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ANÁLISES MORFOFISIOLÓGICAS DE PLANTAS DE PAU-BRASIL (Caesalpinia echinata Lam.) CULTIVADAS EM PLENO SOL E EM SOMBREAMENTO NATURALGAMA, V. N. 26 February 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-02-26 / Os relatos contraditórios quanto às adaptações funcionais sob irradiância do pau-brasil (Paubrasilia echinata Lam.) podem ter relação com a divergência morfológica refletida por variações genéticas entre populações desta espécie. Este fato dificulta uma classificação precisa deste vegetal para propagação e manutenção de mudas, bem como reintrodução ex situ à floresta atlântica brasileira. Com o intuito de fornecer informações mais precisas para a
conservação e promoção de manejos florestais mais adequados com P. echinata, o objetivo deste trabalho foi caracterizar as respostas morfofisiológicas e bioquímicas de três morfotipos de pau-brasil: o pequeno (SV small variant), médio (MV medium variant) e grande (LV
large variant), em relação à irradiância. Em um primeiro trabalho realizaram-se medidas de crescimento, trocas gasosas, teores de compostos fenólicos, atividade de enzimas antioxidantes (CAT, APX, POD e PPO) e concentração de auxinas totais dos três morfotipos sob 100% e 15% de irradiância. Registrou-se que o metabolismo secundário, o processo antioxidativo, os parâmetros da fotossíntese e crescimento apontam o LV e o MV como variações morfológicas com tendências para plantas heliófilas. Diferentemente do SV que se
apresentou tendente à umbrófila. Essa divergência adaptativa sob a alta irradiância entre os morfotipos de pau-brasil instigaram o desenvolvimento de um segundo trabalho, buscando avaliar os efeitos da suplementação da radiação UV-B incidente a um morfotipo heliófilo, o MV e um umbrófilo, o SV. Para isso, realizaram-se medidas de crescimento, fotossíntese, teores de compostos de absorção do UV, carboidratos estruturais e não estruturais, bem como quantificação de teores de peróxido de hidrogênio e malonaldeído (MDA). O efeito da UV-B mostrou-se positivo no MV, uma vez que melhorou sua eficiência fotoquímica e otimizou suas trocas gasosas e crescimento. A incidência de UV-B causou efeitos adaptativos em MV que se apresentou com alto grau de tolerância a essa radiação. Este fato pode ser explicado
pelo comportamento heliófilo deste morfotipo, com tolerância a ambientes com prevalência de alta irradiância ricos em UV. Pro outro lado, a incidência da radiação estimulou efeitos fotoinibitórios no SV, que apresentou menor crescimento, menor taxa fotossintética e alta respiração. O aumento dos teores de peróxido de hidrogênio estimularam danos oxidativos em
SV traduzidos visivelmente em áreas cloróticas foliares que evoluíram para necrose e abscisão foliar. Partindo de relatos de trabalhos florísticos já publicados quanto à incidência natural dos morfotipos de P. echinata, observa-se que o SV pode ser encontrado, predominantemente, em matas umbrófilas densas ou matas de tabuleiro com alto sombreamento; enquanto o MV e o LV podem ser encontrados em regiões com prevalência de matas mais abertas, com mais clareiras e maior irradiância. Conclui-se que as diferenças exibidas pelos três morfotipos de pau-brasil quanto à irradiância contrastante e à exposição da radiação ultravioleta-B (UV-B) apresentadas neste trabalho parecem refletir as condições preponderantes de seus centros de origem. Neste sentido, sugere-se a utilização do SV, com características umbrófilas, para recuperação de áreas de mata atlântica mais densa, com prevalência em regiões pluviais e litorâneas úmidas. Já quanto ao MV e ao LV, recomenda-se
seus plantios em matas estacionais deciduais e semideciduais da floresta atlântica, com prevalência de clareiras e altas irradiâncias.
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Manejo de floresta estacional semidecídua secundária em Pirenópolis, GoiásVenturoli, Fábio 11 1900 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia Florestal, 2008. / Submitted by Fernanda Weschenfelder (nandaweschenfelder@gmail.com) on 2009-09-09T20:56:06Z
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Previous issue date: 2008-11 / As florestas estacionais semidecíduas secundárias, que ocorrem naturalmente fragmentadas no bioma cerrado, apresentam potencial para implantação de técnicas de manejo florestal sustentável, por possuírem inúmeras espécies madeireiras que foram e continuam sendo exploradas desordenadamente para abastecer o mercado consumidor. Nesse trabalho analisou-se a dinâmica de uma comunidade florestal semidecídua secundária, em Pirenópolis, Goiás, sob influência de um gradiente ambiental de umidade, determinado pela proximidade a um córrego em um extremo e um cerrado em outro, nas partes mais altas do relevo. O delineamento foi em blocos casualizados e as intervenções silviculturais (tratamentos) consistiram em liberação de competição, corte de cipós, plantio de enriquecimento e um controle. Estas foram consideradas de baixo impacto e visaram liberar da competição, árvores com características silviculturais desejáveis, testando a hipótese de que essas intervenções silviculturais vão acelerar o crescimento das árvores, sem favorecer a invasão por espécies oportunistas que possam interferir negativamente na dinâmica da regeneração natural. Após quatro anos da implantação do experimento, em 2007, foi analisada a dinâmica das espécies, em nível de populações e de comunidade. Durante esse período, a regeneração natural foi quantificada e qualificada, em nível de plântulas (H<1m) e arvoretas (H>1m e CAP<9cm), nas diferentes estações climáticas (chuvosa e seca), correlacionando-as com o estrato superior de árvores adultas, para verificar o estágio de sucessão atual da floresta, pela similaridade florística. Além disso, foram mensuradas as características ambientais das parcelas, que foram analisadas por meio de Análises de Correspondência Canônica, buscando identificar padrões de desenvolvimento e sucessão na comunidade que poderiam estar relacionados com os fatores ambientais. Os resultados encontrados permitiram concluir que a floresta estacional semidecídua secundária em estudo, respondeu favoravelmente ao sistema de manejo florestal proposto, confirmando a hipótese inicial. Nas populações, as taxas de mortalidade não estiveram relacionadas aos tratamentos silviculturais, nem aos ambientes, sugerindo que ocorreram seguindo a sucessão florestal natural na área. Na comunidade, a taxa de mortalidade média anual (1%.ano-¹) foi considerada baixa em relação a outros trabalhos, nessa mesma fisionomia e em outras formações florestais. Os incrementos diamétricos nas populações variaram de 0,26cm.ano-¹ na testemunha a até 0,31cm.ano-¹ nos tratamentos, diferindo-os significativamente com a testemunha (Mann-Whitney U, p<0,05). A população de plântulas foi mais dinâmica do que a de arvoretas, variando em função da estacionalidade climática e dos estágios de sucessão dessas populações. Os gradientes ambientais, de influência ripária ao cerrado influenciaram mais a composição florística em regeneração do que os tratamentos silviculturais, como esperado. A alta similaridade florística entre os estratos inferiores e superiores da floresta, confirmou o estágio avançado de regeneração dessa capoeira e seu potencial de manejo foi evidenciado também pela presença de espécies de alto valor comercial na regeneração natural, como Hymenaea courbaril, Astronium fraxinifolium, Virola sebifera, Copaifera langsdorffii, Apuleia leiocarpa, Aspidosperma discolor, Vochysia haenkeana, V. tucanorum, Qualea multiflora, Handroanthus inpetiginosus e Anadenanthera macrocarpa. O comportamento das espécies nativas introduzidas no sistema de enriquecimento, Myracrodruon urundeuva e Dipteryx alata, mostrou que é possível aumentar o valor comercial dessas florestas, para torná-las mais rentáveis economicamente, o que contribui para a conservação desses ecossistemas e na melhoria da qualidade ambiental. A qualificação do regime luz foi essencial para confirmar a hipótese de que o crescimento das espécies esteve relacionado aos tratamentos silviculturais. Foi constatado que as estações climáticas (seca e chuvosa) alteraram significativamente a cobertura do dossel, sendo que na estação seca a porcentagem de sombreamento no sub-bosque foi em média 20% menor do que na estação chuvosa. Entre os tratamentos esta variou de 93% a 94% na chuva a entre 77% a 80% na seca, contra 97% na chuva e 87% na seca, na testemunha. As informações obtidas através desse estudo de manejo florestal, em longo prazo, podem ser úteis para prognosticar o crescimento, em nível de populações, identificando e definindo o potencial das espécies nesse sítio. Concluiu-se que o manejo florestal estudado pode e deve ser difundido, inclusive como forma de viabilizar os projetos de manejo nos vários fragmentos florestais encontrados na região, conservando-os e gerando inúmeros benefícios ambientais e renda extra para a população rural.
_______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The seasonal semi-deciduous secondary forests, which occur naturally fragmented in the cerrado biome, should be managed due to the presence of many timber species with commercial value, which were and still are being deliberately explored in order to supply the consumer market. In this study the dynamics of a semideciduous secondary forest community was analyzed in Pirenópolis, Goiás, Brazil. The environment is a sloping secondary forest bordering the riverine vegetation around Grota da Mina stream in one side and a cerrado vegetation on another side of the study-site. In 2003, 16 plots were established that were submitted to four treatments, three involved thinning, cutting vines and enrichment with native species and one control. The design was randomized blocks following a humidity gradient. The treatments were considered of low impact, mainly aiming to increase the growth of trees by reducing competition, testing the hypothesis that these treatments will increase the growth of the trees without allowing exotic grasses invasion that may cause a negative interference on the natural regeneration dynamics. After four years, in 2007, the species population and community dynamics were examined. During this period, the seedlings (H <1m) and poles (H> 1m and CAP <9cm) natural regeneration was quantified and qualified during the wet and dry seasons, correlating them with the trees (CAP>9cm), to check the current stage of the forest succession by the floristic similarity. In addition, the environmental characteristics of plots were measured and analyzed by Analysis of Canonical Correspondence, trying to identify patterns of development and succession in the community that could be related to environment. The results indicated that this seasonal semi-deciduous secondary forest management was successful, confirming the hypothesis. The mortality rates were not related to the treatments or to the environment, suggesting that occurred naturally in the forest succession. In the species community, the annual mortality rate (1%.y-¹) was low compared to other studies in that same physiognomy and in other forest formations. The diameter increase ranged from 0.26cm.y-¹ (control) to 0.31cm.y-¹ (treatments) and significant differences was found compared to the control (Mann-Whitney U, p <0.05). The seedlings population was more dynamic than the poles depending on the weather seasons. The regeneration was more influenced by the environmental gradients than the treatments, as expected. The high floristic similarity between the seedlings, poles and trees confirmed the advanced stage of regeneration of this secondary forest and its potential for management was also evidenced by the presence of high commercial value species in natural regeneration, such as Hymenaea courbaril, Astronium fraxinifolium, Virola sebifera, Copaifera langsdorffii, Apuleia leiocarpa, Aspidosperma discolor, Vochysia haenkeana, tucanorum, Qualea multiflora, Handroanthus inpetiginosus and Anadenanthera macrocarpa. The development of Myracrodruon urundeuva and Dipteryx alata introduced in the forest (enrichment) confirmed that it is possible to increase the commercial value of these forests making them more economically profitable, which contributes to the conservation of these ecosystems and improving the environmental quality. The degree of light inside the forest were essential to confirm the hypothesis that species growing was related to the treatments. It was found that the weather seasons changed the coverage of the canopy. In the dry season, the shade was 20% lower than in the rainy season. Among the treatments, the shade ranged from 93% to 94% in the rain to 77% to 80% in the dry season, compared to 97% in the rain and 87% in the dry season on the control plots. The information obtained through this forest management study, in long term, may be useful to predict growth, identifying and defining the potential of the species in this site. It was concluded that the studied forest management should be divulged, even as a way to make viable the forest projects management in the forest fragments found in the region, preserving them and generating numerous environmental benefits and extra income for the rural population.
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Restauração florestal no sul da Amazônia : métodos para romper barreiras à regeneração naturalRezende, Gustavo Mariano 31 May 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, 2016. / Submitted by Camila Duarte (camiladias@bce.unb.br) on 2016-09-20T15:30:45Z
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2016_GustavoMarianoRezende.pdf: 3620865 bytes, checksum: d30ba98e1a66ff33f7ac24e1bd5b1b2c (MD5) / Approved for entry into archive by Patrícia Nunes da Silva(patricia@bce.unb.br) on 2016-11-16T11:27:36Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2016_GustavoMarianoRezende.pdf: 3620865 bytes, checksum: d30ba98e1a66ff33f7ac24e1bd5b1b2c (MD5) / A colonização por espécies pioneiras é muito importante para iniciar a sucessão ecológica em
áreas degradadas por uso intensivo, que estão estagnadas após o seu abandono. A presença
de gramíneas exóticas e a falta de propágulos são os principais limitantes para a regeneração
natural nessas áreas. Ações de restauração ecológica devem criar mecanismos que rompam
essas barreiras e favoreçam a regeneração natural. Essa dissertação é dividida em dois
capítulos, no primeiro avaliou-se nove plantios de mudas, com idades entre 6 e 42 meses, para
a restauração ecológica da APP do Rio Madeira na região de influência da UHE de Jirau, em
Rondônia. Foram analisados o desempenho das mudas plantadas e a regeneração natural
durante um ano. No segundo capítulo foi realizado um experimento testando quatro níveis de
intervenção para a restauração ecológica: condução da regeneração natural; plantio por
semeadura direta; plantio de mudas; e plantio de mudas com semeadura direta. Todos os
tratamentos passaram por preparo do solo e controle de gramíneas com herbicida. Os plantios
tiveram altas densidades de regenerantes, mesmo com apenas 18 meses, alcançaram 45
espécies e cobertura do solo por espécies arbóreas de 65% aos 42 meses. As principais
espécies colonizadoras dos plantios e também do experimento foram Cecropia purpurascens,
T. micrantha e S. grandiflorum. Estas espécies originaram-se da chuva de sementes dispersas
de capoeiras de áreas próximas trazidas por aves e morcegos. No plantio experimental o
tratamento de semeadura direta teve maior densidade de indivíduos, 1,1ind./m², e os
tratamentos com plantio de mudas tiveram maior densidade de espécies. A rápida colonização
por espécies pioneiras na fase inicial dos plantios foi importante para diminuir a cobertura de
gramíneas exóticas, atrair dispersores e melhorar as condições do ambiente para o progresso
da sucessão ecológica. As mudas adicionaram diversidade de espécies e garantiram desde o
início as classes sucessionais mais avançadas, enquanto as espécies pioneiras que
cheagaram por dispersão ou por semeadura direta garantem alta cobertura do solo por
espécies arbóreas em apenas um ano. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Colonization by pioneer tree species is important to trigger ecological succession in areas
degraded by intensive use in which succession is arrested after abandonment. Exotic grasses
and lack of propagules are major barriers for natural regeneration in these areas. Ecological
restoration actions should create mechanisms that break these barriers and promote natural
regeneration. This dissertation is divided into two chapters. In chapter 1, nine plantations of
nursery-raised seedlings, aged 6 to 42 months, were evaluated for a year for the success of
planted seedlings and natural regeneration. These plantations were set to restore riparian
preservation areas along the Madeira River at the Jirau Hydroelectric in Rondonia state. In the
second chapter, an experiment was conducted to test four levels of intervention for ecological
restoration: conduction of natural regeneration; direct sowing; planting of nursery-raised
seedlings; and planting of nursery-raised seedlings with direct sowing. In all treatments soil was
prepared and herbicide was applied to control exotic grasses. The plantations had high
densities of regenerating trees, even after only 18 and 30 months, reached 45 species and 65%
of tree cover at 42 months. The main species found colonizing the plantations and the
experiment were Cecropia purpurascens, T. micrantha and S. grandiflorum. These species
arrived from early successional surrounding forests by birds and bats dispersal. In the
experimental areas, treatments with direct sowing had higher stem density, 1.1 stems/m², and
treatments with seedling plantings had higher species density. The quick colonization by
pioneer species in the plantations was important to decrease the exotic grasses cover, attract
seed dispersers and improve environmental conditions for the progress of ecological
succession. The established seedlings may have a competitive advantage over regenerating
individuals which arrived later. On the other hand, in the direct sowing treatments there was a
greater recruitment of individuals and ground cover by tree species. The planted seedlings
added species diversity and ensured from the beginning the later successional classes, while
the sowed or naturally dispersed pioneer species ensured high tree cover in just one year.
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ATRIBUTOS QUANTITATIVOS DE ESPÉCIES ARBÓREAS PIONEIRAS E NÃO PIONEIRAS DA FLORESTA ATLÂNTICAMACIEIRA, B. P. B. 25 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-25 / RESUMO
A classificação sucessional é baseada em critérios qualitativos bastante inconsistentes. O presente estudo foi realizado com o objetivo de quantificar alguns aspectos fenotípicos em arbóreas pioneiras e não pioneiras da Floresta Atlântica do Espírito Santo. Foram realizadas análises anatômicas, de pigmentos cloroplastídicos e de carboidratos solúveis e estruturais em folhas e caule de três espécies arbóreas pioneiras (Senna multijuga var. verrucosa, Miconia cinnamomifolia e Bixa arborea) e três não pioneiras (Melanoxylon brauna, Carpotroche brasiliensis e Neoraputia alba). As espécies pioneiras mostraram maior teor de pigmentos cloroplastídicos, densidade estomática, diâmetro dos elementos de vaso e de glicose (6% da massa seca MS), frutose (2,3% da MS) e sacarose (7,9% da MS) do caule. As espécies não pioneiras se destacaram pela maior espessura do limbo foliar, maior teor de amido (2,8% da MS) e polímeros de parede celular foliar (10% de celulose, 15% de hemicelulose e 4% de lignina da MS). No caule, o teor desses polímeros em não pioneiras (33% de celulose, 24% de hemicelulose e 22% de lignina da MS) foram superiores em relação às pioneiras. As hemiceluloses dos dois grupos funcionais sugerem ser do tipo xilano (caule) e arabinogalactano (folhas). Considerando que os carboidratos solúveis, o amido e os pigmentos são moléculas instáveis sujeitas às variações ambientais, concluímos que os polímeros de parede celular sejam os mais seguros para caracterizar as classes funcionais. Contudo, a lignina foi o composto que mais variou entre os dois grupos funcionais (>100%) indicando que o teor desse polímero seja o atributo quantitativo mais confiável para identificar espécies pioneiras e não pioneiras da Floresta Atlântica.
Palavras-chave: Sucessão florestal, pioneiras, não pioneiras, atributos quantitativos, carboidratos não estruturais, polímeros de parede celular.
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Sucessão florestal em área atingida por tempestade convectiva na região de Manaus, Amazônia CentralMarra, Daniel Magnabosco 13 April 2010 (has links)
Submitted by Dominick Jesus (dominickdejesus@hotmail.com) on 2016-02-05T18:24:29Z
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Previous issue date: 2010-04-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Forest succession in a convective windstorm damage area in Manaus region, Central Amazon
- Natural disturbances are key processes for landscape formation and transformation. Yet, the
biotic and physiographic changes that occur are not exclusively related to disturbance.
Convective storms produce low frequency disturbances that affect the forest in different ways.
In the Amazon rainforest, downbursts are produced by convective storms embedded in squall
lines, and formed by the contrasting pressure and temperature between air masses. They are
followed by storms, strong winds and unusual electricity discharges. These downbursts cause
blowdowns that are characterized by intense tree mortality and changes in canopy structure.
The effect of blowdowns on the forest structure, associated regeneration, and succession
processes are not fully understood. This work describes the floristic composition and
horizontal structure, and the comparison between two different sites. One of them was a
(remaining) secondary forest after an intense blowdown associated with a squall line that
stuck the Amazon basin in January, 2005. The second was a pristine forest some 5 km far
from the disturbed area. In both sites the original vegetation is characterized by evergreen
forest with a mean canopy height of ~30 m. The studied sites are located in Manaus region, in
the Cuieras river basin (02 ̊33’ S; 60 ̊16’ W), state of Amazonas, Brazil. In the disturbed
forest the seed rain was measured during a 12 month period. The 1,944 trees sampled in the
disturbed forest were distribuit in 50 families, 143 genus and 284 species. Five years after the
disturbance, the stem density averaged 442.6 ± 46.5 stems.ha -1 (CI 95%) and basal area
averaged 17.6 ± 3.2 m 2 .ha -1 (CI= 95%). These means are lower than the pristine forest figures,
which averaged 584.3 ± 26.9 stems.ha -1 and 27.4 ± 1.8 m 2 .ha -1 , respectively. However, the
diameter distributions of pristine and disturbed forests have shown a very weak evidence (p=
0.864) that they are different suggesting that the storm damaged all of diameter size classes.
The density of dead stems was different between the pristine and disturbed areas (p<0.001). In
the disturbed areas, the sloped terrain had density of dead stems (130 ± 33 stems.ha -1 ) higher
than in (“baixios”) valleys (72,7 ± 29,9 stems.ha -1 ) and plateaus (93,7 ± 33,7 stems.ha -1 ) as
well. The tree species richness (284) and diversity (Shannon index: H’= 4.77 nats.ind. -1 ) in the
disturbed were lower than in the pristine forest (917 and 5.85, respectively).However, the
species richnnes and diversity of the disturbed forest were similar to those observed in other
forests in the Central Amazon. In the large gaps the density and frequency of pioneer species
were higher than in intact areas, which suggest that in large gaps the environmental conditions
are adequately to the pioneer species establishment. During one year period we found 5,366
seeds from 232 different tree species. The mean density of seeds was 24.8 ± 16.9 seeds.(m 2 ) -
1
.year -1 (CI= 95%), and the mean species richness was 14.9 ± 0.3 species.(m 2 ) -1 .year -1 (CI=
95%). The species richness changed over time (p< 0.00001). / Sucessão florestal em área atingida por tempestade convectiva na região de Manaus,
Amazônia Central - Distúrbios naturais participam do processo de formação e transformação
da paisagem. Todavia, a mudança de padrões fisiográficos e bióticos das populações afetadas
não está relacionada apenas com a ocorrência de distúrbios. Na floresta amazônica, ventos
com alto poder destrutivo são produzidos por tempestades convectivas, as quais são
originadas em linhas de instabilidade, por meio do contraste de pressão e temperatura de
diferentes massas de ar. Esses distúrbios são acompanhados por chuvas torrenciais, fortes
ventos e descargas elétricas, que podem provocar alta mortalidade de árvores e vir a modificar
a estrutura e o dossel das florestas. Entretanto, as conseqüências dos efeitos destas
tempestades sobre a estrutura e o processo de sucessão, ainda são desconhecidos. Este
trabalho descreveu a composição florística e a estrutura horizontal de uma floresta perturbada
pela passagem de uma tempestade convectiva, que assolou a região central da Amazônia em
Janeiro de 2005. O trecho de floresta perturbada foi comparado com um trecho de floresta
adjacente não-perturbado, o qual não sofre intervenções antrópicas há pelo menos 100 anos. A
chuva de sementes na floresta perturbada também foi acompanhada. O trabalho foi
desenvolvido na região noroeste da cidade de Manaus em uma floresta de terra firme,
localizada na bacia do rio Cuieiras (02 ̊33’ S; 60 ̊16’ W). As 1.944 árvores amostradas na
floresta perturbada se distribuem por 50 famílias, 143 gêneros e 284 espécies. Nesta floresta,
cinco anos após o distúrbio, a densidade (442,6 ± 46,5 ind.ha -1 ) e a área basal (17,6 ± 3,2
m 2 .ha -1 ) do estrato mais danificado são inferiores às encontradas para a floresta não-
perturbada (584,3 ± 25,9 ind.ha -1 e 27,4 ± 1,8 m 2 .ha -1 , respectivamente). Porém, a distribuição
diamétrica da comunidade arbórea da floresta perturbada não difere da distribuição diamétrica
da floresta não-perturbada (teste χ 2: p= 0,983), o que indica que a tempestade matou árvores
de todas as classes de tamanho. A densidade de indivíduos mortos no estrato mais danificado
da floresta perturbada é diferente da floresta não-perturbada (p< 0,001). Na floresta
perturbada, a densidade de indivíduos mortos nas áreas de encosta (130,8 ± 32,9 ind.ha -1 ) foi
superior à densidade de indivíduos mortos nas áreas de platô (93,7 ± 33,7 ind.ha -1 ) e de baixio
(72,7 ± 29,9 ind.ha -1 ). Os valores de riqueza (284 espécies) e diversidade (H’= 4,77 nats.ind. -
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) da floresta perturbada são inferiores aos valores encontrados na floresta não-perturbada
(917 e 5,85, respectivamente). Todavia, a riqueza e a diversidade de espécies da floresta
perturbada são similares às encontradas em outras florestas de terra firme da Amazônia
Central. A densidade de espécies pioneiras nas grandes clareiras foi maior do que nas áreas
intactas. Provavelmente, mudanças nas condições ambientais nas áreas de grandes clareiras
favoreceram o estabelecimento de tais espécies. Ao longo de um ano foram coletadas 5.366
sementes e/ou propágulos na chuva de sementes da floresta perturbada. Foram reconhecidas
232 morfoespécies e a densidade média de sementes foi de 24,8 ± 16,9 sementes.(m 2 ) -1 .ano -1
(IC= 95%). A riqueza média foi de 14,9 ± 0,3 espécies.(m 2 ) -1 .ano -1 (IC= 95%), valor este que
variou ao longo dos meses (p< 0,00001).
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Dinâmica e características funcionais de comunidades arbóreas no Sudoeste da Amazônia : avaliando os impactos de uma grande hidrelétricaMoser, Pamela 29 March 2018 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, 2018. / Energia Sustentável do Brasil (ESBR); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). / Os impactos provocados pela ação antrópica ameaçam constantemente as florestas, como as
hidrelétricas na região Amazônica. O alagamento causado por esse tipo de empreendimento, gera
considerável impacto ambiental, pela inundação de extensas áreas e modificação das condições
ambientais no seu entorno. No âmbito do Programa de Conservação da Flora da Usina
Hidrelétrica - UHE-Jirau, no Sudoeste da Amazônia, executado pela Embrapa Cenargen, foram
realizados inventários bienais para monitoramento da flora, antes (2011-2013) e após (2015-
2017) o enchimento do reservatório da UHE. Com o enchimento do reservatório as cotas do rio
Madeira aumentaram em média 4,2 m na cheia e 5,2 m na seca, o que inundou extensas áreas de
vegetação nativa. Para avaliar o impacto do alagamento na vegetação arbórea, bem como a
sucessão florestal inicial nas áreas impactadas, foram amostrados 15.222 indivíduos,
pertencentes a 1.075 espécies. As Florestas de Várzea foram as mais atingidas pelo alagamento,
com taxas de mortalidade entre 66% e 100%, seguida pela Floresta de Terra Firme, com
mortalidade entre 12% e 100% após o enchimento do reservatório, enquanto as Campinaranas
foram menos afetadas pelo alagamento, com taxa de mortalidade entre 8% e 17%. A mortalidade
foi associada como o número de dias que as parcelas permaneceram inundadas. A regeneração
foi influenciada pelos ciclos sazonais de inundações artificiais. Em 2015, logo após o
enchimento do reservatório, houve recrutamento principalmente de Cecropia spp. e Muntingia
calabura L, em 2017 foi registrado destacado aumento na riqueza de regenerantes (42 espécies).
No entanto, áreas localizadas no remanso do reservatório não apresentaram regeneração, mesmo
quatro anos após o início da operação da hidrelétrica. Diante das diferenças encontradas na
tolerância das espécies ao alagamento as Campinaranas foram utilizadas para entender porque
algumas espécies sobreviveram ao alagamento enquanto outras sucumbiram. Foram avaliadas as
características funcionais de folha, madeira, raízes finas, vasos de xilema e estômatos das 33
espécies mais abundantes. A densidade de estômatos e a densidade de tecido das raízes e foram
os principais preditores da mortalidade associada ao alagamento. Mudanças na composição
funcional das comunidades que sobreviveram ao alagamento foram direcionais e selecionaram
indivíduos com maior densidade de tecido das raízes, densidade da madeira, conteúdo de matéria
seca foliar, altura da planta, área de vasos de xilema, densidade de estômatos e menor tamanho
de estômatos. Conclui-se que o alagamento oriundo do enchimento do reservatório da UHE
causam perdas de habitats, elevada mortalidade de árvores, dificultam a regeneração da
vegetação e alteram a composição funcional da vegetação na Amazônia. A vegetação arbórea na Amazônia é vulnerável a alagamento por longos períodos. Com a crescente construção de
hidrelétricas e cenários de mudanças globais, que causam aumento de eventos extremos, o
alagamento se tornam cada vez mais frequente ameaçando a floresta que tem alta diversidade. / The impacts caused by anthropic action constantly threaten forests, such as hydroelectric dams in
the Amazon region. The flooding caused by this type of undertaking generates considerable
environmental impact, by flooding of extensive areas and modification of environmental
conditions in their surroundings. Under the project “Plant Conservation Program of the UHE
Jirau (RO)", in the Southwest of the Amazon, executed by Embrapa Cenargen, biennial
inventories were carried out to monitor the flora, before (2011-2013) and after (2015-2017) the
filling of the reservoir of the UHE. With the filling of the reservoir the quotas of the Madeira
river increased in average 4.2 m in the flood and 5.2 m in the dry, which flooded extensive areas
of native vegetation. To evaluate the impact of flooding on tree vegetation, as well as the initial
forest succession in the impacted areas, 15,222 individuals belonging to 1,075 species were
sampled. The Vázea Forests were the most affected by flooding (mortality rate between 66% and
100%), followed by Terra Firme Forests (mortality between 12% and 100%), while
Campinaranas were less affected by flooding. (mortality between 8% and 17%). Mortality was
associated as the number of days the plots remained flooded. Regeneration was influenced by the
seasonal cycles of artificial flooding. In 2015, soon after the filling of the reservoir, there was
recruitment mainly of Cecropia spp. and Muntingia calabura L, in 2017 was recorded
remarkable increase in species richness (42 species). However, areas located in the backwater of
the reservoir did not present regeneration, even four years after the start of hydroelectric
operation. Faced with the differences found in tolerance of species to flooding, Campinaranas
were used to understand why some species survived flooding while others succumbed. The
functional characteristics of leaf, wood, fine roots, xylem vessels and stomata of the 33 most
abundant species were evaluated. The stomata density and root tissue density were the main
predictors of mortality associated with flooding. Changes in the functional composition of the
communities that survived flooding were directional and selected individuals with higher root
tissue density, wood density, leaf dry matter content, plant height, xylem vessel area, stomata
density and smaller size of stomata. It is concluded that flooding from the UHE reservoir filling
causes habitat loss, high tree mortality, difficult vegetation regeneration and alter the functional
composition of vegetation in the Amazon. The arboreal vegetation in the Amazon is vulnerable
to flooding for long periods. With growing hydroelectric dams and global change scenarios, that
cause extreme events to increase, flooding becomes increasingly frequent threatening the forest
that has high diversity.
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Influência da luminosidade na fisiologia e morfoanatomia de jequitibá branco (Cariniana estrellensis (Raddi.) Kuntze) e jequitibá rosa (Cariniana legalis (Mart.) Kuntze)Portela, Flávia Carolina Santos 24 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Cariniana estrellensis (Raddi.) Kuntze e C. legalis (Mart.) Kuntze são arbóreas nativas do Brasil que, além de possuírem alto poder econômico, são objeto de interesse em programas de recuperação de áreas degradadas e em plantios comerciais. A escassez de informações relacionadas ao desempenho ecofisiológico dessas espécies em condições ambientais estressantes dificultam o manejo e conservação das mesmas. Dessa forma, o presente estudo objetivou avaliar a ecofisiologia das espécies em um gradiente de irradiância, por meio de dois experimentos. No experimento 1, plantas de C. estrellensis com 12 meses de idade foram submetidas a quatro tratamentos: 40%, 50%, 70% e 100% de irradiância, durante 104 dias. Ao final desse período foram feitas análises de crescimento, do conteúdo de pigmentos fotossintéticos, de trocas gasosas, da fluorescência da clorofila a, do conteúdo foliar de carboidratos solúveis, das características anatômicas foliares e caulinares e da plasticidade fenotípica da espécie. No experimento 2, plantas de C. estrellensis e C. legalis com 14 meses de idade foram submetidas a dois tratamentos: 30% e 100% de irradiância (sombra e sol, respectivamente), durante 30 dias. Ao final desse período foram feitas análises do estresse oxidativo das espécies, por meio da quantificação da atividade das enzimas catalase e peroxidase do ascorbato e por meio da quantificação do conteúdo foliar de pigmentos fotossintéticos. No experimento 1, em 70% de irradiância, as plantas apresentaram melhor crescimento em altura e diâmetro, maior massa seca de folhas (MSF), de caule (MSC) e de raiz (MSR). Em 70% e 100% de irradiância, as plantas apresentaram folhas menores (AFU) e mais espessas (AFE e MFE) resultando em menor área foliar total (AFT). Nesses tratamentos as plantas também apresentaram menor conteúdo foliar de clorofila a (Chl a) e b (Chl b), porém, maior razão Chl a/b e maior conteúdo de carotenóides, o que implicou em menor razão Chl a/Carot. Taxas fotossintéticas maiores foram encontradas nas plantas em 70% e inibidas em 40% e 50%, em função da baixa irradiância solar, e em 100%, possivelmente pela ocorrência de fotoinibição, como mostraram os parâmetros do fluxo de energia do fotossistema II. De acordo com a análise da fluorescência da clorofila a, em pleno sol, as plantas apresentaram menor densidade de centros de reação ativos (RC/ABS) e maior dissipação de energia (DI0/ABS), culminando com menor desempenho do fotossistema II (PIabs) e desempenho total (PITotal). O conteúdo foliar
de carboidratos solúveis foi maior nas plantas em 70%, seguido das plantas em 100% de irradiância, com exceção da glicose, que não variou entre os tratamentos. A maior espessura encontrada nas folhas sob 100% de irradiância foi em função da maior espessura das epidermes adaxial e abaxial e dos parênquimas paliçádico e esponjoso. E o maior diâmetro do caule em 70% de irradiância se deu pela maior espessura do xilema e floema secundários. No experimento 2, as plantas em pleno sol de ambas as espécies também apresentaram menor conteúdo foliar de clorofila a (Chl a) e b (Chl b) e maior razão Chl a/b. No entanto, o conteúdo de carotenóides foi maior, o que implicou em menores razões Chl a/Carot. A atividade da catalase (CAT) variou em função do tempo e da espécie, apresentando uma queda em C. estrellensis aos 16 dias, possivelmente em função de fotoinativação, e um aumento em C. legalis aos 30 dias. Já a atividade da peroxidase do ascorbato (APX) não variou em função do tempo, da espécie ou dos tratamentos. O estudo da plasticidade fenotípica mostrou que C. estrellensis é uma espécie plástica, principalmente em função das variáveis de fotossíntese e trocas gasosas, sendo capaz de sobreviver no gradiente de irradiância testado, o que viabiliza o seu uso em projetos de recuperação de áreas degradadas. E, uma vez que as análises ecofisiológicas mostraram que C. estrellensis e C. legalis apresentaram melhor desempenho em luminosidade moderada, sugere-se que ambas comportaram-se como espécies intermediárias no processo de sucessão florestal. No entanto, uma vez que a concentração de pigmentos foliares e a produção de enzimas antioxidantes inferiram maior susceptibilidade de C. estrellensis à fotoinibição em alta irradiância, sugere-se maior viabilidade do uso de C. legalis em projetos de recuperação de áreas degradas. / Cariniana estrellenis (Raddi). Kuntze and C. legalis (Mart.) Kuntze are native Brazilian trees which have powerful economic value and are also objects of interest in recovering programs of degraded areas and in commercial plantations. The scarcity of information about their ecophysiological performance under stress conditions complicates their management and conservation. Under these circumstances, this study aimed to evaluate the ecophysiology of this species in a irradiance gradient, through a couple of experiments. In experiment 1, C. estrellensis plants with 12 months old were subjected to four treatments: 40%, 50%, 70% and 100% of irradiance during 104 days. At the end of this period, the following analyses were made: growth, photosynthetic pigment content, gas exchange, chlorophyll a fluorescence, leaf content of soluble carbohydrates, the stem and leaf anatomical characteristics and phenotypic plasticity of the species. In experiment 2, C. estrellensis and C. legalis plants with 14 months old were subjected to two treatments: 30% and 100% of irradiance (shade and sun, respectively) for 30 days. At the end of this period were analyzed the oxidative stress of the species, by quantifying the activity of catalase and ascorbate peroxidase enzymes and by quantifying the photosynthetic pigments leaf content. In experiment 1, plants submitted to 70% of irradiance showed better growth in height and diameter, higher leaf, stem and root dry mass. In 70% and 100% of irradiance, plants showed smallest and thicker leaves resulting in lower leaf total area. In these treatments, plants showed lower chlorophyll a (Chl a) and b (Chl b) content, higher Chl a/b rate, higher carotenoids (Carot) content and lower Chl a/Carot rate. Higher photosynthetic rates were found in plants in 70% and inhibited in 40%, 50%, due to low solar irradiation, and in 100%, possibly due the occurrence of photoinhibition, as showed by flow energy parameters of photosystem II. According to the analysis of chlorophyll a fluorescence, in full sun exposition, plants had lower density of active reaction centers (RC/ABS) and higher energy dissipation (DI0/ABS), which resulted in decreased performance of photosystem II (PIabs ) and total performance (PITotal). The leaf content of soluble carbohydrates was higher in plants in 70%, followed by plants in 100% of irraciance, with the exception of glucose, which did not vary between treatments. The highest leaf thickness in 100% of irradiance was due to the highest thickness of adaxial and abaxial epidermis and of palisade and spongy
parenchymas. And the highest stem diameter in 70% of irradiance occurred because of the highest secondary xylem and phloem thickness. In experiment 2, the plants in full sun of both species also showed lower chlorophyll a (Chl a) and chlorophyll b (Chl b) content and higher Chl a/b ratio. Although the carotenoids (Carot) content were higher, what implied in lower Chl a/Carot ratios. Catalase (CAT) activity varied with the time and the species, showing a decrease in C. estrellensis at 16 days, possibly due to photoinactivation, and an increase in C. legalis at 30 days. The ascorbato peroxidase (APX) did not vary according the time, the species or the treatments. The study of phenotipic plasticity showed that C. estrellensis is a plastic species, mainly due to variables of photosynthesis and gas exchange, being able to survive in the irradiance gradient tested, which allows its uses in restoration projects of degraded areas. And, since the ecophysiological analysis showed that C. estrellensis e C. legalis had better performace in moderate irradiance it is suggested that both behaved as intermediate species in the florestal succession process. However, since that photosynthetic pigments concentration and the antioxidants enzymes production inferred higher susceptibility of C. estrellensis to photoinhibition in high irradiance, it is suggested higher viability os the use of C. legalis in restoration projects of degraded areas.
Key words: jequitibá, forest succession, stress, morphophysiological, anatomy, biochemistry, phenotypic plasticity.
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Regeneração natural inicial rápida em pastagens abandonadas após uso prolongado no sudoeste da Amazônia brasileiraRocha, Gustavo Paiva Evangelista da 23 July 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Botânica, Programa de Pós-Graduação em Botânica, 2014. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-02-17T16:37:14Z
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2014_GustavoPaivaEvangelistadaRocha.pdf: 2046828 bytes, checksum: 17f1743afa982ee18452465a58f6fd6d (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-03-01T20:14:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2014_GustavoPaivaEvangelistadaRocha.pdf: 2046828 bytes, checksum: 17f1743afa982ee18452465a58f6fd6d (MD5) / A Amazônia brasileira tem cerca de 6,5% do seu território convertido em pastagens, que quando abandonadas, formam na paisagem um mosaico de sítios secundários em diferentes estágios de sucessão florestal. Essas pastagens representam boa parte da demanda por restauração de áreas degradadas. Os primeiros anos da regeneração natural da floresta tropical úmida a partir de pastagem têm sido geralmente investigados através de cronossequências amplas. Os objetivos do presente trabalho foram conhecer a velocidade da regeneração natural expressa na estrutura e na riqueza de comunidades vegetais em pastagens abandonadas no sudoeste da Amazônia brasileira através de cronossequência curta, e investigar a influência do histórico de uso e da cobertura florestal circundante nesse processo. O estudo foi realizado em áreas rurais localizadas a aproximadamente 100 km a oeste de Porto Velho-RO. Foram instaladas parcelas de 314 m² em 34 pastagens abandonadas em diferentes estágios de regeneração, e que no passado estiveram sob uso prolongado (média 10 anos). Nelas, todos os indivíduos de espécies arbóreas ≥ 30 cm de altura foram identificados e medidos. Para estimar o tempo total de uso, o tempo do último uso e o tempo de abandono da pastagem (tempo de encapoeiramento) utilizou-se valores do Normalized Difference Vegetation Index (NDVI) obtidos na séria histórica do satélite Landsat de 1984 até 2013. A porcentagem de cobertura florestal circundante em cada parcela foi calculada a partir da intersecção de três buffers circulares (0 ̶ 60 m, 60 ̶ 110 m e 110 ̶ 210 m) com uma classificação supervisionada das imagens de satélite. Foram amostrados 6.380 caules, distribuídos em 215 espécies/morfo-espécies agrupadas em 126 gêneros e 53 famílias. As duas espécies mais importantes foram Vismia guianensis e V. gracilis (Hypericaceae), que juntas corresponderam a 40% da abundância, 70% da frequência e 101% do IVI (Índice de Valor de Importância) das comunidades amostradas. A maioria das espécies (164) foram registradas no máximo em quatro parcelas e tiveram individualmente IVI < 1%. A riqueza aumentou em cerca de cinco espécies a cada ano de abandono da pastagem (R2 = 0,72; p < 0,001), enquanto que a área basal cresceu 0,06 m2 por ano (R2 = 0,63; p < 0,001). A ocorrência de espécies pouco abundantes (< 2 plantas) aumentou com o tempo do abandono, enquanto a abundância relativa das principais espécies pioneiras tendeu a reduzir com o avanço da sucessão florestal. Mesmo constrangida pelo uso prolongado frequentemente associado a queimadas, a regeneração natural ocorre de forma relativamente rápida devido ao alto potencial de rebrota das espécies pioneiras que formam sítios secundários nos primeiros anos de sucessão. Em um segundo momento a regeneração é favorecida pela dispersão de sementes, possivelmente influenciada pela cobertura florestal adjacente, o que foi marginalmente suportado pelos resultados do presente estudo. É importante que ações de restauração ecológica em pastagens abandonadas na Amazônia considerem o potencial de regeneração natural da floresta, tendo em vista a velocidade e a intensidade desse processo, e considerando também o histórico de uso e a paisagem adjacente. Esforços visando a recuperação de áreas devem ser direcionados para manutenção do processo de regeneração natural (incluindo proteção contra o fogo) em detrimento a ações mais onerosas como o plantio de mudas e enriquecimento. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Brazilian Amazon has around 6.5% of its territory converted into pastures that when abandoned transform the landscape into a mosaic of secondary sites in different stages of forest succession. Such pastures represent most of the current demand for restoration of degraded areas. The first years of natural regeneration of pastures into tropical rain forest have been investigated using long-term chronosequences. The aims of this study were to understand the speed of natural regeneration expressed in the structure and richness of plant communities in abandoned pastures in the southwest of the Brazilian Amazon by looking at short-term chronosequence, and to investigate the influence of the history of land-use and adjacent forest cover in this process. This study was carried out in rural lands located around 100 km west of Porto Velho-RO. We installed 314 m2 plots in 34 abandoned pastures in different stages of natural regeneration that have previously been subject to long-term use (10 years average). All individuals belonging to tree species ≥ 30 cm height were identified and measured. In order to estimate the total time of use, the time since last use, and the time of abandonment of pastures (time of “encapoeiramento”), we used the Normalized Difference Vegetation Index calculated from a historical series of Landsat satellite images from 1984 to 2013. The percentage of forest cover adjacent to each plot was calculated by intersecting three circular buffers (0 ̶ 60 m, 60 ̶ 110 m and 110 ̶ 210 m) with a supervised classification of satellite images. We sampled 6380 stems belonging to 215 species/morphospecies grouped in 126 genera and 53 families. The two most important species were Vismia guianensis and V. gracilis (Hypericaceae) that together represented 40% of abundance, 70% of frequency, and 101% of IVI (Importance Value Index) of the communities sampled. Most species (164) were recorded in a maximum of four plots and had an individual IVI < 1%. Richness increased by ca. five species per year after pasture abandonment (R2 = 0.72; p < 0.001), while basal area increased 0.06 m2 per year (R2 = 0.63; p < 0.001). The occurrence of rare species (< 2 individuals) increased with time since abandonment, while relative abundance of the main pioneer species decreased with the advance of forest succession. Although constrained by long-term use associated with managed fires, natural regeneration in abandoned pastures occurs relatively rapidly due to the high capacity of resprouting of pioneer species, which form secondary sites during the first years of succession. Afterwards, regeneration is favoured by seed dispersal, possibly influenced by the adjacent forest cover, which was marginally supported by our results. It is important that initiatives related to ecological restoration of abandoned pastures in the Amazon consider the natural potential of forest regeneration, considering both the speed and intensity of the process, as well as land use history and the surrounding landscape. Efforts aiming at land restoration should be focused on the maintenance of the process of natural regeneration (including protection against fire) as opposed to more expensive measures such as planting seedlings and enrichment.
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Fotossíntese e eficiência do uso da água em vinte espécies lenhosas tropicais sob condições de campo em um reflorestamento utilizando espécies de mata.Ferreira, Leonnardo Lopes 25 November 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003-11-25 / Universidade Federal de Sao Carlos / Leaf gas exchange characteristics were evaluated in 20 woody species of differing successional status, ranging from pioneer species to non-pioneers (late successional species) in a Brazilian forest ecosystem. The principal aim of this work was to point out the correspondence of leaf gas exchange parameters and each ecological successional group of plant species. Light saturated photosynthetic rate was different both on leaf area (PNA) or on dry mass (PNM) basis between two successional groups. PNA and PNM were higher in pioneer species and lower in non-pioneer species. Variation among species was 3-fold (from 7 to 23 µmol m-2 s-1) for PNA, and 5-fold (from 50 to 275 µmol kg-2 s-1) for PNM. The highest PNA (23 µmol m-2 s-1) and PNM (275 µmol kg-2 s-1) values were recorded in the pioneer Croton urucurana, while the lowest PNA (7 µmol m-2 s-1) and PNM (50 µmol kg-2 s-1) values were recorded in the putative late successional species Aspidosperma cylindrocarpon. The sub-stomatal CO2 concentration values (Ci) was also significantly different between pioneer and non pioneer species, but a considerable overlap was recorded between successional groups about leaf-atmosphere water vapor exchange such as stomatal conductance (gs) and transpiratory (E) rates. However, the pioneer C. urucurana showed again the highest gs and E values. Mass-based photosynthetic rate was highly correlated with specific leaf mass (SLM) in both pioneer and non-pioneer species (r=-0.75 and -0.90, respectively). The highest values of instantaneous transpiratory efficiency (ITE) and intrinsic water use efficiency (iWUE) were also observed in the pioneer species when compared with the non-pioneer species. The results suggest that tropical early successional species have greater ITE and iWUE than later successional species both conditioned by higher photosynthetic capacity values. Therefore, the carbon assimilation parameters by themselves (PNA, PNM and Ci) or associated with leaf-atmosphere water vapor gas exchange were more suitable to separate both studied groups than single gs or E. Os parâmetros estudados, quando considerados através de uma análise multivariada foram efetivos para separar em um espaço bidimensional as espécies pioneiras das não-pioneiras. Multivariate principal components analysis (PCA) was useful to separate in a two-dimensional space the pioneer and non-pioneers species using gas exchange and SLM parameters. / Características das trocas gasosas foram avaliadas em 20 espécies lenhosas de diferentes estádios sucessionais, variando entre pioneiras e não pioneiras em um ecossistema de floresta. O principal objetivo deste trabalho foi indicar a correspondência entre os parâmetros de trocas gasosas e o grupo sucessional das espécies. A taxa fotossintética sob radiação saturante foi calculada em função da área (AmaxA) e da massa seca foliar (AmaxM). Os valores médios de AmaxA e AmaxM foram significativamente diferentes entre os grupos sucessionais, sendo maiores nas espécies pioneiras. A variação entre as espécies foi de 3 vezes (de 7 a 23 µmol m-2 s-1) para AmaxA e de 5 vezes (de 50 a 275 µmol kg-2 s-1) para AmaxM. Os maiores valores de AmaxA (23 µmol m-2 s-1) e AmaxM (275 µmol kg-2 s-1) foram observados na espécie pioneira Croton urucurana, enquanto que o menor valor de AmaxA (7 µmol m-2 s-1) e AmaxM (50 µmol kg-2 s-1) foram observados na espécie não-pioneira Aspidosperma cylindrocarpon. Os valores médios da concentração subestomática de CO2 (Ci) também apresentaram diferenças significativas entre as espécies pioneiras e não pioneiras. Porém, uma considerável sobreposição foi observada entre os grupos sucessionais quanto aos parâmetros de trocas de vapor de água entre a folha e a atmosfera como a condutância estomática (gs) e a taxa transpiratória (E). Todavia a espécie pioneira C. urucurana também mostrou os maiores valores de gs e E. A taxa fotossintética expressa em massa mostrou forte correlação com os valores de massa específica foliar (MEF) tanto para as pioneiras (r = -0.75) quanto para as não-pioneiras (r = -0.90). O maior valor da eficiência transpiratória instantânea (EIT) e da eficiência intrínseca do uso da água (EIUA) foram também observados nas espécies pioneiras. Estes resultados sugerem que as espécies tropicais iniciais possuem maiores valores de EIT e EIUA condicionados pela maior capacidade fotossintética. Os parâmetros relacionados ao carbono (AmaxA, AmaxM e Ci) utilizados de forma isolada ou associados com gs e E separaram mais efetivamente os grupos sucessionais do que simplesmente gs e E. Os parâmetros de trocas gasosas e MEF quando considerados através de uma análise multivariada de componentes principais (PCA) foram efetivos para separar em um espaço bidimensional as espécies pioneiras das não-pioneiras.
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A distribuição das formigas cortadeiras (Atta chephalotes) e seu papel na regeneração de um trecho de Floresta Atlântica NordestinaSávio Damásio da Silva, Paulo 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / As formigas cortadeiras são consideradas importantes herbívoros em florestas tropicais primárias
porque promovem a heterogeneidade espacial e temporal de recursos, como luz, nutrientes e solo.
Porém, a distribuição destas formigas em florestas em estágios sucessionais iniciais e o seu papel
na regeneração florestal têm sido pobremente estudados. Esta tese foi desenvolvida em trechos de
florestas secundárias de um remanescente de floresta Atlântica Nordestina (8º30 S, 35º50 O) e
teve como objetivos: (1) investigar a densidade e o tamanho da área de forrageamento das
formigas cortadeiras, Atta cephalotes, ao longo de uma cronoseqüência sucessional (trechos entre
25 e 47,5 anos), e (2) avaliar a influência destas formigas sobre o estabelecimento de plântulas.
Na primeira parte da tese, a densidade de colônias em 14 trechos de florestas foi quantificada e o
tamanho das áreas de forrageamento de 12 colônias foi acompanhado durante um ano. Para a
segunda parte, foi analisada a diversidade e composição de plântulas em 12 quadrantes (1m2)
distribuídos aleatoriamente em cada uma das áreas de forrageamento de 15 colônias e outros 12,
nas respectivas áreas controle (sem formigas). Além disso, também foram investigadas a
germinação de sementes e a mortalidade de plântulas de três espécies (Tapirira guianensis -
Anacardiaceae; Pouteria sp. - Sapotaceae; Simarouba amara - Simaroubaceae), a 3, 6, 9, 12 e 15
metros de distância das colônias. De acordo com nossos resultados, a densidade de colônias
diminuiu e o tamanho das áreas de forrageamento aumentou com o avanço na cronoseqüência
sucessional. Do mesmo modo, o tamanho das áreas de forrageamento também aumentou com o
acréscimo na riqueza de espécies. Segundo nossas estimativas nos trechos com menos de 30
anos, onde foram encontradas 19 de um total de 26 colônias, as formigas cortadeiras podem
explorar mais de 89% (11,15 de 12,51 ha) de toda área florestal. Com relação à comunidade de
plântulas, a diversidade foi menor nas áreas de forrageamento (diversidade média para o índice
de Shannon-Wiener, H = 0,27 ± DP 0,23 bits/indivíduo) do que nas áreas controle (H`= 0,44 ± 0,61 bits/indivíduo), onde algumas espécies ocorreram exclusivamente, indicando uma
segregação taxonômica. Quanto à germinação de sementes, apenas a espécie T. guianensis
apresentou variações significativas com relação aos fatores analisados; houve uma tendência a
uma maior germinação a 15 m de distância das colônias e nos trechos entre 30-40 anos de
regeneração. As três espécies apresentaram uma diferença significante apenas para a causa de
morte. Enquanto a principal causa de morte das plântulas de T. guianensis foi associada à ação de
outros herbívoros, provavelmente, insetos galhadores; as plântulas das outras duas espécies foram
encontradas primeiramente secas, apresentando também grande mortalidade devida ao corte pelas
formigas cortadeiras. Inclusive, para Pouteria sp., a mortalidade associada ao corte por saúvas
tende a reduzir com a distância das colônias. Nossos resultados sugerem que em florestas
secundárias, principalmente aquelas com menos de 30 anos de regeneração, deve-se esperar um
aumento na herbivoria por formigas cortadeiras devido à conjunção de dois fatores: uma maior
densidade de colônias aliada a uma redução das áreas de forrageamento. As formigas podem
também influenciar a germinação de sementes e limitar o estabelecimento de novas plântulas, o
que não apenas comprometeria a regeneração da floresta, mas também reduziria a diversidade de
espécies, como foi observado neste estudo. Assim, as formigas cortadeiras estariam, em florestas
secundárias, ampliando os efeitos negativos da fragmentação sobre a comunidade vegetal
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