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Criação e destruição de emprego na indústria gaúcha nos anos 90 : fatos estilizados e os efeitos do câmbio e da abertura comercial

Pereira, Filipe Keuper Rodrigues January 2002 (has links)
O objetivo deste trabalho é calcular, pela primeira vez na literatura, os fluxos de emprego (job flows) na indústria gaúcha nos anos 90 e sua relação com o processo de abertura comercial no período. O trabalho propõe o estudo do emprego na indústria através do comportamento das variações do emprego nas empresas individualmente, para identificar a heterogeneidade de comportamento dentro dos setores, ao invés do uso de médias agregadas, que implicitamente supõe um comportamento homogêneo das empresas. Denominamos fluxos de emprego as taxas de criação e destruição do emprego, estimadas em 5,15% e 6,42% ao ano, em média, respectivamente. Destas obtemos a taxa líquida de crescimento do emprego e a taxa de realocação bruta do emprego, estimadas em –1,27 e 11,57%, respectivamente. Em todos os anos da década houve criação e destruição de emprego simultaneamente, sugerindo uma grande heterogeneidade na dinâmica do emprego nas empresas. A perda média de 1 emprego em 100 por ano no período é resultado da abertura de 5 postos e destruição de 6 postos. Além dos fluxos, este trabalho estima e analisa o impacto do câmbio e da abertura comercial do país nestas taxas. As regressões indicaram para, dada uma depreciação de 1% do câmbio, um impacto de 0,10% sobre a criação de emprego e um impacto, simétrico, de –0,097% sobre a destruição de emprego no trimestre seguinte Por outro lado, a abertura comercial ocorrida nos anos 90, medida através do grau de abertura setorial, não se mostrou significativo para explicar as variações da criação de empregos e da realocação, tendo um efeito positivo na variação líquida e negativo na destruição de postos de trabalho na indústria gaúcha nos anos 90, liderado, a princípio, pelas exportações.
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Uma releitura do processo de transformações na agricultura gaúcha no período 1970-80

Silva, Paulo Roberto Nunes da January 2002 (has links)
Esta dissertação busca retomar o debate sobre o processo de desenvolvimento da agricultura gaúcha, através da análise crítica dos três principais estudos produzidos durante os anos setenta a respeito daquele processo. A intenção da retomada deste debate é defendida a partir da construção da hipótese de que as categorias "lavoura empresarial", "pecuária tradicional" e "agropecuária colonial", elaboradas no Projeto ACIIRS e, posteriormente, adotadas no estudo "25 Anos de Economia Gaúcha" e no "Projeto PERSAGRI", generalizaram uma interpretação distorcida da realidade agrária e agrícola gaúcha. Tal distorção explicita-se pela ênfase dada à idéia de que a "lavoura empresarial" seria um segmento produtivo caracterizado pelo uso destacado da mão-de-obra assalariada e pela separação entre o proprietário dos meios de produção e os proprietários da força de trabalho. Ao mesmo tempo, pela acentuação do fato de que a "agropecuária colonial" era um segmento onde seu caráter de "unidade de produção não capitalista" a tornava uma unidade onde não haveria condições de acumulação de excedente. A análise dos estudos acima indicados (capítulos 2, 3 e 4) foi complementada por uma proposta metodológica onde se recorreu, por um lado, à tabulação modificada dos dados de mão-de-obra do Projeto ACIIRS, relacionados com os tipos de agricultura e as regiões de programação definidas pelo mesmo Projeto. Por outro lado, utilizou-se dados de mão-de-obra dos censos agropecuários tabulados de acordo com três grupos de municípios do Rio Grande do Sul, selecionados conforme os tipos de solo disponíveis e a estrutura fundiária. Tal proposta metodológica permitiu que se identificasse que a utilização daquelas categorias conduziu a uma superestimação do papel desempenhado pela relação de trabalho por assalariamento, representada pela "lavoura empresarial" e, ao mesmo tempo, a uma subestimação do papel da mão-de-obra familiar, representada pela "agropecuária colonial", no processo de desenvolvimento da agricultura gaúcha.
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Contribuição à tipologia de lagoas costeiras do litoral norte do Rio Grande do Sul, com ênfase na comunidade fitoplanctônica

Padilha, Ronaldo dos Santos January 2001 (has links)
Este trabalho tem por objetivo fornecer subsídios para uma futura classificação das lagoas costeiras do Sub-sistema Tramandaí, localizado na região norte do Complexo Lagunar Costeiro do Rio Grande do Sul, baseando-se na composição da comunidade fitoplanctônica em seis lagoas que fazem parte deste sistema: Lagoa Marcelino, Peixoto, Pinguela, Palmital, Malvas e do Passo. Considerar-se-ão os atributos da comunidade (densidade e diversidade) e suas relações com as variáveis abióticas. As amostragens foram trimestrais no período de maio/97 a janeiro/98, ao longo de um gradiente de diluição e autodepuração dos dejetos urbanos que a cidade de Osório despeja nas águas da Lagoa Marcelino. As análises qualitativa e quantitativa do fitoplâncton foram realizadas em microscopia binocular; para a quantificação utilizou-se a câmara de contagem Sedwick-Rafter. Na análise quali-quantitativa foram identificados 205 táxons em níveis genérico, específico e infra-específico. A comunidade fitoplanctônica apresentou-se de maneira distinta nas lagoas, com Chlorophyceae predominando nos períodos mais quentes na Lagoa Marcelino. No período de temperaturas mais baixas na Lagoa Marcelino predominou Cryptophyceae, nas lagoas Peixoto e Pinguela Cyanophyceae dominou, nas outras lagoas Cyanophyceae predominou no outono e nas outras estações do ano predominou Bacillariophyceae.
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Os grãos da discórdia e o risco à mesa : um estudo antropológico das representações sociais sobre cultivos e alimentos transgênicos no Rio Grande do Sul

Menasche, Renata January 2003 (has links)
Este estudo pretende analisar as representações sociais de consumidores e agricultores gaúchos a respeito de alimentos e cultivos geneticamente modificados. Para isso, as visões e comportamentos de consumidores e agricultores observados são interrogados a partir de perspectivas que se propõem a apreender suas percepções de risco, suas representações referentes à alimentação e suas interpretações e estratégias diante de uma das dimensões presentes no debate sobre o tema, a política, a partir da qual seria constituída a legitimidade das lavouras transgênicas ilegais. As noções de medo e risco evidenciar-se-iam centrais para a reflexão. Os dados analisados neste trabalho foram obtidos através de pesquisa etnográfica desenvolvida junto a agricultores de duas distintas regiões rurais do Rio Grande do Sul e de entrevistas em profundidade realizadas junto a moradores de Porto Alegre.
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Avaliação agronômica morfológica e molecular de progênies de policruzamento de trevo branco (Trifolium repens L.) em dois locais do Rio Grande do Sul / Agronomic, morphological e molecular evaluation of white clover (Trifolium repens L.) polycrosses progeny in two places of Rio Grande do Sul

Schneider, Raquel January 2010 (has links)
O trevo branco é uma das leguminosas forrageiras mais utilizadas em pastagens consorciadas durante o inverno e primavera no RS, mas apesar disso pode apresentar problemas de persistência, principalmente no verão. O objetivo desse trabalho foi selecionar genótipos mais produtivos e tolerantes à baixa disponibilidade hídrica, avaliando agronomicamente suas progênies e caracterizando-os morfologicamente e geneticamente com o auxílio de marcadores moleculares do tipo SSR. A avaliação agronômica realizou-se na EEA/UFRGS, em Eldorado do Sul e na Embrapa CPPSul, no município de Bagé. Foi avaliada a produção de matéria seca (MS) de 22 progênies e duas cultivares UFRGS e Jacuí de trevo branco, consorciadas com azevém (Lolium multiflorum Lam.) durante os anos de 2008 e 2009. As progênies foram caracterizadas utilizando-se nove marcadores morfológicos em vinte plantas de cada tratamento. As plantas mãe e as progênies foram caracterizadas geneticamente utilizando-se cinco primers SSR. A média de produção de MS de trevo branco durante os dois anos foi de 3671 e 2107 Kg/ha, em Eldorado do Sul e Bagé, respectivamente. A análise estatística separou os tratamentos em dois grupos em ambos locais pelo teste de Scott & Knott (P < 0,05). Em Eldorado do Sul e Bagé a cultivar Jacuí mais treze progênies formaram os grupos com maior produção. Sete progênies ficaram no grupo ―a‖ em ambos os locais, enquanto que somente a cultivar UFRGS e uma progênie apresentaram menores produções nos dois locais, havendo interação genótipo x ambiente. O grupo de descritores morfológicos utilizados permitiu uma boa caracterização dos genótipos avaliados, com a maioria das progênies apresentando pelo menos uma diferença morfológica em relação aos cultivares comerciais. Existe variabilidade genética no germoplasma analisado quanto às características morfológicas e moleculares. Neste trabalho foi verificado que é possível selecionar genótipos mais produtivos e mais resistentes as condições do verão, otimizando a utilização desta espécie. / White clover is a legume forage most widely used in pastures during the winter and spring in the RS, but nevertheless may have persistence problems, especially in summer. The aim of this work was to select higher forage yield and tolerance to low water availability genotypes, evaluating agronomically their progeny and characterizing them morphologically and genetically with the aid of SSR molecular markers. The agronomic evaluation was performed at the EEA / UFRGS, in Eldorado do Sul and Embrapa CPPSUL in the city of Bage. Was evaluated the DM yield of 22 progenies and the two white clover cultivars UFRGS and Jacuí, intercropped with ryegrass (Lolium multiflorum Lam.), during the years 2008 and 2009. The progenies were characterized using nine morphological markers in twenty plants of each treatment. The mother plants and progenies were genetically characterized using five SSR primers. The average DM yield of white clover during the two years was 3671 and 2107 kg / ha, in Eldorado do Sul and Bage, respectively. Statistical analysis separated the treatments into two groups in both locations by Scott & Knott (P <0.05) test. In Eldorado do Sul and Bage the cultivar Jacuí more thirteen progenies formed groups with higher production. Seven progeny were in the group "a" in both places, while only the cultivar UFRGS and one progenie had lower production in the two sites, there genotype-environment interaction. The group of morphological traits used to allow a good characterization of genotypes, with most of the progenies presenting at least one morphological difference compared to commercial cultivars. There is genetic variability in the germplasm analyzed for the morphological and molecular characteristics. This work verified that it is possible to select genotypes more productive and more resistant to summer conditions, optimizing the use of this specie.
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Comunidades arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal na floresta atlântica sul- brasileira

Molz, Martin January 2011 (has links)
Três comunidades arbóreas foram investigadas ao longo de um gradiente altitudinal em uma encosta montanhosa no Sul do Brasil, o qual se estende da floresta pluvial (clima subtropical) à floresta nebular (temperado úmido). Dados de altura total e diâmetro à altura do peito foram coletados em seis unidades amostrais de 20  20 m (0,24 ha) por comunidade ou elevação (≈ 220, 420 e 700 msnm), as quais receberam a denominação de ―comunidade inferior‖, ―intermediária‖ e ―superior‖. Nas mesmas parcelas, amostras superficiais de solo (0–20 cm) foram coletadas e subsequentemente analisadas quanto a diferentes parâmetros. Um levantamento florístico foi realizado ao longo de todo o gradiente para observar a distribuição das espécies entre as comunidades e no seu entorno. As observações florísticas visaram à complementação do esforço amostral empreendido, bastante limitado pelas condições extremamente acidentadas do terreno na área de estudo. No primeiro artigo foi investigada a existência de tipos vegetacionais ao longo do gradiente altitudinal e, em caso positivo, como eles diferem entre si. Da mesma forma, a partir dos dados coletados foi realizada uma caracterização das florestas de encosta no limite sul da floresta atlântica costeira. Além dos métodos acima citados, utilizaram-se ANOVA e testes de Tukey para avaliar as diferenças entre os parâmetros estruturais e também entre os parâmetros de solo para cada comunidade. Para estimar a riqueza de espécies e o número mínimo de indivíduos adicionais (ou a área amostral) necessários para detectar a riqueza assintótica estimada foram utilizados dois métodos não-paramétricos, enquanto que para detectar a existência dos tipos vegetacionais foram utilizados agrupamento difuso (fuzzy clustering) e ordenação (PCoA). As diferenças mais marcantes na composição e estrutura foram percebidas entre a comunidade superior e as demais, onde foram encontradas diferenças significativas na composição, na estrutura e nas variáveis ambientais analisadas. Os resultados indicaram a existência de dois tipos vegetacionais nítidos: ―vegetação de terras baixas‖, com espécies predominantemente associadas às porções inferiores do gradiente, e ―vegetação montana‖, onde predominam espécies características de regiões de altitude. Devido à maior parte das diferenças observadas ter ocorrido no interior da cobertura nebular, sugere-se que ela seja considerada como um limite natural que separa ambos os tipos vegetacionais. Entre as conclusões, sugere-se: (1) uma revisão da atual classificação das formações que compõem a floresta atlântica costeira (Veloso et al. 1991), porque os resultados encontrados demonstram que o limite altitudinal entre a formação ―baixo montana‖ e ―montana‖ (≈ 400 msnm) é claramente inconsistente; (2) que novos estudos sobre gradientes altitudinais na floresta atlântica costeira são urgentemente necessários, especialmente nas porções inferiores e superiores das encostas montanhosas; e (3) que as florestas nebulares também merecem uma atenção especial, visto que até o presente momento muito pouco se sabe a respeito delas. O segundo artigo da tese investigou a distribuição de abundâncias das espécies (DAEs) arbóreas nas comunidades amostradas. Para investigar os padrões de equabilidade e diversificação de nicho, bem como as possíveis influência de restrições ambientais sobre as DAEs ao longo do gradiente estudado, cinco modelos de distribuição de abundâncias foram ajustados aos dados, juntamente com diversas medidas de diversidade. Na seleção do melhor modelo foram utilizados o critério de Akaike (AIC), o critério de Akaike de segunda ordem (AICc) e o critério bayesiano (BIC), além dos pesos de Akaike e coeficientes de evidência. A amostragem resultou em um pico de riqueza específica na comunidade intermediária, mas a riqueza estimada apontou para a sua diminuição monotônica com o aumento da altitude. Em cada uma das comunidades ocorreu uma taxa regular de ≈ 30% de espécies raras (singletons), bem como uma substituição de espécies constante entre as comunidades. A dominância aumentou monotonicamente com a elevação da altitude, mas a diversidade caiu drasticamente entre as comunidades intermediária e superior. Já a diversidade de nichos diminuiu com a elevação da altitude. Os aspectos das curvas de DAEs variaram ao longo do gradiente, resultando em diferentes modelos selecionados para cada uma das altitudes. Por fim, em comparação com a inferência baseada na ponderação de modelos, a estratégia de escolha do melhor modelo foi claramente superior. Como conclusão geral, levanta-se a hipótese de que a temperatura e a ocorrência de geadas sejam os principais fatores limitantes na distribuição de muitas das espécies tropicais que ocorreram ao longo do gradiente. Estes dois fatores seriam, juntamente com os efeitos produzidos pela cobertura nebular, os principais responsáveis pela drástica redução na diversidade entre a comunidade intermediária e a comunidade superior e também pela limitação no crescimento das espécies que ocorrem nesta última.
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Avaliação do estado de conservação de duas espécies de Aegla Leach (Crustacea: Decapoda: Aeglidae) endêmicas do sul do Brasil

Gomes, Kelly Martinez January 2012 (has links)
A degradação ambiental dos ecossistemas aquáticos é uma das consequências do desenvolvimento humano desordenado, colocando em risco a fauna e flora desses ambientes. Os crustáceos Aegla violacea e Aegla obstipa estão inseridas na porção leste da região hidrográfica do Guaíba, onde a agricultura é bastante expressiva. Essas áreas sofrem com as interferências humanas relacionadas à contaminação da água por agroquímicos e resíduos orgânicos, especialmente por dejetos de animais jogados nos rios, erosão e o assoreamento. Os objetivos deste estudo são: conhecer a distribuição dos eglídeos na região hidrográfica do Guaíba, estimar o tamanho de uma subpopulação para cada espécie, e avaliar as informações populacionais conforme os critérios da “International Union for Conservation of Nature” (IUCN). Para as coletas de distribuição utilizaram-se redes do tipo puçá, bem como para as amostragens populacionais, visitando os locais de possível ocorrência dos eglídeos. A partir destas informações, selecionou-se uma área para o desenvolvimento do estudo populacional para cada espécie. As amostragens foram no total de seis, realizadas de abril-novembro de 2011, utilizando a estimativa de Petersen para as populações fechadas. Para manter as premissas do método fecharam-se as extremidades do curso d’água com redes de malha fina e padronizou-se o esforço amostral. Assim, dividiu-se o curso d’água em subáreas de 5m de extensão e empregou-se o esforço de coleta de duas pessoas/subárea durante 10 minutos. Os eglídeos capturados foram sexados e tiveram o cefalotórax medido com auxílio de um paquímetro digital. Para as marcas utilizou-se o esmalte Colorama® única camada e secagem rápida. Com as informações de distribuição verificou-se que as duas espécies estão restritas as nascentes dos rios. Aegla violacea ocorre em oito locais para os afluentes do Arroio do Ribeiro, com drenagem para a bacia hidrográfica do Lago Guaíba e um ponto para o Rio Grande, com drenagem para a bacia do Baixo Jacuí. Para Aegla obstipa esta limita-se aos afluentes do Arroio dos Ratos, pertencente a bacia do Baixo Jacuí. Esses registros puderam ser comparados com os dados da Coleção Zoológica de Crustáceos da UFRGS e apontaram a diminuição na extensão de ocorrência para ambas as espécies, incluindo o desaparecimento de A. obstipa para a localidade-tipo. Durante a estimativa populacional foram amostrados 2.642 indivíduos, sendo 1.655 indivíduos pertencentes a A. obstipa. A presença dos juvenis foi observada ao longo de todas as amostragens para as duas espécies, e em alguns meses compuseram a porção mais representativa da população, ultrapassando 50%. A densidade de indivíduos estimada para a subpopulação de A. violacea oscilou ao longo dos meses apresentando 2,79-7,92 ind/m² para os adultos e 1,97-5,79 para somente os adultos maduros. Para A. obstipa a densidade total foi de 0,92-6,15 ind/m² adultos e 0,28-5,83 somente para os adultos maduros. A área total do curso d’água estudado para A. violacea compreende 3.400m², e o tamanho da subpopulação estimada foi de 13.200 indivíduos maduros. A população desta espécie foi superestimada em 115.515 indivíduos maduros, para a área total de ocorrência. Para A. obstipa a subpopulação estimada foi 24.000 indivíduos maduros em uma área de 11.400m², enquanto que para a área total de ocorrência a população foi superestimada para 105.769 indivíduos maduros. Os aspectos populacionais das duas espécies apresentam-se bem estruturados, assim permitindo avaliá-las na categoria de não ameaça como “Near Threatened” (NT) para a avaliação da subpopulação e “Least Concern” (LC) para a população total. No entanto, A. violacea e A. obstipa estão situadas nas nascentes dos rios, configurando uma distribuição fragmentada, assim utilizando o critério B1 para avaliação. O subitem “a” desse é representado por quatro “locations” sob as ameaças potenciais, como a agricultura, a pecuária, o uso de agroquímicos, a urbanização e o plantio de árvores exóticas para ambas as espécies. O subitem “b” (iii,iv) foi utilizado para a perda de habitat e a diminuição na extensão de ocorrência, bem como o declínio na qualidade do hábitat, permitindo avaliá-las como “Em Perigo” (EN) sob o critério B1 ab(iii,iv) para ambas as espécies.
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Efeito de borda e estrutura das comunidades de borboletas frugívoras em fragmentos de mata paludosa na planície costeira norte do Rio Grande do Sul

Bellaver, Juliane Maria Fernandes January 2012 (has links)
Uma das consequências do processo de fragmentação de biomas florestais é o aumento na proporção de áreas de borda das florestas. Os efeitos dessas alterações – chamados de efeitos de borda - geram modificações na estrutura das comunidades de invertebrados. As borboletas são consideradas um excelente grupo indicador da qualidade ambiental. Entretanto, há carência de estudos que indiquem possíveis mudanças na composição desse grupo através do efeito de borda. O presente estudo teve como objetivos: (i) testar o efeito de borda nas comunidades de borboletas frugívoras em fragmentos de Mata Paludosa (ii) verificar influências da distância e do tamanho dos fragmentos com a composição e abundância de borboletas (iii) avaliar diferenças e a influência de fatores abióticos na distribuição de borboletas (iv) gerar uma lista de espécies para os ambientes estudados através de uma compilação de dados pregressos (ano de 2005) com os dados gerados nas amostragens do presente trabalho. As amostragens ocorreram em fragmentos de Mata Paludosa e de matas de Restinga na Planície Costeira norte do Rio Grande do Sul. As amostragens do ano de 2005 foram realizadas em um fragmento de Mata Paludosa e três áreas de Restinga através das metodologias de rede entomológica e armadilhas. As amostragens com redes tiveram, para cada ocasião amostral, duração de cinco dias, com esforço padronizado em três horas/amostrador. Já para o segundo método, um grupo três de armadilhas foi disposto formando uma Unidade Amostral (UA). Cada uma destas permaneceram instaladas durante 48 horas na Mata Paludosa e na Mata de Restinga. Para as amostragens do presente estudo (2011), foram escolhidos dez fragmentos, nos quais quatro UAs foram delimitadas, sendo duas na borda e duas no interior, com três armadilhas em cada. As UAs foram dispostas em duas transecções lineares, cada uma com 50 metros de extensão e separadas por 100 metros. Em cada fragmento, variáveis abióticas foram registradas. Os resultados obtidos foram testados em relação à abundância, riqueza, composição de espécies e variáveis abióticas. Com um total de 10560 horas de esforço amostral, 342 indivíduos e 29 espécies de borboletas frugívoras foram registradas. Para a lista de espécies, a compilação dos dados totalizou 205 espécies para ambientes de Mata Paludosa e de Restinga. Novos registros foram encontrados para o RS com um total de 21 espécies e 37 novos registros para a Mata Atlântica no Estado. As curvas de acúmulo obtidas não atingiram a assíntota, porém, com uma maior ascendência na borda. A riqueza de espécies não apresentou diferenças significativas para estes ambientes. Resultados diferentes foram encontrados quando a composição de espécies foi comparada entre a borda e o interior através dos índices de similaridade de Morisita (p<0,01) e Jaccard (p=0,05). O teste multivariado Simper também encontrou diferenças apresentando alta dissimilaridade (88,44%) com três táxons explicando grande parte da variação encontrada na composição de espécies dos fragmentos. A borda, notadamente, foi significativamente (p<0,01) mais abundante em relação ao interior com espécies associadas a habitats generalistas. Os fragmentos mais próximos mostraram maior similaridade em relação à composição de espécies. Este padrão encontrado reforça as discussões existentes entre as teorias vigentes de fragmentação, pois alguns fragmentos, embora pequenos, podem estar contribuindo para a conexão de espécies entre tais remanescentes mais próximos. Não houve relação entre a comparação do tamanho dos fragmentos e a abundância, indicando que o número de indivíduos é independente do tamanho dos fragmentos. As variáveis ambientais obtidas foram significativamente diferentes (p<0.01) quando borda e interior foram comparados, mostrando diferenças nas condições ambientais. Porém, não houve correlação representativa quando a composição de espécies e variáveis abióticas foram testadas. Os padrões encontrados neste trabalho indicam que o efeito de borda foi evidenciado a partir de diferenças representativas entre a borda e o interior. Alguns resultados importantes também foram verificados a partir do processo da fragmentação de florestas contribuindo, portanto, para um conhecimento mais abrangente de determinados parâmetros de diversidade.
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Prevalência de fatores de risco e perfil lipídico para doença arterial coronária em adolescentes de duas comunidades escolares - uma onívora e uma vegetariana - na região sul do Brasil

Cabistani, Nêmora Moraes January 2006 (has links)
Resumo não disponível.
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Avaliação do consumo de fibras de gestantes atendidas em Unidades Básicas de Saúde no Sul do Brasil

Buss, Caroline January 2007 (has links)
Resumo não disponível.

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