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Descrição da microbiota fúngica conjuntival de equinos saudáveis do Distrito Federal – DFTozetti, Rafaela Alves Ribon 28 February 2018 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2018. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2018-05-18T19:05:38Z
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Previous issue date: 2018-05-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). / Os organismos fúngicos de importância oftálmica são classificados em fungos filamentosos e leveduras. Esses fungos estão envolvidos na invasão e infecção da córnea de equinos, e são os mesmos presentes na superfície ocular saudável, que varia com a região geográfica e estação climática. O objetivo desse estudo é identificar e descrever a incidência de fungos na conjuntiva ocular de equinos saudáveis do Distrito Federal, e correlacionar com a estação do ano, gênero de animal e meios de cultura utilizados, bem como avaliar a relação entre o meio de cultura utilizado e o crescimento de isolados fúngicos. Foram utilizados cinquenta cavalos (100 olhos), machos e fêmeas, com idade entre sete e 31 anos, provenientes do Regimento de Polícia Montada do Distrito Federal, Brasil. Swabs do fórnix conjuntival foram coletados e transportados em meio Stuart e solução salina, para semeadura em Ágar Sabouraud e Ágar Mycosel. O efeito da estação climática, gênero e meio de cultura, na frequência de fungos isolados foi avaliada. Culturas positivas foram obtidas em 220 amostras de um total de 300. Os cultivos apresentaram 33,67% de crescimento de bactérias e 55,97% de crescimento fúngico. O Aspergillus spp. foi o gênero mais incidente, encontrado em 26,33% das amostras, mais presente no verão, seguido pelo Cladosporium spp. 9%, Rhodotorula spp. 7,33%, Candida spp. 2,33%, Malassezia spp. 5,66%, Penicillium spp. 2,33%, Scopulariopsis spp. 2%, Fusarium spp. 0,66% e Exophiola jeanselmei 0,33%. Os fungos filamentosos foram mais prevalentes que as leveduras. A maior frequência foi do gênero Aspergillus spp. no verão, seguido do Cladosporium e Rhodotorula, caracterizados como fungos ambientais e agentes de infecções oportunistas. Bactérias, Aspergillus spp e Cladosporium spp. tiveram maior crescimento no meio Sabouraud, devido a seletividade do meio Mycosel. / Fungal organisms of ophthalmic importance are classified as filamentous fungi and yeasts. These fungi are involved in the invasion and infection of the cornea of horses, and are the same present on the healthy ocular surface, which varies with geographic region and climatic season. The aim of this study is to identify and describe the incidence of fungi in the ocular conjunctiva of healthy horses of the Federal District, and to correlate with the season of the year, animal genus and culture media used, as well as to evaluate the relationship between the culture medium used and the growth of fungal isolates. Fifty horses (100 eyes), males and females, aged between seven and 31 years old, coming from the Mounted Police Regiment of the Federal District, Brazil. Swabs of conjunctival fornix were collected and transported in Stuart medium and saline solution for sowing in Sabouraud Agar and Mycosel Agar. The effect of climatic season, genus and culture medium, on the frequency of isolated fungi was evaluated. Positive cultures were obtained in 220 samples of a total of 300. The cultures had 33.67% of bacterial growth and 55.97% of fungal growth. Aspergillus spp. was the most incident genus, found in 26.33% of the samples, most present in the summer, followed by Cladosporium spp. 9%, Rhodotorula spp. 7.33%, Candida spp. 2.33%, Malassezia spp. 5.66%, Penicillium spp. 2.33%, Scopulariopsis spp. 2%, Fusarium spp. 0.66% and Exophiola jeanselmei 0.33%. Filamentous fungi were more prevalent than yeasts. The highest frequency was of the genus Aspergillus spp. in the summer, followed by Cladosporium and Rhodotorula, characterized as environmental fungi and agents of opportunistic infections. Bacteria, Aspergillus spp and Cladosporium spp. had greater growth in the Sabouraud medium, due to the selectivity of Mycosel medium.
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Relação entre as alterações do piscar espontâneo e a superfície ocular em hansenianos / Spontaneous eyeblink changes and ocular surface in leprosyBertrand, Adriana Leite Xavier 30 May 2016 (has links)
A prevalência mundial da hanseníase vem demonstrando redução no número de casos, porém, no Brasil e em alguns países, ela ainda representa um grave problema de saúde pública, podendo levar a incapacidades funcionais graves como a cegueira. O objetivo do estudo foi avaliar a relação entre as alterações do piscar e a superfície ocular em hansenianos. Todos os pacientes estudados foram submetidos à mesma anamnese e avaliação oftalmológica: acuidade visual, ectoscopia, biomicroscopia, avaliação da superfície ocular, teste da graduação da força muscular do orbicular, sensibilidade corneana, distância da margem reflexa, medida da pressão intraocular e mensuração do piscar espontâneo palpebral por meio de um método de imagem por vídeo. Dos 56 pacientes examinados, 69,6% eram do sexo masculino, com média de idade de 55,96 ± 16,63 dp, 46,4% se declararam negros e 28,55% pardos, 71,4% apresentavam a forma multibacilar e 73,2% estavam fora do registro ativo da doença. Desses 56 pacientes, 43 apresentaram significativa simetria interocular no acometimento do nervo facial e do trigêmeo (p=0,11), o que foi corroborado pela alta correlação entre as medidas da amplitude do piscar entre os olhos (r=0,90). Apenas 12,5% apresentaram tempo de ruptura do filme lacrimal menor que 10 segundos e em um paciente este foi menor que 5. Evidenciou-se sofrimento da superfície ocular em cerca de 14% dos olhos. As alterações de sensibilidade foram mais prevalentes, pois 51,8% apresentaram algum grau de diminuição. A média geral da taxa do piscar foi de 17,0 ± 2,6 blink/min. De acordo com o exame de Lissamina, observou-se taxa média de 16,0 ± 2,8 (média±dp) para os pacientes com resultado negativo e 23,2 ± 6,8 para os com resultado positivo (t=0,961; p=0,3407); e em relação à sensibilidade corneana, as taxas médias foram 14,6 ± 3,8 e 19,2 ± 3,6 para os pacientes com resposta imediata e alterada, respectivamente (t=0,875; p=0,3857). De acordo com o tônus muscular, a média das taxas do piscar para os pacientes normais e alterados não foi significativa (t=0,539; p=0,592). Apesar do número e da amplitude dos movimentos serem diferentes, a main sequence demonstrou comportamento linear em todos os casos, sendo a média geral 20,25 ± 6,9 (0,94 ep). As médias da taxa, amplitude e efetividade do piscar em pacientes com função do músculo orbicular do olho normal e naqueles com função alterada não demonstraram diferença estatística, já a média da velocidade máxima do piscar com função normal foi de 115,5 ± 47,2 mm/s, enquanto que naqueles com lagoftalmo foi 67,7 ± 27 (t=2,08; p=0,04) e a média do deslocamento horizontal de 2,1 ± 0,7 mm e 0,9 ± 0,8 mm, respectivamente (t=1,99; p=0,05). Embora os pacientes hansenianos não apresentem taxa de piscar diferente do normal, demonstram tendência à diminuição da velocidade e do deslocamento horizontal quando apresentam alterações da função do músculo orbicular. A maioria dos pacientes apresentou alteração de sensibilidade corneana, porém, sem sinais de sofrimento da superfície ocular, principalmente com a cinemática palpebral preservada. / Global prevalence of leprosy has demonstrated a reduction in the number of cases, however, in Brazil and some countries, it still represents a serious public health problem, often leading to severe functional disabilities such as blindness for example. This study aimed to evaluate the relationship between blink and ocular surface in patients with leprosy. Leprosy patients underwent the same history and ophthalmologic evaluation: visual acuity, ectoscopy, slit lamp examination, evaluation of ocular surface, test the eyelid function and the degree of orbicularis function, corneal sensitivity, margin reflex distance, measured intraocular pressure and measuring eyelid spontaneous blinking through an image video system. 69.6% were male, with a mean age of 55.96 ± 16.63 SD. 46.4% declared themselves as black and brown were 28.55%, 71.4% were multibacillary and 73.2% were out of active disease registry. Between the 56 patients examined, 43 of those had significant interocular symmetry of the involvement of the facial and the trigeminal nerves (p=0.11), which was confirmed by the high correlation between the measurements of amplitude flashing of the eyes (r=0,90). Only 12.5% had TFRL was under 10 seconds and in one patient it was under 5 seconds. It was evidenced suffering from ocular surface in about 14% of the eyes. Sensitivity changes were more prevalent, 51.8% had some degree of impairment. Overall average blink rate was 17.0 ± 2.6 blinks/min. In the lissamine test, we observed an average rate of 16.0 ± 2.8 for patients with negative and 23.2 ± 6.8 for a positive result (t=0.961, p=0.3407). The mean values were 14.6 ± 3.8 (mean ± SD) and 19.2 ± 3.6 for for patients with immediate corneal sensitivity response and altered response, respectively (t=0.875, p=0.3857). According muscle tone, mean blink rates for normals and for injured patients, were not different (t=0.539, p=0.592). Although the number and range of motion are different, the main sequence had a linear behavior in all cases, with an overall mean 20.25 ± 6.9 (p 0.94). The mean blink rate, amplitude and effectiveness in patients with normal orbicularis function and those with altered function, showed no statistical diference, while the mean of maximum velocity blink was, with normal function, 115.5 ± 47.2 mm/s, while those with lagophthalmos was 27 ± 67.7 (t=2.08, p=0.04) and the mean horizontal displacement was 2.1 ± 0.7 mm and 0.9 ±0.8 mm respectively (t=1.99, p=0.05). Although leprosy patients do not have a different flash rate of the normal population, blinking characteristics show a tendency to decrease in speed and horizontal scrolling when they show important changes in orbicularis function. The vast majority of patients had corneal sensitivity changes, but without signs of ocular surface suffering, especially those with eyelid kinematics preserved.
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Organização estrutural da cromatina em células epiteliais da conjuntiva palpebral de cães com ceratoconjuntivite seca, antes e após tratamento local com ciclosporina A / Chromatin structure organization in palpebral conjunctival epithelial cells from dogs with sicca keratoconjunctivitis, before and after local treatment with cyclosporine ASantos, Daniela Moura 28 February 2018 (has links)
Submitted by DANIELA MOURA DOS SANTOS (danielamouravet@yahoo.com.br) on 2018-06-19T19:03:42Z
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Previous issue date: 2018-02-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Alterações na organização estrutural da cromatina estão sendo associadas ao desenvolvimento e à fisiopatologia de diversas afecções oftálmicas. Com o advento da epigenética, emergiu o conceito de que parte dessas alterações pode ser revertida por fármacos. Visando-se avaliar a organização estrutural da cromatina em células da conjuntiva palpebral de cães com ceratoconjuntivite seca (CCS), antes e após tratamento com pomada de ciclosporina A (CsA) 0,2%, a presente pesquisa foi dividida em duas fases. Na fase I estudaram-se núcleos de células epiteliais e de linfócitos colhidos da conjuntiva palpebral de cães com e sem CCS. Foram incluídos na pesquisa 64 olhos de 32 cães domésticos, distribuídos em dois grupos: grupo controle, composto por 16 cães saudáveis (32 olhos, valores de Schirmer ≥ 15 mm/min); grupo CCS, abrangendo 16 cães (32 olhos, valores de Schirmer ≤ 10 mm/min) com CCS bilateral nunca antes tratados com imunomoduladores, sem oftalmopatias concorrentes e livres de alterações sistêmicas. As células foram colhidas por citologia esfoliativa e coradas pela reação de Feulgen. Os seguintes parâmetros foram estudados por vídeo-análise de imagens: área nuclear, perímetro nuclear, fator de circularidade relativa do núcleo (RNRF), densidade óptica integrada (IOD = conteúdo de DNA), densidade óptica (OD = compactação de cromatina); e desvio padrão de valores densitométricos (SDtd = textura de cromatina). Os resultados mostraram que a CCS enseja alterações nos parâmetros nucleares das células epiteliais e dos linfócitos da conjuntiva palpebral. Comparativamente aos controles, as células epiteliais foram mais afetadas pela CCS (alterações em área, perímetro, RNRF, IOD, e OD) do que os linfócitos (alterações em OD, apenas). Tanto as células epiteliais quanto os linfócitos do grupo CCS apresentaram cromatina mais descompactada do que as células do grupo controle. Padrões aberrantes de cromatina, como a "snake-like-chromatin", comumente vistos em pacientes humanos, não foram detectados. Na fase II estudou-se se as alterações nucleares detectadas na fase I regrediriam após tratamento local com pomada de CsA 0,2% a intervalos regulares de 12 horas e lacrimomimético a base de ácido poliacrílico 0,2%, instilado localmente a cada 4 horas. O mesmo grupo controle composto por cães hígidos foi adotado e as células também foram colhidas por citologia esfoliativa aos 30 e 60 dias de tratamento. As preparações citológicas foram coradas pela reação de Feulgen ou submetidas ao bandamento AgNOR. Estudaram-se parâmetros de video-análise de imagens relacionados com a funcionalidade da cromatina, notadamente a fração de área nuclear coberta pela cromatina mais condensada (Sc%), a taxa média de absorbância (AAR), e a entropia. Após bandamento AgNOR, estudaram-se os tamanhos das regiões organizadores de nucléolo e as frações de áreas nucleares ocupadas por elas. Os resultados mostraram que o tratamento com CsA e lacrimomimético (30/60 dias) enseja remodelação cromatínica e desfaz parcialmente as alterações associadas à CCS. / Changes in the structural organization of chromatin are being associated with the development and pathophysiology of various ophthalmic conditions. With the advent of epigenetics, the concept emerged that part of these alterations can be reversed by drugs. To evaluate the structural organization of chromatin in palpebral conjunctival cells of dogs with keratoconjunctivitis sicca (KCS), before and after treatment with 0.2% cyclosporine A (CsA) ophthalmic ointment, the present research was divided into two phases. In stage I, epithelial cells and lymphocyte from the palpebral conjunctiva of dogs with and without KCS were studied. The study included 64 eyes of 32 domestic dogs, distributed into two groups: control group, composed of 16 healthy dogs (32 eyes, Schirmer values ≥ 15 mm / min); KCS group, formed of 16 dogs (32 eyes, Schirmer values ≤ 10 mm / min) with bilateral CCS never previously treated with immunomodulatory drugs, and without concurrent ophthalmic or systemic disorders. Cells were collected by brush cytology and stained by the Feulgen reaction. The following parameters were studied by video image analysis: nuclear area, nuclear perimeter, relative nuclear roundness factor (RNRF), integrated optical density (IOD = DNA content), optical density (OD = chromatin compaction). The results showed that KCS causes alterations in the nuclear parameters of the epithelial cells and the lymphocytes from the palpebral conjunctiva. Compared with the control, the epithelial cells were more affected by the disease (alterations in area, perimeter, RNRF, IOD, and OD) than lymphocytes (changes in OD only.) Both epithelial cells and lymphocytes from the KCS group showed more decompressed chromatin than cells from the control group. "Snakelike-chromatin" commonly seen in human patients was not detected. In phase II it was studied whether the nuclear detected in stage I, regress after treatment with 0.2% CsA at regular intervals of 12 h and 0.2% polyacrylic acid-based artificial tears at regular intervals of 4h. The same control group composed of healthy dogs was adopted and cells were collected by brush cytology after 30 and 60 days of treatment. Cytological preparations were stained by the Feulgen reaction or submitted to the AgNOR banding. We studied video image analysis parameters related to the functionality of chromatin, notably the fraction of nuclear area covered by more condensed chromatin (Sc %), the average absorption ratio (AAR), and entropy. After AgNOR banding, the samples were studied for the sizes of the nucleolar organizer regions and the fractions of nuclear areas occupied by them. Results show that treatment with CsA and lacrimomimetic (30/60 days) leads to chromatin remodeling and partially reverses the chromatin changes elicited by KCS.
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Relação entre as alterações do piscar espontâneo e a superfície ocular em hansenianos / Spontaneous eyeblink changes and ocular surface in leprosyAdriana Leite Xavier Bertrand 30 May 2016 (has links)
A prevalência mundial da hanseníase vem demonstrando redução no número de casos, porém, no Brasil e em alguns países, ela ainda representa um grave problema de saúde pública, podendo levar a incapacidades funcionais graves como a cegueira. O objetivo do estudo foi avaliar a relação entre as alterações do piscar e a superfície ocular em hansenianos. Todos os pacientes estudados foram submetidos à mesma anamnese e avaliação oftalmológica: acuidade visual, ectoscopia, biomicroscopia, avaliação da superfície ocular, teste da graduação da força muscular do orbicular, sensibilidade corneana, distância da margem reflexa, medida da pressão intraocular e mensuração do piscar espontâneo palpebral por meio de um método de imagem por vídeo. Dos 56 pacientes examinados, 69,6% eram do sexo masculino, com média de idade de 55,96 ± 16,63 dp, 46,4% se declararam negros e 28,55% pardos, 71,4% apresentavam a forma multibacilar e 73,2% estavam fora do registro ativo da doença. Desses 56 pacientes, 43 apresentaram significativa simetria interocular no acometimento do nervo facial e do trigêmeo (p=0,11), o que foi corroborado pela alta correlação entre as medidas da amplitude do piscar entre os olhos (r=0,90). Apenas 12,5% apresentaram tempo de ruptura do filme lacrimal menor que 10 segundos e em um paciente este foi menor que 5. Evidenciou-se sofrimento da superfície ocular em cerca de 14% dos olhos. As alterações de sensibilidade foram mais prevalentes, pois 51,8% apresentaram algum grau de diminuição. A média geral da taxa do piscar foi de 17,0 ± 2,6 blink/min. De acordo com o exame de Lissamina, observou-se taxa média de 16,0 ± 2,8 (média±dp) para os pacientes com resultado negativo e 23,2 ± 6,8 para os com resultado positivo (t=0,961; p=0,3407); e em relação à sensibilidade corneana, as taxas médias foram 14,6 ± 3,8 e 19,2 ± 3,6 para os pacientes com resposta imediata e alterada, respectivamente (t=0,875; p=0,3857). De acordo com o tônus muscular, a média das taxas do piscar para os pacientes normais e alterados não foi significativa (t=0,539; p=0,592). Apesar do número e da amplitude dos movimentos serem diferentes, a main sequence demonstrou comportamento linear em todos os casos, sendo a média geral 20,25 ± 6,9 (0,94 ep). As médias da taxa, amplitude e efetividade do piscar em pacientes com função do músculo orbicular do olho normal e naqueles com função alterada não demonstraram diferença estatística, já a média da velocidade máxima do piscar com função normal foi de 115,5 ± 47,2 mm/s, enquanto que naqueles com lagoftalmo foi 67,7 ± 27 (t=2,08; p=0,04) e a média do deslocamento horizontal de 2,1 ± 0,7 mm e 0,9 ± 0,8 mm, respectivamente (t=1,99; p=0,05). Embora os pacientes hansenianos não apresentem taxa de piscar diferente do normal, demonstram tendência à diminuição da velocidade e do deslocamento horizontal quando apresentam alterações da função do músculo orbicular. A maioria dos pacientes apresentou alteração de sensibilidade corneana, porém, sem sinais de sofrimento da superfície ocular, principalmente com a cinemática palpebral preservada. / Global prevalence of leprosy has demonstrated a reduction in the number of cases, however, in Brazil and some countries, it still represents a serious public health problem, often leading to severe functional disabilities such as blindness for example. This study aimed to evaluate the relationship between blink and ocular surface in patients with leprosy. Leprosy patients underwent the same history and ophthalmologic evaluation: visual acuity, ectoscopy, slit lamp examination, evaluation of ocular surface, test the eyelid function and the degree of orbicularis function, corneal sensitivity, margin reflex distance, measured intraocular pressure and measuring eyelid spontaneous blinking through an image video system. 69.6% were male, with a mean age of 55.96 ± 16.63 SD. 46.4% declared themselves as black and brown were 28.55%, 71.4% were multibacillary and 73.2% were out of active disease registry. Between the 56 patients examined, 43 of those had significant interocular symmetry of the involvement of the facial and the trigeminal nerves (p=0.11), which was confirmed by the high correlation between the measurements of amplitude flashing of the eyes (r=0,90). Only 12.5% had TFRL was under 10 seconds and in one patient it was under 5 seconds. It was evidenced suffering from ocular surface in about 14% of the eyes. Sensitivity changes were more prevalent, 51.8% had some degree of impairment. Overall average blink rate was 17.0 ± 2.6 blinks/min. In the lissamine test, we observed an average rate of 16.0 ± 2.8 for patients with negative and 23.2 ± 6.8 for a positive result (t=0.961, p=0.3407). The mean values were 14.6 ± 3.8 (mean ± SD) and 19.2 ± 3.6 for for patients with immediate corneal sensitivity response and altered response, respectively (t=0.875, p=0.3857). According muscle tone, mean blink rates for normals and for injured patients, were not different (t=0.539, p=0.592). Although the number and range of motion are different, the main sequence had a linear behavior in all cases, with an overall mean 20.25 ± 6.9 (p 0.94). The mean blink rate, amplitude and effectiveness in patients with normal orbicularis function and those with altered function, showed no statistical diference, while the mean of maximum velocity blink was, with normal function, 115.5 ± 47.2 mm/s, while those with lagophthalmos was 27 ± 67.7 (t=2.08, p=0.04) and the mean horizontal displacement was 2.1 ± 0.7 mm and 0.9 ±0.8 mm respectively (t=1.99, p=0.05). Although leprosy patients do not have a different flash rate of the normal population, blinking characteristics show a tendency to decrease in speed and horizontal scrolling when they show important changes in orbicularis function. The vast majority of patients had corneal sensitivity changes, but without signs of ocular surface suffering, especially those with eyelid kinematics preserved.
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Análise das alterações do piscar, do filme lacrimal e da superfície ocular induzidas pelo uso de monitor de computador / Analysis of alterations in blinking, lacrimal tear film and ocular surface induced by the use of video terminal displaySchaefer, Tania Mara Cunha 26 March 2010 (has links)
A relação trabalho e visão é tão remota que determinou a adaptação da espécie humana ao meio em que está inserida. Demonstrou-se que trabalhar em um ambiente confortável, sem doenças ocular, favorece o desempenho visual e aumenta a produtividade. Conhecer os efeitos do monitor de computador (VDT) sobre o sistema visual significa planejar melhor o ambiente de trabalho e a atividade laboral para se obter máximo conforto e produtividade. Este estudo teve como objetivo geral analisar as alterações do piscar, do filme lacrimal e da superfície ocular induzidas pelo uso de monitor de computador (VDT). Para sua realização efetivou-se um estudo transversal, descritivo, observacional, analítico, realizado na Volkswagen do Brasil, São José dos Pinhais (PR), tendo como amostra, a população de funcionários do setor administrativo que utiliza VDT, com idade acima de 18 anos, sem doenças da superfície ocular, sistema palpebral e lacrimal. O ambiente de trabalho foi caracterizado pela temperatura, grau de umidade, velocidade do ar e iluminamento. Preencheram os critérios de inclusão 108 funcionários (idade média 34,1±7,88 anos e tempo mínimo de utilização do VDT 6 horas/dia). Foram avaliados as sintomatologias, filmagem da face para mensuração do tempo entre piscadas na situação de conversação, exame do olho externo e biomicroscopia das pálpebras, conjuntiva e córnea, filmagem videoceratoscópica para determinar tempo de ruptura do filme lacrimal, avaliação da quantidade de lágrima do lago lacrimal pelo Zone-Quick Phenol Red Thread tear test, avaliação do epitélio corneano pelo teste da lissamina verde, filmagem da face dos sujeitos para mensuração do tempo entre piscadas em leitura de VDT. Ao final da jornada de trabalho, foram feitas a reavaliação do tempo de ruptura do filme lacrimal da quantidade de lágrima e a avaliação do epitélio corneano. Compararamse o tempo entre as piscadas em conversação e em uso de VDT e o tempo de ruptura do filme lacrimal, antes e ao final da jornada de trabalho. A comparação desses tempos classificou os sujeitos como expostos, com tempo médio de ruptura do filme lacrimal menor que o tempo médio entre piscadas e não expostos com tempo médio de ruptura do filme lacrimal maior que o tempo médio entre piscadas. Nas condições do estudo, em jornada de trabalho com tempo mínimo de 6 horas de uso de VDT, houve aumento da exposição da superfície ocular causada pelo aumento do tempo entre piscadas. O aumento da exposição da superfície ocular foi causado pela diminuição do tempo de ruptura do filme lacrimal constatado ao final da jornada de trabalho. O tempo entre piscadas na situação de leitura em VDT que foi significantemente maior que na situação de conversação. O tempo de ruptura do filme lacrimal, ao final da jornada de trabalho, foi significativamente menor que em seu início. A exposição ocular observada durante a jornada de trabalho com usuários de VDT, nas condições deste estudo, não causou alteração epitelial detectável ao teste da lissamina verde. Não houve alteração do volume lacrimal em olhos com exposição, antes da jornada de trabalho com VDT, nem houve alteração do volume lacrimal em olhos com exposição ocular, após a jornada de trabalho com VDT. / The relationship between work and vision is so remote that has determined the adaptation of human beings to the environment in which they are inserted. It has been demonstrated that working in a pleasant environment, without any ocular disease, has favored visual performance and increased productivity. Knowing the effects of video terminal display (VDT) on the visual system helps plan labor environments and labor activities more effectively so that optimal comfort and productivity are obtained. This transversal study, performed at Volkswagen do Brasil, São José dos Pinhais, PR, has the objective to investigate the influence of VDT labor activities on blinking, tear film and ocular surface, ocular exposure and amount of tear in the lacrimal lake. The population sample comprised VDT administrative department employees older than 18, without diseases on the ocular surface, tear film and blinking system. The evaluation of the working environment included measurements of temperature, humidity, air speed and lighting. One hundred and eight employees met the study criteria (mean age 34.1±7.88 and minimal VDT use time of 6 hours/day). Several evaluations were performed: the ocular surface symptomatology; the measurement of the blink time in conversation situations; the examination of the ocular surface and lacrimal film; a videokeratoscopy to establish the tear film break-up time; evaluation of the amount of tears of the lacrimal lake by means of the Zone-Quick Phenol Red Thread tear test; evaluation of the corneal epithelium by means of the lissamine green test; and determination of the blink time in VDT reading situations. At the end of the working period, the amount of tears and the corneal epithelium structure were re-evaluated. Comparisons between the blink time in conversation and VDT reading situations were performed before and at the end of the working day. The comparison data obtained classifies the subjects into two categories: exposed, with a tear film break-up time shorter than the mean time between blinks; and non-exposed, with tear film break-up time longer than the mean time between blinks. The findings obtained reveal that there was an increase in the ocular surface exposure caused by the increase in the time between blinks during the working period and increase of the ocular surface exposure caused by the decrease in the tear film break-up time determined at the end of the working day. The time between blinks at VDT reading situations was significantly longer than at conversation situations. The tear film break-up time at the end of the working day was significantly shorter than at the beginning. The ocular exposure during the VDT use has not caused epithelium alterations detectable at the lissamine green test. There were no alterations in the amount of tears in the eyes which underwent ocular exposure after VDT use situations.
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Análise das alterações do piscar, do filme lacrimal e da superfície ocular induzidas pelo uso de monitor de computador / Analysis of alterations in blinking, lacrimal tear film and ocular surface induced by the use of video terminal displayTania Mara Cunha Schaefer 26 March 2010 (has links)
A relação trabalho e visão é tão remota que determinou a adaptação da espécie humana ao meio em que está inserida. Demonstrou-se que trabalhar em um ambiente confortável, sem doenças ocular, favorece o desempenho visual e aumenta a produtividade. Conhecer os efeitos do monitor de computador (VDT) sobre o sistema visual significa planejar melhor o ambiente de trabalho e a atividade laboral para se obter máximo conforto e produtividade. Este estudo teve como objetivo geral analisar as alterações do piscar, do filme lacrimal e da superfície ocular induzidas pelo uso de monitor de computador (VDT). Para sua realização efetivou-se um estudo transversal, descritivo, observacional, analítico, realizado na Volkswagen do Brasil, São José dos Pinhais (PR), tendo como amostra, a população de funcionários do setor administrativo que utiliza VDT, com idade acima de 18 anos, sem doenças da superfície ocular, sistema palpebral e lacrimal. O ambiente de trabalho foi caracterizado pela temperatura, grau de umidade, velocidade do ar e iluminamento. Preencheram os critérios de inclusão 108 funcionários (idade média 34,1±7,88 anos e tempo mínimo de utilização do VDT 6 horas/dia). Foram avaliados as sintomatologias, filmagem da face para mensuração do tempo entre piscadas na situação de conversação, exame do olho externo e biomicroscopia das pálpebras, conjuntiva e córnea, filmagem videoceratoscópica para determinar tempo de ruptura do filme lacrimal, avaliação da quantidade de lágrima do lago lacrimal pelo Zone-Quick Phenol Red Thread tear test, avaliação do epitélio corneano pelo teste da lissamina verde, filmagem da face dos sujeitos para mensuração do tempo entre piscadas em leitura de VDT. Ao final da jornada de trabalho, foram feitas a reavaliação do tempo de ruptura do filme lacrimal da quantidade de lágrima e a avaliação do epitélio corneano. Compararamse o tempo entre as piscadas em conversação e em uso de VDT e o tempo de ruptura do filme lacrimal, antes e ao final da jornada de trabalho. A comparação desses tempos classificou os sujeitos como expostos, com tempo médio de ruptura do filme lacrimal menor que o tempo médio entre piscadas e não expostos com tempo médio de ruptura do filme lacrimal maior que o tempo médio entre piscadas. Nas condições do estudo, em jornada de trabalho com tempo mínimo de 6 horas de uso de VDT, houve aumento da exposição da superfície ocular causada pelo aumento do tempo entre piscadas. O aumento da exposição da superfície ocular foi causado pela diminuição do tempo de ruptura do filme lacrimal constatado ao final da jornada de trabalho. O tempo entre piscadas na situação de leitura em VDT que foi significantemente maior que na situação de conversação. O tempo de ruptura do filme lacrimal, ao final da jornada de trabalho, foi significativamente menor que em seu início. A exposição ocular observada durante a jornada de trabalho com usuários de VDT, nas condições deste estudo, não causou alteração epitelial detectável ao teste da lissamina verde. Não houve alteração do volume lacrimal em olhos com exposição, antes da jornada de trabalho com VDT, nem houve alteração do volume lacrimal em olhos com exposição ocular, após a jornada de trabalho com VDT. / The relationship between work and vision is so remote that has determined the adaptation of human beings to the environment in which they are inserted. It has been demonstrated that working in a pleasant environment, without any ocular disease, has favored visual performance and increased productivity. Knowing the effects of video terminal display (VDT) on the visual system helps plan labor environments and labor activities more effectively so that optimal comfort and productivity are obtained. This transversal study, performed at Volkswagen do Brasil, São José dos Pinhais, PR, has the objective to investigate the influence of VDT labor activities on blinking, tear film and ocular surface, ocular exposure and amount of tear in the lacrimal lake. The population sample comprised VDT administrative department employees older than 18, without diseases on the ocular surface, tear film and blinking system. The evaluation of the working environment included measurements of temperature, humidity, air speed and lighting. One hundred and eight employees met the study criteria (mean age 34.1±7.88 and minimal VDT use time of 6 hours/day). Several evaluations were performed: the ocular surface symptomatology; the measurement of the blink time in conversation situations; the examination of the ocular surface and lacrimal film; a videokeratoscopy to establish the tear film break-up time; evaluation of the amount of tears of the lacrimal lake by means of the Zone-Quick Phenol Red Thread tear test; evaluation of the corneal epithelium by means of the lissamine green test; and determination of the blink time in VDT reading situations. At the end of the working period, the amount of tears and the corneal epithelium structure were re-evaluated. Comparisons between the blink time in conversation and VDT reading situations were performed before and at the end of the working day. The comparison data obtained classifies the subjects into two categories: exposed, with a tear film break-up time shorter than the mean time between blinks; and non-exposed, with tear film break-up time longer than the mean time between blinks. The findings obtained reveal that there was an increase in the ocular surface exposure caused by the increase in the time between blinks during the working period and increase of the ocular surface exposure caused by the decrease in the tear film break-up time determined at the end of the working day. The time between blinks at VDT reading situations was significantly longer than at conversation situations. The tear film break-up time at the end of the working day was significantly shorter than at the beginning. The ocular exposure during the VDT use has not caused epithelium alterations detectable at the lissamine green test. There were no alterations in the amount of tears in the eyes which underwent ocular exposure after VDT use situations.
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Efeito da talidomida na expressão e síntese dos proteoheparans sulfato de superfície celular em linhagens de mieloma múltiplo / Effects of sugar cane burning emissions on the ocular surfaceMatsuda, Monique 10 February 2006 (has links)
Efeitos adversos das emissões geradas pela queim a da cana de açúcar representa um problema que afeta principalmente os países em desenvolvimento. Estudos prévios têm demonstrado que, durante o período de queima, há um aumento das admissões hospitalares e atendimentos de emergência nas cidades do Brasil próximas às plantações de cana. Entretanto, até o momento, não há estudos que avaliaram os efeitos sobre a superfície ocular. O presente trabalho avalia o impacto causado pela queima da cana sobre a superfície ocular e cortadores de cana e na população da região de Tatuí SP. Vinte e dois cortadores de cana e dezenove voluntários do perímetro urbano de Tatuí SP, localizada no Estado de São Paulo, fora recrutados para o estudo. Medidas ambientais das concentrações de aterial particulado de 2,5 (MP2,5), temperatura e umidade fora ensuradas durante os períodos de queima e entresafra. Ao esmo tempo, avaliações histológicas e clínicas da superfície ocular, tais como, citologia de impressão da região tarsal, tempo de rotura do filme lacrimal (TRFL), teste de Schirmer I, colorações vitais por rosa bengala e fluoresceína, bio microscopia e sintomas oculares foram realizadas durante os dois períodos. Níveis de MP2,5 durante a atividade de corte da cana queimada foi 3,5 vezes mais elevados do que o limite de 25 g/3 sugerido pelo órgão de regulamentação.Nas avaliações oculares, observa os que os valores médios das áreas coradas por ácido periódico de Schiff (PAS) das amostras dos cortadores fora menores durante o período de queima (57 ±6,8%) do que na entresafra (64,3 ±12%; p=0,014) e quando comparadas com as amostras dos voluntários da cidade (63,9 ±6.8%;p=0,009). Modelo de regressão não linear revela uma forte associação entre os valores médios das áreas PAS positivas e os anos de trabalho no corte da cana queimada. Detectamos um aumento nas áreas PAS positivas conforme os anos de trabalho acumulados no corte da cana queimada durante o período da entresafra (r=0,99;p=0,015).Teste de Schirmer I revela uma diminuição dos valores conforme e os anos de trabalho no corte da cana queimada observados durante o período de quei a.(r=0,99;p=0,026).Valores médios de TRFL dos cortadores de cana durante o periodo de queima (6,48 ±3.47s) fora menores do que na entresafra (10,16 ±7,79) e quando comparadas como TRFL dos voluntários da cidade (8,6 ±4,6s;p<0,05).Não houve diferenças estatísticas e relação às outras variáveis oculares. Nossos resultados sugere que a exposição sazonal às altas concentrações das emissões geradas pela queima da cana de açúcar pode causar efeitos tóxicos sobre a mucosa epitelial e afetar a estabilidade do filme lacrimal, permitindo que o epitélio torne se enos protegido aos agentes deletérios. Por outro lado,a exposição crônica às emissões da cana parece induzir uma resposta adaptativa do epitélio ocular, associado a umaumento da densidade de muco para compensar a perda de células caliciformes durante o período da queima, todos os anos. E conclusão, esses achados reforça a i portância de futuras investigações para melhor compreender as consequências da poluição at osférica sobre a superfície ocular e sugere edidas para proteção da superfície ocular durante este período. / The adverse effects of particle emissions produced by sugar cane burning represent a proble that affects ostly developing countries. Previous studies have shown that, during the burning period, there is an increase in respiratory hospital admissions and emergency room visits in communities surrounded by sugar cane plantations in rural cities of Brazil. However, until this date, nom previous studies have evaluated the effects on the ocular surface. The ai of the present work is to study the impact of the sugar cane burning on the ocular surface of cane workers and the people at the city of Tatuí, near the burning crops. Twenty two healthy sugar cane workers and nineteen volunteers fro Tatuí region located at the State of Sao Paulo, Brazil, were recruited to the study. Measure ents of the average concentrations of particulate atter 2.5um, temperature and humidity were done during the burning and non burning periods. Concurrently, histological and clinical assessments of the ocular surface such as, inferior tarsal impression cytology, tear film break-up time, Schirmer´s I test, fluorescein and rose bengal staining, biomicroscopy and eye irritation symptoms were evaluated during the two periods. PM2.5 exposure levels in the crops during the activity of burnt cane cutting were 3.5 fold higher than the suggest limit of 25ug/m3 proposed by governmental regulation. On ocular assessments, we observed that the average of periodic acid Schiff (PAS)positive areas of sugar cane workers samples were lower during the burning (mean 57%,SD 6.8) than the non burning period (mean 64.3%,SD 12;p=0.014) and the downtown volunteers samples (mean 63.9%,SD 6.8;p=0.009). A non linear regression model reveals a strong relationship between average PAS positive areas and years working in sugar cane harvesting. We noticed an increase in PAS positive areas as long as the years accumulated in sugar cane harvesting labor during non burning period (r=0.99,p=0.015). Schirmer test t reveals impairment at the values across the years of labour in sugar cane harvesting observed during the burning period (r=0.99,p=0.026). Mean TBUT values of sugar cane workers during the burning period (mean 6.48s; SD 3.47)were lower than non burning period (mean 10.16s;SD 7.79) and than TBUT of the volunteers of downtown (mean 8.6s,SD 4.6;p<0.05). There were no statistically differences among the groups for the other ocular variables. Our results suggest that seasonal exposition of higher concentrations of emissions generated by sugar cane burning ay cause toxic effects on the mucosal epithelium and affect tear film stability that ay leave underlying ocular epithelium less protected to har ful agents. On the other hand, chronic occupational exposure to sugar cane emissions during harvest ay induce an adaptive response of ocular epithelium associated with an increase of mucus density in order to compensate loss of goblet cells every year during burning period. In conclusion, these findings reinforce the importance for further investigations to better understanding the consequences of air pollution on the ocular surface and suggest procedures to protect ocular surface during this period.
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Efeitos das emissões geradas pela queima dos canaviais sobre a superfície ocular / Effects of sugar cane burning emissions on the ocular surfaceMatsuda, Monique 26 February 2010 (has links)
Efeitos adversos das emissões geradas pela queima da cana-de-açúcar representa um problema que afeta principalmente os países em desenvolvimento. Estudos prévios têm demonstrado que, durante o período de queima, há um aumento das admissões hospitalares e atendimentos de emergência nas cidades do Brasil próximas às plantações de cana. Entretanto, até o momento, não há estudos que avaliaram os efeitos sobre a superfície ocular. O presente trabalho avalia o impacto causado pela queima da cana sobre a superfície ocular em cortadores de cana e na população da região de Tatuí-SP. Vinte e dois cortadores de cana e dezenove voluntários do perímetro urbano de Tatuí-SP, localizada no Estado de São Paulo, foram recrutados para o estudo. Medidas ambientais das concentrações de material particulado de 2,5 Vm (MP2,5), temperatura e umidade foram mensuradas durante os períodos de queima e entresafra. Ao mesmo tempo, avaliações histológicas e clínicas da superfície ocular, tais como, citologia de impressão da região tarsal, tempo de rotura do filme lacrimal (TRFL), teste de Schirmer I, colorações vitais por rosa bengala e fluoresceína, biomicroscopia e sintomas oculares foram realizadas durante os dois períodos. Níveis de MP2,5 durante a atividade de corte da cana queimada foi 3,5 vezes mais elevados do que o limite de 25Vg/m3 sugerido pelo órgão de regulamentação. Nas avaliações oculares, observamos que os valores médios das áreas coradas por ácido periódico de Schiff (PAS) das amostras dos cortadores foram menores durante o período de queima (57±6,8%) do que na entresafra (64,3±12%; p=0,014) e quando comparadas com as amostras dos voluntários da cidade (63,9±6.8%; p=0,009). Modelo de regressão não-linear revela uma forte associação entre os valores médios das áreas PAS positivas e os anos de trabalho no corte da cana queimada. Detectamos um aumento nas áreas PAS positivas conforme os anos de trabalho acumulados no corte da cana queimada durante o período da entresafra (r=0,99; p=0,015). Teste de Schirmer I revela uma diminuição dos valores conforme os anos de trabalho no corte da cana queimada observados durante o período de queima. (r=0,99; p=0,026). Valores médios de TRFL dos cortadores de cana durante o periodo de queima (6,48±3.47s) foram menores do que na entresafra (10,16±7,79) e quando comparadas com o TRFL dos voluntários da cidade (8,6±4,6s; p<0,05). Não houve diferenças estatísticas em relação às outras variáveis oculares. Nossos resultados sugerem que a exposição sazonal às altas concentrações das emissões geradas pela queima da cana-de-açúcar pode causar efeitos tóxicos sobre a mucosa epitelial e afetar a estabilidade do filme lacrimal, permitindo que o epitélio torne-se menos protegido aos agentes deletérios. Por outro lado, a exposição crônica às emissões da cana parece induzir uma resposta adaptativa do epitélio ocular, associado a um aumento da densidade de muco para compensar a perda de células caliciformes durante o período da queima, todos os anos. Em conclusão, esses achados reforçam a importância de futuras investigações para melhor compreender as consequências da poluição atmosférica sobre a superfície ocular e sugere medidas para proteção da superfície ocular durante este período. / The adverse effects of particle emissions produced by sugar cane burning represent a problem that affects mostly developing countries. Previous studies have shown that, during the burning period, there is an increase in respiratory hospital admissions and emergency room visits in communities surrounded by sugar cane plantations in rural cities of Brazil. However, until this date, no previous studies have evaluated the effects on the ocular surface. The aim of the present work is to study the impact of the sugar cane burning on the ocular surface of cane workers and the people at the city of Tatuí, near the burning crops. Twenty-two healthy sugar cane workers and nineteen volunteers from Tatuí region located at the State of Sao Paulo, Brazil, were recruited to the study. Measurements of the average concentrations of particulate matter 2.5 Vm, temperature and humidity were done during the burning and non-burning periods. Concurrently, histological and clinical assessments of the ocular surface such as, inferior tarsal impression cytology, tear film break-up time, Schirmer´s I test, fluorescein and rose bengal staining, biomicroscopy and eye irritation symptoms were evaluated during the two periods. PM2.5 exposure levels in the crops during the activity of burnt cane cutting were 3.5-fold higher than the suggest limit of 25Vg/m3 proposed by governmental regulation. On ocular assessments, we observed that the average of periodic acid-Schiff (PAS) positive areas of sugar cane workers samples were lower during the burning (mean 57%, SD 6.8) than the non-burning period (mean 64.3%, SD 12; p=0.014) and the downtown volunteers samples (mean 63.9%, SD 6.8; p=0.009). A non-linear regression model reveals a strong relationship between average PAS positive areas and years working in sugar cane harvesting. We noticed an increase in PAS positive areas as long as the years accumulated in sugar cane harvesting labor during non-burning period (r=0.99, p=0.015). Schirmer test t reveals impairment at the values across the years of labour in sugar cane harvesting observed during the burning period (r=0.99, p=0.026). Mean TBUT values of sugar cane workers during the burning period (mean 6.48s; SD 3.47) were lower than non-burning period (mean 10.16s; SD 7.79) and than TBUT of the volunteers of downtown (mean 8.6s, SD 4.6; p<0.05). There were no statistically differences among the groups for the other ocular variables. Our results suggest that seasonal exposition of higher concentrations of emissions generated by sugar cane burning may cause toxic effects on the mucosal epithelium and affect tear film stability that may leave underlying ocular epithelium less protected to harmful agents. On the other hand, chronic occupational exposure to sugar cane emissions during harvest may induce an adaptive response of ocular epithelium associated with an increase of mucus density in order to compensate loss of goblet cells every year during burning period. In conclusion, these findings reinforce the importance for further investigations to better understanding the consequences of air pollution on the ocular surface and suggest procedures to protect ocular surface during this period.
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Efeitos das emissões geradas pela queima dos canaviais sobre a superfície ocular / Effects of sugar cane burning emissions on the ocular surfaceMonique Matsuda 26 February 2010 (has links)
Efeitos adversos das emissões geradas pela queima da cana-de-açúcar representa um problema que afeta principalmente os países em desenvolvimento. Estudos prévios têm demonstrado que, durante o período de queima, há um aumento das admissões hospitalares e atendimentos de emergência nas cidades do Brasil próximas às plantações de cana. Entretanto, até o momento, não há estudos que avaliaram os efeitos sobre a superfície ocular. O presente trabalho avalia o impacto causado pela queima da cana sobre a superfície ocular em cortadores de cana e na população da região de Tatuí-SP. Vinte e dois cortadores de cana e dezenove voluntários do perímetro urbano de Tatuí-SP, localizada no Estado de São Paulo, foram recrutados para o estudo. Medidas ambientais das concentrações de material particulado de 2,5 Vm (MP2,5), temperatura e umidade foram mensuradas durante os períodos de queima e entresafra. Ao mesmo tempo, avaliações histológicas e clínicas da superfície ocular, tais como, citologia de impressão da região tarsal, tempo de rotura do filme lacrimal (TRFL), teste de Schirmer I, colorações vitais por rosa bengala e fluoresceína, biomicroscopia e sintomas oculares foram realizadas durante os dois períodos. Níveis de MP2,5 durante a atividade de corte da cana queimada foi 3,5 vezes mais elevados do que o limite de 25Vg/m3 sugerido pelo órgão de regulamentação. Nas avaliações oculares, observamos que os valores médios das áreas coradas por ácido periódico de Schiff (PAS) das amostras dos cortadores foram menores durante o período de queima (57±6,8%) do que na entresafra (64,3±12%; p=0,014) e quando comparadas com as amostras dos voluntários da cidade (63,9±6.8%; p=0,009). Modelo de regressão não-linear revela uma forte associação entre os valores médios das áreas PAS positivas e os anos de trabalho no corte da cana queimada. Detectamos um aumento nas áreas PAS positivas conforme os anos de trabalho acumulados no corte da cana queimada durante o período da entresafra (r=0,99; p=0,015). Teste de Schirmer I revela uma diminuição dos valores conforme os anos de trabalho no corte da cana queimada observados durante o período de queima. (r=0,99; p=0,026). Valores médios de TRFL dos cortadores de cana durante o periodo de queima (6,48±3.47s) foram menores do que na entresafra (10,16±7,79) e quando comparadas com o TRFL dos voluntários da cidade (8,6±4,6s; p<0,05). Não houve diferenças estatísticas em relação às outras variáveis oculares. Nossos resultados sugerem que a exposição sazonal às altas concentrações das emissões geradas pela queima da cana-de-açúcar pode causar efeitos tóxicos sobre a mucosa epitelial e afetar a estabilidade do filme lacrimal, permitindo que o epitélio torne-se menos protegido aos agentes deletérios. Por outro lado, a exposição crônica às emissões da cana parece induzir uma resposta adaptativa do epitélio ocular, associado a um aumento da densidade de muco para compensar a perda de células caliciformes durante o período da queima, todos os anos. Em conclusão, esses achados reforçam a importância de futuras investigações para melhor compreender as consequências da poluição atmosférica sobre a superfície ocular e sugere medidas para proteção da superfície ocular durante este período. / The adverse effects of particle emissions produced by sugar cane burning represent a problem that affects mostly developing countries. Previous studies have shown that, during the burning period, there is an increase in respiratory hospital admissions and emergency room visits in communities surrounded by sugar cane plantations in rural cities of Brazil. However, until this date, no previous studies have evaluated the effects on the ocular surface. The aim of the present work is to study the impact of the sugar cane burning on the ocular surface of cane workers and the people at the city of Tatuí, near the burning crops. Twenty-two healthy sugar cane workers and nineteen volunteers from Tatuí region located at the State of Sao Paulo, Brazil, were recruited to the study. Measurements of the average concentrations of particulate matter 2.5 Vm, temperature and humidity were done during the burning and non-burning periods. Concurrently, histological and clinical assessments of the ocular surface such as, inferior tarsal impression cytology, tear film break-up time, Schirmer´s I test, fluorescein and rose bengal staining, biomicroscopy and eye irritation symptoms were evaluated during the two periods. PM2.5 exposure levels in the crops during the activity of burnt cane cutting were 3.5-fold higher than the suggest limit of 25Vg/m3 proposed by governmental regulation. On ocular assessments, we observed that the average of periodic acid-Schiff (PAS) positive areas of sugar cane workers samples were lower during the burning (mean 57%, SD 6.8) than the non-burning period (mean 64.3%, SD 12; p=0.014) and the downtown volunteers samples (mean 63.9%, SD 6.8; p=0.009). A non-linear regression model reveals a strong relationship between average PAS positive areas and years working in sugar cane harvesting. We noticed an increase in PAS positive areas as long as the years accumulated in sugar cane harvesting labor during non-burning period (r=0.99, p=0.015). Schirmer test t reveals impairment at the values across the years of labour in sugar cane harvesting observed during the burning period (r=0.99, p=0.026). Mean TBUT values of sugar cane workers during the burning period (mean 6.48s; SD 3.47) were lower than non-burning period (mean 10.16s; SD 7.79) and than TBUT of the volunteers of downtown (mean 8.6s, SD 4.6; p<0.05). There were no statistically differences among the groups for the other ocular variables. Our results suggest that seasonal exposition of higher concentrations of emissions generated by sugar cane burning may cause toxic effects on the mucosal epithelium and affect tear film stability that may leave underlying ocular epithelium less protected to harmful agents. On the other hand, chronic occupational exposure to sugar cane emissions during harvest may induce an adaptive response of ocular epithelium associated with an increase of mucus density in order to compensate loss of goblet cells every year during burning period. In conclusion, these findings reinforce the importance for further investigations to better understanding the consequences of air pollution on the ocular surface and suggest procedures to protect ocular surface during this period.
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Efeito da talidomida na expressão e síntese dos proteoheparans sulfato de superfície celular em linhagens de mieloma múltiplo / Effects of sugar cane burning emissions on the ocular surfaceMonique Matsuda 10 February 2006 (has links)
Efeitos adversos das emissões geradas pela queim a da cana de açúcar representa um problema que afeta principalmente os países em desenvolvimento. Estudos prévios têm demonstrado que, durante o período de queima, há um aumento das admissões hospitalares e atendimentos de emergência nas cidades do Brasil próximas às plantações de cana. Entretanto, até o momento, não há estudos que avaliaram os efeitos sobre a superfície ocular. O presente trabalho avalia o impacto causado pela queima da cana sobre a superfície ocular e cortadores de cana e na população da região de Tatuí SP. Vinte e dois cortadores de cana e dezenove voluntários do perímetro urbano de Tatuí SP, localizada no Estado de São Paulo, fora recrutados para o estudo. Medidas ambientais das concentrações de aterial particulado de 2,5 (MP2,5), temperatura e umidade fora ensuradas durante os períodos de queima e entresafra. Ao esmo tempo, avaliações histológicas e clínicas da superfície ocular, tais como, citologia de impressão da região tarsal, tempo de rotura do filme lacrimal (TRFL), teste de Schirmer I, colorações vitais por rosa bengala e fluoresceína, bio microscopia e sintomas oculares foram realizadas durante os dois períodos. Níveis de MP2,5 durante a atividade de corte da cana queimada foi 3,5 vezes mais elevados do que o limite de 25 g/3 sugerido pelo órgão de regulamentação.Nas avaliações oculares, observa os que os valores médios das áreas coradas por ácido periódico de Schiff (PAS) das amostras dos cortadores fora menores durante o período de queima (57 ±6,8%) do que na entresafra (64,3 ±12%; p=0,014) e quando comparadas com as amostras dos voluntários da cidade (63,9 ±6.8%;p=0,009). Modelo de regressão não linear revela uma forte associação entre os valores médios das áreas PAS positivas e os anos de trabalho no corte da cana queimada. Detectamos um aumento nas áreas PAS positivas conforme os anos de trabalho acumulados no corte da cana queimada durante o período da entresafra (r=0,99;p=0,015).Teste de Schirmer I revela uma diminuição dos valores conforme e os anos de trabalho no corte da cana queimada observados durante o período de quei a.(r=0,99;p=0,026).Valores médios de TRFL dos cortadores de cana durante o periodo de queima (6,48 ±3.47s) fora menores do que na entresafra (10,16 ±7,79) e quando comparadas como TRFL dos voluntários da cidade (8,6 ±4,6s;p<0,05).Não houve diferenças estatísticas e relação às outras variáveis oculares. Nossos resultados sugere que a exposição sazonal às altas concentrações das emissões geradas pela queima da cana de açúcar pode causar efeitos tóxicos sobre a mucosa epitelial e afetar a estabilidade do filme lacrimal, permitindo que o epitélio torne se enos protegido aos agentes deletérios. Por outro lado,a exposição crônica às emissões da cana parece induzir uma resposta adaptativa do epitélio ocular, associado a umaumento da densidade de muco para compensar a perda de células caliciformes durante o período da queima, todos os anos. E conclusão, esses achados reforça a i portância de futuras investigações para melhor compreender as consequências da poluição at osférica sobre a superfície ocular e sugere edidas para proteção da superfície ocular durante este período. / The adverse effects of particle emissions produced by sugar cane burning represent a proble that affects ostly developing countries. Previous studies have shown that, during the burning period, there is an increase in respiratory hospital admissions and emergency room visits in communities surrounded by sugar cane plantations in rural cities of Brazil. However, until this date, nom previous studies have evaluated the effects on the ocular surface. The ai of the present work is to study the impact of the sugar cane burning on the ocular surface of cane workers and the people at the city of Tatuí, near the burning crops. Twenty two healthy sugar cane workers and nineteen volunteers fro Tatuí region located at the State of Sao Paulo, Brazil, were recruited to the study. Measure ents of the average concentrations of particulate atter 2.5um, temperature and humidity were done during the burning and non burning periods. Concurrently, histological and clinical assessments of the ocular surface such as, inferior tarsal impression cytology, tear film break-up time, Schirmer´s I test, fluorescein and rose bengal staining, biomicroscopy and eye irritation symptoms were evaluated during the two periods. PM2.5 exposure levels in the crops during the activity of burnt cane cutting were 3.5 fold higher than the suggest limit of 25ug/m3 proposed by governmental regulation. On ocular assessments, we observed that the average of periodic acid Schiff (PAS)positive areas of sugar cane workers samples were lower during the burning (mean 57%,SD 6.8) than the non burning period (mean 64.3%,SD 12;p=0.014) and the downtown volunteers samples (mean 63.9%,SD 6.8;p=0.009). A non linear regression model reveals a strong relationship between average PAS positive areas and years working in sugar cane harvesting. We noticed an increase in PAS positive areas as long as the years accumulated in sugar cane harvesting labor during non burning period (r=0.99,p=0.015). Schirmer test t reveals impairment at the values across the years of labour in sugar cane harvesting observed during the burning period (r=0.99,p=0.026). Mean TBUT values of sugar cane workers during the burning period (mean 6.48s; SD 3.47)were lower than non burning period (mean 10.16s;SD 7.79) and than TBUT of the volunteers of downtown (mean 8.6s,SD 4.6;p<0.05). There were no statistically differences among the groups for the other ocular variables. Our results suggest that seasonal exposition of higher concentrations of emissions generated by sugar cane burning ay cause toxic effects on the mucosal epithelium and affect tear film stability that ay leave underlying ocular epithelium less protected to har ful agents. On the other hand, chronic occupational exposure to sugar cane emissions during harvest ay induce an adaptive response of ocular epithelium associated with an increase of mucus density in order to compensate loss of goblet cells every year during burning period. In conclusion, these findings reinforce the importance for further investigations to better understanding the consequences of air pollution on the ocular surface and suggest procedures to protect ocular surface during this period.
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