A presente pesquisa, de cunho teórico-prático, apresenta o registro dos procedimentos de preparação técnica e montagem do diretor e atores do Odin Teatret segundo a ótica da Antropologia Teatral e persegue as noções de presença cênica e autonomia do ator. A partir da vivência da tradição de seus atores e documentação realizada em campo sobre treinamento e criação por eles difundidos, são selecionadas, descritas e experimentadas técnicas aplicadas na preparação pré-expressiva e em uma composição cênica pessoal. Na revisão de literatura, estabelece o diálogo com a linhagem de diretores-pedagogos do século XX, como Stanislavski e Grotowski e com estudiosos e críticos da Antropologia Teatral. Na aproximação com o conceito de presença, traz Hans Ulrich Gumbrecht para introduzir as noções de dramaturgia usadas por Eugenio Barba. Os registros e análises se valem de pressupostos da pesquisa qualitativa por meio da autoetnografia para sua organização. A identificação dos procedimentos mapeia as aplicações atualizadas das tradições do Odin Teatret. Por fim evidencia o percurso de personalização dos estímulos, sua aplicação pedagógica e o processo de montagem de materiais na dramaturgia da atriz-pesquisadora. Por meio de seus agentes, a pesquisa permitiu apurar as noções que perseguia sobre o trabalho técnico e o processo de autonomia do ator / This research, of a theoretical-practical nature, introduces the register of the technical preparations\' proceedings and production of the Odin Teatret director and actors, from the viewpoint of the Theatre Anthropology, and it pursuits the notions of scenic presence and the actors\' autonomy. Based on the experience of its actors\' tradition, and on a documentation held in fieldwork, about training and creation widespread by them, applied techniques are selected, described and experimented in the pre-expressive preparation and in a personal-scenic composition. In the literature review, it establishes a dialogue with the lineage of directors-pedagogues from the 20th Century, such as Stanislavski and Grotowski, and with scholars and critics of the Theatre Anthropology. In the approximation of the presence concept, it brings Hans Ulrich Gumbrecht to introduce dramaturgy notions used by Eugenio Barba. The registers and analysis rely on assumptions of the qualitative research using autoethnography to its organization. The identification of the proceedings maps the updated applications of the Odin Teatret\'s traditions. Lastly, it evidences the course of stimuli personalization, its pedagogical application and the material production process in the actress-researcher\'s dramaturgy. By its agents, the research allowed to ascertain the notions it searched about the technical work and the actor\'s autonomy process

Made available in DSpace on 2016-12-08T16:52:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 117126.pdf: 11035737 bytes, checksum: d78f6dee8e872d48590ed9ac6e256dde (MD5) Previous issue date: 2014-03-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The objective of this writing is to present The Dramaturgy of the Orisha Dance by Augusto Omolú, Brazilian actor/dancer who was a member of the Danish group Odin Teatret, directed by Eugenio Barba. For nearly two decades, the artist sought to codify the orisha dance moves, a practice present in the Candomble ritual. This dissertation discusses, from the discourse of the artist, about the energy of the orishas as an impulse for the scenic creation. In this way, the dramaturgy was built between the movement, that brings in itself the mythology and the relationship of the orishas with the elements of nature, and the dramatic text. Therefore, beyond the theoretical and bibliographical references, the following materials will be used: the interview with the artist, the experience of participant observation in the Dramaturgy Dance of the Orishas Seminar in Salvador and the videographic material from the spectacle Orô de Otelo (1994). / O objetivo do presente escrito é apresentar a Dramaturgia da Dança dos Orixás de Augusto Omolú, ator/dançarino brasileiro que foi integrante do grupo dinamarquês Odin Teatret, dirigido por Eugenio Barba. Por quase duas décadas, o artista buscou codificar os movimentos da dança dos orixás, prática presente no ritual do candomblé. Este trabalho disserta sobre a energia do orixá como impulso para a criação cênica a partir do discurso do artista. Assim, a dramaturgia era construída entre o movimento, que traz em si a mitologia e a relação do orixá com os elementos da natureza, e o texto dramático. Para tanto, além dos referencias teóricos e bibliográficos, serão utilizados os seguintes materiais: a entrevista feita com o artista, a experiência de observação participante no Seminário da Dramaturgia da Dança dos Orixás em Salvador e o material videográfico do espetáculo Orô de Otelo (1994).

A presente pesquisa, de cunho teórico-prático, apresenta o registro dos procedimentos de preparação técnica e montagem do diretor e atores do Odin Teatret segundo a ótica da Antropologia Teatral e persegue as noções de presença cênica e autonomia do ator. A partir da vivência da tradição de seus atores e documentação realizada em campo sobre treinamento e criação por eles difundidos, são selecionadas, descritas e experimentadas técnicas aplicadas na preparação pré-expressiva e em uma composição cênica pessoal. Na revisão de literatura, estabelece o diálogo com a linhagem de diretores-pedagogos do século XX, como Stanislavski e Grotowski e com estudiosos e críticos da Antropologia Teatral. Na aproximação com o conceito de presença, traz Hans Ulrich Gumbrecht para introduzir as noções de dramaturgia usadas por Eugenio Barba. Os registros e análises se valem de pressupostos da pesquisa qualitativa por meio da autoetnografia para sua organização. A identificação dos procedimentos mapeia as aplicações atualizadas das tradições do Odin Teatret. Por fim evidencia o percurso de personalização dos estímulos, sua aplicação pedagógica e o processo de montagem de materiais na dramaturgia da atriz-pesquisadora. Por meio de seus agentes, a pesquisa permitiu apurar as noções que perseguia sobre o trabalho técnico e o processo de autonomia do ator / This research, of a theoretical-practical nature, introduces the register of the technical preparations\' proceedings and production of the Odin Teatret director and actors, from the viewpoint of the Theatre Anthropology, and it pursuits the notions of scenic presence and the actors\' autonomy. Based on the experience of its actors\' tradition, and on a documentation held in fieldwork, about training and creation widespread by them, applied techniques are selected, described and experimented in the pre-expressive preparation and in a personal-scenic composition. In the literature review, it establishes a dialogue with the lineage of directors-pedagogues from the 20th Century, such as Stanislavski and Grotowski, and with scholars and critics of the Theatre Anthropology. In the approximation of the presence concept, it brings Hans Ulrich Gumbrecht to introduce dramaturgy notions used by Eugenio Barba. The registers and analysis rely on assumptions of the qualitative research using autoethnography to its organization. The identification of the proceedings maps the updated applications of the Odin Teatret\'s traditions. Lastly, it evidences the course of stimuli personalization, its pedagogical application and the material production process in the actress-researcher\'s dramaturgy. By its agents, the research allowed to ascertain the notions it searched about the technical work and the actor\'s autonomy process