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Lianas hiperabundantes como filtros ecológicos para a sucessão secundária em fragmentos florestais degradados / Hyper-abundant lianas as ecological filters for secondary succession in degraded forest remnants

Cesar, Ricardo Gomes 14 February 2014 (has links)
O histórico processo de destruição da cobertura vegetal das florestas tropicais restringiu parte significativa das formações naturais deste bioma a fragmentos florestais pequenos e isolados. Nesse contexto, espécies ruderais de lianas podem se proliferar e rapidamente cobrir o dossel da floresta, prejudicando os indivíduos arbóreos e estagnando ou até mesmo regredindo os processos de sucessão florestal. O presente trabalho busca analisar as barreiras ecológicas que impedem a sucessão florestal em fragmentos florestais degradados dominados por lianas hiperabundantes, fornecer subsídios para estratégias de intervenção visando à restauração da estrutura e composição destes fragmentos e avaliar os efeitos iniciais do corte de lianas na dinâmica e crescimento da comunidade arbórea florestal. Para isso, foram instaladas 35 parcelas em um fragmento de floresta estacional semidecidual degradado e isolado pertencente ao bioma da Mata Atlântica, sendo cinco parcelas instaladas em setores menos degradados, e 30 em setores degradados dominados por lianas hiperabundantes. Destas 30 parcelas, cortaram-se todas as lianas em 20 parcelas, e avaliou-se a chegada de sementes, emergência e estabelecimento de plântulas e crescimento dos indivíduos arbóreos comparativamente entre parcelas com e sem manejo de lianas. Parâmetros da comunidade arbórea foram correlacionados com a densidade de lianas a fim de entender as relações entre estas formas de vida. O tempo necessário para o manejo de lianas foi quantificado e correlacionado com parâmetros da floresta a fim de entender quais fatores afetam o rendimento operacional desta atividade e o plantio de mudas foi testado em parcelas com e sem lianas, como técnica complementar ao manejo. Por fim, analisou-se o efeito do corte de lianas na produção de serapilheira, abertura de dossel, mortalidade dos indivíduos arbóreos e estocagem de carbono na parte aérea dos indivíduos arbóreos. Lianas não afetam a chegada de sementes ou a emergência de plântulas em fragmentos florestais degradados, porém diminuem o estabelecimento de plântulas pioneiras (provavelmente por sombreamento); no entanto, indivíduos arbóreos pioneiros compartilham habitat com as lianas, enquanto que espécies não-pioneiras têm a estrutura e diversidade de suas populações correlacionadas negativamente com a densidade de lianas. A quantidade de homens-hora para o corte de lianas em fragmentos degradados é muito maior que valores estimados para fragmentos florestais conservados, e é inversamente correlacionada com a densidade e área basal das lianas e positivamente relacionado com a densidade e área basal dos indivíduos arbóreos. O corte de lianas alterou a abertura do dossel no curto prazo e a produção de serapilheira, além de aumentar a estocagem de carbono para indivíduos arbóreos menores. O corte de lianas não afetou a mortalidade dos indivíduos arbóreos. Lianas hiperabundantes podem estagnar e até mesmo retroceder a sucessão florestal em fragmentos florestais e o corte de lianas é uma estratégia efetiva para recuperar estes processos. No entanto o manejo deve ser feito de forma contínua, dada a elevada resiliência comunidade de lianas ruderais. O plantio de mudas apresentou alta mortalidade e só é recomendando em casos de elevada abertura de dossel e baixa densidade de indivíduos arbóreos estabelecidos. / The historical human-mediated loss of tropical forest cover has beleaguered significant portions of these biomes in small and degraded forest remnants scattered on the landscape. In this context, ruderal liana species may proliferate and quickly dominate forest canopy, hindering tree individuals and arresting or even reversing forest succession. This study aims at analyzing the ecological barriers that halt forest succession in degraded forest remnants dominated by hyper-abundant lianas, providing ground to develop intervention strategies to restore structure and composition of these remnants and assess the early effects of liana cutting on the dynamic and growth of the forest tree community. We installed 35 plots in a degraded and isolated semideciduous seasonal forest remnant, from which five were installed in less degraded sectors of the forest remnant and 30 were installed in degraded sectors, dominated by hyper-abundant lianas. We chose 20 out of the 30 plots to undergo cutting of all lianas. We compared seed arrival, seedling emergence and establishment and growth of established adult tree individuals among control and liana cutting plots. Tree community parameters were correlated with liana density in order to understand the relation of these two life forms in the degraded forest. Time required, in man-hours, for liana cutting was quantified and correlated with tree and liana community parameters in order to provide ground for estimating labor requirements in similar situations; seedling planting was tested as a complimentary restoration technique. Finally, we assessed the early effects of liana cutting on canopy openness, litter production, tree mortality and carbon stored in the tree community. Lianas do not affect seed arrival or seedling emergence in degraded forest remnants, however, they do increase pioneer seedling mortality (probably through shading); at the same time, established pioneer individuals share habitat with lianas, while non-pioneers have the structure and diversity of their community negatively correlated with liana density. Manhours needed for liana cutting in degraded forest remnants are much higher than estimates for mature forests, and it is inversely correlated with liana density and basal area and positively correlated with tree density and basal area. Early effects of liana cutting included increased canopy openness, reduced litter production and increased carbon uptake by smaller trees. Liana cutting did not affect established trees mortality. Hyper-abundant lianas may stagnate and even reverse forest succession in degraded forest remnants and liana cutting is an effective strategy to recuperate sucessional processes. However, liana cutting must be carried out periodically, given the high resilience of ruderal lianas populations. Seedlings planting had high mortality and it is recommended only when canopy openness is high and density of established tree individuals is low.
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Caracterização ecofisiológica de espécies nativas da Mata Atlântica sob dois níveis de estresse induzidos pelo manejo florestal em área de restauração florestal no Estado de São Paulo / Ecophysiology of native species of the atlantic forest under two environmental stress levels induced by silvicultural practices in a restored area of Sao Paulo State

Servin, Cláudia Maria Iannelli 19 April 2007 (has links)
Com o objetivo de estudar o desenvolvimento de espécies florestais nativas em área de restauração florestal e sob diferentes condições de estresse, foi avaliado o desempenho e respostas de 20 espécies florestais nativas crescidas sob duas diferentes condições de manejo, que resultam em maior (manejo usual) e menor nível de estresse (manejo máximo, com maiores doses de fertilizantes e sempre livre de matocompetição). As parcelas foram selecionadas em experimento instalado na Estação Experimental de Anhembi, da USP (latitude 22°47' S e longitude 48°09' W), implantado em área de pastagem degradada em março de 2004, e avaliado aos 2,5 anos. As parcelas experimentais selecionadas estavam no espaçamento de 3 m x 2 m, possuindo 1270 m2 de área total e 792 m2 de área útil, com 132 plantas mensuráveis, com quatro repetições. As variáveis de crescimento estudadas foram: altura, diâmetro a 30 cm do solo, volume e área foliar específica) e as fisiológicas foram: fotossíntese, clorofila a, clorofila b, clorofila total, proteínas totais solúveis, teores foliares de macronutrientes. Mediram-se todas as plantas para as variáveis dendrométricas e três plantas médias, para as análises fisiológicas. Os resultados foram analisados como um fatorial 2x2, sendo os fatores grupo sucessional (pioneiras e não pioneiras) e manejo (usual e máximo). As espécies pioneiras apresentaram maiores valores de crescimento e sobrevivência que as espécies não pioneiras, independentemente do manejo utilizado. Os volumes das espécies pioneiras foram 27 maiores que as não pioneiras sob manejo usual e de 5 vezes maiores sob manejo máximo. O manejo silvicultural máximo, que propicia menor estresse ambiental, apresentou maiores valores de crescimento e sobrevivência que o manejo usual, com maior estresse ambiental, independentemente do grupo sucessional. O volume do manejo máximo foi de 4,6 vezes maior que no manejo usual para as pioneiras e de 25,5 vezes maior para as não pioneiras. As espécies pioneiras apresentaram maiores atividades fotossintéticas (fotossíntese, clorofila a e proteínas solúveis totais) que as espécies não pioneiras, independentemente do manejo utilizado. As taxas de fotossíntese das espécies pioneiras foram 52% maiores que as não pioneiras sob manejo usual e de 40% maiores sob manejo máximo. O manejo silvicultural máximo apresentou maiores valores das variáveis fisiológicas do que o manejo usual, independentemente do grupo sucessional. A taxa de fotossíntese do manejo máximo foi 18% maior que o manejo usual para as pioneiras e de 30% maior para as não pioneiras. As não pioneiras apresentaram, em média, maior flexibilidade que as espécies pioneiras, apesar de não significativo, dada a alta variabilidade da flexibilidade das espécies dentro dos grupos. Com base nos resultados, e para fins de orientação na escolha das espécies para plantio de acordo com as práticas silviculturais a serem utilizadas (com maior ou menor aliviação dos estresses), propôs-se que as espécies nativas sejam agrupadas em 4 classes, de acordo com o seu ritmo de crescimento e nível de flexibilidade volumétrica. / The study purpose is to evaluate the development of 20 native species in a area under restoration and submitted to two levels of environmental stress according to silvicultural practices. The usual practices has a higher level of stress and the maximum practices resulted in a lower level of stress, due to a higher fertilization regime and a complete weed-control. The experimental plots were selected from a experiment located on the Experimental station of USP in Anhembi (22°47' S and 48°09' W), planted in a pasture in march 2004, and evaluated at 2,5 years-old. The plots were planted in a 3 m x 2 m spacing, with 1270 m2 of total area and 792 m2 of usable area, with 132 trees, with four replications. The variables measured were high, diameter at 30 cm and volume. Physiological variables included photosynthesis, a b and total chlorophyll, total soluble proteins and leaf macronutrients, besides specific leaf area. All trees of each plot were measure for growth estimates and three trees per species and management for the physiological variables. The analysis were done considering a 2 x 2 factorial design with the factors ecological group (pioneers and non pioneer) and silviculture (usual and maximum). The pioneer species had a better growth than non pioneer. The volume of the pioneer species were 27-fold larger than non pioneers under usual silviculture and 5- fold larger under maximum silviculture. The maximum silviculture showed a 4,6-fold larger volumetric growth compared with the usual silviculture dor pioneers species, and 25,5-fold larger growth for non pioneer ones. Pioneer species also showed larger physiological metabolisms than non pioneer ones. Photosynthesis of the pioneers were 52% larger than the non pioneer under usual silviculture and 40% under maximum silviculture. Photosynthesis were also enlarged by maximum silviculture between 18 and 30%. In general, non pioneer species were more flexible (larger responses to the alliviation of stress) than pioneer species, although there were a large variability. The results allowed the establishment of 4 classes of species, classified by growth rate and flexibility, with can be used to better recommendation of species to different restoration conditions.
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Padrões de diversidade florística em mosaicos agrícolas do Estado do Pará

GONÇALVES, Igor do Vale January 2018 (has links)
Most tropical landscapes are mainly composed of dynamic mosaics that involve multiple land uses. Changes in land use type have been identified as the main cause of global biodiversity loss. In this scenario, the objective of this thesis was to analyze the patterns of floristic diversity in three agricultural mosaics of the Pará State, Brazil, with the purpose of contributing to the advancement of knowledge about the consequences of changes in land use types in the Amazon context. The patterns of floristic diversity in agricultural mosaics were studied from three perspectives: successional process in agricultural mosaics, estimation of species richness and floristic similarity in different types of land use. The study was carried out in three rural settlements located in the municipalities of Parauapebas, Nova Ipixuna and Pacajá. Each settlement was considered as an agricultural mosaic. Tive collection points were established in nine family ranches of each mosaic. The vegetation was inventoried in three vertical strata and considered trees, shrubs, lianas, herbaceous and palm trees. Nine types of land use were classified. A detrended correspondence analysis revealed the existence of a successional floristic gradient related to land use types in each agricultural mosaic. The progression of succession was greater in agricultural mosaics where the forest cover area was larger and better conserved. The variation of species richness between different rural mosaics and land use types was analyzed at local and landscape scale through rarefaction curves established for three vertical strata of vegetation. Species richness was strongly influenced by the composition of land use types implanted in each farm in the landscape. Secondary forests had greater richness in mosaics with greater forest cover of high richness in the landscape. The Morisita-Hom index was used to compare the floristic similarity between land use types. The fragmentation of the landscape and the lower forest cover had deleterious effects on the average similarity between the land use types of the agricultural mosaics. The highest number of rare species was associated with the land use types most advanced in succession and present in mosaics with higher forest cover. / A maioria das paisagens tropicais é composta principalmente por mosaicos dinâmicos que envolvem múltiplos usos da terra. As mudanças no tipo de uso da terra têm sido apontadas como a principal causa de perda da biodiversidade global. Neste cenário, objetivo desta tese foi analisar os padrões de diversidade florística em três mosaicos agrícolas do Estado do Pará, com a finalidade de contribuir com o avanço do conhecimento sobre as conseqüências das mudanças de tipos de uso da terra no contexto amazônico. Os padrões de diversidade florística em mosaicos agrícolas foram estudados a partir de três perspectivas: processo sucessional em mosaicos agrícolas, estimativa de riqueza de espécies e similaridade florística em diferentes tipos de uso da terra. O estudo foi realizado em três assentamentos rurais localizados nos municípios de Parauapebas, Nova Ipixuna e Pacajá. Cada assentamento foi considerado com um mosaico agrícola. Cinco pontos de coleta foram estabelecidos em nove fazendas familiares de cada mosaico. A vegetação foi inventariada em três estratos verticais e considerou árvores, arbustos, lianas, herbáceas e palmeiras. Nove tipos de uso da terra foram classificados. A análise de correspondência retificada revelou a existência de um gradiente florístico sucessional relacionado com os tipos de uso da terra em cada mosaico agrícola. O avanço da sucessão foi maior nos mosaicos agrícolas em que a área de cobertura florestal era maior e mais bem conservada. A variação da riqueza de espécies entre diferentes mosaicos rurais e tipos de uso da terra foi analisada em escala local e da paisagem através de curvas de rarefação estabelecidas para três estratos verticais da vegetação. A riqueza de espécies foi fortemente influenciada pela composição dos tipos de uso implantados em cada fazenda familiar na paisagem. Florestas secundárias tiveram maior riqueza em mosaicos com maior cobertura florestal de alta riqueza na paisagem. O índice de Morisita-Hom foi utilizado para comparar a similaridade florística entre os tipos de uso da terra. A fragmentação da paisagem e a menor cobertura florestal tiveram efeitos deletérios sobre a similaridade média entre os tipos de uso dos mosaicos agrícolas. O maior número de espécies raras foi associado aos tipos de uso da terra mais avançados na sucessão e presentes em mosaicos com maior cobertura florestal.
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Construção de comunidades vegetais em restauração ativa de savana

Coutinho, André Ganem 19 February 2018 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Ecologia, 2018. / Submitted by Fabiana Santos (fabianacamargo@bce.unb.br) on 2018-09-17T21:23:20Z No. of bitstreams: 1 2018_AndréGanemCoutinho.pdf: 1553511 bytes, checksum: 45d9e3fab7df3d2f95f9b4faba49649c (MD5) / Approved for entry into archive by Fabiana Santos (fabianacamargo@bce.unb.br) on 2018-09-25T19:09:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2018_AndréGanemCoutinho.pdf: 1553511 bytes, checksum: 45d9e3fab7df3d2f95f9b4faba49649c (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-25T19:09:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2018_AndréGanemCoutinho.pdf: 1553511 bytes, checksum: 45d9e3fab7df3d2f95f9b4faba49649c (MD5) Previous issue date: 2018-09-17 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). / Ainda existem vários desafios para a restauraçao de savanas, e entender as trajetórias temporais da comunidade em restauração é uma informação crucial para aprimorar técnicas de restauração. Modelos de construção de comunidades em savanas geralmente consideram apenas a regeneração natural após distúrbios naturais, quando espécies conseguem se regenerar por rebrota, e geralmente focam na sucessão entre estrato herbáceo e, arbustivo e arbóreo. Porém, em áreas severamente degradadas, a capacidade de rebrota é perdida, árvores podem demorar bastante tempo para ter influência nas dinâmicas da vegetação, e espécies invasoras podem dificultar a regeneração. Este estudo teve como objetivo investigar trajetórias iniciais de sucessão, identificando grupos funcionais de espécies nativas (arbustos e gramíneas de crescimento rápido e ciclo curto, gramíneas perenes, e árvores nativas) importantes para regeneração, em restauração ativa de savana no Brasil, numa área de pasto abandonado. Nós buscamos responder às perguntas: a proporção relativa final de nativas depende da proporção inicial? A trajetória sucessional depende do grupo funcional dominante inicialmente? Existe uma substituição de espécies?Nós estabelecemos 111 parcelas na área em restauração, abrangendo diferentes composições iniciais de espécies e grupos funcionais, e medimos a cobertura vegetal durante dois anos. No primeiro ano de monitoramento, os arbustos de ciclo curto e crescimento rápido Lepidaploa aurea, Stylosanthes spp. e o capim anual Andropogon fastigiatus estavam entre as seis espécies com maior cobertura vegetal, mas diminuiram 69%, 78% e 100%, respectivamente, nos dois anos seguintes. Parcelas dominadas por essas espécies foram substituídas principalmente por gramíneas perenes nativas (58% das parcelas), mas também por gramíneas invasoras (22% das parcelas). Parcelas dominadas por gramíneas nativas perenes seguiram diferentes trajetórias: 28% continuaram estáveis, 28% foram substituídas pela árvore de crescimento rápido Tachigali vulgaris, enquanto 36% foram substituídas por composições sem dominância de um único grupo funcional. 74% das parcelas dominadas por gramíneas invasoras (cobertura ≥ 80%)não teve mudança significativa na cobertura vegetal. Gramíneas invasoras aumentaram consideravelmente, atingindo mesma cobertura de nativas após dois anos.. Ainda, aumentaram cobertura relativa em mais parcelas que nativas (72 x 38 parcelas), chegando à substituir 91% da cobertura de nativas, enquanto a maior substituição de exóticas por nativas foi de 44% da cobertura relativa da parcela. Nosso estudo evidencia a ocorrência de trajetórias sucessionais com substituição de espécies de ciclo de vida curto por espécies perenes. Também ressalta a importância do controle de gramíneas invasoras antes da semeadura, que podem invadir novamente caso o banco de sementes não seja adequadamente eliminado. / There are still many gaps to the restoration of savannas, and understanding community trajectories in areas under restoration is a key information to improve restoration methods. Most assembly models for savannas consider only regeneration after natural disturbances, when species are able to resprout, usually focusing on succession from herbaceous to tree layer. However, in severely disturbed areas, resprouting ability is lost, trees may take a long time to influence on vegetation dynamics, and invasive species may reduce regenerationThis study aimed to track initial successional trajectories, and identify functional groups of native species (fast growing and short-lived shrubs and grasses; perennial grasses; and native trees) relevant to regeneration, in restoration of savanna in Central Brazil on abandoned pasture. We aimed to answer the questions: is final relative proportion determined by initial relative proportion? Is successional trajectory dependent on the initial dominant functional group? Are there species turnover in the successional trajectories? We established 111 plots encompassing a range of different initial compositions of species and functional groups, and measured vegetation cover during two years. In the first year of monitoring, the short-lived and fast-growing shrubs Lepidaploa aurea, Stylosanthes spp. and the annual grass Andropogon fastigiatus were among the six species with higher vegetation cover, but decreased 69%, 78% and 100%, respectively, in the following two years. Plots dominated by these species were replaced mostly by perennial grasses (in 58% of the plots), but also by invasive grasses (in 22% of the plots). Plots dominated by native perennial grasses followed different trajectories: 28% remained stable; 28% were replaced by Tachigali vulgaris, a fast-growing tree; 36% were replaced by a composition of mixed functional groups. 74% of the plots dominated by invasive grasses (cover ≥ 80%) didn’t have significant variation on vegetation cover. Invasive grasses strongly increased cover in the restored area, reaching same cover of native species after two years. They also increased relative cover in more plots than the natives (72 x 38 plots), and were able to replace up to 91% of native cover, whereas native species were not able to replace more than 44% of exotic relative cover in any plot. Our study evidence successional trajectories in restoration of savanna in abandoned pasture, with fast species turnover from short-lived to perennial species. We also highlight the importance of pre-sowing control of invasive grasses, which can reinvade the restored area if seed bank is not adequately eliminated.
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Estrutura e riqueza de florestas restauradas por semeadura direta ao longo de 10 anos / Structure and richness of restored forests by direct seeding over 10 years

Freitas, Marina Guimarães 23 February 2018 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia Florestal, Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais, 2018. / Submitted by Fabiana Santos (fabianacamargo@bce.unb.br) on 2018-08-17T20:23:11Z No. of bitstreams: 1 2018_MarinaGuimarãesFreitas.pdf: 2454344 bytes, checksum: b9adbc50856b62c3e59918c0c5757855 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2018-08-20T21:15:37Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2018_MarinaGuimarãesFreitas.pdf: 2454344 bytes, checksum: b9adbc50856b62c3e59918c0c5757855 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-20T21:15:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2018_MarinaGuimarãesFreitas.pdf: 2454344 bytes, checksum: b9adbc50856b62c3e59918c0c5757855 (MD5) Previous issue date: 2018-08-17 / A semeadura direta se apresenta como alternativa para a restauração de florestas tropicais em larga escala, mas pouco é conhecido sobre os processos sucessionais de áreas em restauração via semeadura. Para validar o método e ampliar sua utilização é necessário compreender as mudanças estruturais e de riqueza da vegetação e o seu papel em moldar a trajetória sucessional, quando comparado aos convencionais métodos de regeneração natural e plantio de mudas. O presente estudo avaliou áreas com até 10 anos de restauração na bacia do rio Xingu, Mato Grosso, Brasil. Os objetivos foram (i) descrever as mudanças na estrutura e riqueza da floresta restaurada ao longo de 10 anos; (ii) comparar a estrutura e riqueza entre os métodos de restauração por semeadura direta, a lanço, em linhas e em covas, plantio de mudas e regeneração natural; (iii) avaliar a influência de fatores ambientais e tipo de semeadura direta na variação da estrutura da floresta restaurada. Os parâmetros investigados foram riqueza de espécies, densidade de indivíduos por classe de tamanho, área basal, altura do dossel, biomassa acima do solo e cobertura do dossel. Foram amostradas 72 áreas de semeadura direta de 1 a 10 anos de idade, cinco áreas de plantio de mudas e cinco de regeneração natural, entre 7 e 9 anos de idade. Árvores adultas (≥ 10 cm DBH) foram medidas em parcelas de 500 m2, árvores jovens (H ≥ 1,3 m e < 10 cm DBH) em subparcelas de 100 m2, e regenerantes (0,3 m ≤ H <1,30 m) em subparcelas de 25 m2. As variáveis ambientais avaliadas foram precipitação média anual e o teor de fósforo, porcentagem de areia e saturação por bases do solo. Os atributos estruturais da comunidade cresceram com a idade, com exceção da densidade de regenerantes. As áreas restauradas por semeadura direta formaram dossel aos quatro anos de idade, e espécies não plantadas começaram a colonizar as áreas. As florestas restauradas por semeadura direta são, em geral, estratificadas e possuem altas taxas de biomassa acima do solo. Porém, houve muita variabilidade especialmente após os seis anos de idade. Áreas com mais fósforo tiveram maior desenvolvimento que as demais. Áreas de semeadura direta a lanço tiveram densidade de regenerantes e jovens mais altas que os demais métodos de restauração. Em conclusão, a semeadura direta foi um método de sucesso para a fase inicial da restauração florestal e promove uma estrutura mais similar a áreas resilientes de regeneração natural do que o plantio de mudas. / Direct seeding is presented as a feasible alternative to large-scale forest restoration, but little is known on the successional process of forests restored by direct seeding. To validate the method and spreading its use, it must be understood the changes in forest structure and richness and its role in shaping community trajectory, when compared to the ordinary methods of passive restoration and seedling plantation. I evaluated restoration sites up to 10 years-oldin the Xingu river basin, Mato Grosso, Brazil. My goal was to (i) understand the changes in the vegetation structure and richness in restored forests over 10 years; (ii) compare the methods of restoration by direct seeding, broadcast seeding, seeding in rows, and in holes, seedling plantation, and natural regeneration; (iii) evaluate the influence of environmental variables and direct seeding technique on the variation of forest structure. I evaluated species richness, density of individuals per size classes, basal area, canopy height, above ground biomass, and canopy cover. I sampled of 72 direct seeded sites between 1 and 10 years old, five seedling planting sites, and 5 natural regeneration sites aged 7 to 9 years old. Adult trees (≥ 10 cm DBH) were measured within 500 m2 plots. Saplings (H ≥ 1.3 m and < 10 cm DBH) were measured in 100 m2 subplots, and seedlings (0.3m ≤ H <1.30m) within 25 m2 subplots. I evaluated the environmental factors mean annual precipitation, soil phosphorus content, sand percentage, and soil base saturation. Community structural attributes changed over time, except the density of regenerating individuals. Direct seeding sites formed canopy at age of four years, and non-planted species began to colonize the areas. Direct seeded sites were generally stratified and had high above ground biomass. However, there was much variability especially after the age of six years. Sites with more phosphorous content were more developed than the others. Broadcast seeding sites had higher seedling and sapling densities than other restoration methods. In conclusion, direct seeding was a successful method for the initial phase of forest restoration and promoted a more similar structure to resilient areas of natural regeneration than planting seedlings.
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Restauração de florestas estacionais deciduais de terrenos planos no norte do vão do Rio Paraná, GO

Sampaio, Alexandre Bonesso 06 1900 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Ecologia, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, 2006. / Submitted by Larissa Ferreira dos Angelos (ferreirangelos@gmail.com) on 2009-11-14T13:33:29Z No. of bitstreams: 1 2006_Alexandre Bonesso Sampaio.pdf: 3623809 bytes, checksum: e67f22130e3c4ca667880b37bc035e85 (MD5) / Approved for entry into archive by Gomes Neide(nagomes2005@gmail.com) on 2010-03-29T12:49:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2006_Alexandre Bonesso Sampaio.pdf: 3623809 bytes, checksum: e67f22130e3c4ca667880b37bc035e85 (MD5) / Made available in DSpace on 2010-03-29T12:49:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2006_Alexandre Bonesso Sampaio.pdf: 3623809 bytes, checksum: e67f22130e3c4ca667880b37bc035e85 (MD5) Previous issue date: 2006-06 / As Florestas Estacionais Deciduais em Terrenos Planos (FEDTP) foram amplamente substituídas por extensas pastagens no Norte do Vão do Rio Paranã, Goiás, restando poucos fragmentos que não representam à distribuição original da vegetação. Atualmente a conservação da biodiversidade das FEDTP depende da restauração de parte da vegetação original para aumentar a área e conexão dos fragmentos remanescentes. Os objetivos desta tese foram: (1) estimar a distribuição potencial das FEDTP e identificar áreas prioritárias para a restauração destas florestas; (2)caracterizar a regeneração natural de árvores características de FEDTP em pastagens em uso; (3) testar técnicas de restauração em pastagens abandonadas. A distribuição potencial foi estimada a partir de dados de pH do solo e altitude, gerando um mapa com acurácia de 70%. Nas áreas onde há possibilidade de no passado ter ocorrido FEDTP foram identificados mais de 2.000 ha de Áreas de Preservação Permanente(APP) desmatadas, que foram indicadas como áreas prioritárias para a restauração das FEDTP. Ao se amostrar as áreas de pastagens produtivas, verificou-se que em vários casos a densidade e riqueza de regenerantes de árvores nas pastagens onde havia FEDTP é comparável ao encontrado em fragmentos de floresta não perturbados.Verificou-se ainda que a densidade de regenerantes nas pastagens em uso independe da idade do pasto. Apenas pastagens com 25 e 40 anos apresentaram uma significativa1redução na riqueza de regenerantes. Com os experimentos realizados para testar técnicas de restauração verificou-se que o gradeamento do solo retardou a restauração,enquanto que o plantio de mudas de árvores aumentou o número de espécies arbóreas, apesar de não ter diferido na densidade de regenerantes encontrados no controle. Apesar da alta sobrevivência de mudas plantadas sem a retirada das gramíneas, o crescimento da regeneração natural foi maior na área onde houve o controle das gramíneas. Dada a importante regeneração natural de árvores de FEDTP nos pastos, a sucessão natural é capaz de iniciar apenas com a interrupção das atividades de pastejo. Como conclusão geral, verificou-se que há pelo menos 2.000 ha de pastagens que deveriam por lei estar conservando vegetação nativa, como as Áreas de Proteção Permanente. Nestes pastos há considerável regeneração natural e para restaurá-las a melhor forma é interromper as perturbações e reintroduzir apenas aquelas espécies que regeneram exclusivamente nas florestas. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Seasonal Deciduous Forests on flat terrain (FEDTP) were widely converted to pastures in the North of The Paranã River Valley, Goiás County, remaining few forest fragments which do not correspond to the original vegetation distribution. The FEDTP biodiversity conservation depends on the restoration to increase the size and connection of forest fragments. The aims of this dissertation were: (1) to estimate the FEDTP potential distribution and to identify priority areas for restoration efforts; (2) to characterize the natural regeneration of FEDTP tree species on productive pastures; (3) to test restoration techniques on abandoned pastures. To achieve the first aim, the FEDTP potential distribution was estimated by the soil pH and altitude characteristics of remnant fragments. The potential distribution map was generated with 70% accuracy. Were identified 2,000 ha of deforested protected areas (Áreas de Proteção Permanente), where there is some chance to original occurrence of FEDTP. Those areas were indicated as priority areas for restoration of FEDTP. In the potential distribution area of FEDTP, the productive pastures have a considerable natural regeneration of trees comparable to the tree regeneration in forest fragments. The density of tree stems did not vary with the age of the pasture, but the 25 and 40-year-old pastures had lower species richness of tree stems. Abrupt restoration techniques as soil plowing disturbed the natural regeneration and, in fact, retarded the succession. Planting tree seedlings, without cleaning the grass cover, resulted in an elevated survival of seedlings which was not sufficient to overcome the natural regeneration in terms of density. However, planting seedlings increased the species richness of trees. The growth of natural established stems was higher with the grass cleaning, even though the high survival of planted seedlings. The important natural regeneration of FEDTP trees on pastures means that the succession may begin with only the abandonment of human disturbances and we recommend only enrichment planting of seedlings that do not occur naturally in pastures.
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Diversidade funcional de plantas lenhosas em resposta a gradientes sucessionais e edáficos

Pinho, Bruno Ximenes 06 June 2014 (has links)
Submitted by Amanda Silva (amanda.osilva2@ufpe.br) on 2015-03-11T14:42:25Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) DISSERAÇÃO Bruno Ximenes Pinho.pdf: 2949861 bytes, checksum: f7ac9f8d88dddcd169532c953876e3b9 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-11T14:42:25Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) DISSERAÇÃO Bruno Ximenes Pinho.pdf: 2949861 bytes, checksum: f7ac9f8d88dddcd169532c953876e3b9 (MD5) Previous issue date: 2014-06-06 / A sucessão florestal é um tema central na ecologia e provê um cenário ideal para entender como assembleias de plantas são organizadas, mas os mecanismos que determinam a substituição de espécies ao longo de gradientes sucessionais e ambientais raramente são examinados. A partir de uma perspectiva funcional, com base em atributos foliares, nós testamos a hipótese de que fatores edáficos determinam o sucesso de diferentes estratégias ecológicas vegetais e o papel de diferentes processos ecológicos (filtros ambientais e limitação de similaridade), definindo assim mudanças na composição e estrutura de comunidades vegetais, em uma sucessão florestal secundária. Adicionalmente, avaliamos a validade do método de classificação de tipos funcionais CSR para plantas lenhosas em florestas tropicais, testando em seguida os pressupostos da “Teoria CSR”, que prevê o envolvimento de estratégias ecológicas vegetais na sucessão com base em um triplo trade-off na evolução das plantas, associados à capacidade das espécies competirem por recursos (C), tolerarem estresses (S) e responderem a distúrbios (R). Ao longo da sucessão, a fertilidade e o pH do solo apresentaram uma forte tendência de redução, explicando a progressiva substituição de espécies com alta capacidade de competir por recursos e crescer rapidamente, em estágios iniciais, por outras mais tolerantes a estresses, com tecidos densos e baixa demanda por recursos dos solos, que dominaram estágios sucessionais avançados e florestas maduras. No início da sucessão, a complementariedade de nicho foi o principal determinante da ocorrência e abundância das espécies, provavelmente como resultado de interações antagônicas, que podem limitar a similaridade entre as espécies que co-ocorrem em uma comunidade. No entanto, com a redução da disponibilidade de nutrientes e aumento da acidez dos solos, filtros abióticos se tornaram progressivamente mais preponderantes, restringindo gradualmente a diversidade de estratégias vegetais de aquisição e uso de recursos, ao longo da sucessão. Relações multivariadas entre os atributos foliares das espécies demonstraram a consistência dos trade-offs observados em outros contextos e utilizados como base para a construção do método de classificação CSR. O método também foi capaz de explicar as mudanças sucessionais observadas em concordância com a teoria CSR, i.e. a substituição gradual de espécies com caráter competitivo por plantas mais tolerantes a estresses. Em resumo, esses resultados sugerem que fatores edáficos e processos de nicho determinam fortemente padrões de distribuição, abundância e coexistência de espécies em florestas tropicais; e que a Teoria CSR pode ser amplamente utilizada para quantificar, comparar e prever a estrutura de comunidades com base em estratégias adaptativas vegetais.
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Changes in soil and vegetation attributes during lowland Atlantic forest succession in Brazil / Mudanças nos atributos do solo e vegetação durante a sucessão de florestas de tabuleiro no Brasil

Safar, Nathália Vieira Hissa 09 March 2018 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2018-08-15T12:50:42Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 1096026 bytes, checksum: 94757b424c78b7d4e3778473e3f61d24 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-15T12:50:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 1096026 bytes, checksum: 94757b424c78b7d4e3778473e3f61d24 (MD5) Previous issue date: 2018-03-09 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Distúrbios antrópicos, como a fragmentação e o desmatamento, causam a perda de biodiversidade e estoque de carbono, afetam a produção de serapilheira, causam mudanças drásticas no microclima no chão da floresta o que afeta a dinâmica dos nutrientes do solo, e consequentemente, afetam o funcionamento do ecossistema. Após uma floresta sofrer distúrbio se inicia um processo de sucessão secundária, que envolve mudanças nas comunidades de plantas e animais (principalmente artrópodes), no estoque de carbono, produção de serapilheira e nas propriedades do solo. A Mata Atlântica brasileira é uma das florestas tropicais mais diversas e ameaçadas do mundo, e sua paisagem é composta principalmente por pequenos fragmentos que se encontram em algum estádio de regeneração devido à impactos humanos passados. Esses fragmentos em regeneração desempenham um importante papel na mitigação do carbono e na conservação da biodiversidade. Para investigar as mudanças ao longo da sucessão e a resiliência de florestas de tabuleiro, nós estabelecemos três objetivos principais: (i) avaliar os efeitos do corte raso, com remoção total das árvores, nas propriedades químicas do solo e sua resiliência; (ii) avaliar os efeitos da sucessão na riqueza e composição de árvores e formigas, estoque de carbono total e acima do solo, nos componentes do solo (C orgânico, P, Al 3+ e soma de bases); e (iii) o tempo que as florestas de tabuleiro em regeneração levariam para atingir os níveis de florestas maduras próximas, para cada parâmetro. Este estudo foi conduzido em florestas preservadas e florestas em regeneração do norte do Espírito Santo, Brasil. Para atingir o objetivo (i) analisamos e comparamos dados de solo (pH, P, Al 3+ , K + , Ca 2+ + Mg 2+ ), coletados em dois momentos (1978, 2017), de uma floresta madura (controle) e uma floresta próxima que sofreu corte raso como parte de um experimento de longo prazo realizado em 1980, na Reserva da Vale (Espírito Santo, Brasil). Para atingir os objetivos (ii-iii) nós adotamos uma abordagem de cronossequências utilizando duas florestas maduras e onze florestas em regeneração com diferentes idades, distribuídas nas regiões Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia, Brasil. Ao avaliar os efeitos do corte raso nas propriedades do solo, nossos resultados mostraram que não houve diferenças significativas entre os tratamentos para nenhum dos componentes do solo (LMM; p>0.05). Sendo assim, ambas as florestas apresentaram a mesma dinâmica do solo ao longo dos 39 anos: aumento de pH (LMM; p<0.01) e diminuição de Al 3+ trocável ao longo dos anos (LMM; p<0.001), ausência de mudanças nos níveis de P, K + e Ca 2+ + Mg 2+ (LMM; p>0.05). Estes resultados sugerem que o P disponível e as bases trocáveis, K + e Ca 2+ + Mg 2+ , sejam resistentes ao corte raso de árvores. Outros estudos comparando estes resultados com a dinâmica das árvores das mesmas áreas ajudarão a esclarecer e entender o padrão encontrado. Além disso, ao avaliar os efeitos da regeneração nos atributos florestais, encontramos relações positivas e significativas (p<0.001) entre a idade do fragmento e a riqueza e composição arbórea, a composição de espécies de formigas e o estoque de carbono total e acima do solo, sugerindo que estes parâmetros podem ser usados como indicadores de recuperação florestal. No entanto, não encontramos relação entre as propriedades do solo e o avanço da sucessão (p>0.05). Este estudo prevê que as florestas de tabuleiro em regeneração levariam cerca de 57-126 anos para recuperar a riqueza e composição de espécies de árvores e formigas, e levariam muito mais, cerca de 188 anos para recuperar o estoque total de carbono. Além disso, essas florestas estão potencialmente sequestrando 1.04 Mg C ha - yr -1 , portanto contribuindo com um importante serviço ecossistêmico que é o sequestro de CO 2 . Nossas descobertas sugerem que a riqueza de formigas e os solos de florestais ombrófilas do norte do Espírito Santo podem ser resistentes a distúrbios antrópicos. Por fim, nossos resultados mostram que as florestas de tabuleiro são resilientes, porém levariam aproximadamente de 50 a 200 anos para recuperar o estado original de biodiversidade e funcionamento ecossistêmico, evidenciando a necessidade imediata de desenvolver estratégias para selecionar áreas com maior potencial de regeneração natural. / Human disturbances, such as fragmentation and clear-cut logging, cause the loss of biodiversity and carbon stock, affect litter production, cause microclimatic changes at the forest floor, which affect soil nutrient dynamics, and consequently affect the ecosystem functioning. After a disturbance the process of secondary succession begins, which involves changes in plant and animal communities (mainly arthropods), carbon stock, litter production and soil properties. The Brazilian Atlantic forest is one of the most diverse and threatened tropical forest in the world, and its landscapes are mainly composed by small fragments that are in some stage of recovery from past human disturbance. These second-growth fragments have an important role in carbon mitigation and biodiversity conservation. To investigate the changes during forest succession and the resilience of lowland rain forests, we established three main objectives: (i) to assess the effects of whole-tree logging forest clearance on soil properties and their dynamics; (ii) to assess the effects of stand age on tree and ant species richness and composition, aboveground and total C pool, and soil nutrients (organic C, P, Al 3+ and sum of bases) and (iii) to estimate the time secondary lowland forests take to reach the mature forests levels for each parameter. This study was conducted in old-growth and second-growth lowland rain forests from northern Espírito Santo State, Brazil. To accomplish the objective (i) we analyzed and compared soil data (pH, P, Al 3+ , K + , Ca 2+ + Mg 2+ ), collected in two moments (1978, 2017), from an old-growth forest (control) and one adjacent forest that was cleared as part of a long-term experiment performed in 1980, at the Vale Natural Reserve (Espírito Santo State, Brazil). To accomplish the objective (ii-iii) we adopted a chronosequence approach with two old-growth and 11 second-growth forests at different ages, distributed in the northern Espírito Santo and southern Bahia States, Brazil. When assessing the effects of forest clearance on soil properties, we found no significant differences between treatments for any soil component (LMM; p>0.05). Thus, both forests showed the same soil dynamic along the 39 years of interval: increasing pH (LMM; p<0.01), and decreasing Al 3+ over the years (LMM; p<0.001), and no changes in P, K + and Ca 2+ + Mg 2+ (LMM; p>0.05). This result suggest that available P, and exchangeable bases K + , Ca 2+ + Mg 2+ may be resistant to whole-tree removal. Further studies comparing our results regarding the effects of forest clearance on soil properties with the long-term tree dynamic of similar forested areas will help to clarify and understand the pattern found. Moreover, when assessing the effects of forest regeneration on forest attributes, we found positive significant relations (p<0.001) between stand age and tree species richness and composition, ant species composition and carbon pool (total and aboveground), suggesting that these parameters can be used as indicators of forest recovery. However, we found no relationship between soil properties and forest regeneration (p>0.05). This study predicts that secondary lowland rain forests would take several years (57-126 yr) to recover species richness and composition, and much longer, 188 yr to recover C pool, and that these forests are potentially sequestering 1.04 Mg C ha -1 yr -1 , thus contributing to the important ecosystem service of CO 2 sequestration. Our findings suggest that ant species richness and soils of lowland forests can be resistant to human disturbances. Finally, our results indicate that lowland second-growth forests are resilient, but it would take approximately 50 to 100 years to recover the original state of biodiversity and ecosystem functioning, evidencing that we urgently need to develop strategies for selecting areas with highest natural regeneration potential.
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Caracterização ecofisiológica de espécies nativas da Mata Atlântica sob dois níveis de estresse induzidos pelo manejo florestal em área de restauração florestal no Estado de São Paulo / Ecophysiology of native species of the atlantic forest under two environmental stress levels induced by silvicultural practices in a restored area of Sao Paulo State

Cláudia Maria Iannelli Servin 19 April 2007 (has links)
Com o objetivo de estudar o desenvolvimento de espécies florestais nativas em área de restauração florestal e sob diferentes condições de estresse, foi avaliado o desempenho e respostas de 20 espécies florestais nativas crescidas sob duas diferentes condições de manejo, que resultam em maior (manejo usual) e menor nível de estresse (manejo máximo, com maiores doses de fertilizantes e sempre livre de matocompetição). As parcelas foram selecionadas em experimento instalado na Estação Experimental de Anhembi, da USP (latitude 22&#176;47&#39; S e longitude 48&#176;09&#39; W), implantado em área de pastagem degradada em março de 2004, e avaliado aos 2,5 anos. As parcelas experimentais selecionadas estavam no espaçamento de 3 m x 2 m, possuindo 1270 m2 de área total e 792 m2 de área útil, com 132 plantas mensuráveis, com quatro repetições. As variáveis de crescimento estudadas foram: altura, diâmetro a 30 cm do solo, volume e área foliar específica) e as fisiológicas foram: fotossíntese, clorofila a, clorofila b, clorofila total, proteínas totais solúveis, teores foliares de macronutrientes. Mediram-se todas as plantas para as variáveis dendrométricas e três plantas médias, para as análises fisiológicas. Os resultados foram analisados como um fatorial 2x2, sendo os fatores grupo sucessional (pioneiras e não pioneiras) e manejo (usual e máximo). As espécies pioneiras apresentaram maiores valores de crescimento e sobrevivência que as espécies não pioneiras, independentemente do manejo utilizado. Os volumes das espécies pioneiras foram 27 maiores que as não pioneiras sob manejo usual e de 5 vezes maiores sob manejo máximo. O manejo silvicultural máximo, que propicia menor estresse ambiental, apresentou maiores valores de crescimento e sobrevivência que o manejo usual, com maior estresse ambiental, independentemente do grupo sucessional. O volume do manejo máximo foi de 4,6 vezes maior que no manejo usual para as pioneiras e de 25,5 vezes maior para as não pioneiras. As espécies pioneiras apresentaram maiores atividades fotossintéticas (fotossíntese, clorofila a e proteínas solúveis totais) que as espécies não pioneiras, independentemente do manejo utilizado. As taxas de fotossíntese das espécies pioneiras foram 52% maiores que as não pioneiras sob manejo usual e de 40% maiores sob manejo máximo. O manejo silvicultural máximo apresentou maiores valores das variáveis fisiológicas do que o manejo usual, independentemente do grupo sucessional. A taxa de fotossíntese do manejo máximo foi 18% maior que o manejo usual para as pioneiras e de 30% maior para as não pioneiras. As não pioneiras apresentaram, em média, maior flexibilidade que as espécies pioneiras, apesar de não significativo, dada a alta variabilidade da flexibilidade das espécies dentro dos grupos. Com base nos resultados, e para fins de orientação na escolha das espécies para plantio de acordo com as práticas silviculturais a serem utilizadas (com maior ou menor aliviação dos estresses), propôs-se que as espécies nativas sejam agrupadas em 4 classes, de acordo com o seu ritmo de crescimento e nível de flexibilidade volumétrica. / The study purpose is to evaluate the development of 20 native species in a area under restoration and submitted to two levels of environmental stress according to silvicultural practices. The usual practices has a higher level of stress and the maximum practices resulted in a lower level of stress, due to a higher fertilization regime and a complete weed-control. The experimental plots were selected from a experiment located on the Experimental station of USP in Anhembi (22&#176;47&#39; S and 48&#176;09&#39; W), planted in a pasture in march 2004, and evaluated at 2,5 years-old. The plots were planted in a 3 m x 2 m spacing, with 1270 m2 of total area and 792 m2 of usable area, with 132 trees, with four replications. The variables measured were high, diameter at 30 cm and volume. Physiological variables included photosynthesis, a b and total chlorophyll, total soluble proteins and leaf macronutrients, besides specific leaf area. All trees of each plot were measure for growth estimates and three trees per species and management for the physiological variables. The analysis were done considering a 2 x 2 factorial design with the factors ecological group (pioneers and non pioneer) and silviculture (usual and maximum). The pioneer species had a better growth than non pioneer. The volume of the pioneer species were 27-fold larger than non pioneers under usual silviculture and 5- fold larger under maximum silviculture. The maximum silviculture showed a 4,6-fold larger volumetric growth compared with the usual silviculture dor pioneers species, and 25,5-fold larger growth for non pioneer ones. Pioneer species also showed larger physiological metabolisms than non pioneer ones. Photosynthesis of the pioneers were 52% larger than the non pioneer under usual silviculture and 40% under maximum silviculture. Photosynthesis were also enlarged by maximum silviculture between 18 and 30%. In general, non pioneer species were more flexible (larger responses to the alliviation of stress) than pioneer species, although there were a large variability. The results allowed the establishment of 4 classes of species, classified by growth rate and flexibility, with can be used to better recommendation of species to different restoration conditions.
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Lianas hiperabundantes como filtros ecológicos para a sucessão secundária em fragmentos florestais degradados / Hyper-abundant lianas as ecological filters for secondary succession in degraded forest remnants

Ricardo Gomes Cesar 14 February 2014 (has links)
O histórico processo de destruição da cobertura vegetal das florestas tropicais restringiu parte significativa das formações naturais deste bioma a fragmentos florestais pequenos e isolados. Nesse contexto, espécies ruderais de lianas podem se proliferar e rapidamente cobrir o dossel da floresta, prejudicando os indivíduos arbóreos e estagnando ou até mesmo regredindo os processos de sucessão florestal. O presente trabalho busca analisar as barreiras ecológicas que impedem a sucessão florestal em fragmentos florestais degradados dominados por lianas hiperabundantes, fornecer subsídios para estratégias de intervenção visando à restauração da estrutura e composição destes fragmentos e avaliar os efeitos iniciais do corte de lianas na dinâmica e crescimento da comunidade arbórea florestal. Para isso, foram instaladas 35 parcelas em um fragmento de floresta estacional semidecidual degradado e isolado pertencente ao bioma da Mata Atlântica, sendo cinco parcelas instaladas em setores menos degradados, e 30 em setores degradados dominados por lianas hiperabundantes. Destas 30 parcelas, cortaram-se todas as lianas em 20 parcelas, e avaliou-se a chegada de sementes, emergência e estabelecimento de plântulas e crescimento dos indivíduos arbóreos comparativamente entre parcelas com e sem manejo de lianas. Parâmetros da comunidade arbórea foram correlacionados com a densidade de lianas a fim de entender as relações entre estas formas de vida. O tempo necessário para o manejo de lianas foi quantificado e correlacionado com parâmetros da floresta a fim de entender quais fatores afetam o rendimento operacional desta atividade e o plantio de mudas foi testado em parcelas com e sem lianas, como técnica complementar ao manejo. Por fim, analisou-se o efeito do corte de lianas na produção de serapilheira, abertura de dossel, mortalidade dos indivíduos arbóreos e estocagem de carbono na parte aérea dos indivíduos arbóreos. Lianas não afetam a chegada de sementes ou a emergência de plântulas em fragmentos florestais degradados, porém diminuem o estabelecimento de plântulas pioneiras (provavelmente por sombreamento); no entanto, indivíduos arbóreos pioneiros compartilham habitat com as lianas, enquanto que espécies não-pioneiras têm a estrutura e diversidade de suas populações correlacionadas negativamente com a densidade de lianas. A quantidade de homens-hora para o corte de lianas em fragmentos degradados é muito maior que valores estimados para fragmentos florestais conservados, e é inversamente correlacionada com a densidade e área basal das lianas e positivamente relacionado com a densidade e área basal dos indivíduos arbóreos. O corte de lianas alterou a abertura do dossel no curto prazo e a produção de serapilheira, além de aumentar a estocagem de carbono para indivíduos arbóreos menores. O corte de lianas não afetou a mortalidade dos indivíduos arbóreos. Lianas hiperabundantes podem estagnar e até mesmo retroceder a sucessão florestal em fragmentos florestais e o corte de lianas é uma estratégia efetiva para recuperar estes processos. No entanto o manejo deve ser feito de forma contínua, dada a elevada resiliência comunidade de lianas ruderais. O plantio de mudas apresentou alta mortalidade e só é recomendando em casos de elevada abertura de dossel e baixa densidade de indivíduos arbóreos estabelecidos. / The historical human-mediated loss of tropical forest cover has beleaguered significant portions of these biomes in small and degraded forest remnants scattered on the landscape. In this context, ruderal liana species may proliferate and quickly dominate forest canopy, hindering tree individuals and arresting or even reversing forest succession. This study aims at analyzing the ecological barriers that halt forest succession in degraded forest remnants dominated by hyper-abundant lianas, providing ground to develop intervention strategies to restore structure and composition of these remnants and assess the early effects of liana cutting on the dynamic and growth of the forest tree community. We installed 35 plots in a degraded and isolated semideciduous seasonal forest remnant, from which five were installed in less degraded sectors of the forest remnant and 30 were installed in degraded sectors, dominated by hyper-abundant lianas. We chose 20 out of the 30 plots to undergo cutting of all lianas. We compared seed arrival, seedling emergence and establishment and growth of established adult tree individuals among control and liana cutting plots. Tree community parameters were correlated with liana density in order to understand the relation of these two life forms in the degraded forest. Time required, in man-hours, for liana cutting was quantified and correlated with tree and liana community parameters in order to provide ground for estimating labor requirements in similar situations; seedling planting was tested as a complimentary restoration technique. Finally, we assessed the early effects of liana cutting on canopy openness, litter production, tree mortality and carbon stored in the tree community. Lianas do not affect seed arrival or seedling emergence in degraded forest remnants, however, they do increase pioneer seedling mortality (probably through shading); at the same time, established pioneer individuals share habitat with lianas, while non-pioneers have the structure and diversity of their community negatively correlated with liana density. Manhours needed for liana cutting in degraded forest remnants are much higher than estimates for mature forests, and it is inversely correlated with liana density and basal area and positively correlated with tree density and basal area. Early effects of liana cutting included increased canopy openness, reduced litter production and increased carbon uptake by smaller trees. Liana cutting did not affect established trees mortality. Hyper-abundant lianas may stagnate and even reverse forest succession in degraded forest remnants and liana cutting is an effective strategy to recuperate sucessional processes. However, liana cutting must be carried out periodically, given the high resilience of ruderal lianas populations. Seedlings planting had high mortality and it is recommended only when canopy openness is high and density of established tree individuals is low.

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