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Ecologia e comportamento de Callitrichidae (Primates) no Jardim Botânico do Rio de Janeiro / Ecology and behavior of Callitrichidae (Primates) in Rio de Janeiro Botanic GardenCristiane Hollanda Rangel 25 February 2012 (has links)
Espécies exóticas são consideradas a segunda maior ameaça ao meio ambiente, sendo
um risco às espécies nativas devido à predação, competição, hibridação e transmissão de
patógenos. Callithrix jacchus e Callithrix penicillata são espécies exóticas amplamente
difundidas no Estado do Rio de Janeiro. No presente estudo, dados comportamentais e
ecológicos foram amostrados entre Setembro de 2008 e Agosto de 2009 usando-se o método
animal focal com amostragem instantânea, acompanhando sete grupos mistos de Callithrix
spp. no arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ). A densidade dos saguis foi
estimada em cerca de 130 indivíduos por Km2. Na dieta, foram identificadas 51 espécies
arbóreas fontes de exsudatos e 39 espécies fontes de frutos, folhas, flores e néctar. Os saguis
se alimentaram também de invertebrados, pequenos vertebrados, e alimentos direta ou
indiretamente fornecidos por visitantes do JBRJ. O consumo de exsudatos foi maior na
estação mais seca, e de frutos e insetos na estação mais chuvosa. Os saguis utilizaram mais os
estratos verticais intermediários e sub-bosque nas suas atividades diárias, e áreas protegidas
por epífitas no dossel de 30 espécies diferentes de árvores como locais de dormida. Os saguis
apresentaram relações interespecíficas harmônicas, neutras e desarmônicas com diversas
espécies de aves e mamíferos. A dispersão de sementes de árvores exóticas e o uso exagerado
de espécimes vegetais para gomivoria pelos saguis podem afetar a integridade da coleção do
JBRJ. A alta densidade de saguis e predação de espécies da fauna local podem afetar o
equilíbrio da comunidade faunística. Com base nas observações in situ, as espécies alóctones
C. jacchus e C. penicillata causam danos e necessitam de manejo, que deve ser estudado e
implementado para o controle criterioso de suas populações. / Exotic species are considered the second biggest threat to the environment,
representing a risk to native species due to predation, competition, hybridization and disease
transmission. Callithrix jacchus and C. penicillata are exotic species widely spread out in the
Rio de Janeiro State. For this study, behavioural and ecological data were sampled between
September 2008 and August 2009 through the use of focal animal method with instantaneous
sampling, following seven mixed groups of Callithrix spp. in the Arboretum of Rio de Janeiro
Botanic Garden (JBRJ), Rio de Janeiro. The marmoset density was estimated on 130
individuals per km2. We identified 51 tree species as exudate sources, 39 species as sources of
fruits, leaves, flowers and nectar. The marmosets can also eat invertebrates, small vertebrates,
and food offered by visitors of JBRJ. The consumption of exudates was concentrated in the
dry season, and fruit and insects in the rainy season. The marmosets used most intermediate
strata and understory in their daily activities, and areas protected by epiphytes in the canopy
of 30 different species of trees as sleeping sites. The marmosets showed interspecific
relationships as harmonic, neutral and disharmonious with several species of birds and
mammals. The diffusion of exotic tree seeds and the overuse of plant specimens for
gummivory of marmosets can affect the integrity of the JBRJ collection. The high density of
marmosets and predation of native fauna can affect the integrity of the fauna. Considering the
potential and observed damage caused by exotic species Callithrix jacchus and C. penicillata,
management measures should be studied and implemented to control their populations.
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Ecologia e comportamento de Callitrichidae (Primates) no Jardim Botânico do Rio de Janeiro / Ecology and behavior of Callitrichidae (Primates) in Rio de Janeiro Botanic GardenCristiane Hollanda Rangel 25 February 2012 (has links)
Espécies exóticas são consideradas a segunda maior ameaça ao meio ambiente, sendo
um risco às espécies nativas devido à predação, competição, hibridação e transmissão de
patógenos. Callithrix jacchus e Callithrix penicillata são espécies exóticas amplamente
difundidas no Estado do Rio de Janeiro. No presente estudo, dados comportamentais e
ecológicos foram amostrados entre Setembro de 2008 e Agosto de 2009 usando-se o método
animal focal com amostragem instantânea, acompanhando sete grupos mistos de Callithrix
spp. no arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ). A densidade dos saguis foi
estimada em cerca de 130 indivíduos por Km2. Na dieta, foram identificadas 51 espécies
arbóreas fontes de exsudatos e 39 espécies fontes de frutos, folhas, flores e néctar. Os saguis
se alimentaram também de invertebrados, pequenos vertebrados, e alimentos direta ou
indiretamente fornecidos por visitantes do JBRJ. O consumo de exsudatos foi maior na
estação mais seca, e de frutos e insetos na estação mais chuvosa. Os saguis utilizaram mais os
estratos verticais intermediários e sub-bosque nas suas atividades diárias, e áreas protegidas
por epífitas no dossel de 30 espécies diferentes de árvores como locais de dormida. Os saguis
apresentaram relações interespecíficas harmônicas, neutras e desarmônicas com diversas
espécies de aves e mamíferos. A dispersão de sementes de árvores exóticas e o uso exagerado
de espécimes vegetais para gomivoria pelos saguis podem afetar a integridade da coleção do
JBRJ. A alta densidade de saguis e predação de espécies da fauna local podem afetar o
equilíbrio da comunidade faunística. Com base nas observações in situ, as espécies alóctones
C. jacchus e C. penicillata causam danos e necessitam de manejo, que deve ser estudado e
implementado para o controle criterioso de suas populações. / Exotic species are considered the second biggest threat to the environment,
representing a risk to native species due to predation, competition, hybridization and disease
transmission. Callithrix jacchus and C. penicillata are exotic species widely spread out in the
Rio de Janeiro State. For this study, behavioural and ecological data were sampled between
September 2008 and August 2009 through the use of focal animal method with instantaneous
sampling, following seven mixed groups of Callithrix spp. in the Arboretum of Rio de Janeiro
Botanic Garden (JBRJ), Rio de Janeiro. The marmoset density was estimated on 130
individuals per km2. We identified 51 tree species as exudate sources, 39 species as sources of
fruits, leaves, flowers and nectar. The marmosets can also eat invertebrates, small vertebrates,
and food offered by visitors of JBRJ. The consumption of exudates was concentrated in the
dry season, and fruit and insects in the rainy season. The marmosets used most intermediate
strata and understory in their daily activities, and areas protected by epiphytes in the canopy
of 30 different species of trees as sleeping sites. The marmosets showed interspecific
relationships as harmonic, neutral and disharmonious with several species of birds and
mammals. The diffusion of exotic tree seeds and the overuse of plant specimens for
gummivory of marmosets can affect the integrity of the JBRJ collection. The high density of
marmosets and predation of native fauna can affect the integrity of the fauna. Considering the
potential and observed damage caused by exotic species Callithrix jacchus and C. penicillata,
management measures should be studied and implemented to control their populations.
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