes, hipoclorito de sódio (concentrações 0,5% e 1,0%) e cloreto de benzalcônio (concentrações 100 ppm e 200 ppm), em temperatura de 25°C e 12°C e tempos de contato de 5 e 15 minutos. Ainda, foi determinada a Concentração Inibitória Mínima (MIC) dos antimicrobianos ácido nalidíxico, ciprofloxacina, cloranfenicol, enrofloxacina, gentamicina e tetraciclina, além de verificar a presença de isolados multirresistentes. O teste de suspensão por diluição dos sanitizantes revelou que, nas duas concentrações utilizadas, independentemente do ano de isolamento, o hipoclorito de sódio se mostrou mais eficiente do que o cloreto de benzalcônio, eliminando 100% dos isolados com tempo de contato de 15 minutos. Por outro lado, o cloreto de benzalcônio, mesmo na maior concentração e tempo de contato, não foi totalmente eficiente para os isolados de 2006 e 2016. O cloreto de benzalcônio foi mais eficiente a 25°C do que a 12°C, em ambos os períodos e, quando comparados os anos, os isolados de 2016 foram mais resistentes ao cloreto de benzalcônio a 200 ppm, 25°C e tempo de contato de 5 minutos. Nos teste de MIC, quando comparados os dois períodos, 2006 e 2016, houve aumento significativo de isolados categorizados como nWT à tetraciclina, passando de 5% em 2006 para 75% em 2016. Nos dois períodos foi observada uma alta taxa de isolados nWT para ácido nalidíxico (50% e 65%), porém, todos os isolados foram categorizados como WT ao cloranfenicol e à enrofloxacina. Dentre os isolados de 2016, 5 (25%) apresentaram fenótipo de multirresistência. Os isolados sensíveis a todos os antimicrobianos totalizaram 40% para 2006 e 20% para 2016. Os resultados encontrados demonstram que há progressão da resistência de S. Heidelberg aos antimicrobianos com o passar do tempo, o que implica no aparecimento de isolados multirresistentes. Ações devem ser tomadas com o intuito de incentivar o uso prudente desses fármacos na medicina humana e, principalmente, em qualquer que seja a área de produção animal. / Brazil is now the second largest producer of chicken meat in the world and the first exporting country, which means that poultry farms need a careful biosecurity program to prevent the emergence of pathogens that can cause damage to the farms and to the final product. In this scenario, Salmonella Heidelberg plays a fundamental role because of its high prevalence and significance in public health cases, especially with regard to resistance to sanitizers and antimicrobials. Motivated by the difficulty in eliminating this pathogen throughout the poultry chain, its zoonotic potential and increased antimicrobial resistance, this study aimed to compare 20 isolates of S. Heidelberg from the year 2006 and 20 isolates from the year 2016. The isolates were tested against the efficacy of two sanitizers, sodium hypochlorite (0.5% and 1.0% concentrations) and benzalkonium chloride (concentrations of 100 ppm and 200 ppm), at 25°C and 12°C, and contact times of 5 and 15 minutes. In addition, the Minimal Inhibitory Concentration (MIC) of the antimicrobials nalidixic acid, ciprofloxacin, chloramphenicol, enrofloxacin, gentamicin and tetracycline were determined, as well as the presence of multiresistant isolates. The dilution suspension test of the sanitizers revealed that in the two concentrations used, sodium hypochlorite was more efficient than benzalkonium chloride, eliminating 100% of the isolates with a contact time of 15 minutes, regardless of the year of isolation. On the other hand, benzalkonium chloride, even at the highest concentration and contact time, was not fully efficient for the isolates of 2006 and 2016. Benzalkonium chloride was more efficient at 25°C than at 12°C in both periods. When the years were compared, the isolates from 2016 were more resistant to benzalkonium chloride at 200 ppm, 25°C and contact time of 5 minutes. In the MIC tests, when comparing the two periods of 2006 and 2016, there was a significant increase of isolates categorized as nWT to tetracycline, from 5% to 75%. In both periods, a high rate of nWT isolates for nalidixic acid (50% and 65%) was observed. All isolates were categorized as WT to chloramphenicol and 5nrofloxacina. Among the isolates from 2016, five (25%) had a multidrug resistance phenotype. Forty percent of isolates from 2006 and 20% from 2016 were sensitive to all antimicrobials tested. The results show that there is progression of resistance of S. Heidelberg to antimicrobials over time, which implies the appearance of multiresistant isolates. Actions should be taken in order to encourage the prudent use of these drugs in human medicine and veterinary.
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Eficácia de sanitizantes e susceptibilidade antimicrobiana de Salmonella Heidelberg isoladas de fontes avícolas em 2006 e 2016Bassani, Juliana January 2017 (has links)
O Brasil é hoje o segundo maior produtor de carne de frango do mundo e o primeiro país exportador, o que faz com que as criações avícolas necessitem de um criterioso programa de biosseguridade a fim de impedir o surgimento de patógenos que possam causar danos aos plantéis e ao produto final. Neste cenário, tem fundamental importância a Salmonella e, mais recentemente, a Salmonella Heidelberg por sua alta prevalência e importância frente a casos de saúde pública, principalmente no que diz respeito à resistência a sanitizantes e antimicrobianos. A dificuldade no combate e eliminação desse patógeno em toda a cadeia avícola, seu potencial zoonótico e aumento de resistência a antimicrobianos motivou a realização deste trabalho. Portanto, os objetivos foram comparar 20 isolados de S. Heidelberg do ano de 2006 e 20 isolados do ano de 2016, testando-os quanto à eficácia de dois sanitizantes, hipoclorito de sódio (concentrações 0,5% e 1,0%) e cloreto de benzalcônio (concentrações 100 ppm e 200 ppm), em temperatura de 25°C e 12°C e tempos de contato de 5 e 15 minutos. Ainda, foi determinada a Concentração Inibitória Mínima (MIC) dos antimicrobianos ácido nalidíxico, ciprofloxacina, cloranfenicol, enrofloxacina, gentamicina e tetraciclina, além de verificar a presença de isolados multirresistentes. O teste de suspensão por diluição dos sanitizantes revelou que, nas duas concentrações utilizadas, independentemente do ano de isolamento, o hipoclorito de sódio se mostrou mais eficiente do que o cloreto de benzalcônio, eliminando 100% dos isolados com tempo de contato de 15 minutos. Por outro lado, o cloreto de benzalcônio, mesmo na maior concentração e tempo de contato, não foi totalmente eficiente para os isolados de 2006 e 2016. O cloreto de benzalcônio foi mais eficiente a 25°C do que a 12°C, em ambos os períodos e, quando comparados os anos, os isolados de 2016 foram mais resistentes ao cloreto de benzalcônio a 200 ppm, 25°C e tempo de contato de 5 minutos. Nos teste de MIC, quando comparados os dois períodos, 2006 e 2016, houve aumento significativo de isolados categorizados como nWT à tetraciclina, passando de 5% em 2006 para 75% em 2016. Nos dois períodos foi observada uma alta taxa de isolados nWT para ácido nalidíxico (50% e 65%), porém, todos os isolados foram categorizados como WT ao cloranfenicol e à enrofloxacina. Dentre os isolados de 2016, 5 (25%) apresentaram fenótipo de multirresistência. Os isolados sensíveis a todos os antimicrobianos totalizaram 40% para 2006 e 20% para 2016. Os resultados encontrados demonstram que há progressão da resistência de S. Heidelberg aos antimicrobianos com o passar do tempo, o que implica no aparecimento de isolados multirresistentes. Ações devem ser tomadas com o intuito de incentivar o uso prudente desses fármacos na medicina humana e, principalmente, em qualquer que seja a área de produção animal. / Brazil is now the second largest producer of chicken meat in the world and the first exporting country, which means that poultry farms need a careful biosecurity program to prevent the emergence of pathogens that can cause damage to the farms and to the final product. In this scenario, Salmonella Heidelberg plays a fundamental role because of its high prevalence and significance in public health cases, especially with regard to resistance to sanitizers and antimicrobials. Motivated by the difficulty in eliminating this pathogen throughout the poultry chain, its zoonotic potential and increased antimicrobial resistance, this study aimed to compare 20 isolates of S. Heidelberg from the year 2006 and 20 isolates from the year 2016. The isolates were tested against the efficacy of two sanitizers, sodium hypochlorite (0.5% and 1.0% concentrations) and benzalkonium chloride (concentrations of 100 ppm and 200 ppm), at 25°C and 12°C, and contact times of 5 and 15 minutes. In addition, the Minimal Inhibitory Concentration (MIC) of the antimicrobials nalidixic acid, ciprofloxacin, chloramphenicol, enrofloxacin, gentamicin and tetracycline were determined, as well as the presence of multiresistant isolates. The dilution suspension test of the sanitizers revealed that in the two concentrations used, sodium hypochlorite was more efficient than benzalkonium chloride, eliminating 100% of the isolates with a contact time of 15 minutes, regardless of the year of isolation. On the other hand, benzalkonium chloride, even at the highest concentration and contact time, was not fully efficient for the isolates of 2006 and 2016. Benzalkonium chloride was more efficient at 25°C than at 12°C in both periods. When the years were compared, the isolates from 2016 were more resistant to benzalkonium chloride at 200 ppm, 25°C and contact time of 5 minutes. In the MIC tests, when comparing the two periods of 2006 and 2016, there was a significant increase of isolates categorized as nWT to tetracycline, from 5% to 75%. In both periods, a high rate of nWT isolates for nalidixic acid (50% and 65%) was observed. All isolates were categorized as WT to chloramphenicol and 5nrofloxacina. Among the isolates from 2016, five (25%) had a multidrug resistance phenotype. Forty percent of isolates from 2006 and 20% from 2016 were sensitive to all antimicrobials tested. The results show that there is progression of resistance of S. Heidelberg to antimicrobials over time, which implies the appearance of multiresistant isolates. Actions should be taken in order to encourage the prudent use of these drugs in human medicine and veterinary.
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Contaminação cruzada durante o fatiamento de produto cárneo pronto para o consumo: foco em Listeria monocytogenes / Cross contamination during slicing of a ready-to-eat meat product: focus on Listeria monocytogenesDaniele Bezerra Faria 01 December 2016 (has links)
Surtos e casos de listeriose reportados mundialmente e associados a produtos cárneos processados prontos para consumo podem ter sido causados pela contaminação cruzada com Listeria monocytogenes ocorrida durante a etapa de fatiamento destes produtos no varejo. Considerando o impacto da contaminação cruzada para a saúde pública, este trabalho teve por objetivo estudar a transferência de L. monocytogenes durante a etapa de fatiamento de rosbife do tipo \"caseiro\", simulando, em laboratório, cenários observados em estabelecimentos comerciais em relação às práticas adotadas durante o fatiamento. Objetivou-se também avaliar o papel do nível da contaminação do produto (baixo e alto) causador da contaminação experimental do fatiador na contaminação cruzada resultante, bem como avaliar se a exposição da cepa de L. monocytogenes a um sanitizante em concentração insuficiente para a sua eliminação influencia a contaminação cruzada observada. A contaminação do fatiador foi obtida por meio do fatiamento de peças de rosbife experimentalmente contaminadas com o patógeno por imersão em uma suspensão de L. monocytogenes contendo 8 log UFC/mL (alto nível de contaminação) e 4 log UFC/mL (baixo nível de contaminação). Os experimentos foram realizados até a obtenção de 200 fatias. As enumerações de L. monocytogenes nas fatias obtidas foram feitas empregando-se um método cultura-dependente (ISO 11290-2:1998) e um método qPCR, calculando-se também as taxas de transferência. Os resultados mostraram que a contaminação dos fatiadores resultou na transferência do patógeno até pelo menos a 120ª fatia de uma nova peça de rosbife fatiada posteriormente. Nos experimentos realizados com L. monocytogenes exposta ao sanitizante Oasis Compac 22 Quat em concentração insuficiente para sua eliminação, foi possível enumerar o patógeno até a 200ª fatia de rosbife obtida após a contaminação experimental do fatiador, independentemente do nível de contaminação da peça de rosbife usada para a contaminação do fatiador. Equações matemáticas resultantes, que descrevem os dados experimentais obtidos, apresentaram R2>0,7 e p<0,05, mostrando bom ajuste. Esses resultados ressaltam a importância de medidas para evitar a ocorrência de contaminação cruzada durante a etapa de fatiamento de produtos cárneos prontos para o consumo, bem como da higienização adequada dos equipamentos utilizados, de forma a fornecer produtos seguros para o consumidor. / Outbreaks and cases of listeriosis reported worldwide and associated to ready-to-eat meat products may have been caused by cross contamination with Listeria monocytogenes occurred during the slicing step of these products at retail. Considering the impact of cross-contamination to public health, this study aimed to study the transfer of L. monocytogenes during the slicing step of homemade type roast-beef simulating in the laboratory scenarios seen in commercial establishments. The study also aimed to evaluate the role of product contamination level (low and high) causing the experimental contamination of the slicer in the resulting cross-contamination and to evaluate if the exposure of the L. monocytogenes strain to a sanitizer in insufficient concentration for the elimination influences the observed cross-contamination. Contamination of the slicer was obtained through the slicing of roast-beef pieces experimentally contaminated with the pathogen by immersion in a suspension of L. monocytogenes containing 8 log CFU/ml (high contamination) and 4 log CFU/mL (low contamination). The experiments were carried out to obtain 200 slices. Enumerations of L. monocytogenes in the slices employed a culture-dependent method (ISO 11290-2: 1998) and qPCR method, also calculating transfer rates. The results showed that contamination of slicers resulted in the transfer of the pathogen to at least the 120th slice of a new piece of roast-beef sliced subsequently. In experiments conducted with L. monocytogenes exposed to the sanitizer Oasis Compac 22 Quat in insufficient concentration for its elimination, the pathogen could be enumerated until the 200th slice obtained after the slicer contamination, regardless of the contamination level of the roast beef used for contamination of the slicer. Mathematical equations describing the experimental data presented R2>0.7 and p<0.05, showing good fit. These results underscore the importance of measures to prevent the occurrence of cross contamination during the slicing step of ready-to-eat meat products, as well as the proper cleaning of the equipment used in order to provide safe products to the consumer.
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